“É importante termos presença industrial em Portugal”, diz José Bravo (Unilever JM)
A Unilever Jerónimo Martins investiu €30 milhões para modernizar a fábrica de Santa Iria da Azóia. Em discurso directo, José Bravo, VP Supply Chain Portugal, explica o projecto

Rita Gonçalves
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A Unilever Jerónimo Martins investiu €30 milhões para modernizar a fábrica de Santa Iria da Azóia. Em discurso directo, José Bravo, VP Supply Chain Portugal, explica o projecto
Investiram €30 milhões para modernizar a fábrica de Santa Iria da Azóia. Em que consistiu o projecto?
Investimos na fábrica de Santa de Iria de Azóia porque é importante termos uma presença industrial em Portugal. Foram 8 milhões de euros na automatização, 13 milhões de euros em infra-estrutura e mais 9 milhões de euros nas novas linhas de produção.
Desactivámos a fábrica de Sacavém no ano passado, dado que a produção de detergentes em pó não era, a prazo, sustentável em termos de escala, pois não estava de acordo com a crescente preferência dos consumidores por outros formatos, como o caso dos detergentes líquidos e cápsulas. Por outro lado, reconhecemos que existia também um grande potencial de desenvolvimento na área de produção alimentar e, por isso, foi decidido investir nas unidades produtivas em Santa Iria de Azóia, transformando-as em centros produtivos de vanguarda para maior exportação.
As linhas de produção foram completamente remodeladas com nova maquinaria e tecnologia, as linhas de cones e de copos foram automatizadas e modernizadas, de forma a produzirem vários formatos de gelados. Paralelamente, construímos uma nova fábrica de cones (que antes eram importados) para Cornettos, para garantir a redução do tempo de aprovisionamento e um produto ainda mais fresco junto dos consumidores. Assim, este investimento não só veio reforçar a capacidade de produção de produtos que já tínhamos, como Cornetto, Planta, Vaqueiro e Knorr, como veio reforçar também a de produtos novos como as margarinas liquidas.
Qual a capacidade actual de laboração da fábrica para cada um dos produtos?
O reforço da capacidade produtiva impactará directamente a produção de gelados – em especial Cornetto, assim como de margarinas e cremes para barrar. Em termos de volume, este investimento irá permitir um aumento de cerca de 30% do volume total produzido na fábrica.
A fábrica está a laborar em pleno?
O arranque das produções começou agora e espera-se que a fábrica esteja a funcionar em pleno no final do primeiro trimestre de 2015.
Um dos objectivos do investimento é aumentar as exportações. De 30% para 50% da produção. Quando?
A fábrica só estará em funcionar em pleno em 2015, pelo que se espera alcançar 50% de exportação nesse mesmo ano.
Qual o objectivo para estas marcas no mercado português?
O objectivo é continuar a merecer a crescente confiança dos portugueses pelas nossas marcas e atingir um crescimento do volume interno de 3 a 5% ao ano.
No final de 2013, as fábricas de Santa Iria produziram 70 mil toneladas de produtos alimentares, das quais cerca de um terço para exportação. Quais as categorias com mais potencial de exportação?
Dada a actual quota de exportação, a categorias com maior potencial de aumentar o seu volume de exportação é a das margarinas e cremes para barrar.
Qual estima que seja a quota de exportação no final deste ano?
Este ano, devemos fechar com um volume total de exportação na ordem dos 35-37%, sendo as margarinas e cremes para barrar a categoria onde ainda estaremos em crescimento nas exportações.
Espanha e Itália (gelados), Espanha, Alemanha e Holanda (margarinas) e Espanha, França e Reino Unido (caldos Knorr) são os principais mercados de exportação dos produtos da Fábrica de Santa Iria. A estratégia de exportação passa por reforçar para os países para onde já exportam ou conquistar novas geografias?
Passa pelas duas. Neste momento, em gelados, estamos a trabalhar para conseguir a certificação halal e exportar também para países onde a certificação religiosa muçulmana é relevante para os consumidores.