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O Retalho em 2040

Quando muitas empresas estão a pensar em 2020, propusemo-nos a uma reflexão muito mais longínqua. 25 anos à frente, como vão ser as lojas, os produtos, o transporte e a interação com o cliente? Quais as centelhas de inovação que vemos hoje que poderão impor as regras de mercado?

Rita Gonçalves
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O Retalho em 2040

Quando muitas empresas estão a pensar em 2020, propusemo-nos a uma reflexão muito mais longínqua. 25 anos à frente, como vão ser as lojas, os produtos, o transporte e a interação com o cliente? Quais as centelhas de inovação que vemos hoje que poderão impor as regras de mercado?

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Por Luís Rosário, Business&People Analytics da Jason Associates

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O desafio era no mínimo exigente, mas o exercício apaixonante. O que será o Retalho em 2040? Quando muitas das empresas estão a pensar em 2020, propusemo-nos a uma reflexão muito mais longínqua. 25 anos à frente, como vão ser lojas, produtos, transporte, interação com o cliente, campanhas… quais as centelhas de inovação que vemos hoje que poderão estar democratizadas e estejam a impor as regras de mercado?

Um exercício avassalador e que nos obrigou a um olhar muito à frente, conscientes que poderemos falhar significativamente em relação a algumas das previsões. Mas como o exercício era “risk free” avançámos. E daqui a um quartel de século, só desejamos estar por cá para ver o que falhámos e o que acertámos, crendo desde já que o exercício foi, per si, o ponto alto.

PRESSUPOSTOS DE PARTIDA

Fazer previsões a 25 a anos, sobre qualquer matéria, implica a assunção de alguns príncipios. Estabelecemos quatro fundamentais que esperamos, para o bem de todos, se mantenham:

  • O planeta ainda existe e funciona | Mudanças climáticas catastróficas, desastres de proporções bíblicas, nada disso aconteceu… O planeta está ao nosso serviço, andamos por cá, continuamos a fazer asneiras e milagres diariamente.
  • O planeta ainda é gerido pelos Humanos |Os robôs ainda não tomaram conta das operações, não existiu qualquer invasão alienígena. O Homem ainda dita as regras na Terra. Todavia, são muitos os especialistas em tecnologia, cientistas, investigadores de várias áreas, filósofos que têm alertado o mundo para o risco da Inteligência Artificial (IA) em algumas áreas. Stephen Hawking, Steve Wozniak, Demis Hassabis, entre outros, referiram este verão os perigos das armas autónomas construídas com recurso à IA – armas que “selecionam e escolhem alvos sem intervenção humana” e que, a existir, colocarão algo crítico fora do nosso controlo.
  • Ainda não aconteceu a 3ª. Guerra Mundial |É “wishful thinking” bem sabemos, mas é o pressuposto do exercício que este equilíbrio relativo e clima de paz “genérico” que existe (colocado em perigo ciclicamente) ainda se mantenha. O assunto tem estado na “ordem do dia”, não são necessários mais desenvolvimentos do tópico, todos sabemos as consequências.
  • O Evento de Carrington não se repetiu| O Sol por vezes tem explosões extremas. Quando elas vêm de encontro à Terra, temos problemas sérios. A última foi em 1859, e o ciclo estimado é de… 150 anos, mais coisa menos coisa. Segundo a National Academy of Sciences, se uma tempestade semelhante acontecesse nos dias atuais, causaria danos de mais de dois triliões de dólares na infraestrutura tecnológica moderna. A Internet cairia em todo o planeta, e levaríamos quatro a dez anos para a recuperação completa. A Predictive Science, através do Físico Pete Riley já nos deu as probabilidades: 12% são as chances de a Terra ser atingida por uma tempestade aniquiladora nos próximos 10 anos que provoque um desastre tecnológico massivo.

É mais ou menos isto. Se não ficou deprimido ou deprimida desde já e ainda tem interesse em ler o nosso artigo, Parabéns! Também como nós, acredita num mundo em 2040 real, e com retalho substancialmente diferente do atual.

O processo de “Thinking Forward” desenhado pegou em nove áreas chave, e implicou uma revisitação sequencial do modelo evolutivo de cada componente – isto é – depois de prever 2020, foi pensado 2030 e por fim chegámos a 2040. O que apresentamos no artigo são as questões chave de 2040 – como pensamos que o retalho estará em cada uma das áreas de análise daqui a 25 anos.

Impressão em 3D

Impressão em 3D

O PRODUTO E SERVIÇO CONTINUARÃO A SER REIS

Em 2040 as impressoras 3D serão as televisões do presente. Todos vão ter várias em casa, todos vão saber trabalhar com elas (desde os mais velhos, aos mais novos) mas serão um recurso secundário para criar o que queremos, dado que vamos continuar a comprar feito na maior parte dos casos.

Nos próximos dez anos as impressoras 3D vão democratizar-se e terão muitas mais funcionalidades. Já há hoje impressoras de grandes dimensões que fazem estruturas para casas, automóveis. A NASA tem um projeto de 3D “printing” alimentar que faz pizzas, e como sabemos, o desenvolvimento tem sido evidente. Em 2040 vamos poder imprimir “tudo”, à medida que os equipamentos e materiais diminuem de preço fruto da evolução previsível.

Então se todos poderão fazer tudo, qual o papel dos retalhistas em relação à inovação de novos produtos? A resposta estará, pensamos, no Design. Em 2040, o normal será escolhermos o design que queremos, pagar por ele, e imprimi-lo em nossas casas ou nos retalhistas para recolha ou entrega posterior. Por outras palavras, o que os retalhistas vão estar interessados em vender em algumas categorias (roupa, produtos para o lar) é o design e não o produto em si. O que os retalhistas irão fazer é limitar exclusividade, contratando para si designers específicos ou restringindo impressão de modelos a X unidades.

Prevemos que em 2040, no não alimentar, o produto perca interesse versus o design. O que se utilizará serão sobretudo Impressoras 4D, onde o objeto impresso é programável e se auto-reconfigura através do contacto com outros materiais (como já acontece com água).

E os produtos que compramos hoje? Os cenários previstos apontam para quatro evoluções chave:

  • A criação própria com micro-unidades familiares, que poderão ser dos retalhistas, pagando o cliente um ‘fee’, e que produzem o básico que precisamos para casa, em casa.
  • A substituição da proteína animal (vaca, porco, entre outros) por insetos. Face ao crescimento das necessidades de alimentação, a alimentação com base em insetos vai estar no nosso dia a dia. Vai ser mais ou menos como pensar em sushi há 25 anos, lembram-se? – Vejam a “Edibleunique” como exemplo do que será o futuro.
  • Embalagens que se consomem com os produtos, serão um ‘must have’ nos produtos (adeus reciclagem) – ver também o exemplo da “Edible Water Bottle”.
  • Novos produtos, resultantes da combinação dos designs ou da identificação de novos comestíveis, no fundo um regresso a um passado pré-histórico onde consumíamos de tudo o que a natureza nos proporciona.

Nos serviços as alterações serão também disruptivas, sobretudo porque estarão todos suportados em dados (que em 2040 serão de acesso livre em muitas áreas) e na utilização destes pelas unidades de Inteligência Artificial à disposição.

A tecnologia há de ser sempre uma trave base da evolução do retalho. Como sabemos, o desenvolvimento da computação “a sério” iniciou-se há cerca de 50 anos (A Lei de Moore surgiu exatamente em 1965) e neste momento estamos a assistir à fase onde o crescimento exponencial tecnológico ultrapassa o ciclo de previsão instituído (a duplicação da capacidade a cada 18 meses). Ainda o mês passado, Sir Tim Berners Lee, o inventor da WWW esteve na fundação Champalimaud a reforçar este tópico.

Que consequências se pespectivam? Bem, o desenvolvimento tecnológico alinhado com as melhorias dos algoritmos de desenvolvimento da Inteligência Artificial vão ditar quanto mais rápido vamos progredir, sobretudo nos temas relevantes para o retalho que serão Prever, Entregar, Robotizar, Automatizar.

Podemos dizer sem risco de nos enganarmos que em 2040 tudo será substancialmente preditivo, significativamente “responsive para os clientes. Se hoje já temos frigoríficos que analisam códigos e barras e nos dizem o que devemos comprar, será natural que este tipo de equipamentos faça todas as compras de forma autónoma por nós ainda antes de 2040. Esta questão abre o tópico de evolução seguinte – a Inteligência Artificial.

 


fantasy-639115_960_720INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL VAI SERVIR O RETALHO… E OS SEUS CLIENTES

Sabendo que teremos um enorme salto na inteligência artificial dos equipamentos e se a esta questão associarmos a robotização a trabalhar em prol daquilo que retalhistas e clientes necessitam, como serão os próximos 25 anos?

Em 2040, os retalhistas a quem dermos acesso às nossas vidas enquanto clientes, vão ter nos seus sistemas toda a informação sobre nós. Das preferências, ao “lifestyle, à informação genética, tudo estará disponível para que seja possível agradar ao máximo.

Sim, o retalhista saberá na plenitude quem somos, que agenda temos, como nos sentimos, o que faz falta ao nosso corpo e o que vamos necessitar, recomendando produtos e serviços em função disso. O acesso ou bloqueio de informação disponibilizada será baseado na ligação que queremos ter com as marcas. A partir do momento que dermos autorização, estaremos completamente ligados às máquinas e aos retalhistas que as gerem.

Hoje, temos a Internet das coisas, o nosso frigorífico e a nossa máquina de lavar roupa, com ‘dash buttons’ para fazer encomendas automáticas quando nos acaba o stock. Em 2040 as máquinas (as que estão em casa, mas também o carro, ou equipamento de escritório) pura e simplesmente não vão precisar de nós para fazer as encomendas. Vão fazê-lo por nós em função do que definimos como preferências. Quer sejam produtos alimentares, quer sejam de limpeza, quer sejam artigos para o lar ou roupa. Em 2040, as coisas e os objetos vão incorporar a preferências dos donos e fazer as compras fundamentais.

Esta evolução tripla (a evolução da robótica, da Inteligência Artificial e do que será a evolução da Economia da Partilha) aponta para que tenhamos em 2040 um exército de robôs, detidos por retalhistas, que nos ajudarão no que precisemos e que potencialmente serão partilhados pelos lares, servindo múltiplos clientes.

Atualmente a revolução de mercado mostra-nos que as pessoas são capazes de fazer melhor, mais rápido e de forma mais eficiente do que as empresas (como vemos pelas Uber, AirBnb, Alibabas do mundo), em 2040 acreditamos que será a robótica a fazer melhor que as pessoas.

 

robot-355340_960_720ROBOTIZAÇÃO, UMA REALIDADE DO DIA A DIA NAS OPERAÇÕES DE RETALHO

Esta componente não será um dos ‘insights’ deste artigo. Parece-nos consensual que em 2040 tudo o que for operacional e pode ser programado (ou seja, cuja interação não seja emocional) vai ser robotizado – vejam por exemplo o caso real do ‘Tally’, o robot que faz fotos dos lineares para determinar o que está fora de stock ou no local errado. Este robot, em 2015 compara o que regista com informação de armazém e com o planograma, capturando dados de 15 mil sku (stock keeping unit) por hora. Em 2040 fará muito mais.

Enquanto os consumidores quiserem produtos mais baratos, o custo da robotização vai continuar a diminuir até ser inferior ao custo humano (só assim as empresas de robotização poderão vingar no mercado de forma efetiva). E a realidade é que em 2040 não vão ser humanos nas lojas a fazer tarefas operacionais… desde a reposição de linear ao transporte do armazém para a loja, serão robots.

Em cima do processo de assistência e facilitação da operação, a evolução tecnológica permitirá alterações significativas nos próprios layouts e estruturas, ajustando-as de forma quase imediata. Um exemplo relevante que podemos indicar como pista de evolução é o projeto ‘Claytronics’, que combina robótica em nanoescala e ciência da computação para criar micro computadores (atoms) que se ligam entre si para formar objetos 3D tangíveis com os quais podemos interagir.

Adicionalmente, é importante salientar que acreditamos que em 2040 a função de logística não existirá controlada por humanos. Toda esta componente vai ser assegurada pela Inteligência Artificial. Os Recursos Humanos dos retalhistas estarão sobretudo matriz de formação as ciências da computação.

 

Mas haverá pessoas nas lojas em 2040? Acreditamos que sim, sobretudo três tipos:

  • Recursos de IT e Robótica (que garantem que tudo funciona)
  • Psicólogos (que darão o conforto emocional na compra)
  • Embaixadores das marcas ou ‘lifestyle assistants’

 

DAS ENTREGAS AO “ENTREGO-ME”Drone Fotolia.com (1)

Acreditamos que em 2040, com o expoente máximo da Inteligência Artificial e da robotização, o processo será “full service”. Isto significa que enquanto consumidores daremos os ‘inputs’ e preferências iniciais, mas que depois as máquinas farão as compras. Quando chegarmos a casa o que comprámos vai estar arrumado, sem intervenção nossa.

Este full service vai ser possível porque as casas vão estar equipadas com sistemas automáticos de segurança, de cariz temporário, que serão ativados conforme queremos e necessitamos. Desta forma, o robot ou a pessoa que for entregar as compras vai ter acesso temporário à nossa casa para entrar e sair. As casas mais recentes em 2040 terão sistemas internos de vigilância, pelo que estaremos totalmente tranquilos em relação à segurança dos nossos lares e bens.

A evolução expectável que prevemos é inclusive a passagem ao “Entrego-me”. O retalhista terá robots que receberão as indicações das compras a realizar, farão o “picking” dos produtos (assim como os robots da Amazon já estão a fazer neste Natal) e, dado que estarão dotados de sistema de GPS, tracking, geolocalização, capacidade de transporte e locomoção, irão diretos às nossas casas (se muito perto) ou serão empilhados num camião que assegura a colocação deles muito próximo das casas a visitar.

O futuro vai trazer muito provavelmente a “Self Delivery”. O que não sabemos para já é quem ganha a batalha do futuro das entregas: Os robôs ou os drones. Para já os robôs levam vantagem – vejam por exemplo o “Starship Robot”.

Independentemente do processo de entrega, o que temos agora em relação à gratuitidade da  mesma será uma utopia. Todos os modelos de entrega serão pagos, inclusivé o tradicional ‘click&collect’.

 

SÓ OS MELHORES RETALHISTAS VÃO PREVALECER, NUM RETALHO TRANSPARENTE E ALICERÇADO EM REFERENCIAÇÃOtelemovel loja- Fotolia.com

Todos os retalhistas que existirem em 2040 serão muito bons. Os que não forem vão morrer pelo caminho. Esta previsão surge porque o mundo da compra e venda de produtos e serviços no retalho vai ter a transparência como pilar estrutural de atuação.

À luz das preferências de cada um, os retalhistas oferecem a sua melhor proposta de valor. Porque o sistema de Inteligência Artificial que vai fazer as nossas compras não vai sequer considerar as piores propostas. E porque se tivermos uma experiência negativa, esse ‘feedback vai estar imediatamente disponível para todos verem e os sistemas de inteligência vão analisá-lo, incorporá-lo, diminuindo o ranking de preferências dessa componente, os retalhistas poderão falhar muito pouco, se quiserem ser os preferidos.

Esta componente da transparência e referenciação entre sistemas de inteligência que gerem as casas é que vai ditar quem são os retalhistas que vão estar no topo do ranking. Vai gerar a diferenciação e é com base nesta informação que deixaremos entrar marcas e retalhistas nas nossas casas – porque saberemos, e os nossos equipamentos acreditarão, que serão os melhores.

Mesmo com a possibilidade de comprar tudo, por multidispositivo, a qualquer hora, o retalhista manterá sempre a relevância local porque tem escala, é agregador e da forma mais eficiente e otimizada possível faz chegar até nós o que necessitamos. O tema da conveniência vai-se manter na proposta de valor até 2040, mas estamos convictos, o mercado ainda se vai concentrar mais do que está agora.

A micro-gestão dos preços dos sku’s, com a ligação entre as máquinas da minha casa e as do retalhista, os produtos exclusivos, as marcas próprias e a humanização das lojas com propósito, serão elementos de diferenciação entre retalhistas que premiarão os consumidores. Claramente pensamos que vai continuar a existir fidelização, mas os mecanismos de atração não vão ser com base em cartões, talões ou proximidade – serão com base em propósito da empresa, transparência no mercado e ‘fit’ único do produto|serviço ao que necessitamos.

 

purchase-hall-293513_960_720LOJA ENQUANTO ARMAZÉM, INSPIRAÇÃO E “MEETING CELEBRATION POINT”

As lojas vão continuar a existir, é a nossa previsão. Mas as compras como as conhecemos hoje serão efetivamente uma realidade até 2020.

Estamos crentes que só iremos às compras em 2040 porque queremos usufruir da sensação de um conceito que na altura vai ser ‘vintage’. Queremos ir viver a experiência de há 20 anos se a intenção for comprar, porque de resto fará pouco sentido.

Prevemos adicionalmente que as lojas sejam bastante mais pequenas, retirando dimensão à frente de loja por incremento do espaço de armazém. Este espaço superior de armazém vai permitir às lojas garantir flexibilidade, sendo que funcionarão como “hubs” de stockagem e abastecimento das pessoas mais próximas, de forma mais rápida.

Dentro da loja, prevemos interação funcional com robots e emocional com psicólogos, preparados para colmatar uma carência pontual que tenhamos ou que queremos atenuar. Vamos encontrar embaixadores de marcas, “vloggers” e “trendsetters” com que vamos querer falar e partilhar ideias.

Quem mantiver o interesse na loja vai encontrar um museu, um “showroom” em constante mudança. As lojas vão recriar a experiência de compra do antigamente em algumas áreas e apresentar cenários teatralizados de pessoas a viver um ‘lifestyle’ em ambiente na loja – experiências que o cliente vai desejar que fossem suas. Os colaboradores saberão pouco ou nada sobre produto e quase tudo sobre a condição humana, numa ótica de estabelecer uma ligação emocional com os ‘shoppers’ levando-os a concluir “Eu gostava de ser como este ser humano que está a representado aqui, vou comprar este produto | esta solução”.

Convictamente acreditamos que a placa de vendas vai ser muito mais volátil e vai mudar rapidamente. E nós enquanto ‘shoppers’ vamos lá inspirar-nos para fazer coisas novas, para sermos surpreendidos, para assistir a um ‘show’. E acreditamos que as pessoas vão pagar para ir às lojas inspirarem-se e colmatar essa carência emocional, usufruir daquela experiência, massajar o ego e socializar.

 

AUTOSUFICIENTES E SUSTENTÁVEIS, SEM IMPACTO ECOLÓGICOsustentabilidade

Existe neste momento um movimento significativo de ‘first choice companies’, como a Google, Coca-Cola e BMW para um caminho de utilização de energia 100% oriunda de fontes renováveis.

Prevemos que o retalho inicie este processo por volta de 2020 e que perto de 2040 as lojas sejam totalmente autónomas energeticamente e sustentáveis. Irão produzir a sua energia e alimentar-se dela para funcionar em pleno. E vão fazer isto não só porque o ambiente e os clientes o exigem, mas porque a evolução tecnológica e das soluções de geração energética o vão permitir.

Todas as lojas abertas de 2040 em diante terão de ter estas características para abrir e acreditamos que a remodelação do parque de lojas dos principais competidores mundiais deverá iniciar-se antes – faltam apenas duas décadas para termos lojas com inspiração no modelo de eficiência e proteção ambiental, como já é visível no “Whole Foods” de Brooklin, EUA, que até uma estufa tem no topo para produzir e fornecer a própria loja.

 

child-958067_960_720REALIDADE VIRTUAL, UMA ALTERNATIVA DE HOJE MAS SOBRETUDO DE 2040

Em 2020 já temos a possibilidade de tocar, sentir, ver o produto. Mas a tecnologia ao dispor vai melhorar drasticamente e, por consequência, também as funcionalidades disponíveis.

Em 2040, ter uma experiência ‘full’ de realidade virtual, que toque os cinco sentidos, e que permita fazer uma compra como se tivesse numa loja vai ser uma realidade tão simples e intuitiva como a de ir a uma loja real hoje.

A tecnologia permitirá uma interação quase ilimitada com cenários, produtos e outros compradores, e a realidade virtual em 2040 permitirá mostrar literalmente uns aos outros o que queremos dizer, em vez de apenas descrevê-la com aproximações verbais. Teremos a possibilidade de evoluir a nossa comunicação para uma espécie de telepatia, e em última análise, fazer a ponte entre a nossa imaginação e a de outros que vivenciam a mesma experiência de compra ou consumo.

A evolução desta tecnologia irá permitir sobretudo aos retalhistas prepararem interações com os seus clientes em ambientes imaginários e gamificados, à medida que a realidade virtual evolui para “ambiente virtual” onde tudo será possível. Muito mais que tridimensional, à medida que a banda larga aumenta, vamos ter sobretudo mais realismo.

 

O DINHEIRO FÍSICO, ESSA DOR DE CABEÇA QUE VAI DESAPARECERdinheiro_moedas_notas

Em 2040 o dinheiro físico será uma questão do passado.  Atualmente circulam, mais coisa menos coisa, 19 triliões de dólares em moeda física pelo mundo. Num primeiro momento parece muito, mas é apenas 8% do total de dinheiro em circulação, o que significa que os restantes 92% são digitais.

O dinheiro digital, com a possibilidade de ser aceite por todo o mundo, a proliferação dos meios de pagamento ‘contactless’, a eficiência a que está associada, as enormes vantagens relacionadas com a transação em segurança e a possibilidade muito mais reduzida de apelar a crime levam a que seja uma evolução para a qual os retalhistas se terão de preparar a curto prazo. Ao contrário de outras previsões, esta não terá dificuldades de adaptação pelos retalhistas, sendo até desejada.

 

EM SÍNTESE

– Arriscamos prever que o retalho em 2040 está circunscrito aos melhores dos melhores, que estão ligados aos clientes emocional e digitalmente e antecipam todas as suas necessidades.

– Será um retalho que cria produtos e serviços únicos com base no que queremos e sentimos.

– Um retalho autosuficiente e ecologicamente sustentável, que apresenta desempenho operacional imaculado, desde o ‘sourcing’ até à entrega em casa, fruto da robotização e desenvolvimento da inteligência artificial em tudo o que nos rodeia.

– Um retalho que visitamos porque necessitamos de experienciar e conhecer novas realidades e ‘lifestyles’, com pessoas que cuidam de nós, e pelo qual estamos disponíveis para pagar.

– Um retalho onde a virtualização de ambientes é extremada e conseguimos sentir tudo o que queremos comprar, e onde o propósito do retalhista, a sua transparência no mercado e capacidade para fazer um ‘fit’ único entre o produto|serviço que tem versus o que necessitamos serão os elementos chave de diferenciação.

 

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Congresso InsectERA vai debater os insetos como ferramenta de sustentabilidade

O congresso InsectERA reúne especialistas e interessados para debaterem os desafios, oportunidades e potencial deste novo setor bioindustrial

Hipersuper

Realiza-se nesta quarta-feira, 23 de outubro, o primeiro congresso da Agenda Mobilizadora InsectERA.

Subordinado ao tema ‘Os insetos como ferramenta de sustentabilidade’, decorre nas instalações do Turismo de Portugal, no Estoril, e marca o lançamento de um evento que tem como objetivo “ser uma plataforma fundamental para especialistas e interessados abordarem, em colaboração, os desafios, oportunidades e potencial de um novo setor bioindustrial – os insetos como ferramentas bioindustriais de sustentabilidade”, informa a organização.

O congresso InsectERA vai reunir especialistas e interessados para debaterem os desafios, oportunidades e potencial deste novo setor bioindustrial, e do programa constam dois painéis: ‘Insetos: Fonte de Saúde, Sabor e Sustentabilidade’ e ‘Muito Mais do que Proteína’.

A Agenda Mobilizadora InsectERA visa possibilitar a industrialização e comercialização de inovadores produtos com base em matérias-primas derivadas de inseto, tanto na área alimentar (nutrição animal e humana), como na de outras indústrias (cosmética ou bioplásticos), ou no inovador setor da biorremediação.

“Com a crescente demanda por fontes sustentáveis de proteína, os insetos têm-se destacado como uma possível alternativa viável e ambientalmente amigável. A produção em larga escala, aliada à eficiência proporcionada pela revolução digital, irá permitir atender a essa demanda, de forma econômica e sustentável”, destaca a organização.

O programa do I Congresso InsectERA pode ser consultado aqui

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Aviludo leva os seus sabores à Expoalimenta 2024

AAviludo organizará ainda uma série de showcookings ao longo dos três dias de feira

Hipersuper

A Aviludo vai estar presente na Expoalimenta, a decorrer de 24 a 26 de outubro de 2024, na Exponor, em Matosinhos. O evento reúne profissionais do setor alimentar e a Aviludo vai aproveitar a ocasião para divulgarr a sua gama de produtos, incluindo as suas marcas próprias.

AAviludo organizará ainda uma série de showcookings ao longo dos três dias de feira, programados para as 11h, 13h, 15h e 17h, com receitas que utilizam os melhores produtos da Aviludo. As demonstrações culinárias estarão a cargo dos chefs Tony Martins, Chefe Cozinheiro do Ano 2020, e Paulo Paiva, formador na Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra.

“A participação da Aviludo na Expoalimenta reflete o compromisso da empresa em contribuir para o crescimento e desenvolvimento do setor alimentar, apresentando produtos de excelência e soluções inovadoras, destaca.

A Aviludo é uma empresa de food service distribution, que integra o grupo internacional Metro, com foco no canal Horeca.

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Activia lança novos Triplo Zero sólidos e dois sabores Kefir

A Activia aumentou a gama Triplo Zero, com o lançamento de três iogurtes sólidos, e apresentou ainda duas novidades kefir.

Hipersuper

Após o lançamento do formato líquido, a gama Triplo Zero, livre de açúcares adicionados, lactose e matéria gorda,  ganha agora vida em formato sólido. 

Os novos Triplo Zero Sólidos da Activia estão disponíveis nos sabores natural, morango e pêssego, com 0% açúcares adicionados (contém os açúcares naturalmente presentes), 0% lactose e 0% matéria gorda.

A Activia, marca do universo Danone, lançou ainda duas grandes novidades na gama Kefir: o novo Kefir sabor aveia, que vem juntar-se aos sabores natural, mirtilo e manga, e ainda o primeiro Kefir natural sólido, uma novidade num formato de 345g.

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Sakata apresentou as suas novidades na Fruit Attraction

Com o foco direcionado para os supermercados, a multinacional apresentou as últimas novidades em melão branco e pele de sapo.

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A multinacional de sementes exibiu na Fruit Attraction Madrid 2024, as variedades que desenvolve com propostas centradas na cor, inovação, qualidade e produção durante os 12 meses do ano.

“Para a Sakata, foi uma edição muito bem-sucedida, tanto pela afluência de público, como pelo nível das empresas e pelas novidades que apresentámos. Somos um dos mais antigos, com 12 edições, e é uma realidade que a Fruit Attraction se consolidou como a feira de frutas e verduras mais importante do mundo”, declarou Javier Bernabéu, gerente da Sakata Seed Ibérica.

Com o foco direcionado para os supermercados, a multinacional apresentou as últimas novidades em melão branco e pele de sapo. Segundo Joaquín Navarro, responsável pelo desenvolvimento de cucurbitáceas, “estas variedades, por um lado, cumprem as necessidades do retalho, melhorando a vida útil e oferecendo o tamanho adequado e, por outro, satisfazem os pedidos do consumidor, pois maximizam o sabor.”

Nos três dias do certame também se destacaram as brássicas roxas, símbolo de cor e inovação. “Na Sakata, líder em brássicas, procuramos sempre o melhor e queremos atrair o consumidor com novas cores ou formatos,” afirmou Antonio Ibarra, responsável pelo desenvolvimento de brássicas. A abóbora, outra das grandes protagonistas, destaca-se por ter uma grande vida útil e, graças à incorporação de novas variedades, já é possível ter abóbora nacional durante os 12 meses do ano. Segundo Joaquín Navarro, “esta abóbora, que se colhe durante todo o ano, tem o mesmo tipo de genética, alto nível de açúcar e boa pós-colheita”.

A Fruit Attraction foi ainda palco da apresentação dos World Food Photography Awards, que passaram a ser patrocinados pelo Bimi, marca da Sakata que produz e comercializa esta variedade única de brócolos com talo comprido. O espaço do certame recebeu uma exposição que reuniu as melhores imagens de frutas e hortaliças das últimas edições dos prémios de fotografia gastronómica mais importantes do mundo.

Segundo dados oficiais, a Fruit Attraction, que decorreu de 08 a 10 de outubro, registou a presença de 117.370 visitantes profissionais oriundos de 145 países, o que representa um aumento de 13% em relação ao ano anterior.

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Já pode ler a edição 427

Entrevista com Ângela Sarmento, diretora de marketing e comunicação do Grupo Apolónia, que enaltece a aposta numa oferta diversificada, que combina produtos premium e básicos, e sublinha que esta tem sido essencial para o crescimento sustentado da marca. Em entrevista ao nosso jornal não tem dúvidas: a inovação e a satisfação do cliente continuam a ser pilares fundamentais para o sucesso do Apolónia.

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Estes são alguns dos destaques da edição 427 do Hipersuper:

  • Entrevista com Ângela Sarmento, diretora de marketing e comunicação do Grupo Apolónia, que enaltece a aposta numa oferta diversificada, que combina produtos premium e básicos, e sublinha que esta tem sido essencial para o crescimento sustentado da marca. Em entrevista ao nosso jornal não tem dúvidas: a inovação e a satisfação do cliente continuam a ser pilares fundamentais para o sucesso do Apolónia.
  • Entrevista com António Silvestre Ferreira, administrador da Vale da Rosa,  que é um homem apaixonado por Ferreira do Alentejo. Quando regressou do Brasil, foi na sua terra que decidiu implantar o projeto de produção de uvas sem grainha que desenvolve há mais de 20 anos na Herdade Vale da Rosa. A marca internacionalizou-se já há vários anos, mas é na sua Ferreira do Alentejo que continua a investir.
  • Mafalda Franco Frazão, head of sales da Google Portugal, antecipa em conversa com o Hipersuper a peak season e sublinha a importância estratégica do e-commerce para o crescimento do retalho em Portugal.
  • José Frazão, CEO da Exposalão, que dinamiza a Expoalimenta,  fala sobre esta feira profissional dedicada a todas as empresas que fornecem e suportam o setor alimentar, que abrange um vasto leque de áreas,  desde máquinas, equipamentos e acessórios para preparar, acondicionar, embalar e processar até aos alimentos e bebidas, e que regressa à Exponor de 24 a 26 de outubro.
  • Fomos saber mais sobre O Mundo Fantástico da Sardinha Portuguesa, a marca por trás da Comur – Fábrica de Conservas da Murtosa. Desta fábrica, uma das poucas em Portugal a manter métodos de produção artesanais, saem conservas que brilham nas 20 lojas em Portugal e na loja na Times Square, Nova Iorque.
  • Está a IA a revolucionar a forma como as empresas encontram e selecionam talentos? Fomos saber junto de alguns dos principais players do setor.
  • ‘Crescimento e Sustentabilidade’ foi o lema do 9º Congresso da Indústria Agro-alimentar, que se realizou em Lisboa numa organização da FIPA. Um evento a pensar na dimensão desta indústria, “que é não só o pilar fundamental da nossa economia, mas também um agente incontornável na concretização de muitos dos desafios da sociedade”, como afirmou o presidente da Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares, Jorge Tomás Henriques.
  • Pedro Queiroz, diretor-geral da FIPA, assegura em entrevista ao nosso jornal que a indústria agro-alimentar está determinada “em posicionar-se na vanguarda da transição para a sustentabilidade”. Mas defende que é preciso uma atenção às necessidades de certos setores e empresas, em particular as PME, “que podem ter dificuldades com algumas das medidas/políticas que decorrerão do processo e da transição”.
  • Jaime Piçarra, secretário-geral da IACA e recentemente nomeado perito junto da NATO para a área da segurança alimentar, reflete sobre a importância de capacitar a indústria alimentar para o crescimento e sustentabilidade. Um artigo de opinião a ler nesta edição.
  • Tendo como tema central ‘Logística: Desafios e Inovação para o Futuro’, o 26º congresso anual da Associação Portuguesa de Logística reuniu, em Lisboa, especialistas, empresas e profissionais do setor para debater os desafios que o setor da logística e transportes enfrenta. Fazemos um resumo do que se passou neste que já um congresso obrigatório para os profissionais deste setor.
  • Em entrevista ao Hipersuper, Afonso Almeida, presidente da Associação Portuguesa de Logística, sublinhou que as empresas do setor da logística e transportes precisam que avance o TGV entre Lisboa e Porto e a ligação entre Lisboa e Madrid, que é urgente terminar a nova ligação entre Sines e a fronteira espanhola, avançar a nova fase de Sines e, acima de tudo, “que se tomem as decisões certas com uma visão estratégica em termos logísticos para o país e com uma rapidez bem superior ao passado”.
  • João Baluarte, sócio responsável pelos estudos financeiros na OnStrategy, evidencia a força crescente de algumas marcas nacionais que têm conseguido afirmar-se num mercado altamente competitivo, impulsionadas pela consolidação, internacionalização e um contexto económico mais favorável. E aponta em entrevista: “a existência de marcas verdadeiramente globais continua a ser um dos calcanhares de Aquiles do nosso crescimento económico. Com algumas exceções, continuamos a ter marcas, na sua grande maioria orientadas ao mercado nacional”.
  • O Hipersuper esteve na Fruit Attraction que encerrou a sua 16ª edição com números históricos em termos de participação. Segundo dados oficiais, a feira organizada pela IFEMA Madrid e pela FEPEX, registou a presença de 117.370 profissionais oriundos de 145 países, o que representa um aumento de 13% em relação ao ano anterior. Nesta feira, os prestigiados World Food Photography Awards, agora patrocinados pela Bimi Tenderstem Broccolini, reuniram um leque variado de fotografias galardoadas ao longo dos dez anos do concurso, que chamaram a atenção dos participantes da feira internacional, que foi ainda escolhida como local de apresentação da nova imagem dos WFPA.

Além disso, nesta edição pode ler os nossos especiais sobre alimentação saudável, pagamentos e logística. Também nesta edição os artigos de opinião de Sara Monte e Freitas, Emanuele Soncin, José Núncio, José Pedro Fernandes, David Lacasa, Manuel Pinheiro, Graça Mariano e a análise da Kantar sobre Higiene e Beleza.

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Leia a edição 427

Estes são alguns dos destaques da edição 427 do Hipersuper: entrevista com Ângela Sarmento, diretora de marketing e comunicação do Grupo Apolónia, que enaltece a aposta numa oferta diversificada, que combina produtos premium e básicos, e sublinha que esta tem sido essencial para o crescimento sustentado da marca. Em entrevista ao nosso jornal não tem dúvidas: a inovação e a satisfação do cliente continuam a ser pilares fundamentais para o sucesso do Apolónia.

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Estes são alguns dos destaques da edição 427 do Hipersuper:

  • Entrevista com Ângela Sarmento, diretora de marketing e comunicação do Grupo Apolónia, que enaltece a aposta numa oferta diversificada, que combina produtos premium e básicos, e sublinha que esta tem sido essencial para o crescimento sustentado da marca. Em entrevista ao nosso jornal não tem dúvidas: a inovação e a satisfação do cliente continuam a ser pilares fundamentais para o sucesso do Apolónia.
  • Entrevista com António Silvestre Ferreira, administrador da Vale da Rosa,  que é um homem apaixonado por Ferreira do Alentejo. Quando regressou do Brasil, foi na sua terra que decidiu implantar o projeto de produção de uvas sem grainha que desenvolve há mais de 20 anos na Herdade Vale da Rosa. A marca internacionalizou-se já há vários anos, mas é na sua Ferreira do Alentejo que continua a investir.
  • Mafalda Franco Frazão, head of sales da Google Portugal, antecipa em conversa com o Hipersuper a peak season e sublinha a importância estratégica do e-commerce para o crescimento do retalho em Portugal.
  • José Frazão, CEO da Exposalão, que dinamiza a Expoalimenta,  fala sobre esta feira profissional dedicada a todas as empresas que fornecem e suportam o setor alimentar, que abrange um vasto leque de áreas,  desde máquinas, equipamentos e acessórios para preparar, acondicionar, embalar e processar até aos alimentos e bebidas, e que regressa à Exponor de 24 a 26 de outubro.
  • Fomos saber mais sobre O Mundo Fantástico da Sardinha Portuguesa, a marca por trás da Comur – Fábrica de Conservas da Murtosa. Desta fábrica, uma das poucas em Portugal a manter métodos de produção artesanais, saem conservas que brilham nas 20 lojas em Portugal e na loja na Times Square, Nova Iorque.
  • Está a IA a revolucionar a forma como as empresas encontram e selecionam talentos? Fomos saber junto de alguns dos principais players do setor.
  • ‘Crescimento e Sustentabilidade’ foi o lema do 9º Congresso da Indústria Agro-alimentar, que se realizou em Lisboa numa organização da FIPA. Um evento a pensar na dimensão desta indústria, “que é não só o pilar fundamental da nossa economia, mas também um agente incontornável na concretização de muitos dos desafios da sociedade”, como afirmou o presidente da Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares, Jorge Tomás Henriques.
  • Pedro Queiroz, diretor-geral da FIPA, assegura em entrevista ao nosso jornal que a indústria agro-alimentar está determinada “em posicionar-se na vanguarda da transição para a sustentabilidade”. Mas defende que é preciso uma atenção às necessidades de certos setores e empresas, em particular as PME, “que podem ter dificuldades com algumas das medidas/políticas que decorrerão do processo e da transição”.
  • Jaime Piçarra, secretário-geral da IACA e recentemente nomeado perito junto da NATO para a área da segurança alimentar, reflete sobre a importância de capacitar a indústria alimentar para o crescimento e sustentabilidade. Um artigo de opinião a ler nesta edição.
  • Tendo como tema central ‘Logística: Desafios e Inovação para o Futuro’, o 26º congresso anual da Associação Portuguesa de Logística reuniu, em Lisboa, especialistas, empresas e profissionais do setor para debater os desafios que o setor da logística e transportes enfrenta. Fazemos um resumo do que se passou neste que já um congresso obrigatório para os profissionais deste setor.
  • Em entrevista ao Hipersuper, Afonso Almeida, presidente da Associação Portuguesa de Logística, sublinhou que as empresas do setor da logística e transportes precisam que avance o TGV entre Lisboa e Porto e a ligação entre Lisboa e Madrid, que é urgente terminar a nova ligação entre Sines e a fronteira espanhola, avançar a nova fase de Sines e, acima de tudo, “que se tomem as decisões certas com uma visão estratégica em termos logísticos para o país e com uma rapidez bem superior ao passado”.
  • João Baluarte, sócio responsável pelos estudos financeiros na OnStrategy, evidencia a força crescente de algumas marcas nacionais que têm conseguido afirmar-se num mercado altamente competitivo, impulsionadas pela consolidação, internacionalização e um contexto económico mais favorável. E aponta em entrevista: “a existência de marcas verdadeiramente globais continua a ser um dos calcanhares de Aquiles do nosso crescimento económico. Com algumas exceções, continuamos a ter marcas, na sua grande maioria orientadas ao mercado nacional”.
  • O Hipersuper esteve na Fruit Attraction que encerrou a sua 16ª edição com números históricos em termos de participação. Segundo dados oficiais, a feira organizada pela IFEMA Madrid e pela FEPEX, registou a presença de 117.370 profissionais oriundos de 145 países, o que representa um aumento de 13% em relação ao ano anterior. Nesta feira, os prestigiados World Food Photography Awards, agora patrocinados pela Bimi Tenderstem Broccolini, reuniram um leque variado de fotografias galardoadas ao longo dos dez anos do concurso, que chamaram a atenção dos participantes da feira internacional, que foi ainda escolhida como local de apresentação da nova imagem dos WFPA.

Além disso, nesta edição pode ler os nossos especiais sobre alimentação saudável, pagamentos e logística. Também nesta edição os artigos de opinião de Sara Monte e Freitas, Emanuele Soncin, José Núncio, José Pedro Fernandes, David Lacasa, Manuel Pinheiro, Graça Mariano e a análise da Kantar sobre Higiene e Beleza.

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I&D

Payter e Shift4 criam solução para pagamentos de carregamento de veículos elétricos

As duas empresas vão oferecer aos clientes europeus uma solução ‘plug-and-play’ abrangente, para pagamentos não atendidos.

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A Shift4, empresa global de pagamentos integrados, tecnologia de comércio e fornecedora de pagamentos móveis, anuncia uma aliança com a Payter, parceira de pagamentos de várias marcas internacionais. Através desta colaboração, as duas empresas vão oferecer aos seus clientes europeus uma solução ‘plug-and-play’ abrangente, para pagamentos não atendidos.

“A Payter selecionou a Shift4 pelas capacidades robustas de processamento e acquiring, e nesta parceria esta vai atuar como intermediária entre os clientes finais e os bancos, assegurando que as transações são realizadas de forma segura e eficiente no sistema da Payter”, informa num comunicado.

A integração das duas empresas pretende oferecer aos seus clientes “capacidades únicas de aceitação de pagamentos”. A Payter poderá configurar um comerciante em apenas 30 minutos, incluindo a realização de todos os procedimentos necessários, como a verificação da identidade (KYC e AML), a análise de risco e a configuração do sistema.

“Estabelecer uma parceria com a Shift4 dá aos nossos clientes acesso às mais recentes tecnologias de pagamento, e oferece aos consumidores uma experiência de pagamento mais rápida e conveniente”, comentou Remco Willemse, CEO da Payter. “Na Payter pretendemos tirar partido das capacidades e dos serviços de valor acrescentado desta parceria para expandir as nossas operações na Europa e noutras regiões, graças ao alcance global da Shift4”, acrescentou.

“Com a solução de pagamentos numa API única e integrada da Shift4, os comerciantes europeus que utilizam terminais através da Payter vão conseguir satisfazer a crescente procura dos consumidores por mais soluções de pagamento para terminais não atendidos,” afirmou, por sua vez, David Jofre, VP EU Sales & Business Development da Shift4.

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I&D

Bain & Company amplia colaboração com OpenAI para potenciar soluções de IA

No início de 2023, a Bain & Company e a OpenIA anunciaram uma aliança global de serviços que trouxe as capacidades de IA da OpenAI aos clientes da consultora estratégica em todo o mundo.

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A Bain & Company acaba de anunciar a expansão da sua colaboração com a OpenAI, criadora do ChatGPT e de modelos avançados de IA como o GPT 4o e o novo OpenAI o1,” com o objetivo de acelerar o impacto transformador da IA ​​nas empresas líderes mundiais”, informa a consultora.

A Bain & Company e a OpenAI colaboram desde 2022 e, no início de 2023, anunciaram uma aliança global de serviços que trouxe as capacidades de IA da OpenAI aos clientes da consultora estratégica em todo o mundo. 

No âmbito desta aliança, a consultora está agora a investir na criação de um Centro de Excelência OpenAI (CoE), liderado por uma equipa experiente e especializada nas mais recentes inovações OpenAI. Este centro oferecerá serviços e tecnologias para ajudar os clientes a gerar valor e impacto, aproveitando as soluções da OpenAI.

Inicialmente, serão desenvolvidas e oferecidas soluções para os setores do retalho e da saúde, mas com planos de expansão para outras indústrias no futuro. “O OpenAI CoE da Bain & Company terá recursos técnicos especializados para fornecer soluções que tirem partido de tecnologias OpenAI avançadas, como as aplicações multimodais, em tempo real e de raciocínio”, revela ainda.

“Temos visto o impacto da nossa colaboração com a OpenAI tanto nos nossos clientes como no nosso próprio negócio. Temos conseguido resultados transformadores, impulsionando a inovação e criando valor a longo prazo. Com esta colaboração alargada, continuaremos a ultrapassar os limites e a liderar a transformação das indústrias, conseguindo um impacto ainda maior.”, disse Christophe De Vusser, managing partner global da Bain & Company.

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Logística

Mercados de escritórios de Lisboa e Porto com crescimento recorde em 2024

De janeiro a setembro de 2024, o mercado de escritórios de Lisboa registou uma ocupação total de 168,546 m², e o do Porto apresentou um volume total de ocupação superior a 55.000 m².

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A mais recente análise da Savills revela que os mercados de escritórios de Lisboa e Porto cresceram de janeiro a setembro de 2024, um recorde no período em análise. Neste período o mercado de escritórios de Lisboa registou uma ocupação total de 168,546 m², apresentando a segunda maior taxa de ocupação já registada no período em análise, apenas superada por 2022. O Porto, por sua vez, apresentou um volume total de ocupação, de janeiro a setembro de 2024, superior a 55.000 m², refletindo os melhores resultados de sempre.

Segundo a Savills, a área transacionada em Lisboa durante os primeiros 9 meses de 2024 encontra-se 134% acima da ocupação acumulada entre janeiro e setembro de 2023 e 30% acima da média dos últimos 5 anos, considerando o mesmo período em análise. Até ao final do mês de setembro, foram fechadas 128 operações, o que representa um aumento de 15% em comparação com o mesmo período de 2023.

O Parque das Nações foi responsável por 32% do volume de absorção deste período, com um total de 19 operações, seguido da Nova Zona de Escritórios (25%) e do Corredor Oeste (15%), com 18 e 34 transações, respetivamente.

Relativamente ao volume de absorção por setor de negócios, os Serviços Financeiros lideram com maior destaque até setembro, com uma área total de 54,572 m² transacionados, que correspondem a 32% do volume de absorção total do mercado de escritórios de Lisboa, com 12 transações, seguindo-se TMT’s & Utilities (18%) e Outros Serviços (16%).

Para Frederico Leitão de Sousa, head of offices da Savills Portugal, “apesar de expectável, esta é uma excelente notícia para o mercado de escritórios. Este ano, já superámos os números pré-pandemia e, até ao final de 2024 iremos, provavelmente, atingir valores recorde de take-up. Isto demonstra mais uma vez a resiliência do nosso mercado e a nossa posição como destino preferencial para grandes empresas internacionais. Esperamos que esta dinâmica positiva continue a gerar bons resultados no último trimestre, num ano que poderá chegar aos 200.000 m² de absorção total. Além disso, aguardamos com expectativa a conclusão dos projetos em pipeline, que totalizam cerca de 56.000 m² até ao final de 2024, com uma grande parte já pré-arrendada. Prevemos por isso um último trimestre muito ativo, com operações relevantes.”.

O Porto, por sua vez, apresentou um volume total de absorção, de janeiro a setembro de 2024, superior a 55.000 m², refletindo os melhores resultados de sempre. Com este número, o mercado de escritórios do Porto demonstrou um crescimento de 47% em relação a média do volume de absorção dos últimos 5 anos. Até ao final de setembro, foram concluídos 53 negócios, o que representa um aumento de 10% em comparação com o mesmo período de 2023.

A zona Out of Town, responsável pela maior parte da ocupação deste período, representa 40% do volume de absorção total, com 16 operações, seguida do CBD Boavista (37%) e da CBD Baixa (14%), com 22 e 6 transações, respetivamente.

Relativamente ao volume de absorção por setor de negócios, TMT’s & Utilities registam o maior volume de ocupação durante os primeiros 3 trimestres do ano, refletindo 39% do volume final, com 21 transações, seguido dos segmentos de Consultores e Advogados (29%) e Serviços Financeiros (14%).

“O mercado de escritórios do Porto tem conquistado cada vez mais destaque sendo que, com um trimestre ainda por concluir, já superámos o volume de absorção do ano passado. Em 2024, registámos o melhor resultado de sempre no volume de absorção entre janeiro e setembro, em comparação com anos anteriores e entrámos neste novo trimestre com maior procura, especialmente para expansão de áreas, o que nos faz acreditar que os números de final de ano superarão os do ano anterior. Este ano, e até à data, foram concluídos 7 edifícios, oferecendo 26.565 m², e temos perto de 85.000 m² em pipeline até ao final de 2025. O Porto continua a demonstrar o seu grande potencial de crescimento e capacidade de atração”, afirma Graça Ribeiro da Cunha, offices consultant, Savills Portugal.

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Alimentar

Rialto lança linha de mini grissinos para o mercado português

O produto chega ao mercado nos sabores Clássicos, 100% Espelta e Azeitona e Orégãos.

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A Rialto, empresa da indústria alimentar de Aveiro, está a lançar no mercado nacional a sua linha de mini grissinos, a Forno D’Oro.

Descritos como “pequenos palitos de pão tostados, perfeitos como snack ou acompanhamento de vários pratos”, os mini grissinos chegam em três sabores distintos: 100% Espelta, Azeitona e Orégãos e Clássicos, com este último já à venda em grandes superfícies comerciais desde o início deste mês. “As demais versões estarão disponíveis brevemente”, indica a empresa.

Segundo Tiago Lameiro, diretor de Marketing e Vendas da empresa, este lançamento faz parte da estratégia da Rialto de se especializar na produção de produtos de pão tostado. “Os novos produtos surgem de um investimento significativo na expansão da nossa fábrica. Com os croutons a representar cerca de 30% da nossa produção, expandir o nosso portefólio foi fundamental para o desenvolvimento destes novos produtos”, comenta.

A Rialto destaca que “nenhum dos produtos contém fritura ou óleo de palma”, reforçando o compromisso com a saúde e bem-estar dos consumidores.

Fundada em 1988, a Rialto estabeleceu-se como uma referência no sector da panificação, com um portefólio que inclui croutons, pão ralado, mini tostas com sabores, e snacks de batata e milho extrudidos. Está presente em mais de 30 países.

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