Especial Movimentação de cargas: “Mercado nacional cresce acima da média europeia”
O mercado de equipamentos e movimentação de carga voltou a crescer em 2014, embora menos do que no ano anterior, mas acima da média europeia, revela em entrevista ao HIPERSUPER Mark D. Wender, managing director da Jungheinrich Portugal
Rita Gonçalves
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O mercado de equipamentos e movimentação de carga voltou a crescer em 2014, embora menos do que no ano anterior, mas acima da média europeia.
O financiamento das pequenas e médias empresas e os requisitos administrativos, ainda exigidos, que conduzem a ineficiências, são os principais desafios do setor de movimentação de carga, revela em entrevista Mark D. Wender, managing director da Jungheinrich Portugal.
2013 representou um ano de viragem para o setor de movimentação de carga em Portugal, depois de ter perdido metade do seu valor entre 2008 e 2012. Que balanço faz de 2014? Voltou a ser um ano de recuperação?
O ano passado foi também um ano pleno de crescimento, no qual o mercado de equipamentos e movimentação de cargas aumentou bastante, embora não tão acentuadamente como no ano anterior. O crescimento do mercado português em 2014 esteve novamente acima da média europeia.
As exportações têm ajudado o setor a crescer? Quais os principais destinos?
O aumento dos negócios com outros países ajudou e continua a ajudar no aumento da procura no sector dos empilhadores em todo o território nacional a fim de assim se atender às necessidades atuais, seja pela criação de necessidades adicionais ou pela substituição dos empilhadores envelhecidos. A Jungheinrich dificilmente exporta equipamentos a partir de Portugal, pois a tem uma vasta presença global, na maioria dos casos através da venda direta e noutros casos, através de parceiros oficiais.
Que ventos sopram os mercados europeus? Como se compara a evolução do setor em Portugal e nos mercados europeus desenvolvidos?
Na Europa quem contribuiu particularmente para o crescimento global, foi o segmento de empilhadores elétricos contrabalançados. Este é, naturalmente, também o caso de Portugal.
Que novidades têm em carteira ou já lançaram para conquistar as empresas portuguesas? Que novas tecnologias incorporam as máquinas?
A Jungheinrich apresenta também em 2015 vários novos produtos e soluções, tais como o novo retráctil Série C, ou até mesmo a próxima geração de baterias de íones de lítio. Também ainda este ano, apresenta o novo modelo do preparador de encomendas horizontal ECE 225 já bastante comprovado.
Estes equipamentos podem ser personalizados e adaptados às exigências de cada aplicação, convencendo através da ergonomia recém-revista. Também são caraterizados por um aumento significativo de aceleração e desempenho, o que resulta numa eficiência de transferência até dez por cento mais elevada em relação ao seu antecessor. Ao mesmo tempo as primeiras medições em prática demonstraram que o consumo de energia desceu até catorze por cento.
Quais as principais tendências deste setor?
A tendência geral é para contratos de aluguer de longo prazo. Isso não está apenas ligado aos aspetos financeiros e económicos, a fim de evitar uma imobilização de capital, mas também à necessidade de ganhar um maior grau de flexibilidade. Essas empresas precisam de garantir a segurança de planeamento. Isto é particularmente importante em mercados com uma evolução como a do mercado português.
Quais os setores mais dinâmicos na procura destes equipamentos?
A indústria alimentar, a venda a retalho e empresas que participam do aumento da demanda de exportações são, sem dúvida, uma das maiores forças deste setor.
Quais as funcionalidades das máquinas mais valorizadas?
A crise aguçou, naturalmente, mais a consciência de preço nos clientes. Mas com o aumento da demanda e das exigências do mercado, continua a ser também de grande importância um atendimento profissional, ágil e de elevada qualidade. No entanto, a crescente consciência ecológica, cada vez mais impulsionada pelo Governo português, ao contrário do que acontece atualmente noutros países europeus, significa que questões como a pegada de carbono são também trazidas à tona.
Como está a correr este ano? O que esperam do segundo semestre de 2015?
O volume de mercado mostra também em 2015 uma tendência crescente que também esperamos para o segundo semestre.
Quais os principais desafios deste setor a prazo?
O financiamento, em especial nas pequenas e médias empresas, continua a ser um ponto muito importante. Requisitos administrativos, que ainda são exigidos, tal como no passado, levam a que o total de tempo improdutivo aumente substancialmente.