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Jovens redes sociais

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Economia

73% da Geração Z já efetuou pelo menos uma compra com base em algo que viu nas redes sociais

A Geração Z está a transformar os hábitos financeiros e de consumo: são nativos digitais, utilizam as redes sociais como ferramenta de decisão, exigem produtos que correspondam aos seus valores […]

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73% da Geração Z já efetuou pelo menos uma compra com base em algo que viu nas redes sociais

A Geração Z está a transformar os hábitos financeiros e de consumo: são nativos digitais, utilizam as redes sociais como ferramenta de decisão, exigem produtos que correspondam aos seus valores […]

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A Geração Z está a transformar os hábitos financeiros e de consumo: são nativos digitais, utilizam as redes sociais como ferramenta de decisão, exigem produtos que correspondam aos seus valores e preferências sociais e ambientais e mostram-se preocupados com a sua segurança financeira.

Com base  no o relatório “Generation Z: Shaping the Future of Consumer Trends“, com informações sobre as características, preferências e comportamentos da Geração Z (pessoas nascidas entre meados da década de 1990 e o início da década de 2010) e orientações práticas para empresas e profissionais de marketing que procuram compreender e interagir com este grupo demográfico influente, esta geração, marcada por um nativismo digital, está preparada para revolucionar os setores e impulsionar as tendências de consumo nos próximos anos.

Entre os principais factos e estatísticas do relatório, a Oliver Wyman conclui que a Geração Z é a primeira geração a ter crescido inteiramente na era digital, passam, em média, 10 horas por dia a interagir com conteúdos online e têm uma média de 5 contas em diferentes redes sociais, que utilizam constantemente para descobrir novos produtos, procurar recomendações e interagir com as marcas.

Um novo perfil de consumidor

Estes hábitos traçam um novo perfil de consumidor, uma vez que 73% desta geração já efetuou pelo menos uma compra com base em algo que viu nas redes sociais. A experiência de compra já não se limita à loja física e à aquisição de produtos, embora estas opções também não estejam a ser eliminadas. Os jovens da Geração Z procuram ativamente experiências personalizadas, imersivas e interativas, tanto presenciais como online. 85% dos consumidores da Geração Z preferem gastar o seu dinheiro em experiências do que em bens materiais e 64% compram serviços personalizados através dos seus smartphones.

Além disso, as suas escolhas são mais frequentemente determinadas pelos valores associados a uma ou outra marca, com 88% dos consumidores da Geração Z a acreditarem que as empresas devem ajudar a resolver problemas sociais e ambientais, e 82% a acreditarem que as empresas devem refletir a diversidade do mundo real nas suas campanhas de publicidade e marketing. Pela mesma razão, 75% estão dispostos a pagar mais por produtos e serviços sustentáveis.

Mesmo assim, o preço dos bens e dos serviços é uma grande preocupação para estes jovens. A incerteza e os desafios económicos que enfrentam moldaram uma mentalidade prudente e cautelosa do ponto de vista financeiro. Por esta razão, 51% deles dão prioridade à relação qualidade/preço quando tomam as suas decisões de compra, que, além disso, não são impulsivas, uma vez que o estudo mostra que 67% dos indivíduos desta geração poupam ativamente.

Preocupação com a sua segurança e estabilidade financeiras

Uma das principais conclusões do estudo é que 52% dos indivíduos da Geração Z estão preocupados com a sua segurança e estabilidade financeiras, o que representa mais do dobro da percentagem das gerações mais velhas. Este facto revela uma maior preocupação da Geração Z com a sua saúde financeira.

Além disso, o relatório observa que metade dos investidores em Criptomoedas da Geração Z se identificam como mulheres, o que faz dela a corte mais inclusiva em termos de género na história do investimento. Isso destaca a diversidade e a inclusão dessa geração quando se trata de empresas financeiras.

Outro facto relevante são os 42% dos indivíduos da Geração Z que consideram o dinheiro como um mal necessário para funcionar num mundo capitalista. Isto demonstra uma relação complexa com as finanças, em que reconhecem o papel do dinheiro, mas também o veem com um certo nível de ceticismo.

Apesar desta certa rejeição, 61% dos indivíduos aspiram a criar a sua própria empresa. Estes jovens valorizam a flexibilidade, a independência e o trabalho com objetivos, e 83% veem o empreendedorismo como um importante objetivo na sua carreira.

Em termos de hábitos financeiros, o relatório mostra que 44% da Geração Z (18-25 anos) têm um cartão de crédito. Isto indica um nível notável de envolvimento financeiro, com uma parte significativa já a participar na utilização de cartões de crédito.

Para os especialistas da Oliver Wyman, representa um marco significativo na compreensão desta geração influente. À medida que a Geração Z emerge como uma força importante no panorama do consumo, as empresas devem adaptar-se e adaptar as suas estratégias para se ligarem eficazmente a esta geração digitalmente nativa, orientada para objetivos e diversificada.

Desafio e uma responsabilidade para as empresas e marcas

Além disso, com base nas conclusões do relatório, a Oliver Wyman recomenda uma série de estratégias para as empresas envolverem a Geração Z.

Em primeiro lugar, é essencial reestruturar a oferta de produtos. Os bancos têm de atender às preferências e necessidades específicas da Geração Z, por exemplo, oferecendo interfaces digitais de fácil utilização com funcionalidades inovadoras. Além disso, a criação de produtos para transações de baixo custo ou mesmo sem custos, como os cartões de crédito garantidos, pode ajudar os jovens a criar crédito e a atingir os seus objetivos financeiros.

Outra recomendação crucial é que as empresas tenham uma forte presença nas redes sociais. A Geração Z tem quase o dobro da probabilidade de citar as redes sociais como o impulso para o investimento, em comparação com as gerações mais velhas. Por isso, envolver-se de forma autêntica nas plataformas de redes sociais, onde os membros da Geração Z se reúnem, é crucial para uma comunicação e um envolvimento eficazes.

A ênfase na confiança é vital para as empresas que procuram estabelecer uma ligação com a Geração Z. O relatório revela que estes jovens ainda valorizam as instituições tradicionais e estabelecidas, com quase metade a indicar que confiam nos bancos para cuidar do seu bem-estar financeiro. Criar confiança e cultivar relações com esta geração será fundamental para conquistar o seu negócio, tanto agora como no futuro.

Por último, as empresas devem abraçar a diversidade, ouvindo as diferentes preferências e opiniões de cada década. A Geração Z é heterogénea: com diferentes desejos, necessidades e crenças. Identificar, compreender e satisfazer estas preferências variadas será essencial para servir os diversos perfis que constituem a geração do futuro.

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Portugal Duty Free e Licor Beirão celebram portugalidade com edição exclusiva

Disponível, a partir deste mês, em todos Portugal Duty Free nos aeroportos nacionais embalagens exclusivas de Licor Beirão, com ilustrações personalizadas das regiões do país onde as lojas estão localizadas: Lisboa, Porto, Algarve, Açores e Madeira.

A ideia pretende celebrar as características de Portugal junto de todos os viajantes que diariamente passam pelos aeroportos nacionais, que podem levar uma lembrança carregada de Portugalidade para casa: Licor Beirão embalado numa caixa com uma ilustração rica da essência dos principais pontos turísticos nacionais.

“Na Portugal Duty Free valorizamos a Portugalidade e o que de melhor se produz no nosso país. Queremos que cada passageiro que passe pelas nossas lojas, leve uma boa recordação de Portugal, por isso, apostamos num portfólio vasto em produtos e marcas nacionais, desenvolvendo iniciativas ao longo do ano que os destaquem. Termos Licor Beirão, marca que é um símbolo nacional, a desenvolver este packaging especial a pensar nos nossos clientes vem, precisamente, ao encontro da nossa estratégia e é uma mais valia na nossa oferta”, refere Cláudia Carvalho, diretora de marketing da Portugal Duty Free.

“Portugalidade faz parte da nossa essência, não fossemos nós O Licor de Portugal! É por isso que, como a bebida preferida dos portugueses, queremos levar Portugal em cada garrafa, não só pelo nosso precioso líquido, mas também por um packaging, uma ilustração, que é quase uma ode a Portugal. São edições como estas que nos enchem de orgulho e que sabemos que irão fazer a diferença na escolha de produtos portugueses pelos viajantes que passam diariamente pelos nossos aeroportos”, acrescenta Daniel Redondo CEO do Licor Beirão.

 

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Exportação

SagalExpo regressa a Lisboa de 28 a 30 de abril

De 28 a 30 de abril de 2025, a FIL, em Lisboa, volta a receber mais uma edição da SagalExpo. Durante três dias, empresários portugueses e compradores internacionais reúnem-se num evento que promove a inovação e a excelência das marcas e produtos portugueses.

A próxima edição da SagalExpo já tem data: de 28 a 30 de abril de 2025, a FIL volta a receber aquela que é considerada a maior plataforma para a exportação de marcas e produtos portugueses do setor agroalimentar.

A organização lembra que num momento em que a procura global por produtos de elevada qualidade aumenta, a SagalExpo é o espaço certo para impulsionar a internacionalização das empresas portuguesas e abrir portas a novos mercados.

Durante três dias, empresários portugueses e compradores internacionais reúnem-se em Lisboa para um evento, promovido pela Exposalão, que promove o networking, a promoção da inovação e a presença das empresas portuguesas no cenário internacional.

Na última edição, nos dias 15, 16 e 17 de abril, a SagalExpo reuniu 380 empresas e mais de 1100 compradores estrangeiros.

 

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

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Retalho

Setor de retalho alimentar europeu com perspectivas de crescimento otimistas para os próximos anos

De acordo com o mais recente relatório de retalho da Savills, Portugal registou, no 1º semestre, um aumento de 49% no volume de investimento no setor de retalho alimentar em relação ao ano anterior.

De acordo com o mais recente relatório de retalho da Savills, o setor de retalho alimentar europeu apresenta perspectivas de crescimento otimistas para os próximos anos. A análise conclui que a melhoria do índice de confiança dos consumidores, a diminuição da inflação, a redução das taxas de juro e o aumento previsto nas vendas a retalho são bons indicadores para consumidores, retalhistas e investidores.

O aumento do consumo impulsionará os planos de expansão dos principais operadores, acelerando a abertura de novos espaços. Estes fatores desempenharão um papel significativo no estímulo ao apetite dos investidores e no incremento dos volumes de investimento para o segmento.

“Em Portugal, os operadores alimentares nacionais e internacionais têm planos de crescimento ambiciosos. As transações deste tipo de ativo têm vindo a ganhar importância nos últimos anos. O volume do primeiro semestre de 2024 ascendeu a 58 milhões de euros, um aumento de 49% face ao primeiro semestre de 2023. O interesse dos investidores nesta classe de ativos tem aumentado, suportado pela resiliência deste segmento, que goza de sólidos fundamentos de mercado com elevada resistência aos ciclos económicos.”, comenta José Galvão, head of retail na Savills Portugal.

Já  James Burke, global cross border investment da Savills, afirma que “embora a falta de stock possa limitar o número de transações, os negócios de sale & leaseback e as fusões e aquisições apoiarão a atividade no mercado. Esperamos continuar a assistir à consolidação dos portfólios à medida que os grandes intervenientes no setor do retalho alimentar procuram aumentar a sua quota de mercado”. “Espera-se que as yields dos supermercados permaneçam estáveis ​​durante o resto do ano e comecem a subir em 2025, à medida que as taxas de juro em toda a Europa caem e os investidores procuram aumentar a sua exposição ao mercado.”, acrescenta.

Larry Brennan, head of european retail Agency da Savills, sublinha que “estamos a começar a assistir a um aumento na preferência dos consumidores por lojas de conveniência e de menor dimensão, levando muitos retalhistas a concentrarem-se em lojas ‘express’ no centro da cidade e a reduzirem o formato de hipermercado maior”. Para o responsável, “as lojas independentes e de conveniência, que se tornaram cada vez mais proeminentes desde o início da pandemia, permitem aos consumidores fazer compras mais pequenas, mais frequentes e essenciais, perto das suas casas” e que,  como resultado, “os compradores tornaram-se muito mais dependentes do que é local e menos frequentes nos supermercados maiores. Isto está a fazer com que muitos retalhistas repensem a sua presença com hipermercados.”.

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Alimentar

Estudo português conclui que carne de porco é mais sustentável que a de vaca

Um estudo desenvolvido pelo centro de investigação da Egas Moniz School of Health and Science destaca a carne de porco como uma opção alimentar nutritiva e mais sustentável do que a carne de vaca, oferecendo benefícios para a saúde e o meio ambiente.

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A carne de porco, que representa 30% do consumo mundial de carne, é apontada por um estudo da Egas Moniz School of Health and Science como uma alternativa mais sustentável que a carne de vaca.

Com um perfil nutricional rico em proteínas de alta qualidade, vitaminas do complexo B e minerais essenciais como zinco e ferro, a carne de porco, especialmente cortes magros como o lombo, possui menos gordura saturada.

Este estudo sublinha que a carne suína, quando integrada numa dieta equilibrada, não apenas oferece benefícios nutricionais, mas também reduz o impacto ambiental, sendo considerada uma das cinco opções alimentares mais sustentáveis.

Os resultados foram publicados na revista Foods e a pesquisa foi conduzida pelas investigadoras Filipa Vicente e Paula C. Pereira.

 

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Alimentar

O melhor ketchup do Reino Unido é feito com tomate português

O ketchup da marca Rubies in the Rubble, produzido com tomate 100% português, foi distinguido pelo The Sunday Times. A Casa Mendes Gonçalves é o produtor exclusivo da marca.

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O The Sunday Times elegeu o ketchup da marca Rubbies in The Rubble, produzido pela Casa Mendes Gonçalves com tomate 100% português, como o melhor ketchup do Reino Unido.

“Estamos muito orgulhosos em produzir o melhor ketchup do Reino Unido, eleito pelo The Sunday Times, e entusiasmados por anunciar que a Casa Mendes Gonçalves tem uma participação na empresa Rubies in the Rubble, além de continuarmos a ser fornecedores exclusivos. Acreditamos que esta parceria será essencial para reforçarmos o nosso compromisso com a sustentabilidade, o combate ao desperdício alimentar e o reconhecimento do valor do tomate português”, explica Ricardo Ferreira, CEO da MG Foods & Care, área comercial da Casa Mendes Gonçalves.

A Rubies in the Rubble, marca especializada em condimentos sustentáveis, dedica-se ao combate ao desperdício alimentar ao aproveitar frutas e vegetais excedentes e imperfeitos nas suas receitas. Esta distinção acontece numa altura em que a Casa Mendes Gonçalves passa a ter uma participação na empresa através da criação de uma joint venture, com o objetivo de reforçar o compromisso da valorização do tomate de origem portuguesa e explorar internacionalmente o potencial de uma marca única em propósito e compromisso para o planeta.

“Não poderíamos estar mais felizes e empolgados nesta parceria com a Casa Mendes Gonçalves. Na Rubies in the Rubble, construímos uma marca respeitada e com propósito, e estamos ansiosos para causar um impacto ainda maior através da nossa parceria”, explica Jenny Costa, Fundadora da Rubies in the Rubble.

Desde que foi criada, em 2012, a marca britânica já transformou mais de 992 toneladas de frutas e vegetais excedentes e imperfeitos e a venda dos seus produtos já permitiu evitar a emissão de mais de 832 toneladas de CO2.

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Alimentar

Portugal produziu mais vinho e mais azeite em 2023

Portugal registou em 2022/2023 a maior produção de vinho desde 2001 e a segunda campanha oleícola mais produtiva de sempre.

O ano agrícola 2022/2023 em Portugal foi o mais quente desde que há registos sistemáticos, que começaram no ano agrícola 1931/1932. A produção de maçã foi igual à de 2022, a de pera e de cereja decresceram, enquanto a dos cereais para grão registou a piro campanha de sempre. Também diminuíram as produções de Kiwi, de castanha e de citrinos, excetuando-se a de limão. Em contrapartida, cresceram a produção de arroz, de vinho – que aumentou em quase todas as regiões, e de azeite.

Estes são alguns dos dados das Estatísticas Agrícolas 2023, que o Instituto Nacional de Estatística revelou nesta terça-feira.

Ainda em relação ao tempo, os dados do INE sublinham que dos nove anos agrícolas que registaram temperaturas médias superiores a 16°C, cinco aconteceram na última década. “O ano agrícola registou uma precipitação total de 947,8mm (superior em 103,5mm à normal 1981-2010), classificando-se como chuvoso. No entanto, a primavera de 2023 foi a segunda mais seca desde 1931 (atrás da primavera de 2009, com 96,3mm) e a mais quente deste século”, revela o documento.

A boa notícia foi que a precipitação acumulada no outono/inverno possibilitou alguma recuperação dos níveis de armazenamento das albufeiras e regadios privados, permitindo que a campanha de regadio decorresse com normalidade.

Os recordes no vinho e no azeite…

O INE confirmou que, no ano passado, a produção de vinho aumentou em quase todas as regiões, atingindo os 7,4 milhões de hectolitros: foi o valor mais elevado desde 2001. Outro número positivo chegou da produção de azeite, que ultrapassou os 1,75 milhões de hectolitros (160,8 mil toneladas). Foi a segunda campanha oleícola mais produtiva de sempre, mas o elevado teor de humidade das azeitonas “dificultou a extração de azeite, o que resultou numa funda menor”, indica o relatório.

Os dados divulgados esta terça-feira referem ainda qie apesar de dificuldades pontuais de escoamento e armazenamento do milho para grão, devido à concentração das colheitas antes das chuvas, houve um aumento de produção de 7%, face a 2022.

A produção de arroz subiu 15% devido aos aumentos de área e, principalmente, de produtividade, e de tomate ascendeu a 1,69 milhões de toneladas (+19%), posicionando esta campanha como a segunda mais produtiva. A área de tomate para a indústria foi de 17,2 mil hectares (+13%) do que em 2022.

O relatório sobre o ano agrícola 2022/202 revela também que em 2023, a superfície ardida em Portugal correspondeu a 34,5 mil hectares no Continente e 5,2 mil hectares na Região Autónoma da Madeira, o que posiciona 2023 como o terceiro ano menos severo da última década.

… e as quebras na produção

As temperaturas altas influenciaram a campanha dos cereais para grão de outono/inverno 2022/23, muito marcada pela seca severa da primavera. Como resultado, foi a pior de sempre para todas as espécies cerealíferas, resultado dos decréscimos de áreas, exceto cevada, e de produtividades.

Cereais

Pelo segundo ano consecutivo a produção de pera diminuiu (-11%, face a 2022), tendo sido mesmo “a pior campanha desde 2012 devido às condições meteorológicas adversas”, revela o INE, acrescentando que “a intensificação do fogo bacteriano tem exercido uma pressão acrescida sobre o setor”, e tem obrigado ao arranque e abandono de muitos pomares nas zonas afetadas.

Também diminuiu a produção de cereja, que em 2023 foi de 11,8 mil toneladas, o que corresponde a menos de metade da alcançada em 2022. Mais uma vez, fruto das condições meteorológicas adversas, que afetaram os pomares e condicionaram todo o ciclo, desde a diferenciação floral, floração e vingamento do fruto até à maturação.

A produção de kiwi decresceu 8%, “mas a qualidade dos frutos foi muito boa”, evidenciando calibres regulares, com reflexo positivo nos preços. E á exceção do limão, os citrinos também tiveram uma redução significativa das produções, explicada pela boa produção do ano anterior e pela seca severa, nomeadamente no Algarve, onde houve restrições na utilização de água para rega. “Nas variedades de laranja tardias o decréscimo foi da ordem dos 50%, contribuindo decisivamente para a diminuição global de 26%”, indica o anuário agrícola do INE.

E pelo terceiro ano consecutivo, a produção de castanha foi condicionada por problemas fitossanitários, agravados pelas secas, com impacto na qualidade e quantidade da produção global colhida, que foi inferior em 1/3 em relação à média do último quinquénio.

Já a produção de maçã foi semelhante à de 2022, embora na região do Oeste tenha registado um decréscimo de 15%, compensada em parte pela produção em Trás-os-Montes, que aumentou cerca de 8%, tendo parte da produção sido desviada para a indústria.

Menos produção animal, mais leite

A produção total de carne situou-se nas 904 mil toneladas, um decréscimo de 1,1%, quando comparada com 2022.


A produção de carne de reses (468 mil toneladas, incluindo a carne de bovinos, suínos, ovinos, caprinos e equídeos) teve uma descida de 4,3%, enquanto a produção de carne de animais de capoeira (inclui galináceos, perus e patos) cresceu 2,7%, tendo atingido as 421 mil toneladas.

A produção bruta de ovos de galinha totalizou 152 mil toneladas, um aumento de 1,8%, com o volume de ovos para consumo (131 mil toneladas) a crescer 1,6% e o de ovos para incubação (22,0 mil toneladas) a aumentar 3,2%, face a 2022.

A produção total de leite contabilizou 1.996 milhões de litros, correspondente a um aumento de 1,4% relativamente a 2022, com o volume de leite de vaca (1 901 milhões de litros) a aumentar 1,6% e os leites de ovelha e cabra com decréscimos de 2,6% e 4,9%, respetivamente.

“A produção da indústria de lacticínios nacional em 2023 resultou num maior volume total de produtos lácteos, evolução que ficou a dever-se ao acréscimo ocorrido nos produtos frescos (leite para consumo superior em 2,5%), já que o total de produtos transformados teve uma ligeira redução, com a produção de queijo a diminuir 4,8%, enquanto a manteiga e o leite em pó aumentaram 14,9% e 18,0%, respetivamente”, lê-se no relatório.

Indústrias alimentares: 17 mil milhões de euros em vendas

O anuário agrícola do INE confirma as indústrias alimentares como a principal atividade da produção industrial nacional, com 16,5% do total das vendas em 2023 (14,7% em 2022), ano em que 77,4% do valor das vendas das indústrias alimentares teve como destino o mercado nacional (-0,2 p.p. face a 2022) e 16,9% a União Europeia (+0,1 p.p. face a 2022).

O valor das vendas das indústrias alimentares em 2023 fixou-se nos 17 mil milhões de euros, mais 1,3 mil milhões de euros face a 2022. A atividade de ‘abate de animais, preparação e conservação de carne e de produtos à base de carne’ foi a mais valorizada das indústrias alimentares com 20,0% do total do valor de vendas (19,2% em 2022).

Já a indústria das bebidas faturou 3,7 mil milhões de euros em 2023, mais 166 milhões de euros que em 2022, tendo a ‘indústria do vinho’ contribuído com 49,5% do total do valor das vendas (51,9% em 2022).

Sobre o autorAna Grácio Pinto

Ana Grácio Pinto

Bebidas

Costa Boal aposta no enoturismo com aquisição da Quinta de Arufe em Favaios

Projeto envolve a compra de quinta com 5 hectares de vinha, para a construção de um hotel 4 estrelas, com adega e restaurante. Investimento ultrapassa os 3 milhões de euros

Hipersuper

A Costa Boal Family Estates prepara-se para entrar no mercado do enoturismo, com a aquisição da Quinta de Arufe, em Favaios, Alijó, com cerca de 5 hectares de vinha, para a implementação de um projeto, que inclui a construção de uma unidade turística de nicho.

O investimento envolve, além da produção de vinho, a recuperação de um edifício datado de 1920, que se encontra em avançado estado de degradação, onde será instalado o hotel de 4 estrelas, com 16 quartos (que terão nomes de castas), e incluirá uma sala de provas, uma horta biológica e um restaurante panorâmico, com assinatura de chef. O espaço fica junto à Estrada Nacional 322 e irá promover “a ruralidade e a cultura” desta freguesia do Douro.

A arrancar ainda este ano, o projeto está orçado em mais de três milhões de euros e está previsto que nos inícios de 2026 as portas se abram para receber os primeiros hóspedes.

Com este projeto, assente na sustentabilidade, a Costa Boal pretende “promover o contacto direto com a natureza e o Douro, num ambiente familiar e intimista, onde reinem a calma e a tranquilidade, mantendo a aposta em produção de vinhos únicos”. O objetivo é ter uma oferta capaz de despertar o interesse do mercado nacional e internacional, com foco no Brasil, França e Reino Unido.

“Neste local, os hóspedes terão oportunidade de conhecer as várias atividades agrícolas da região, como as vindimas e o pisar das uvas nos lagares, e envolverem-se nas mesmas, absorvendo, desta forma, toda a cultura de uma das mais notáveis regiões portuguesas”, adianta António Boal, responsável pela Costa Boal Family Estates. A oferta vai estender-se a atividades e programas de animação turística, como provas e harmonização de vinhos, visitas guiadas ao Museu do Pão e Vinhos de Favaios, passeios de barco privados, trilhos pedestres e cycling.

“Queremos potenciar ao máximo o rendimento da exploração da propriedade, aproveitando as características naturais e a sua localização privilegiada, junto à Estrada Nacional 322-3, complementando-a com uma forte componente turística de excelência”, acrescenta o produtor.

 

 

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Navigator

(imagem de arquivo)

Não Alimentar

Resultado líquido da Navigator cresce 16% impulsionado pelo negócio de UWF, Tissue e Packaging

A Navigator regista resultados históricos, com o 2º melhor primeiro semestre de sempre da sua história.

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A The Navigator Company encerrou o primeiro semestre de 2024 com um resultado líquido de 159 milhões de euros, um crescimento de 16% face ao período homólogo do ano passado. Nos primeiros seis meses do ano em curso, o EBITDA registou um crescimento de 18%, atingindo os € 299 milhões, situando a margem EBITDA em 28%, beneficiando da redução dos custos variáveis em todos os segmentos de pasta e papel e também dos custos fixos.

“Registe-se que no segundo trimestre de 2024, o EBITDA atingiu € 165 milhões, um crescimento homólogo de 35%, refletido numa margem EBITDA de 31,2%, colocando também estes resultados na 2ª posição dos melhores segundos trimestres de sempre da Navigator” refere em comunicado.

O volume de negócios alcançou os € 1.066 milhões, um crescimento de 9% face ao mesmo período do ano passado.

As vendas de papel de impressão e embalagem totalizaram 673 mil toneladas, o que representa um crescimento homólogo de 26%, avança. Já o volume de vendas do negócio de tissue atingiu as 94 mil toneladas, um aumento homólogo de 54% enquanto o volume de vendas do segmento de packaging da Navigator registou uma subida de 90%, também face ao 1º semestre de 2023.

Maior dinâmica na procura de papeis de impressão e escrita

Ao longo do 1º semestre de 2024 assistimos a uma evolução positiva da procura, essencialmente impulsionada pela regularização de stocks na cadeia de distribuição, especialmente na Europa.

A procura aparente global apresentou um crescimento no 1º semestre de +1,3% em todos os segmentos, com a procura por papel UWF mais forte com uma evolução de +1,6% e os papéis CWF registaram um crescimento de 0,6%, enquanto os papéis com fibra obtida por via mecânica apresentaram um aumento de 1%.

Na Europa, a procura aparente de papel UWF apresentou um crescimento de 14,8% durante o semestre, com o segmento das folhas para a indústria gráfica a apresentar o maior crescimento de 20,6%, seguido do papel de escritório (+14,8%) e das bobines para impressão industrial (+10,1%). A Navigator registou este semestre crescimentos superiores a estes pelo que teve um aumento de quota de mercado na Europa face ao período homólogo.

Por seu lado, na China registou-se um forte crescimento de 7,1%, bem acima da tendência verificada nos últimos 5 anos (CAGR 2,9% 2019-2023).

A Navigator reporta que as vendas de papel de impressão e de embalagem totalizaram 673 mil toneladas no semestre, o que representa um crescimento homólogo de 26%. De destacar a robustez do modelo de negócio assente em diferenciação, produtos premium e marcas próprias fortes nos diferentes mercados onde a Empresa opera, salienta.

As marcas de fábrica no papel de impressão representaram perto de 77% das vendas no semestre (vs. média de 67% registada no período 2012-2023), realçando a resiliência da estratégia da Empresa. A quota de produtos premium, mantém-se elevada face ao ano de 2023, 59% (vs. média de 53% registada no período 2012-2023). Por seu lado, as vendas de papel de embalagem assentam numa operação comercial 100% alicerçada em marca própria – gKraft. “Em contextos de mercado mais difíceis, as marcas próprias e os segmentos de maior valor acrescentado oferecem uma proteção adicional aos resultados da Navigator”, sublinha.

 

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Retalho

Lidl volta a apoiar a Liga de Bombeiros Portugueses

Até dia 31 de julho, a loja da insígnia que, por distrito, tiver uma maior adesão à fatura eletrónica entregará 2.500 euros a uma Corporação de Bombeiros.

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O Lidl volta a reconhecer a importância crucial do trabalho dos bombeiros, com o lançamento de uma nova campanha na app Lidl Plus, que tem o duplo objetivo de sensibilizar os clientes para a redução do uso de papel, contribuindo para a preservação do meio ambiente, e de apoiar a Liga de Bombeiros Portugueses.

Até 31 de julho, a loja Lidl de cada um dos 18 distritos de Portugal que tiver o maior número de novos clientes a aderirem às faturas eletrónicas, através da app Lidl Plus, irá entregar 2500€ a uma Corporação de Bombeiros. No total serão entregues 45.000€, de norte a sul do país, aos soldados da paz.

No ano passado, por ocasião do 2º aniversário da app Lidl Plus, foram doados 36.000€ a 18 corporações de bombeiros, uma por distrito, possibilitando-lhes um apoio significativo durante a pré-época de incêndios. A parceria do Lidl com a Liga dos Bombeiros Portugueses data de 2016 e apoia as corporações nacionais no combate aos fogos ao fazer chegar, através das suas lojas e entrepostos de todo o país, cabazes com bens alimentares para ajudarem quem, na linha da frente, combate as chamas. No total o Lidl já doou mais de 165.000 alimentos aos Bombeiros Portugueses.

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Exportação

Grupo Garland cria nova empresa para acelerar processos alfandegários

O Grupo Garland criou a Garland Customs Solutions. A nova empresa do grupo surge com um capital social de 100 mil euros.

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O Grupo Garland ciente de que os processos alfandegários costumam ser um dos maiores desafios para quem importa e exporta dentro e fora do território aduaneiro, com mercadorias retidas, documentação extra ou cobrança de taxas desconhecidas, criou a Garland Customs Solutions, que surge com um capital social de 100 mil euros.

Esta nova empresa surge com o objetivo de tratar o processo alfandegário de empresas e pessoas singulares em seu nome, assim como prestar consultoria aos clientes, com esclarecimentos de dúvidas sobre classificação aduaneira, origem das mercadorias, regimes, cálculos de imposições, entre outras.

A Garland Customs Solutions avança em comunicado que formou um despachante oficial e investiu ainda em todo o software inerente à atividade, dispondo também de um armazém alfandegado, que permite assim englobar um serviço de transporte de mercadorias com todos os processos relacionados com o cliente, sem que este tenha de tratar com mais nenhuma empresa.

Esta empresa também facilitará a interligação entre as empresas do Grupo existentes, sendo que a que mais beneficiará será a Garland Transport Solutions.

“A criação de uma nova empresa, representa sempre uma nova aposta, neste caso num novo mercado. Em relação ao Grupo Garland, esta empresa para além de ter um crescimento próprio, externalizado, irá responder também às necessidades internas, já existentes”, explica Giles Dawson, administrador do Grupo Garland e CEO da Garland Transport Solutions. “Este ano será de crescimento controlado, onde prevemos não suprimir, ainda, as necessidades internas do Grupo a 100%”, acrescenta.

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