“Retalhistas têm de alterar o atual foco da contenção de custos para o investimento estratégico”
“É preciso alterar o atual foco da contenção de custos para o investimento estratégico”, sugere um estudo feito em parceria pela Bain & Company e a National Retail Federation. E dá exemplos de métricas que vão além dos custos: “a consistência da disponibilidade em loja, o tamanho do cesto de compras, a fidelização do cliente à marca e a percentagem do seu gasto que o retalhista tem assegurada”

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“Os retalhistas precisam de alterar o atual foco da contenção de custos para o investimento estratégico”, sugere um estudo feito em parceria pela Bain & Company e a National Retail Federation. E dá exemplos de métricas que vão além dos custos: “a consistência da disponibilidade em loja, o tamanho do cesto de compras, a fidelização do cliente à marca e a percentagem do seu gasto que o retalhista tem assegurada”.
De acordo com as conclusões do estudo, até 2030, os retalhistas vão assistir a um crescimento modesto do lucro do comércio tradicional (atividades de retalho centradas na simples venda de mercadorias adquiridas a fornecedores). Em vez disso, a maior parte do crescimento do lucro deverá vir de atividades que vão além do comércio, como os marketplaces, publicidade e serviços financeiros, indica o estudo. “Prevemos que, num mercado ocidental típico, as atividades além do comércio possam vir a representar metade dos lucros dos retalhistas em 2030”.
“Melhorar a situação da função da cadeia de abastecimento é vital porque o ambiente mudou e com isso as expetativas dos compradores, que são cada vez mais elevadas desde que estalou a pandemia. Garantir o abastecimento tornou-se essencial num contexto como o atual, marcado pela existência de risco de choques na oferta e uma pressão inflacionista de caráter mais persistente ao esperado”, comenta Borja Tramazaygues, senior partner e diretor global da área de procurement da Bain & Company.
Os consumidores querem entregas mais rápidas. Nos supermercados dos EUA, por exemplo, mais de três quartos dos pedidos online chegam agora no mesmo dia, enquanto um quarto dos millennials está disposto a pagar até 15 dólares pelas entregas em casa numa hora, revela o estudo, indicando ainda que os shoppers desejam também entregas mais flexíveis, produtos mais frescos e são menos tolerantes quando se deparam com a falta de stocks e menos sortido.
Estar à altura destas expetativas pode sobrecarregar as cadeias de abastecimento e a rentabilidade. Em resposta, alguns retalhistas estão a investir para superar este repto. No mais recente inquérito da Bain & Company à cadeia de valor do retalho, realizado em colaboração com a National Retail Federation, foi perguntado aos seus líderes que estratégias que estão a implementar para lidar com a migração acelerada para o comércio eletrónico e impulsionar a sua proposta de valor ao cliente. Concluiu-se que 66% estavam a otimizar o inventário, 50% a implementar novas estratégias de entrega e 45% a abrir microcentros de logística.
A falta de stock está entre os contratempos da cadeia de valor que mais pode prejudicar a relação entre um retalhista e os seus clientes, conclui o estudo. “Este é o mais exasperante de todos os episódios que os compradores geralmente encontram no supermercado. A falta de stocks é ainda uma situação de alto risco em outros setores da distribuição, que pode fazer com que o comprador desiludido troque de estabelecimento”.