Mais de um quinto dos portugueses não faz poupança
A percentagem de portugueses que não faz qualquer tipo de poupança aumentou 14 pontos percentuais em relação a 2013

Rita Gonçalves
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A percentagem de portugueses que não faz qualquer tipo de poupança aumentou 14 pontos percentuais em relação a 2013, segundo um inquérito recente do Cetelem.
No ano passado, um total de 8,6% afirmava que não tinha por hábito colocar dinheiro de parte, valor que subiu para 22,2% no presente ano. O mesmo estudo indica ainda que o método de poupança preferido pelos portugueses é a transferência de dinheiro para conta a prazo (40%).
Por outro lado, a percentagem de portugueses que utilizam o mealheiro tradicional como método de poupança chega já aos 25%. Um valor superior ao verificado em 2013 (22,6%). Outro método de poupança que também passou a ser mais utilizado em 2014 pelos portugueses foram os investimentos em produtos bancários, como por exemplo PPR: passaram de 12% em 2013 para 14,8% em 2014.
Quando questionados acerca dos seus hábitos de poupança, a maioria dos portugueses (38%) admitiu que poupa sempre que possível ou sempre que sobra algum dinheiro, valor inferior ao de 2013, ano em que 42,2% dos consumidores afirmou proceder desta forma. Também a percentagem de inquiridos que respondeu ter o hábito de poupar com uma regularidade mensal reduziu significativamente face ao ano anterior, sendo que no estudo do presente ano 30,4% dos consumidores revelou que o fazia, valor que em 2013 foi de 42,6%.
O estudo apurou ainda que alguns consumidores optam por fazer poupanças de forma pontual com subsídios de férias e Natal, entre outros, e a percentagem de consumidores que utiliza este método de poupança aumentou em 2014, tendo 8% dos inquiridos apresentado esta como sendo a sua solução, face a 6% do ano anterior.
Ficha Técnica
O estudo Cetelem sobre a Literacia Financeira foi realizado entre 17 e 25 de Fevereiro, em colaboração com a MultiDados, através de 500 entrevistas telefónicas a portugueses de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos, residentes em Portugal. O erro máximo é de 4,4% para um intervalo de confiança de 95%.