5 tendências do marketing digital em 2014
Paulo Silva, Fundador e Partner da Stepvalue, revela em entrevista ao HIPERSUPER cinco tendências a ter em conta pelos estrategas de comunicação e ‘marketeers’ em 2014

Rita Gonçalves
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Paulo Silva, Fundador e Partner da Stepvalue revela em entrevista ao HIPERSUPER cinco tendências a ter em conta pelos estrategas de comunicação e ‘marketeers’ em 2014
Quais as principais tendências que detectaram em 2014 na área do marketing digital?
Existem, essencialmente, cinco vectores ou tendências a ter em conta pelos estrategas de comunicação e os marketeers em 2014: (i) Reforço do mobile, (ii) mais visual, vídeo e infografias, (iii) minimalismo (less is more) (iv) importância dos conteúdos e (v) marketing em tempo real.
Estas escolhas assentam em três conceitos-chave: relevância, simplicidade e autenticidade e resultam das aspirações dos consumidores, das novidades ao nível tecnológico que vão surgindo no mercado e do facto de estarmos a sair de uma conjuntura particularmente exigente, que racionaliza a aplicação dos budgets e valida a obtenção de resultados de negócio.
Quais as principais características de cada uma das cinco tendências?
(i) Reforço do mobile, em todo o lugar e a toda a hora. Essencialmente, estamos a falar de uma maior integração entre ferramentas e plataformas, com o dispositivo móvel (smartphone ou tablet) a desempenhar um papel central na interacção entre as marcas e os consumidores.
(ii) Mais visual, vídeos e infografias. O surgimento de sites, como o Pinterest e o Buzzfeed, deu um novo fôlego a uma tendência que já vinha fazendo o seu caminho e que reflecte uma característica muito própria das plataformas digitais: a fácil e rápida disponibilização dos conteúdos gráficos e multimédia, que vai ao encontro das preferências dos consumidores.
(iii) Minimalismo. Less is more. Esta conhecida citação de Mies Van Der Rohe é o resultado dos tempos que vivemos: fazer e dizer mais com menos, escolhendo o que comunicar com inteligência e parcimónia, para fazer face ao excesso de informação.
(iv) relevância e actualidade dos conteúdos. A única forma de garantir que os consumidores partilham os conteúdos das suas marcas nas redes sociais, potenciando o binómio virtuoso ‘content marketing’ e optimização de pesquisas (e permitindo melhores resultados nos rankings de ‘Search Engine Optimization’), passa pela disponibilização de conteúdos autênticos, actuais e relevantes. As marcas são hoje editoras e publicadoras de informação, contando histórias e inspirando os seus consumidores.
Finalmente, (v) o marketing em tempo real. Para serem eficazes, as marcas devem ter canais de interacção abertos e actualizados 24/24 com os seus públicos, estando especialmente atentas às oportunidades de comunicar no preciso momento em que os acontecimentos têm lugar. O famoso spot das bolachas Oreo no SuperBowl ou mais recentemente o “Tweet” da Ellen DeGeneres nos Óscares, são bons exemplos do poder do tempo real.
Estas tendências são mundiais ou dizem também respeito ao mercado português?
Pelo que conheço do sector, posso afirmar com alguma segurança que muitas das marcas ‘Made in Portugal’, pelo menos as que têm dimensão internacional ou são exportadoras, mais do que seguirem as tendências mundiais, estão na vanguarda em termos de implementação e optimização dos canais e ferramentas digitais. O País tem uma das maiores taxas de penetração de dispositivos móveis a nível mundial e essa é uma realidade que já não passa despercebida às marcas no momento de definirem as suas estratégias e planos de comunicação e marketing.
Qual o potencial das tendências para o desenvolvimento do retalho em Portugal? E das próprias marcas (fabricantes)?
O potencial destas tendências para o retalho – e, da mesma forma, para produtores – é absolutamente fenomenal. Se pensarmos que, com o advento dos smartphones e dos tablets, o consumidor está permanentemente ligado, quer esteja em Portugal, nos Estados Unidos ou na Austrália, há que capitalizar um canal privilegiado que está disponível ao longo das 24 horas do dia. Contudo, conforme refiro acima, isso implica uma maior racionalidade e parcimónia na informação veiculada. Interessa aumentar a visibilidade e a notoriedade da marca, envolver e fidelizar os consumidores, gerar ‘leads’ e negócio, medir os resultados e optimizar os recursos.
Num momento de grande crescimento da importância do digital e da chegada em força do e-commerce, não podemos esquecer que estamos sempre a falar com pessoas e com as suas emoções. Acima de tudo, importa contar boas histórias aos consumidores e inspirá-los.
Aproveito para relembrar que a metodologia que utilizamos – Web Intelligence – assente nos eixos Pesquisa, Estratégia, Definição de Objectivos, Construção, Activação e Controlo – resulta em soluções de comunicação geradoras de valor de negócio para as marcas com que colaboramos, levando todos estes factores em consideração.