REDUNIQ Insights
Mais pagamentos este verão. Açores e Alentejo foram as regiões que mais cresceram em faturação
Os negócios nacionais registaram este verão mais 15% de transações e mais 8% de faturação face ao mesmo período do ano passado.
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O número de transações registadas aumentou 15% este verão em comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com o REDUNIQ Insights este número foi alavancado pelo crescimento do turismo estrangeiro em território nacional, que totalizou mais 20% de transações de origem estrangeira face ao Verão de 2022. De acordo com o relatório que analisa a evolução dos pagamentos por cartão no país, também o número de transações originadas por cartões de pagamento nacionais cresceu 14%.
Já em termos de faturação, o crescimento homólogo deste indicador foi de 8%, tendo esta subida sido mais expressiva na faturação estrangeira (+ 10%), do que na faturação nacional (+ 7%).
“O facto de o número de transações ter tido um crescimento superior ao da faturação indica a diminuição do valor médio de compra (37,2€ no Verão de 2022 contra 35€ no mesmo período de 2023). Por outras palavras, o crescimento do número de transações, face à faturação deve-se igualmente à gradual democratização dos pagamentos digitais em detrimento do dinheiro físico. Aqui falamos não apenas dos tradicionais cartões de pagamentos, mas também os pagamentos via smartphone ou wereables. Os números têm mostrado que, cada vez mais, os comerciantes que não aceitem meios eletrónicos de pagamentos acabam por ter impactos nos resultados de venda, uma vez que os consumidores cada vez menos andam com dinheiro e estão mais orientados para uma experiência de pagamento simplificada, rápida e cómoda – no fundo, uma experiência digital e muito mais segura” sublinha Tiago Oom, Chief Commercial Officer da UNICRE e porta-voz oficial do REDUNIQ Insights, em comunicado.
No que toca à análise regional, o destaque vai para a Região Autónoma dos Açores e para o Alentejo, que registaram o maior crescimento homólogo de faturação. Enquanto os Açores obtiveram mais 14% de faturação, o Alentejo aumentou em 12% a performance dos negócios locais. A fechar o pódio surge a região Norte, com mais 11% de faturação face ao Verão de 2022. Relativamente ao consumo estrangeiro, as regiões insulares também se destacam, assim, foram as que melhores resultados alcançaram, com os Açores a crescer 22% em faturação estrangeira, e a Madeira em 18%. Ao nível do consumo nacional, foi o Alentejo que observou um aumento homólogo mais expressivo (+ 12%). Por outro lado, foi nas regiões do Algarve e Área Metropolitana de Lisboa que o crescimento foi menos expressivo: mais 6% em comparação com o Verão do ano passado.
A primeira quinzena de agosto foi o período em que se registou um pico significativo de faturação, representando 23% do total de faturação registada este verão. Segundo Tiago Oom, “este fenómeno deve-se a dois fatores: por um lado, a realização da Jornada Mundial da Juventude, que trouxe um maior fluxo transacional estrangeiro em diversos pontos do país; e depois o facto de entrarmos na tradicional época de férias, onde a primeira quinzena de agosto é sempre a preferida dos portugueses. Os estrangeiros procuram cada vez mais uma diversidade de destinos nacionais, trazendo com isso um maior impulso para a economia de cada região, muito relevante nesta primeira quinzena”.
Durante o período em análise, o estudo revela também que, do lado da faturação estrangeira, o maior contributo foi efetuado pelos turistas franceses, que representaram 18% do total de faturação estrangeira em Portugal este verão. Depois surgem o Reino Unido e a Irlanda (ambos com 13%), assim como os Estados Unidos e Espanha (os dois com 9%).
De sublinhar ainda o crescimento da faturação de turistas irlandeses: 33% face ao ano passado. O valor da compra média (124,7€) é também o valor mais elevado do top 5 de países estrangeiros.
Por fim, o relatório da REDUNIQ analisou a performance dos diferentes setores no verão, período esse em que a restauração, o retalho alimentar e a hotelaria e atividades turísticas, naturalmente, representaram cerca de 57% da faturação total registada, com crescimentos de 14%, 9% e 5%, respetivamente.
No seu último relatório foi analisada a evolução dos pagamentos por cartão em Portugal entre 2 de julho e 2 de setembro.