Equipamentos

“Novos equipamentos ‘self service’ da Fujitsu desenhados em Portugal”

Foi no centro de inovação da Fujitsu em Lisboa que se conduziu de raiz o processo que levou ao desenho final de todo o software de ‘self service’ que a multinacional japonesa vai exportar agora em todo o mundo

Rita Gonçalves
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“Novos equipamentos ‘self service’ da Fujitsu desenhados em Portugal”

Foi no centro de inovação da Fujitsu em Lisboa que se conduziu de raiz o processo que levou ao desenho final de todo o software de ‘self service’ que a multinacional japonesa vai exportar agora em todo o mundo

Rita Gonçalves
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Entrevista a Susana Soares, diretora de Marketing da Fujitsu, e João Carvalho, Head of Retail Western & Eastern Europe, Middle-East, India & Africa na Fujitsu

Foi no centro de inovação da Fujitsu em Lisboa que se conduziu de raiz o processo que levou ao desenho final de todo o software de ‘self service’ que a multinacional japonesa vai exportar agora em todo o mundo

A Fujitsu anunciou a inauguração dos seus laboratórios em Espanha. O que fazem?

João Carvalho (JC): A sua tarefa principal é a inovação, em ligação com o Japão. Desenvolver mas também adaptar ao mercado europeu alguma da inovação que se faz noutros centros.

Portugal pode receber um destes laboratórios?

JC: Embora não tenhamos uma estrutura com essa designação temos dois centros de excelência no mundo, localizados em Portugal. Um na área de serviços, o pilar de todo o serviço de ‘help desk’. Toda a capacidade que a Fujitsu desenvolveu globalmente teve os seus primórdios em Portugal. Devíamos ter mais orgulho na história desta filial portuguesa de uma das 40 maiores empresas do mundo, que fatura 50 biliões. Esta é uma das áreas na qual a marca mais de realiza, teve a sua génese em Lisboa e agora está em Braga.

Susana Soares (SS): Abrimos recentemente um centro de serviços em Braga. Temos cerca de mil pessoas a prestar serviço para 400 mil utilizadores em 23 línguas para todo o mundo a partir de Braga e Lisboa. E Braga criámos 300 postos de trabalho. Nesta fase o investimento acumulado são 15 milhões de euros na área de competência dos serviços. O investimento global é de um milhão.

JC: Outra área onde Portugal é, no contexto europeu sobretudo, uma bandeira e tem uma equipa de elite é a do retalho, na qual eu trabalho. Uma equipa técnica de 14 profissionais que faz desenvolvimento de novos produtos e é umas das forças vivas da marca.

No fundo, faz o mesmo que os laboratórios?Joao carvalho

JC: Sim, mas só na área do retalho. E há propriedade intelectual feita em Portugal. Neste momento, a condução do processo que levou ao desenho final de todo o nosso software de ‘self service’ foi feito em Portugal.

Como esta solução, designada Impulse, que exibem na feira (Digital Enterprise Show)?

JC: É um exemplo de ‘selfchekout’ mas sobretudo um exemplo de democratização do equipamento. É acessível em termos económicos e vantajoso do ponto de vista espacial. Monta-se em qualquer parede e em qualquer sítio onde seja possível prestar um serviço ao cliente, como um linear.

Quanto pode custar aquela uma estação?

JC: Pode custar cerca de 50% de um equipamento homólogo da geração anterior, ou seja a que se instala hoje. Uma nova geração de software permite esta redução, segue as grandes tendências da evolução da tecnologia, oferecer o dobro pelo mesmo preço ou o mesmo por metade do preço.

A barreira económica vai-se derrubando a cada geração e facilitando a acessibilidade não apenas de grandes mas também de pequenas empresas à tecnologia, que há uns anos eram quase inacessíveis.

Como a Internet das Coisas?

JC: Está em tudo. Já é a nossa vida. Temos uma solução – “Retail Engagement Analytics” – já apresentada no mercado português e que está em avaliação por parte de alguns retalhistas. Este software sobretudo faz o ‘tracking’ de clientes dentro da loja e permite ao retalhista saber em que zonas há mais tráfego, quais são os ‘hot spots’, as zonas frias e, sobretudo, quando um ‘hot spot’ se transforma efetivamente em venda. E projetos de deteção em tempo real mas sobretudo de antecipação de ‘stockout’.  O que mais tira o sono aos retalhistas, um dos seus principais desesperos. Esta solução permite antecipar algumas horas antes a rutura do stock, sobretudo nos produtos com elevada rotação de compra.

Como se faz a antecipação?

JC: Com inteligência, ‘software’, em cima do conhecimento exato do planograma da loja, da área e da quantidade de produtos alocada a um espaço, do ‘stock’ no início do período de venda e na deteção em tempo real de todas as compras a acontecer na frente de loja, mesmo que seja um hipermercado com 80 caixas. Sei qual o ‘stock’ na prateleira, a frequência de venda e mais ou menos a que horas é provável que esgote.

Os números dizem que em média cerca de 60% dos artigos não estão na prateleira, mas estão na loja. Já viu como isto impacta o negócio do retalhista? Mais de 50% das vendas são perdidas. Produtos alternativos ou seus substitutos só são a solução adotada por menos de metade dos clientes. Em mais de metade dos casos, são vendas perdidas. Há um estudo que diz que há quarta repetição de um fenómeno deste, o cliente neste tipo de produto abandona e vai para o concorrente. Imagine um artigo onde haja algum envolvimento emocional entre a marca e o cliente, como a comida para o bebé, por exemplo.

Joao FujitsuE no âmbito da integração entre os canais físicos e digitais. O que estão a fazer?

JC: Investimos 15 milhões de dólares no desenvolvimento de um produto – Fujitsu Marketplace. A ideia de pegar no que existe e evoluir continuamente muitas vezes não serve. Há elementos que são vitais para a vida do retalhista e nós temos muita vocação para o espaço de loja, essa é a área onde temos mais história e experiência. Então desconstruímos tudo o que tinha sido feito até então, de alguma forma era já um processo em curso, com a crescente especialização de cada um dos elementos que faz a venda. Entendemos que não havia forma de fazer frente ao que então era o futuro e hoje é o presente senão construir um motor de raiz, um motor multicanal, capaz de sintetizar toda e qualquer transação, seja oriunda do canal A, B, C ou D. Por acaso, o POS tradicional que está no checkout é um desses canais. O processo de desconstrução tem a ver com uma filosofia de olhar para os desafios que se prende com o seguinte: Há muitos desafios de IT (Tecnologias de Informação), corporativos e até organizacionais quando se inicia e vive um processo de transformação digital e a única forma de lhes fazer frente é garantir que temos peças compatíveis com todos os momentos em que a marca contacta o consumidor, seja qual for o canal – o comercial, o serviço apoio a clientes, a loja, entre muitos outros. Se algum destes não tem as mesmas ferramentas torna-se incompatível com o mundo onde vivemos.

Se hoje a barreira económica não é o principal entrave à transformação digital, quais são os principais obstáculos?

JC: Penso que a dificuldade intrínseca de passar de um estágio a outro, dos impactos que isso tem nas empresas, que foram adotando novas práticas, com a fidelização ou as promoções, e têm que garantir que isto tudo chega, de forma consistente e com coerência, a todos os pontos de contato, seja numa compra num canal seja numa devolução ou num contato para um canal de informação.

Outra barreira tem a ver com o facto de a complexidade do negócio ser tão grande. Garantir que a equipa de IT quando está altamente focada na necessidade de garantir que o negócio não pare não está ao mesmo tempo constrangida na liberdade de evoluir. Há uma enorme energia dedicada em garantir que o que existe não falha. E isso vai ter implicações enormes a nível organizacionais. São precisas pessoas de IT dedicadas a uma e a outra vocação. É difícil que a mesma pessoa ou grupo faça as duas coisas. Só 13% da energia (orçamento de IT) é dirigida para transformação. É isto que todos estamos a fazer. Este é também um dos dilemas dos retalhistas.

Se dedicam 67% em manter, 20% em expansão., que basicamente é replicar o que existe, então, apenas 13% é transformação.

Uma das grandes apostas da Fujitsu anunciadas nesta feira é a plataforma na ‘cloud’ MetaArc.

SS: É a plataforma digital que une todos os componentes de inovação que estamos a exibir na feira, ou seja, como é que vamos compatibilizar e gerir a parte de manutenção, o IT robusto, aquele que tem que continuar a existir e a ser robusto, e o lado do IT que segue a transformação digital, tudo o que está a ser incorporado. Como é que vou incorporar os dados não estruturados que vem das redes sociais na minha organização? Como é que vou incorporar os ‘software as service’ nos meus sistemas tradicionais? O que o MetaArc faz é aproximar todos estes mundos através de milhares de conectores preparados para o efeito.

Essa é a grande aposta?Susana Soares, fujitsu

SS: Sim, e é o grande desafio dos CIO (Chief Information Officer) das empresas: Como é que vão gerir o facto de os budgets de IT serem cada vez mais virados para as unidades de marketing e de negócio? Quando há estudos que indicam os budgets vão estar muito mais centrados no futuro nessas unidades do que no próprio IT. E depois como é que o IT vai continuar a compatibilizar a integridade dos dados dos seus clientes, a segurança, movimentando os tais mecanismos mais robustos com o tradicional e a inovação.

Existem cerca de 100 projetos internacionais com Meta Arc, cerca de 20 no retalho, pode dar um exemplo?

JC: Não estamos autorizados pelos clientes a divulgar.

São na Europa?

JC: São com empresas europeias, com uma das marcas mais conhecidas do mundo e que está em Portugal também. E também no Japão. Está a implementar-se a solução Marketplace, uma das bandeiras do omnicanal. A nossa plataforma de comércio tem ‘baskets’ oriundos de qualquer canal geridos por esse motor de fora. Foi o investimento de 15 milhões que lhe falei, começou há quatro anos e foi feito de raiz para esse propósito.

Estamos também a trabalhar com três clientes para a nova geração de self-service – não gosto de reduzir isto a ‘selfcheckout’ porque o que temos hoje instalado é da geração anterior. São máquinas monolíticas, pensamos hoje, mas que em breve serão agregadores de transações. Isto é, o consumidor tem a sua lista padrão na máquina de casa, vai à loja e comprar mais três ou quatro produtos, adiciona à lista padrão através do telemóvel e depois faz o ‘scanning’ no self-checkout. O self transformou-se não num checkout sem operador mas num ‘hub’ que agrega atos de compra de uma série de canais.

E na área da gestão de filas de espera?

JC: Temos um projeto com um dos cinco maiores retalhistas do mundo, presente aqui em Espanha. Essa solução determina com exatidão, com um nível de precisão enorme, em tempo real, o comprimento exato das filas de espera. O que se pode fazer com estes dados? Conseguimos mapear cronologicamente, com exatidão, não apenas quando a capacidade de atendimento está em baixa mas também quando está em excesso. É um instrumento valioso para a qualidade do serviço que se presta em loja. Acho que os retalhistas nunca têm gente a mais, tem é uma distribuição que gostavam de fazer melhor, a capacidade de trabalho disponível a cada momento. Se 60% dos ‘outstocks’ não estão na prateleira mas estão naquela loja, porquê ter gente a mais na caixa?. Não existiam até hoje ferramentas, exceto a intuição. A solução deteta através de imagem o comprimento das filas e reporta a quantidade de pessoas e o tempo.

Neste retalhista este projeto está a ser visto com um impulsionador de adesão ao mundo digital com benefícios relevantes para a empresa que resultam da adoção de tecnologia.

Qual o vosso parque de máquinas no retalho em Portugal?

JC: Temos soluções instaladas em cerca de 1000 hiper e supermercados em Portugal. Consideramos que temos a maioria da Sonae e toda a Jerónimo Martins, e se, estes dois juntos representam mais de 50% da quota de mercado, então neste segmento alimentar somos líderes.

Qual a estratégia para fazer crescer o negócio em Portugal, concretamente na área de retalho?

JC: Estamos a fazer uma alteração no nosso portefólio. Novos produtos e novas plataformas de software, tudo à beira de sair em todo o mundo. Sempre que houver um grande lançamento no mundo na área do retalho, Portugal está lá.

Quanto pesa o mercado português na faturação global da Fujitsu?

JC: Significa mais, seguramente, do que o peso da economia portuguesa na economia mundial. O budget de IT de retalho em Portugal, por exemplo, são menos de 60 milhões ano na grande distribuição. Em França são 1800 milhões. A Fujitsu em Portugal vende um terço da filial francesa.

Sobre o autorRita Gonçalves

Rita Gonçalves

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José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries
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José Serras Pereira: “Biscoff não é apenas uma bolacha, é um sabor”

A Lotus Bakeries, empresa belga reconhecida pelas icónicas bolachas Biscoff, está a reforçar a sua presença em Portugal. Para compreender melhor o que implica esta mudança de estratégia da marca no nosso país, falámos com José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries.

Como é que surgiu este desafio de trabalhar a presença da Lotus Bakeries em Portugal?
Sempre trabalhei no setor dos bens de consumo e passei por diversas multinacionais, como a Central de Cervejas, Prime Drinks e Philips. Fui contactado através de um processo de recrutamento para gerir a Lotus Bakeries diretamente em Portugal.
A marca já estava presente no país há alguns anos, através de um distribuidor. No entanto, a nossa estratégia global passa por assumir a gestão direta do negócio quando a marca atinge um certo nível de desenvolvimento. Foi nesse contexto que entrei para liderar este processo, após um exigente processo de entrevistas, e aceitei o desafio de consolidar a presença da Lotus Bakeries no mercado português.

osé Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries

José Serras Pereira, Portugal Sales Manager da Lotus Bakeries

O que mudou com a transição da distribuição para uma gestão direta da marca?
Quando uma marca é gerida diretamente, conseguimos um foco maior e uma estratégia mais alinhada com os nossos objetivos. O distribuidor fez um excelente trabalho, mas, quando é a própria marca a gerir o conhecimento, os recuros e o foco naturalmente são superiores, com impacto directo nos resultados.
Antes de assumirmos a operação, realizámos uma análise ao mercado, avaliando fatores como o consumo per capita e o potencial de crescimento da categoria. Identificámos um forte potencial de expansão, o que nos levou a tomar a decisão de gerir diretamente a operação. Essa mudança já deu frutos: nos primeiros 8 a 9 meses, realizámos uma transição estruturada e, agora, estamos efetivamente a acelerar o crescimento do negócio.

Que impacto teve esta mudança nos resultados da empresa em Portugal?
Os primeiros números são bastante positivos. Nos primeiros dois meses de 2025, já crescemos mais de 200% face ao mesmo período do ano anterior.
Em 2024, temos seis meses com o distribuidor e seis meses independente. Portanto, temos um ano atípico. Mas se olharmos para 2023, o último ano completo com o distribuidor, e compararmos com 2025, vamos quadruplicar o nosso negócio.

Em que retalhistas podemos encontrar as bolachas Biscoff?
Neste momento, estamos em todos os principais retalhistas, exceto Lidl e Mercadona, onde, estrategicamente, não planeamos entrar no curto prazo. E estamos na Aldi a fazer alguns in and outs.
Estamos também a expandir a nossa presença através de inovação e a garantir que os consumidores têm mais oportunidades de experimentar os nossos produtos em diferentes momentos de consumo.

E as parcerias que têm com McDonald’s e Delta, por exemplo, são importantes?
É importantíssimo. Mantemos parcerias estratégicas com marcas como McDonald’s, KFC, Delta e Wheel Frozen Yogurt, entre outros, que são fundamentais para aumentar a notoriedade da marca e permitir que mais consumidores experimentem o sabor Biscoff.

Quais são os principais fatores para o sucesso da Lotus Bakeries a nível global?
A marca apresentou no mês passado os resultados globais na Bélgica. E voltámos a crescer a cerca de 16%. Vamos com uma média de crescimento dos últimos 10 anos muito perto dos 20%. Ou seja, a marca globalmente está de facto num momento muito saudável. E isso ajuda-nos a todos, pois cada vez mais vivemos num mundo global.
A Lotus Bakeries, nomeadamente com Biscoff tem três pilares fundamentais para o seu crescimento global. O primeiro é o produto. O nosso sabor, a nossa textura é muito forte. E, dentro do produto, destaco a versatilidade. Nascemos como uma marca cujo grande momento de consumo era o café. Se formos a países como a Bélgica e Holanda, o consumo do café é um momento fortíssimo.
Depois a marca evoluiu, e esse é um foco a curto prazo em Portugal, para um snack de consumo doméstico, onde somos cada vez mais fortes.
O segundo está relacionado com parcerias globais. Acreditamos que trabalhar com marcas como McDonald’s, KFC, Haagen dazs entre outras, tem sido um motor de crescimento, permitindo que os consumidores experimentem o nosso produto de forma natural e integrada no dia a dia.
Por último, a acessibilidade: a nossa estratégia passa por estar presente em vários momentos de consumo, tanto no retalho como em cafés e pastelarias, e oferecer um preço competitivo que facilite a experimentação.

A Lotus Biscoff posiciona-se como uma marca premium?
Não. Queremos afastar-nos dessa perceção. Não somos premium, somos mass market. É aí que nós queremos competir. Como sabe, nesta categoria, assistimos a uma série de subidas de preços e todos têm subido, de forma bastante relevante, os preços. Nós temos aguentado exatamente para nos posicionarmos com um preço médio mais competitivo.

Como têm acompanhado esta subida de preços das matérias-primas?
Optámos por manter um preço competitivo. Utilizamos promoções estratégicas para garantir que mais consumidores experimentam o nosso produto, uma tática essencial num mercado tão competitivo como o português. No curto prazo, o principal o principal KPI do nosso negócio, mais do que a quota de mercado, é a penetração. Ou seja, para nós é fundamental chegar à casa dos consumidores.
As promoções desempenham um papel fundamental no mercado português. Funciona muito bem e, portanto, temos tentado estar mais vezes em promoção, garantindo que o nosso posicionamento promocional é suficientemente atrativo para as pessoas experimentarem.

Como estão a trabalhar o crescimento e a inovação da marca?
A inovação é um fator-chave. O Biscoff não é apenas uma bolacha, é um sabor, e o nosso objetivo é expandir esse sabor para novas categorias, como gelados, chocolates e cremes de barrar.
Biscoff não é só bolachas, Biscoff é um sabor. A inovação passa muito mais por dentro de outras categorias tendo o sabor Biscoff presente junto dos nossos consumidores e dos nossos shoppers. O grande foco da empresa é o desenvolvimento do sabor Biscoff, que é ligeiramente diferente do tradicional da FMCG das grandes empresas.

O mercado português tem alguma particularidade em relação a outros países que exija um trabalho específico da marca?
Sim, cada mercado tem as suas especificidades, e Portugal não é exceção. Em comparação com Espanha, por exemplo, onde a regionalização tem um peso significativo. Nós é quase tudo nacional.
Uma das principais particularidades do mercado nacional é o peso das promoções e a elevada concentração do retalho. Dois dos principais players representam quase 50% do mercado, o que é uma realidade pouco comum noutros países. Além disso, no mercado português as promoções têm um grande peso.
Outra especificidade relevante é a estrutura de distribuição para o canal Horeca. Em Portugal, os cash & carries são tipicamente route to market para o canal tradicional. Esta dinâmica obriga-nos a ter uma estratégia de pricing bem definida para os três canais principais: retalho, cash & carry e distribuidores.

A marca tem uma estratégia específica para diferentes faixas etárias?
Essa segmentação é essencial. Fizemos alguns estudos de consumidor e um dos insights mais interessantes foi perceber que o maior momento de consumo de bolachas em Portugal é ao pequeno-almoço, e que o maior grupo de consumidores tem menos de 35 anos.
Atualmente, o nosso produto é mais consumido por um público acima dos 35 anos, associado a momentos como o café, um snack indulgente à tarde ou um guilty pleasure ocasional depois do jantar. No entanto, para expandirmos o consumo a faixas etárias mais jovens, apostámos na inovação, lançando bolachas recheadas com chocolate, baunilha e creme Biscoff.
Nos mercados onde já introduzimos esta inovação, verificámos um aumento da penetração em consumidores mais jovens e um maior consumo ao pequeno-almoço. Acreditamos que essa tendência se repetirá em Portugal, o que nos permitirá aumentar a nossa base de consumidores e impulsionar o crescimento da marca.

Como está a evoluir a operação ibérica da Lotus Bakeries?
A nossa expansão em Espanha nos últimos anos foi impressionante: em 2017, faturávamos 3 milhões de euros e, em 2025, vamos fechar com cerca de 50 milhões de euros.
O nosso objetivo para Portugal é replicar esse sucesso, ajustando a estratégia às especificidades do mercado nacional, como a concentração do retalho e a forte dependência das promoções.

Quais são os planos futuros para a marca em Portugal?
A curto prazo, o foco está no crescimento das vendas e ponto de venda. Queremos garantir que os consumidores encontram os nossos produtos nos principais retalhistas e canais de consumo.
A médio prazo, vamos expandir a equipa e estruturar melhor as nossas operações, contratando Key Account Managers, especialistas em Category Management e equipas de vendas para fortalecer a nossa presença no mercado.

Sustentabilidade é uma prioridade para a Lotus Bakeries?
Sim, totalmente. A sustentabilidade é um pilar estratégico para o grupo e não abdicamos dele para crescer mais rapidamente.
Temos metas ambientais definidas, como a redução da pegada de carbono, e todas as nossas novas fábricas seguem critérios de sustentabilidade rigorosos. Este compromisso reflete-se também na forma como desenvolvemos os nossos produtos e embalagens.

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

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Planta junta-se a Gordon Ramsay em nova campanha global Skip the Cow

A Planta acaba de anunciar uma nova parceria com o chef Gordon Ramsay, no âmbito da campanha internacional Skip the Cow, que convida os consumidores a experimentarem uma alternativa vegetal à manteiga tradicional.

Nesta nova colaboração, Ramsay testa e aprova a Planta Planteiga, um produto 100% vegetal, feito com apenas sete ingredientes naturais e que promete o mesmo desempenho e sabor rico da manteiga de origem animal, mas com menos 75% de impacto climático. O objetivo da campanha é claro: ajudar os consumidores a elevarem os seus hábitos culinários de forma mais sustentável, sem comprometer o sabor.

“Acredito numa alimentação natural, com ingredientes de qualidade, e posso dizer com toda a sinceridade que a Planta Planteiga me surpreendeu. Desde ovos mexidos a bolos de chocolate, pus o produto à prova. Dá-me a cremosidade e o sabor rico que obtenho da manteiga, com a vantagem de ser mais sustentável. Convido as pessoas testarem este produto e verem o que conseguem criar nas suas casas!”, afirma Gordon Ramsay.

“Não podia estar mais orgulhosa de anunciar a nossa nova campanha Skip the Cow, que conta com a participação do icónico Gordon Ramsay. Esta campanha representa um ousado passo em frente na apresentação da versatilidade e sabor da Planta Planteiga para cozinhar. A paixão de Gordon por comida excecional alinha-se perfeitamente com o nosso compromisso com a inovação e a oferta de alternativas sustentáveis, sem lacticínios, que não comprometem o sabor ou o desempenho. E se Gordon Ramsay acha que é bom, quem somos nós para discordar?”, comenta Jessica Pita, Iberia Marketing Lead da Flora Food Group.

A parceria surge num momento em que, segundo um estudo da OnePoll, 57% dos portugueses que cozinham confiam nas mesmas cinco receitas, e 20% só experimentam uma nova receita de poucos em poucos meses. No entanto, 86% dizem querer melhorar as suas competências na cozinha.

A campanha Skip the Cow já está a ser lançada a nível mundial, com presença em televisão, canais digitais e outdoor, e chega agora também a Portugal.

Sobre o autorHipersuper

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Nacional moderniza a embalagem das suas icónicas Marinheiras

A nova embalagem destaca-se pelo seu sistema de abertura e fecho fácil, que permite o consumo gradual das bolachas, mantendo-as frescas por mais tempo.

A Nacional acaba de lançar uma nova embalagem para a sua gama de bolachas Marinheiras, numa iniciativa que se insere no processo de rebranding da marca. Esta novidade chega ao mercado com o objetivo de proporcionar uma melhor experiência aos consumidores.
Atualmente posicionada como uma das marcas de referência no segmento das Marinheiras, a Nacional continua a investir em inovação para consolidar a sua presença nos lares portugueses. A nova embalagem destaca-se pelo seu sistema de abertura e fecho fácil, que permite o consumo gradual das bolachas, mantendo-as frescas por mais tempo.
“Este lançamento representa um marco importante na evolução da nossa marca. Queremos oferecer aos consumidores produtos que aliam tradição, qualidade e praticidade. A nova embalagem das Marinheiras reflete o nosso compromisso com a inovação, sem nunca perder a essência que nos define há mais de 170 anos”, afirma Filipa Rosa, Biscuit Category Manager da Nacional.
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Retalho

Lidl reforça apoio aos Bombeiros Portugueses com nova campanha através da app Lidl Plus

A iniciativa decorre até 27 de abril e vai atribuir 3.000 euros a uma corporação por distrito, totalizando 54.000 euros em donativos.

O Lidl Portugal acaba de lançar uma nova campanha solidária que reforça o apoio às Corporações de Bombeiros Portugueses, desafiando os seus clientes a contribuírem de forma simples, através da utilização da app Lidl Plus.

A campanha insere-se na estratégia de sustentabilidade da insígnia, ‘Mais Lidl’, que se estrutura em três eixos: Mais para o Planeta, Mais para a Comunidade e Mais para Si. Neste caso, a ação visa simultaneamente incentivar a digitalização de faturas, promovendo a redução do consumo de papel, e apoiar os bombeiros portugueses num momento em que se aproximam os meses críticos do verão.

A dinâmica é apresentada como simples: a loja Lidl de cada distrito que registar o maior número de faturas eletrónicas entre 14 e 27 de abril vai escolher a Corporação de Bombeiros local a quem será entregue o donativo. A campanha volta assim a mobilizar clientes para causas sociais, reforçando a parceria com a Liga dos Bombeiros Portugueses, numa colaboração que já soma três campanhas consecutivas.

Desde 2016, o Lidl já doou mais de 200.000 bens alimentares, equivalentes a 154.000 euros, às corporações de bombeiros em Portugal. Estes apoios têm sido distribuídos através das lojas e entrepostos da insígnia, de Norte a Sul do país, especialmente durante os períodos mais críticos de combate a incêndios.

Apoio do Lidl aos Bombeiros


  • 200.000 bens alimentares doados desde 2016

  • +154.000 euros em valor total de apoio

  • 54.000 euros em donativos previstos na campanha de abril de 2024

  • 3.000 euros por corporação distrital

  • 18 corporações apoiadas diretamente nesta nova iniciativa

  • 3 campanhas já realizadas através da app Lidl Plus

Sobre o autorHipersuper

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ESG

Recolha de embalagens aumentou mas Portugal mantém risco de incumprimento

O país precisa de acelerar para aumentar a recolha em todos os materiais de embalagem, nomeadamente no vidro e ECAL, conseguir cumprir as metas de 2025, alerta a Sociedade Ponto Verde.

Nos primeiros três meses de 2025, Portugal registou um aumento de 4% na recolha seletiva de embalagens, com mais 4.377 toneladas a serem enviadas para reciclagem, em comparação com o período homólogo do ano anterior.

O volume total recolhido supera as 116 mil toneladas, mas este ritmo de crescimento é insuficiente para Portugal conseguir cumprir as metas para este ano.

Em 2024, para o mesmo período, os serviços de recolha seletiva de resíduos de embalagens financiados ao SIGRE (Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens), pela Sociedade Ponto Verde (SPV) e outras entidades gestoras, atingiram o montante de 26,4M€. Já em 2025 os custos destes mesmos serviços atingiram 47,7M€, após a decisão de novos valores de contrapartida pelo Ministério do Ambiente e Ministério da Economia, igualmente para o 1º trimestre.

“O país tem de garantir a recolha seletiva de 65% de todas as embalagens colocadas no mercado durante este ano. Nesta medida, a prioridade tem de passar por melhorar significativamente o nível de serviço que é prestado aos cidadãos por parte dos sistemas municipais e multimunicipais, dispondo o SIGRE  de mais recursos financeiros para realizar investimentos em gerem resultados e ajudem a alcançar esse objetivo”, defende a Sociedade Ponto Verde.

Turismo é um desafio

Os dados dos três primeiros meses deste ano mostram que o vidro continua a ficar aquém da performance das outras embalagens, já que foram recolhidas 48.568 toneladas dos vidrões, “o que significa uma estagnação em comparação com igual período de 2024 (0%)”, informa a SPV.  Em relação às embalagens de cartão para alimentos líquidos (ECAL), foram recolhidas 2.247 toneladas (-5%), enquanto nos restantes materiais os dados do SIGRE, no mesmo período em análise, revelam que foram encaminhadas para reciclagem 38.157 toneladas de papel/cartão (+5%), 20.425 toneladas de plástico (+7%) e 467 toneladas de alumínio (+5%).

Nos três primeiros meses de 2025 a quantidade de vidro recolhido nos vidrões, estagnou em relação ao mesmo período de 2024

A SPV refere ainda o crescimento do turismo, impulsionado pelo aproximar do verão, como um desafio acrescido para a meta de recolha seletiva de 65% de todas as embalagens colocadas no mercado este ano. “Reduzir o impacto dos visitantes nos resíduos produzidos e na reciclagem de embalagens, torna ainda mais crucial acelerar a implementação de soluções tecnológicas inovadoras, em determinadas zonas do país, que permitam melhorar as redes de recolha junto do consumidor residencial e/ou do canal Horeca, onde existe uma maior pressão no consumo fora de casa”, alerta.

Para a CEO da Sociedade Ponto Verde, Ana Trigo Morais, “estes dados mostram que continua a existir a necessidade de uma maior articulação e colaboração entre todos os agentes da cadeia de valor para tornar o sistema cada vez mais eficiente e o país conseguir cumprir a meta que está definida para a reciclagem de embalagens em 2025”. A SPV mantém não só a sua disponibilidade, mas também um investimento muito significativo ultrapassar os desafios. Em particular, no tema do vidro e com foco no Horeca, alocámos 600 mil euros para financiar projetos de comunicação integrados no nosso programa ‘Juntos a Reciclar ++’, um claro esforço para continuarmos a trazer inovação ao país, sempre em cooperação com os parceiros que estão no terreno, e de forma a gerar mais e melhor reciclagem de embalagens deste material”, exemplifica.

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Exportação

CONFAGRI quer grupo de trabalho a monitorizar taxas dos EUA

“É tempo de olhar e reconhecer a importância estratégica da agricultura e abrir novos canais comerciais”, defende Idalino Leão, presidente da CONFAGRI.

Para a CONFAGRI é “essencial” haver uma resposta concertada, “assente no diálogo, na união e na preparação estratégica do setor”.

Em causa está a “crescente incerteza gerada pelos mais recentes desenvolvimentos nas políticas comerciais internacionais”, aponta, em particular no que respeita à imposição de taxas de importação de 25% 25% sobre o aço, o alumínio e os automóveis e outras “recíprocas” de 20% para um leque alargado de outros bens e que deverão entrar em vigor a 15 ne julho.

Em respostas, a União Europeia avançou, a 9 de abril, com a decisão de cobrar tarifas sobre importações a bens agrícolas e industriais norte-americanos.  São cerca de 1700 produtos, que vão passar a pagar pelo menos 25% para entrarem no espaço da UE.

Partilhando a legítima preocupação dos produtores e empresas agroalimentares nacionais, Idalino Leão, presidente da CONFAGRI sublinha que “este é o momento para agir com bom senso e serenidade, sendo importante alavancar medidas que visem mitigar as dificuldades dos setores agrícolas mais afetados direta e indiretamente pelas tarifas”.

Para a CONFAGRI é “essencial” haver uma resposta concertada “assente no diálogo, na união e na preparação estratégica do setor”

Nesse sentido, e ainda que afirme manter “a esperança de que se consiga alcançar um bom entendimento entre os líderes mundiais”, a CONFAGRI está a propor a criação de um grupo de trabalho que congregue os representantes de todos os elos da cadeia de abastecimento e produção agroalimentar, “com o objetivo de monitorizar, de modo articulado e permanente, os desenvolvimentos e negociações internacionais, de forma a agir, atempadamente, em prol da defesa da estabilidade económica e da soberania alimentar de Portugal”.

Para Idalino Leão, “é tempo de olhar e reconhecer a importância estratégica da agricultura e abrir novos canais comerciais.”, sendo necessário garantir que, perante contextos de crise, o setor agroalimentar dispõe dos instrumentos necessários para assegurar estabilidade aos produtores, às empresas e aos consumidores portugueses”.

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Bebidas

Edição limitada de Pedras Ananás reforça gama Pedras no verão

Este sabor vem complementar a gama Pedras Sabores, onde já constam limão, tangerina, maracujá e frutos vermelhos.

A edição limitada Pedras Ananás, que estará disponível durante a época mais quente do ano, é apresentada como uma bebida com “equilíbrio perfeito entre a doçura e a acidez”.

Vem complementar a gama Pedras Sabores, onde já constam os sabores de limão, tangerina, maracujá e frutos vermelhos e está disponível em garrafa 25 cl no canal on-trade e no formato 4x25cl nos hiper e supermercados de norte a sul do país.

Integrada no portefólio do Super Bock Group, Pedras Sabores é uma gama de bebidas com ingredientes naturais que tem na sua base Água das Pedras, uma água mineral natural gasocarbónica rara por ter gás 100% natural que é captada nas profundezas do subsolo granítico da região de Trás-os-Montes.

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Luis Bás, secretário-geral da ADIPA
Alimentar

ADIPA defende criação de uma Secretaria de Estado do Comércio e Serviços no próximo Governo

“Desde o primeiro momento, considerámos que a ausência de uma Secretaria de Estado do Comércio no atual Executivo não foi uma decisão acertada. A dimensão e o impacto económico do comércio justificam plenamente a existência de uma tutela específica”, defende Luís Brás, secretário-geral da ADIPA.

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O Conselho Coordenador da ADIPA – Associação dos Distribuidores de Produtos Alimentares –, órgão consultivo da Direção que integra algumas das principais empresas do comércio alimentar independente, que se reuniu no passado dia 10, defende a necessidade de o próximo Governo, a ser eleito nas legislativas de 18 de maio, criar uma Secretaria de Estado dedicada exclusivamente ao Comércio.

O setor do comércio e serviços representa uma parcela significativa do PIB nacional e é responsável por centenas de milhares de postos de trabalho. A ADIPA considera, por isso, que é fundamental que estas atividades económicas tenham, no seio do Governo, uma estrutura própria, capaz de lhes dar a devida atenção estratégica e de promover políticas públicas que reforcem a competitividade e a sustentabilidade do setor.

“Desde o primeiro momento, considerámos que a ausência de uma Secretaria de Estado do Comércio no atual Executivo não foi uma decisão acertada. A dimensão e o impacto económico do comércio justificam plenamente a existência de uma tutela específica. A criação desta Secretaria de Estado seria um importante sinal político e uma medida concreta para reforçar um setor que é essencial para o desenvolvimento económico e para a coesão social do país.”, afirma Luís Brás, secretário-geral da ADIPA.

 

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Campos da Vitacress
Alimentar

Simbiose e Corteva vão lançar nova biosolução agrícola na Europa

A Corteva assegurou os direitos de distribuição exclusiva do produto solubilizante de fósforo, da Simbiose, na Europa.

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A Simbiose, empresa brasileira de desenvolvimento de produtos microbiológicos para a agricultura, prepara-se para lançar no mercado europeu uma tecnologia de solubilização biológica de fósforo. Comercializado pela Simbiose no Brasil desde 2019, o produto foi desenvolvido com o apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e “deve chegar a mais de 20 países através da colaboração com a Corteva Agriscience, empresa global de ciência e tecnologia agrícola”, informam os dois parceiros.

Numa nota conjunta, referem que o bioproduto é capaz de aumentar a produtividade e a resiliência das culturas. “A solução quebrou paradigmas entre os produtores rurais do Brasil ao tornar-se o primeiro produto biológico de fósforo, baseado em micro-organismos solubilizadores de fosfato. Foi desenvolvido após mais de 20 anos de pesquisa realizada pela Embrapa Milho e Sorgo, sob a liderança da investigadora Christiane Paiva”, indicam.

A participação da Simbiose nos estudos da Embrapa começou no momento da validação dos testes com inoculantes e micro-organismos na cultura, a chamada fase de campo. Citada na nota, Christiane Paiva explica que a tecnologia do solubilizador biológico de fósforo atua desde o início do cultivo, quando bactérias aplicadas nas sementes ou no solo iniciam o processo de colonização que facilita a libertação do fósforo para as plantas, permitindo assim que as raízes absorvam mais nutrientes e aumentem a produtividade.

A Corteva assegurou os direitos de distribuição exclusiva do produto solubilizante de fósforo, da Simbiose, na Europa. “Estamos continuamente à procura de inovações que possam ajudar os agricultores a adaptarem-se aos desafios ambientais e de produtividade”, afirma Frederic Beudot, vice-presidente de Produtos Biológicos da Corteva Agriscience. “A combinação da qualidade do portfólio da Simbiose com as nossas capacidades de I&D e de agronomia local vai aproximar-nos mais deste objetivo”, acrescenta.
Na Europa, o produto será rebatizado com um novo nome, que será determinado pela Corteva.

“Com muitos estudos e avanços tecnológicos, a Simbiose estabeleceu-se no Brasil como uma empresa inovadora, sinónimo de qualidade e parceira dos produtores”, diz por sua vez Marcelo de Godoy Oliveira, CEO da Simbiose. “Em parceria com a Corteva, vamos abrir o mercado europeu à Simbiose, exportando um dos seus produtos mais inovadores e disruptivos. Esta colaboração tem tudo para responder a um mercado exigente, que procura cada vez mais a produtividade, com soluções sustentáveis e tecnologia de alta qualidade”, define.
A Simbiose e a Corteva esperam que o produto esteja disponível já em 2026, enquanto se aguarda a aprovação regulatória e a conclusão do processo de rebranding da marca no mercado local.

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Bebidas

Programa da Água Serra da Estrela quer proteger a água e regenerar a serra

‘Para Que Nunca Acabe’ pretende mobilizar comunidades, parceiros e consumidores para cuidar e valorizar a origem da água da Serra da Estrela.

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Proteger a água e regenerar a Serra da Estrela é o objetivo do ‘Para Que Nunca Acabe’, lançado pela Água Serra da Estrela. O programa reflete “o compromisso da marca com a preservação da água da Serra da Estrela e com a regeneração do ecossistema único onde nasce”, assegura a marca.

O Programa pretende promover uma mudança comportamental e um impacte ambiental positivo, através de práticas responsáveis da operação da marca, da regeneração da floresta e de práticas tradicionais que a protegem, e da mobilização de comunidades, parceiros e consumidores.

Reduzir a pegada hídrica e a pegada de carbono da marca, bem como a utilização de matéria-prima virgem, regenerar a floresta, o ecossistema e revitalizar práticas tradicionais que protegem a Serra, mobilizar as comunidades locais e os consumidores para adotarem comportamentos responsáveis são os três eixos de ação do ‘Para Que Nunca Acabe’.

O programa dá sequência a iniciativas ambientais já implementadas pela Água Serra da Estrela, “como o programa de reflorestação iniciado em 2002, através do qual foram plantadas mais de 1,7 milhões de árvores em parceria com várias organizações às quais se juntou mais recentemente a Associação Cuidar”, adianta a empresa. A marca foi pioneira na introdução de medidas que reduziram drasticamente o uso de plástico virgem, atingindo em 2025 o marco de utilização de 100% rPET em todas as suas embalagens.

“A Água Serra da Estrela nasce num lugar extraordinário, que todos temos o dever de proteger. Com o programa ‘Para Que Nunca Acabe’, queremos não só agir de forma responsável, mas envolver nessa ação todos os que estão determinados a que este património natural seja preservado para as gerações futuras”, afirma Ana Rita Martins, Marketing manager da Água Serra da Estrela.

 

 

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