Estudo refere que 44% dos transportes rodoviários de mercadorias estão em risco de incumprimento
O aumento de faturação das empresas de transportes rodoviários de mercadorias é visível nos últimos anos, mas quase metade das empresas apresentam risco elevado de não-pagamento. É o que afirma […]

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O aumento de faturação das empresas de transportes rodoviários de mercadorias é visível nos últimos anos, mas quase metade das empresas apresentam risco elevado de não-pagamento. É o que afirma um estudo divulgado esta terça-feira.
Segundo o Insight View da Iberinform, as empresas deste setor da logística tiverem em 2022 um amento de faturamento na ordem dos 13%, mas o risco de incumprimento da atividade “apresenta valores elevados”, e “44% das empresas apresentam risco elevado de não-pagamento”.
O estudo indica que as empresas de transporte rodoviário de mercadorias estão predominantemente concentradas nos grandes centros urbanos, com maior expressão em Lisboa (23%), Porto (16%), Leiria (9%), Santarém (6%) e Setúbal (6%). Mas verifica-se uma grande dispersão em todo o território nacional, “com 40% das empresas localizadas fora dos principais centros urbanos”.
“Este setor demonstra uma dinâmica empresarial com algumas variações, visto que 25% das empresas foram constituídas há menos de cinco anos. Dentro deste conjunto, 8% foram criadas no último ano. Destaca-se ainda que 31% das empresas foram estabelecidas entre 16 e 25 anos atrás, enquanto 18% têm mais de 25 anos de existência”, refere ainda o Insight View.
As micro (79%) e as pequenas empresas (19%) constituem a quase totalidade das empresas do setor. Mas quando o tema é o volume de negócios, são as empresas de média e grande dimensão que se destacam, com 52% do total de valor.
O estudo analisou também a gestão de tesouraria das empresas do setor e constatou aumento nos prazos médios de pagamento a fornecedores, passando de 73 para 76 dias em 2022. “Da mesma forma, os prazos médios de recebimento de clientes também aumentaram de 89 para 90 dias”, lê-se.
“Estes números indicam uma sincronia nos comportamentos desses prazos e evidenciam um aumento na exposição ao risco tanto por parte dos fornecedores como das empresas em relação aos seus clientes”, alerta.