Análise: valor da Amazon bate recorde, Lidl é marca europeia que mais cresce e Mercadona entra para lista das mais valiosas
Além de continuar a encabeçar a lista das marcas mais valiosas, pelo terceiro ano consecutivo, a Amazon tornou-se a primeira marca a ultrapassar a fasquia dos 200 mil milhões de dólares […]

Ana Catarina Monteiro
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Além de continuar a encabeçar a lista das marcas mais valiosas, pelo terceiro ano consecutivo, a Amazon tornou-se a primeira marca a ultrapassar a fasquia dos 200 mil milhões de dólares em valor. Os dados são Brand Finance, apresentados esta terça-feira em Davos (Suíça), por ocasião do World Economic Forum.
A empresa de Jeff Bezos cresceu 17,5% em valor, durante 2019, subindo a partir dos 187,9 mil milhões de dólares para os atuais 220,8 mil milhões de dólares. Esta avaliação separa a Amazon em 60 mil milhões da segunda classificada, a Google, e em 80 mil milhões da terceira, a Apple. Estas duas empresas trocaram de lugar, depois de dois anos consecutivos a assumirem a mesma posição no pódio.
Microsfot, Samsung, ICBC, Facebook, Walmart, Ping An Insurance e Huawey fecham, por esta ordem, o top dez das marcas mais valiosas.
A Walmart voltou este ano a integrar este top, registando um aumento de 14,2% na sua avaliação, face a 2018, dos 67,867 milhões de dólares para os 77,520 milhões.
Por setores, depois das empresas de tecnologia e da banca, o retalho surge como terceiro setor mais valioso. No ranking estão representadas 45 marcas dedicadas ao retalho que, em conjunto, alcançam quase os 800 mil milhões de dólares em valor.
Lidl é marca que mais cresce na Europa
Entre todas as marcas europeias, a Lidl foi a que mais cresceu durante o último ano, apresentando uma subida de 39,6% face a 2018, para os 12,4 mil milhões de dólares em valor.
O estudo destaca que o Lidl e o Aldi são “as marcas de retalho que apresentam um crescimento mais acelerado, provando que o e-commerce deixou de ser o único caminho de sucesso no setor”.
Também a Mercadona está pela primeira vez representada no ranking, ocupando a 464ª posição. Entre as cadeias de retalho espanholas, a Zara caiu da 96ª posição para o 128 lugar e o El corte Inglés surge na 401 posição, tendo descido 40 posições.
Retalhistas online começam a perder valor
As redes de lojas físicas que “aprenderam a adaptar-se com sucesso a um mercado em constante mudança estão a obter ganhos”, enquanto “alguns retalhistas online começam a perder valor de marca”, à medida que este canal gera menos impulso. É o caso do Ebay, cujo valor caiu, novamente, em 9% desta vez, para os 8,2 mil milhões de dólares.
“Apesar da disrupção sem precedentes causada pelo e-commerce, a afirmação de que entrar no digital traz sucesso instantâneo, enquanto as lojas físicas estão condenadas à extinção, está a provar-se errada”, declara David Haigh, CEO da Brand Finance.
A empresa justifica o marco histórico atingido pela gigante do e-commerce Amazon através do seu “contínuo investimento em produtos e serviços, assim como em outros setores em ascensão e inovação tecnológica”. No entanto, alerta que a maioria da receita da empresa advém do retalho e os desafios ao crescimento da sua atividade principal podem resultar numa estagnação do valor da empresa.
Depois de a Nike ter anunciado, em novembro de 2019, que deixará de vender os seus produtos na Amazon, a fim de apostar no seu próprio canal de venda online, “outras grades marcas podem tomar o mesmo rumo”, o que poderá enfraquecer a marca mais valiosa do mundo, lê-se no documento.
Por outro lado, a empresa enfrenta, na Europa, oposição com base em questões ambientais, e a saturação do mercado na China, assim como as contestações de pequenos e médios comerciantes na Índia, onde, para contornar a situação, a empresa anunciou recentemente um investimento de mil milhões de dólares.