Mariana Matos, secretária-geral da Casa do Azeite
Mariana Matos, secretária-geral da Casa do Azeite
Entrevista

“Não há grande esperança que o preço do azeite possa baixar”

“Não há grande esperança que o preço do azeite possa baixar”, avisa Mariana Matos, secretária-geral da Casa do Azeite, em entrevista ao Hipersuper, onde enumera os fatores que estão por detrás da subida vertiginosa do preço do azeite, que praticamente duplicou nos últimos dois anos, indica o que esperar da campanha que agora começou, faz um balanço do comportamento do consumo e fala do impacto da subida dos preços nas exportações.

Rita Gonçalves
Mariana Matos, secretária-geral da Casa do Azeite
Mariana Matos, secretária-geral da Casa do Azeite
Entrevista

“Não há grande esperança que o preço do azeite possa baixar”

“Não há grande esperança que o preço do azeite possa baixar”, avisa Mariana Matos, secretária-geral da Casa do Azeite, em entrevista ao Hipersuper, onde enumera os fatores que estão por detrás da subida vertiginosa do preço do azeite, que praticamente duplicou nos últimos dois anos, indica o que esperar da campanha que agora começou, faz um balanço do comportamento do consumo e fala do impacto da subida dos preços nas exportações.

Rita Gonçalves
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A produção de azeite caiu para metade em Espanha na última campanha: de 1.500 milhões para 670 milhões de toneladas. Os efeitos fizeram-se sentir em todo o lado. Em Portugal, o preço do litro de azeite já ultrapassou os oito euros e irá continuar a subir. “Não há grande esperança que o preço do azeite possa baixar”, diz a secretária-geral da Casa do Azeite, em entrevista ao Hipersuper. Mariana Matos enumera os fatores que estão por detrás da subida vertiginosa do preço do azeite, que praticamente duplicou nos últimos dois anos, indica o que esperar da campanha que agora começou, faz um balanço do comportamento do consumo e fala do impacto da subida dos preços nas exportações.

Fotografias Frame It

Há dois anos que o preço do azeite está a subir…
É o mercado a funcionar. Não há azeite. Não há mesmo. Estamos a falar de um produto 100% natural, não há outra forma de o fazer a não ser as oliveiras produzirem azeitonas.

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É sobretudo a quebra de produção que está a levar à subida dos preços?
A campanha do ano passado, que terminou agora, 2022-2023, registou uma quebra a nível mundial, sobretudo em Espanha. Também houve uma quebra em Portugal e noutros mercados. Mas Espanha é principal produtor de azeite do mundo. Contribui em cerca de 50% para a produção mundial. E como diz um colega, quando Espanha espirra todos ficamos constipados. A quebra de produção em Espanha tem um impacto enorme nas disponibilidades mundiais.
Em números redondos, o consumo mundial anda à volta de 3.000 milhões de toneladas. No ano passado produziram-se 2.400 milhões toneladas de azeite no mundo inteiro. Como havia algum stock, o restante consumo veio dos stocks. Quando baixam os stocks, aumenta o preço. E quando a produção é fraca aumenta o preço.

Como está a correr a atual campanha?
Tudo isto já seria suficientemente explicativo do que se passou nos preços, mas há um outro fator: esta campanha que se iniciou agora, em outubro, que está agora a começar, vai ser igualmente má. E, portanto, parte-se de uma situação em que os stocks mundiais já estão baixos, os stocks em Espanha estão baixos, a produção espanhola vai ser novamente baixa. Mas baixa mesmo. 50% abaixo da média das últimas cinco campanhas.

É esperada nesta campanha uma quebra de 50% em relação à média dos cinco últimos anos?Mais ou menos. Cerca de mais 50 a 70 mil toneladas do que no ano passado mas muitíssimo abaixo do que é uma campanha normal. Uma campanha normal em Espanha são 1.500 milhões toneladas. No ano passado foram 670 milhões de toneladas. Este ano, serão pouco mais de 700 milhões de toneladas.

Mariana Matos, secretária-geral da Casa do Azeite

Mariana Matos, secretária-geral da Casa do Azeite

São quebras muito significativas.
Este é o principal aspeto. E isso deve-se à seca e às secas continuadas e extremas em algumas regiões, principalmente nas principais produtoras, como a Andaluzia, de onde sai a grande parte do azeite espanhol e que tem um sistema de produção essencialmente de sequeiro ou rega deficitária. Nestas situações de seca extrema, não há hipótese. E o sistema produtivo espanhol é essencialmente de sequeiro. E isto é visível nas duas últimas campanhas nas quais a produção reduziu para metade. E este é o principal aspeto que fez o preço subir. E a única forma de regular o mercado é através do aumento do preço. Não há azeite suficiente para satisfazer o consumo tradicional. Caso contrário, não não haveria possibilidade de dar resposta à procura.

O consumo está, então, a cair?
Nestas circunstâncias o consumo sofre. E vai continuar a sofrer. Porque se esta fosse uma campanha normal, estaríamos numa situação difícil mas ainda haveria hipótese de os preços se regularizarem. Agora, temos novamente uma campanha impactada tão negativamente pela seca, já partindo de uma base pior, da campanha anterior, porque os stocks já foram consumidos. Não há grande esperança que o preço do azeite possa baixar.

Há outras questões a influenciar o preço, além da quebra de produção?
Há outras questões que também justificam de alguma forma a subida do preço mas a grande percentagem é justificada sobretudo pela falta de produção. Há escassez de azeite. Mas há ainda os fatores de produção, não podemos esquecer do aumento do preço dos fertilizantes, dos aumentos de mineralidades. Do aumento generalizado dos fatores de produção. Isso também se reflete no preço. Mas deve-se principalmente à escassez de produção.

E como está a correr a campanha da azeitona em Portugal?
Na última campanha, Portugal registou uma produção de 126.000 toneladas, uma quebra de 39% em relação ao período homólogo. Mas em Espanha foi mais de 50% e é Espanha que marca o preço porque tem metade da produção mundial.

E, no entanto, Portugal é autossuficiente na produção de azeite.
Imagine, se Portugal fosse um país fechado, sem trocas comerciais, não sofríamos qualquer influência do mercado mundial. Não tínhamos problema nenhum, nós somos mais que autossuficientes. Somos exportadores líquidos. Agora, vivemos num mercado livre e somos influenciados. Os preços são muito influenciados nomeadamente pela produção espanhola e pelo que se passa em Espanha. Os preços mundiais. Não estou a falar só dos preços em Portugal.

Qual a produção estimada para a atual campanha em Portugal?
A estimativa são cerca de 150.000 toneladas, mais cerca de 20% do que no ano passado. A campanha só está a começar agora, pelo que estas estimativas podem ainda vir a sofrer variações, mas será sempre uma campanha de nível médio.
Embora seja uma campanha de safra, portanto com maior produção, também não será uma campanha extraordinariamente elevada, pelo impacto negativo das condições climatéricas nos olivais de sequeiro, por um lado, mas também, em alguns casos, os olivais de regadio. Este ano, as geadas tiveram um impacto bastante negativo em algumas regiões. Causaram sérios danos ao olival.

Ainda assim, uma subida de 20% em termos homólogos é insuficiente.
Sim, é insuficiente. Para ter uma noção, num ano normal, em média, Espanha produz 1.500 milhões de toneladas. Portugal produz, em média, 150 mil. Portanto, são 10 vezes menos. Não temos grande capacidade para interferir no preço, porque também não impactamos assim tanto as disponibilidades de azeite a nível mundial.

O mesmo se passa nos outros países produtores, como Itália?
Sim. Estão todos a sofrer o mesmo drama. Os países da bacia do Mediterrâneo, Itália, Grécia, mas também a Norte de África, Marrocos e Tunísia, sobretudo, todos têm situações de seca extrema. Isto não é exclusivo de Portugal e Espanha. E é daqui, da bacia do Mediterrâneo, que sai 98% da produção mundial.

É verdade que o preço do azeite pode chegar aos 10 euros por litro?
Hoje, o preço do azeite deve estar à volta dos 8,3 euros por litro. Pode mexer para cima ou abaixo. É um pouco especulativo hoje em dia neste cenário estarmos a fazer previsões, ninguém sabe onde vai parar. Vai depender também do comportamento do consumidor. Se o consumo quebrar significativamente, o preço tem de baixar. O preço vai-se ajustando à procura mas na realidade ninguém sabe. Começou agora a chover. Estas chuvas ainda vão ter algum impacto positivo na produção da campanha que está a começar? Ninguém sabe.

Já me disse que pelo menos para já o preço não vai descer.
É a única coisa que consigo dizer com certeza. Isto depende da temperatura, do comportamento do consumo. Até agora, as quebras no consumo não têm sido tão significativas como era de esperar. Mas também é verdade que os aumentos de preço demoram às vezes meses a chegar ao mercado, porque os contratos já estão feitos e o que está a ser consumido agora foi comprado há dois ou três meses.

Steve Buissinne, PixabayHá que esperar ainda um efeito de ajustamento.
Sim, há aqui um período relativamente longo na cadeia de valor para fazer chegar ao consumidor final os incrementos de preço da produção. Por esse motivo, o preço no consumidor não chegou ainda ao patamar mais elevado. Na realidade, o consumo ainda não está totalmente impactado pelos aumentos na produção. E tem estado a ter um comportamento menos elástico do que era esperado. As pessoas não têm deixado de consumir na proporção que se esperava. Têm comprado menos mas continuam a consumir. Isto nos mercados tradicionais, como Portugal, Espanha e Itália, onde o consumo é muito consolidado.

E nas exportações?
O impacto nas exportações é maior. Entre janeiro a julho, regista uma quebra de 30% em termos homólogos. E pode ser superior. Porque em mercados onde o consumo não está tão consolidado, à medida que os aumentos de preço vão chegando ao consumidor final, estes deixam de consumir. Imagine um americano ou brasileiro que começou há pouco tempo a consumir e que não tem um consumo ainda muito consolidado, isto em mercados onde o consumo ainda é muito aspiracional, quando chega a este preço já não conseguem e mudam para os óleos que toda a vida consumiram.
Uma situação que nos preocupa sobretudo nos mercados de exportação é que as quebras de consumo são muito mais rápidas do que, depois, fazer os aumentos. Ou seja, o consumo quebra agora abruptamente, nomeadamente nos mercados externos, mas a recuperação daquele consumo vai levar anos. Quando a produção normalizar, porque vai normalizar, não será no próximo ano, mas daqui a dois ou três anos, vamos assistir à situação contrária, e iremos trabalhar novamente para aumentar o consumo e o preço.

Este problema da seca vai nos acompanhar nos próximos anos. Pelo menos assim esperamos. Estão a ser tomadas medidas na produção para contornar este problema com a ajuda da tecnologia, por exemplo?
Não, a questão da seca só se combate com a água. Aliás, nós conseguimos ver isso em Portugal. No ano passado, 90% da produção portuguesa foi produzida no Alentejo, nos olivais regados. Aqui se vê a importância da água como estabilizador da produção. Se não fosse o regadio, teríamos menos azeite e mais caro.
A existência de água e a eficiência do seu uso têm um papel absolutamente fundamental no setor porque a água é um fator estabilizador das produções. E não há outro. É óbvio que com mais tecnologia, posso tratar melhor e fazer uma série de coisas, mas sem água a árvore não produz. A água é absolutamente fundamental e crítica para a produção e para a estabilização da produção. E, também, de alguma forma, para a estabilização dos preços. E isso vê-se bem hoje. Nos olivais de regadio a produção é, apesar das variações, relativamente estável. O problema de Espanha é que não tem um modelo de produção tão moderno como temos na região do Alentejo.

Artigo originalmente publicado na edição 417

Sobre o autorRita Gonçalves

Rita Gonçalves

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Aldi reforça aposta na produção nacional com sortido artesanal para a Páscoa

A Aldi Portugal vai disponibilizar, a partir de 16 de abril, um sortido exclusivo de bolos artesanais para a Páscoa, fruto de uma parceria com a Pão da Vermelha, fornecedor nacional de longa tradição na pastelaria e panificação.

Entre as propostas, a insígnia destaca o tradicional Folar de Páscoa – simples ou com dois ovos –  Bolo-rainha e o Bolo Finto de Páscoa, ainda uma novidade: o Bolo Inglês, feito com frutas cristalizadas e massa húmida. Todos os produtos serão entregues diretamente da panificadora para as lojas, assegurando a sua máxima frescura, acrescenta a Aldi Portugal.

“Este sortido especial é mais uma das nossas apostas para celebrar a Páscoa e resulta da relação de longevidade e confiança que temos com a Pão da Vermelha. Além de frescura e qualidade, queremos que as famílias portuguesas tenham à mesa doces únicos e com um sabor autenticamente português.”, sublinha Daniel da Silva, managing director procurement da ALDI Portugal.

“A Aldié um parceiro que partilha os mesmos padrões de qualidade que nós, razão pela qual já mantemos uma relação há muitos anos, apoiando a nossa confeção artesanal, que incorpora o conhecimento de gerações anteriores.”, refere Pedro Ferreira, gerente da Pão da Vermelha.

Sobre o autorHipersuper

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Foto : Pedro Melim
Bebidas

Setor cervejeiro quer reforço da produção nacional de cevada

O setor defende um diálogo interno com o Governo para garantir um quadro fiscal que não discrimine negativamente a cerveja. E desafia os decisores a tomar medidas concretas no que respeita ao aumento de produção de cevada.

Hipersuper

O setor cervejeiro português quer o reforço da produção nacional de cevada, alertando para a forte dependência de matérias-primas importadas, num momento em que Portugal regista uma das mais baixas taxas de aprovisionamento de cereais da Europa.

A mensagem foi transmitida durante a Assembleia Geral dos Cervejeiros de Portugal, que decorreu a 10 de abril, e que reuniu representantes da indústria, decisores políticos e membros da sociedade civil. Rui Lopes Ferreira, presidente da associação, revelou que, em 2024, o setor consumiu cerca de 114 mil toneladas de cevada, das quais apenas 14% tiveram origem em território nacional. No caso do lúpulo, o cenário é semelhante: das 55 toneladas de ácidos alfa consumidas, apenas 15% foram de origem portuguesa.

Na sessão de encerramento do evento, o Ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, reconheceu a necessidade urgente de inverter esta tendência. “estamos entre os países europeus com menor taxa de aprovisionamento de cereais, que hoje se cifra em 19% quando em 1990 era de 50% das necessidades de consumo”, destacou.

Rui Lopes Ferreira, Presidente da Cervejeiros de Portugal, com o Ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, reconheceu a necessidade urgente de inverter esta tendência. Foto: Pedro Melim

Por forma a contrariar esses dados foi assinado no dia 9 de abril, um memorando de entendimento entre várias associações de produção, agrícolas, alimentares, distribuição, e ainda a Cervejeiros de Portugal, o +CEREAIS, com a ambição de criar uma organização interprofissional na área dos cereais como forma de valorizar a produção nacional em todos os elos da cadeia.

“Caso houvesse uma maior garantia de produção por parte do setor agrícola nacional, bem como uma política fiscal que trate o setor cervejeiro de forma mais justa, o cenário seria diferente. Desde há muito tempo que sentimos um tratamento desigual em termos fiscais, em comparação a outro tipo de bebidas alcoólicas. Uma situação totalmente injustificada”, defendeu Rui Lopes Ferreira, Presidente dos Cervejeiros de Portugal.

Portugal lidera no consumo fora de casa

Portugal é o único país europeu no qual o mercado cervejeiro já recuperou os níveis de venda pré-pandemia. Esta dado foi partilhado por Julia Leferman, secretária-geral da Brewers of Europe, na mesma Assembleia Geral durante a 2ª parte pública deste evento, promovido com o objetivo de fomentar um diálogo entre o setor cervejeiro português, o poder político e a sociedade civil.

Julia Leferman, secretária-geral da Brewers of Europe Foto: Pedro Melim

De acordo com a secretária-geral da associação europeia, apesar de o consumo per capita português se fixar nos 60 litros por ano (contra os 128 litros da República Checa, que lidera a tabela), Portugal é o país da Europa que lidera o consumo fora de casa, com 67%. Atualmente, estima-se que o setor cervejeiro português seja representado por cerca de 120 empresas produtoras de cerveja que, juntas, representam 1,53% do PIB nacional (2.6 mil milhões de euros).

Também o setor cervejeiro europeu gera um impacto económico considerável, com 40 mil milhões de euros em receitas fiscais e 52 mil milhões de euros em valor acrescentado. Quanto à empregabilidade, em Portugal, o setor gera cerca de 98 mil empregos (2 milhões a nível europeu) e embora a sua produtividade seja duas vezes superior à média nacional, os níveis poderiam ser superiores, avança a Associação de setor, sem fins lucrativos, que representa as empresas que, em território nacional, exerçam a indústria da produção e/ou enchimento de cerveja.

O evento da Assembleia Geral dos Cervejeiros de Portugal contou ainda com um painel de discussão composto pelo economista e investigador João Duarte, a professora catedrática Conceição Calhau, a advogada e ex-presidente do GRACE Margarida Couto e a grã-mestre da Confraria da Cerveja, Teresa Apolónia, que debateram a cerveja sob os prismas da economia, saúde e bem-estar, sustentabilidade e cultura cervejeira.

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Retalho

Lidl reforça apoio aos Bombeiros Portugueses com nova campanha através da app Lidl Plus

A iniciativa decorre até 27 de abril e vai atribuir 3.000 euros a uma corporação por distrito, totalizando 54.000 euros em donativos.

Hipersuper

O Lidl Portugal acaba de lançar uma nova campanha solidária que reforça o apoio às Corporações de Bombeiros Portugueses, desafiando os seus clientes a contribuírem de forma simples, através da utilização da app Lidl Plus.

A campanha insere-se na estratégia de sustentabilidade da insígnia, ‘Mais Lidl’, que se estrutura em três eixos: Mais para o Planeta, Mais para a Comunidade e Mais para Si. Neste caso, a ação visa simultaneamente incentivar a digitalização de faturas, promovendo a redução do consumo de papel, e apoiar os bombeiros portugueses num momento em que se aproximam os meses críticos do verão.

A dinâmica é apresentada como simples: a loja Lidl de cada distrito que registar o maior número de faturas eletrónicas entre 14 e 27 de abril vai escolher a Corporação de Bombeiros local a quem será entregue o donativo. A campanha volta assim a mobilizar clientes para causas sociais, reforçando a parceria com a Liga dos Bombeiros Portugueses, numa colaboração que já soma três campanhas consecutivas.

Desde 2016, o Lidl já doou mais de 200.000 bens alimentares, equivalentes a 154.000 euros, às corporações de bombeiros em Portugal. Estes apoios têm sido distribuídos através das lojas e entrepostos da insígnia, de Norte a Sul do país, especialmente durante os períodos mais críticos de combate a incêndios.

Apoio do Lidl aos Bombeiros


  • 200.000 bens alimentares doados desde 2016

  • +154.000 euros em valor total de apoio

  • 54.000 euros em donativos previstos na campanha de abril de 2024

  • 3.000 euros por corporação distrital

  • 18 corporações apoiadas diretamente nesta nova iniciativa

  • 3 campanhas já realizadas através da app Lidl Plus

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Alimentar

Nacional moderniza a embalagem das suas icónicas Marinheiras

A nova embalagem destaca-se pelo seu sistema de abertura e fecho fácil, que permite o consumo gradual das bolachas, mantendo-as frescas por mais tempo.

Hipersuper
A Nacional acaba de lançar uma nova embalagem para a sua gama de bolachas Marinheiras, numa iniciativa que se insere no processo de rebranding da marca. Esta novidade chega ao mercado com o objetivo de proporcionar uma melhor experiência aos consumidores.
Atualmente posicionada como uma das marcas de referência no segmento das Marinheiras, a Nacional continua a investir em inovação para consolidar a sua presença nos lares portugueses. A nova embalagem destaca-se pelo seu sistema de abertura e fecho fácil, que permite o consumo gradual das bolachas, mantendo-as frescas por mais tempo.
“Este lançamento representa um marco importante na evolução da nossa marca. Queremos oferecer aos consumidores produtos que aliam tradição, qualidade e praticidade. A nova embalagem das Marinheiras reflete o nosso compromisso com a inovação, sem nunca perder a essência que nos define há mais de 170 anos”, afirma Filipa Rosa, Biscuit Category Manager da Nacional.
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Exportação

CONFAGRI quer grupo de trabalho a monitorizar taxas dos EUA

“É tempo de olhar e reconhecer a importância estratégica da agricultura e abrir novos canais comerciais”, defende Idalino Leão, presidente da CONFAGRI.

Hipersuper

Para a CONFAGRI é “essencial” haver uma resposta concertada, “assente no diálogo, na união e na preparação estratégica do setor”.

Em causa está a “crescente incerteza gerada pelos mais recentes desenvolvimentos nas políticas comerciais internacionais”, aponta, em particular no que respeita à imposição de taxas de importação de 25% 25% sobre o aço, o alumínio e os automóveis e outras “recíprocas” de 20% para um leque alargado de outros bens e que deverão entrar em vigor a 15 ne julho.

Em respostas, a União Europeia avançou, a 9 de abril, com a decisão de cobrar tarifas sobre importações a bens agrícolas e industriais norte-americanos.  São cerca de 1700 produtos, que vão passar a pagar pelo menos 25% para entrarem no espaço da UE.

Partilhando a legítima preocupação dos produtores e empresas agroalimentares nacionais, Idalino Leão, presidente da CONFAGRI sublinha que “este é o momento para agir com bom senso e serenidade, sendo importante alavancar medidas que visem mitigar as dificuldades dos setores agrícolas mais afetados direta e indiretamente pelas tarifas”.

Para a CONFAGRI é “essencial” haver uma resposta concertada “assente no diálogo, na união e na preparação estratégica do setor”

Nesse sentido, e ainda que afirme manter “a esperança de que se consiga alcançar um bom entendimento entre os líderes mundiais”, a CONFAGRI está a propor a criação de um grupo de trabalho que congregue os representantes de todos os elos da cadeia de abastecimento e produção agroalimentar, “com o objetivo de monitorizar, de modo articulado e permanente, os desenvolvimentos e negociações internacionais, de forma a agir, atempadamente, em prol da defesa da estabilidade económica e da soberania alimentar de Portugal”.

Para Idalino Leão, “é tempo de olhar e reconhecer a importância estratégica da agricultura e abrir novos canais comerciais.”, sendo necessário garantir que, perante contextos de crise, o setor agroalimentar dispõe dos instrumentos necessários para assegurar estabilidade aos produtores, às empresas e aos consumidores portugueses”.

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Hipersuper

Luis Bás, secretário-geral da ADIPA
Alimentar

ADIPA defende criação de uma Secretaria de Estado do Comércio e Serviços no próximo Governo

“Desde o primeiro momento, considerámos que a ausência de uma Secretaria de Estado do Comércio no atual Executivo não foi uma decisão acertada. A dimensão e o impacto económico do comércio justificam plenamente a existência de uma tutela específica”, defende Luís Brás, secretário-geral da ADIPA.

Hipersuper
tagsADIPA

O Conselho Coordenador da ADIPA – Associação dos Distribuidores de Produtos Alimentares –, órgão consultivo da Direção que integra algumas das principais empresas do comércio alimentar independente, que se reuniu no passado dia 10, defende a necessidade de o próximo Governo, a ser eleito nas legislativas de 18 de maio, criar uma Secretaria de Estado dedicada exclusivamente ao Comércio.

O setor do comércio e serviços representa uma parcela significativa do PIB nacional e é responsável por centenas de milhares de postos de trabalho. A ADIPA considera, por isso, que é fundamental que estas atividades económicas tenham, no seio do Governo, uma estrutura própria, capaz de lhes dar a devida atenção estratégica e de promover políticas públicas que reforcem a competitividade e a sustentabilidade do setor.

“Desde o primeiro momento, considerámos que a ausência de uma Secretaria de Estado do Comércio no atual Executivo não foi uma decisão acertada. A dimensão e o impacto económico do comércio justificam plenamente a existência de uma tutela específica. A criação desta Secretaria de Estado seria um importante sinal político e uma medida concreta para reforçar um setor que é essencial para o desenvolvimento económico e para a coesão social do país.”, afirma Luís Brás, secretário-geral da ADIPA.

 

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Bebidas

Programa da Água Serra da Estrela quer proteger a água e regenerar a serra

‘Para Que Nunca Acabe’ pretende mobilizar comunidades, parceiros e consumidores para cuidar e valorizar a origem da água da Serra da Estrela.

Hipersuper

Proteger a água e regenerar a Serra da Estrela é o objetivo do ‘Para Que Nunca Acabe’, lançado pela Água Serra da Estrela. O programa reflete “o compromisso da marca com a preservação da água da Serra da Estrela e com a regeneração do ecossistema único onde nasce”, assegura a marca.

O Programa pretende promover uma mudança comportamental e um impacte ambiental positivo, através de práticas responsáveis da operação da marca, da regeneração da floresta e de práticas tradicionais que a protegem, e da mobilização de comunidades, parceiros e consumidores.

Reduzir a pegada hídrica e a pegada de carbono da marca, bem como a utilização de matéria-prima virgem, regenerar a floresta, o ecossistema e revitalizar práticas tradicionais que protegem a Serra, mobilizar as comunidades locais e os consumidores para adotarem comportamentos responsáveis são os três eixos de ação do ‘Para Que Nunca Acabe’.

O programa dá sequência a iniciativas ambientais já implementadas pela Água Serra da Estrela, “como o programa de reflorestação iniciado em 2002, através do qual foram plantadas mais de 1,7 milhões de árvores em parceria com várias organizações às quais se juntou mais recentemente a Associação Cuidar”, adianta a empresa. A marca foi pioneira na introdução de medidas que reduziram drasticamente o uso de plástico virgem, atingindo em 2025 o marco de utilização de 100% rPET em todas as suas embalagens.

“A Água Serra da Estrela nasce num lugar extraordinário, que todos temos o dever de proteger. Com o programa ‘Para Que Nunca Acabe’, queremos não só agir de forma responsável, mas envolver nessa ação todos os que estão determinados a que este património natural seja preservado para as gerações futuras”, afirma Ana Rita Martins, Marketing manager da Água Serra da Estrela.

 

 

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Bebidas

Dubai Chocolate Delight é a nova bebida das lojas Delta Coffee House Experience

A Delta Coffee House Experience lançou uma nova bebida: Dubai Chocolate Delight. A proposta combina chocolate de pistácio com café, numa aposta alinhada com as atuais tendências de consumo.

Hipersuper

A Delta Coffee House Experience acaba de lançar a Dubai Chocolate Delight, uma nova bebida que alia o sabor intenso do café à cremosidade do chocolate de pistácio, um dos ingredientes em destaque nas atuais tendências de consumo.

Inspirada no conceito Feel your coffee, a Delta aposta nesta criação para proporcionar uma experiência sensorial diferenciadora, destinada a surpreender os consumidores mais curiosos e exigentes. A combinação do sabor aveludado do café com a textura rica e sofisticada do chocolate de pistácio resulta numa proposta premium e inovadora, disponível nas lojas Delta Coffee House Experience, em Lisboa e no Porto.

Com um preço de venda ao público de 8 euros, a Dubai Chocolate Delight estará ainda em destaque até 30 de abril com uma campanha promocional: na compra de duas bebidas, a segunda tem 50% de desconto.

Desde a abertura, as Delta Coffee House Experience têm vindo a consolidar-se como espaços que elevam o ato de beber café, combinando inovação, sofisticação e o know-how da marca portuguesa na criação de momentos únicos.

 

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Retalho

Lidl abre em Portugal o seu primeiro Centro de Inovação e Cooperação a nível mundial 

O Lidl, presente em 32 países, escolheu Portugal para lançar o Lidlab, o seu primeiro Centro de Inovação e Cooperação a nível mundial.

Hipersuper

O Lidl acaba de inaugurar o seu primeiro Centro de Inovação e Cooperação – o Lidlab –, marcando uma nova etapa na estratégia da insígnia no que toca ao desenvolvimento de produtos de marca própria. Esta estreia mundial do formato decorre em território nacional e conta com dois espaços físicos, localizados junto às lojas de Linda-a-Velha (Oeiras) e Agramonte (Porto).

O Lidlab é um espaço de cocriação com o consumidor, onde os clientes do Lidl são convidados a participar ativamente em diversas iniciativas, como focus groups, provas cegas sensoriais, testes de receitas e estudos de mercado. O objetivo é claro: reforçar o posicionamento das marcas próprias da insígnia, dando voz ao consumidor no processo de desenvolvimento e otimização da oferta.

Para participar, os clientes das zonas abrangidas podem aceder ao banner do Lidlab na aplicação Lidl Plus, onde encontrarão mais informações e o formulário de registo. Após a inscrição, são selecionados para atividades de acordo com os seus perfis de consumo e disponibilidade.

Bruno Pereira, administrador de Compras do Lidl Portugal, sublinha que “no ano em que comemoramos os 30 anos no mercado português, damos aos nossos clientes um papel ainda mais determinante no processo de definição dos produtos de marca própria. Desta forma, além de participarem no processo de decisão para eventuais melhorias nos seus produtos favoritos e no desenvolvimento de novos produtos, os clientes contribuem para que o Lidl continue a distinguir-se pela sua oferta variada de produtos, com a máxima qualidade ao melhor preço, e sobretudo diferentes daquilo que já existe no mercado.”.

Com cerca de 80% do sortido composto por marcas próprias, o Lidl reforça assim um dos pilares estruturais do seu modelo de negócio. Através do Lidlab, a cadeia aprofunda o seu compromisso com a inovação, proximidade ao cliente e valorização de produtos nacionais, ao mesmo tempo que introduz um modelo colaborativo que potencia decisões mais informadas e orientadas pelas reais necessidades de mercado.

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Alimentar

Oliveira da Serra lança garrafa sem rótulo

O conceito ‘Sem Rótulos, de Propósito’ traduz-se numa diminuição significativa na utilização de materiais, reduzindo o impacto ambiental do produto.

Hipersuper

Oliveira da Serra apresentou ao mercado a primeira garrafa de azeite em Portugal feita de plástico 100% reciclado e sem rótulo frontal.

Sob o mote ‘Sem Rótulos, de Propósito’, a marca “apresenta um movimento pioneiro na categoria dos azeites através do lançamento de uma nova garrafa mais sustentável, produzida a partir de plástico inteiramente reciclado, que reduz significativamente o uso de novos recursos, minimizando a pegada ambiental do produto”, destaca  num comunicado.

Ao abdicar do rótulo frontal, Oliveira da Serra diminui ainda mais o desperdício de materiais e adotou um design mais limpo e funcional, “que reflete o compromisso da marca com a sustentabilidade e a transparência”. O rótulo dorsal também foi repensado, de modo a ter 30% menos área e a contribuir para a redução do consumo de tinta e papel.

“Fazer o bom pela Terra é o principal compromisso de Oliveira da Serra. Acreditamos que a inovação deve estar ao serviço da sustentabilidade, e esta embalagem é um exemplo concreto deste princípio. Trabalhamos diariamente para impulsionar práticas responsáveis no setor e inspirar a categoria a inovar de forma consciente, sem comprometer a qualidade e acessibilidade do azeite”, define Joana Oom de Sousa, diretora de Sustentabilidade da Sovena.

Loara Costa, diretora de Marketing & Trade Marketing da Sovena, acrescenta que esta nova embalagem “é um símbolo do nosso empenho no desenvolvimento de produtos que respondam às necessidades dos consumidores, sem comprometer o planeta. É mais um passo para garantir que os nossos consumidores possam optar por soluções mais práticas e amigas do ambiente”.

Através do novo packaging, toda a informação essencial do produto é apresentada no verso da embalagem, garantindo conformidade com as normas regulamentares sem comprometer o conceito inovador. A nova embalagem já está disponível nos pontos de venda habituais. Com quase 65 anos de história, Oliveira da Serra pertence à Sovena, do Grupo Nutrinveste.

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