TAP, Delta Cafés e Nestlé são as empresas mais atrativas para se trabalhar em Portugal
TAP, Delta Cafés e Nestlé são as empresas consideradas mais atrativas para os trabalhadores em Portugal, revela o estudo de ‘employer branding’, desenvolvido pelo ICMA Group para a empresa de recrutamento e formação Randstad
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TAP, Delta Cafés e Nestlé são as empresas consideradas mais atrativas para os trabalhadores em Portugal, revela o estudo de ‘employer branding’, desenvolvido pelo ICMA Group para a empresa de recrutamento e formação Randstad.
A Radstad reconheceu esta quinta-feira as empresas com maior notoriedade e com mais atração de trabalhadores em Portugal. O ‘ranking’ tem por base o estudo de mercado “Randstad Award” sobre ‘employer branding’ promovido pela empresa de recursos humanos há mais de 15 anos em 25 países, e que este ano chega ao nosso País.
Segundo a percepção da população ativa portuguesa, a companhia aérea portuguesa TAP lidera o Top 20 das empresas mais atrativas para trabalhar em Portugal, apontada por 67,21% dos inquiridos, segue-se a Delta Cafés com 66,03% e a Nestlé com 64,19%. Já no que se diz respeito às 20 empresas mais percepcionadas em liderança de mercado, os portugueses apontam sobretudo para “multinacionais”, sendo que nem todas aparecem com o mesmo destaque na atratividade para trabalhar.
Analisando por critérios demográficos, a TAP é eleita como empresa mais atrativa pelos inquiridos do sexo masculino e a Nestlé pelo sexo feminino. Por escalões etários, a TAP é eleita pelos inquiridos entre os 18 e 24 anos e 45 e 65 anos, enquanto a Delta Cafés é escolhida pelos inquiridos entre os 25 e os 44 anos. Os inquiridos com ensino secundário ou formação inferior identificam a Delta Cafés, enquanto os licenciados escolhem a TAP. Os inquiridos com mestrado ou formação superior apontam a Nestlé como empresa mais atrativa.
Na cerimónia de apresentação, a Randstad distinguiu ainda as empresas mais atrativas nas variadas categorias. A EDP vence nas categorias de “saúde financeira, equilíbrio trabalho-vida pessoal e sustentabilidade social e ambiental”, a Fnac Portugal pelo “ambiente de trabalho agradável” e a Galp Energia pela “segurança de trabalho a longo prazo, oportunidades de carreira e salários e benefícios”. Já a Novabase foi reconhecida pela “qualidade da formação” e a RTP pelo “conteúdo de trabalho interessante”.
Quanto às áreas de atividade mais atrativas, os setores das tecnologias da informação e consultoria dominam “quase na totalidade” o Top 3, segundo os critérios mais valorizados pela população ativa. Apenas para os critérios ambiente de trabalho e responsabilidade social e ambiental, o setor da saúde ocupa a primeira posição.
As áreas de tecnologias da informação e consultoria são indicadas por 51,06% como as mais atrativas, a saúde por 49,21% e o setor do turismo, hotelaria e lazer por 47,97%. Destaque ainda para as áreas da energia, ambiente e recursos naturais (44,90%), setor automóvel (41,70%) e telecomunicações (40,86%).
Cruzando critérios socio-demográficos, os inquiridos do sexo masculino escolhem as TI e consultoria enquanto turismo, hotelaria e lazer é o setor escolhido pelo sexo feminino. Por faixas etárias, o grupo entre os 18 e 24 anos opta pelo setor do retalho, enquanto os grupos 25 – 44 anos e 45 – 65 anos selecionam as novas tecnologias. Igual tendência verifica-se junto dos inquiridos com ensino secundário ou formação inferior e licenciados, que escolhem as TI, enquanto as pessoas com mestrado ou formação superior preferem o setor da saúde.
Portugueses valorizam salário, segurança laboral e progressão na carreira para mudar de emprego
Na hora de ponderar uma mudança de emprego, os portugueses pesam no salário, na segurança laboral e nas oportunidades de progressão de carreira como fatores mais importantes para a tomada de decisão.
Segundo o estudo, 71% dos inquiridos identificam o salário como o fator mais importante no momento de procurar um novo emprego, seguindo pela busca de um emprego estável e seguro (59%) e oportunidades de progressão na carreira (52%). Em sentido contrário como fatores menos valorizados pelos inquiridos estão fatores como a flexibilidade e a gestão forte, critérios que foram identificados como mais relevantes por menos de quinto do total dos inquiridos.
Por sua vez, do lado das empresas, os principais critérios valorizados na captação de talento são “a gestão forte, a saúde financeira da empresa e a formação”. “As oportunidades de progressão na carreira, a estabilidade laboral e o salário e benefícios são os critérios mais valorizados pelos candidatos, não sendo, no entanto, critérios prioritários nas estratégias das empresas”, explica a Randstad.
“Estes resultados revelam que as empresas têm necessidade de rever a sua abordagem ao mercado, havendo a necessidade de perceber o que os candidatos procuram e de reforçar as prioridades de talento que se procuram no mercado de trabalho”.
O estudo englobou 7 262 potenciais trabalhadores inquiridos, dos quais 3 756 mulheres e 3 506 homens, com idades entre 18 e 65 anos. As respostas basearam-se na perceção dos inquiridos em relação aos 157 maiores empregadores em Portugal (excetuando empresas públicas que não atuem em mercado em ambiente concorrencial). As entrevistas foram realizadas por via online entre setembro e dezembro de 2015.