Discounts estagnados desde 2005. Comércio tradicional é canal mais dinâmico em 2015
O formato discount está estagnado em Portugal há 10 anos. Pelo contrário, o comércio tradicional foi o protagonista da evolução da distribuição alimentar no ano passado
Rita Gonçalves
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A estrutura do retalho português está estabilizada. Até 1985, quando nasce o primeiro hipermercado no País, o retalho era muito fragmentado, na sua grande maioria constituído por lojas tradicionais. Dez anos depois, o hipermercado passou a representar 42% da oferta de comércio alimentar. Mais 10 anos passaram e chegou a era do supermercado que se desenvolve muito com a ajuda dos discounts. Dez anos mais tarde, o formato supermercado conquista a liderança, que consolida e, em 2014, representa 48% do comércio alimentar. A evolução do discount, por outro lado, está estagnada desde 2005. Constitui atualmente 16% do parque de lojas de retalho alimentar. Os dados são da consultora Nielsen.
As lojas tradicionais, por sua vez, representam hoje 10% da oferta comercial. Mas, em 2015, o comércio tradicional foi o formato mais dinâmico, com as vendas a crescerem 2,8%, depois de pelo menos sete anos abaixo da linha de água. O pior desempenho dá-se em 2008 e depois em 2010, quando as vendas arrefecem 9,7%.
As vendas evoluíram 0,7% nos hiper, 1,9% nos supermercados grandes, 1,2% nos super pequenos. E no comércio tradicional aceleraram 2,8%, à boleia do crescimento de cadeias organizadas como o Spar, Meu Super, Amanhecer, Spar, Coviran, entre muitas outras. “A modernização do comércio tradicional começou a dar frutos em 2015. O setor vai continuar a crescer ou pode, pelo menos, ter estancado as quebras a que assiste desde o aparecimento dos hipermercados?, questiona Vitor Amaral, Client Service Director. “Os dados dos dois primeiros meses do ano ainda não têm massa crítica suficiente para perceber se a tendência se irá manter”. A ver vamos.
Aumentam lares que compram online
O mais jovem dos canais da distribuição – ecommerce – ainda tem pouca expressão mas começa a traçar o seu caminho na Europa. Portugal não é exceção e continua a aumentar o número de lares que compra bens de grande consumo online (7,8%). No que diz respeito à penetração (percentagem de lares que fizeram pelo menos uma compra online de bens de supermercado), o nosso País não está muito longe da Alemanha, Espanha ou Itália, países onde este indicador está mais desenvolvido. “O retalho ainda está a descobrir qual a melhor forma de potenciar esta tendência”.
Os consumidores têm uma grande predisposição para comprar online porque consideram o serviço “conveniente”. Mas metade não passa à prática devido aos custos adicionais de entrega. Quando se atingir uma economia de escala com massa crítica, será o momento em que de repente tudo se começa a alterar. Quando? Vai depender do investimento dos retalhistas”.
Os sites das cadeias de retalho são cada vez mais visitados para consultar promoções. Em 2015, 85% dos portugueses visitou um sítio online para ver ofertas e promoções.