Consumo alternativo é nova tendência na Europa
As compras colectivas, a troca de produtos, a compra de bens em segunda mão, o aluguer, a compra directa ao produtor e o intercâmbio de serviços estão a ganhar terreno nos últimos meses na Europa e em Portugal

Rita Gonçalves
Mais de 5,5 milhões de portugueses compram online. Crescimento “reflete uma evolução natural dos hábitos de consumo”
Cegid conclui a aquisição da sevdesk e expande fornecimento de soluções para micro e PME
Renova foi tema de estudo no MBA da Stanford Graduate School of Business
Confagri e Fenapecuária temem exclusão de apoios à doença da língua azul
Jose Luis Ramallo vai liderar a Beiersdorf Portugal
Novo molho Chucrute Vegan Creative disponível em exclusivo no Food Lab das lojas Continente
Jerónimo Martins conquista classificação máxima no combate às alterações climáticas pelo 4º ano consecutivo
Coca-Cola traz para Portugal o chá gelado Fuze Tea
Futuros especialistas internacionais do vinho e da vinha visitaram o Dão
Governo cria comissão consultiva para aumentar as exportações do agroalimentar
O consumo alternativo está a consolidar-se como uma nova tendência na Europa, como consequência da actual conjuntura económica no Ocidente, segundo as conclusões do estudo Observatório Cetelem 2013.
Assim, as compras colectivas, a troca de produtos, compra de bens em segunda mão, o aluguer, a compra directa ao produtor e o intercâmbio de serviços estão a ganhar terreno nos últimos meses no território europeu.
O estudo sublinha que este ano vão proliferar estas novas orientações junto dos consumidores europeus, devido sobretudo ao elevado nível de desemprego no Velho Continente e às políticas de ajustamento dos governos que obrigaram os europeus a reduzir o consumo, citado pela InfoRetail.
Para fazer frente à crise, os consumidores estão a modificar o estilo de vida e priorizar o orçamento familiar, penalizando sobretudo as compras de mobiliário, decoração, electrodomésticos e actividades de lazer e tempos livres. Por outro lado, a alimentação e os artigos de limpeza para o lar, são as categorias menos penalizadas neste ajustamento do orçamento familiar.
Segundo o estudo, 34% dos europeus, afirma, no entanto, que nos próximos doze meses vai aumentar os gastos e a maioria manifesta intenção de fazer poupança, excepto Portugal e Espanha, onde a intenção de poupar desce em relação a 2012. “Não é que não tenham intenção de poupar, não tem é capacidade liquida para fazê-lo”, revela Carlos Gómez, da filial espanhola da Cetelem.
A procura por preços baixos é o principal “driver” de consumo dos europeus (82%).
A Internet converteu-se no “melhor sítio para comparar preços”, revela o estudo. “A procura e a compra online é uma tendência crescente e imparável”. O comércio electrónico cresceu dois dígitos no último trimestre de 2012 para 3.000 milhões de euros.
Neste contexto económico, emerge com força a tendência de consumo colaborativo: 53% dos europeus tenciona sobretudo fazer intercâmbio de serviços, cifra que sobe para 75% em Portugal, devido à complicada situação económica do País.
As compras colectivas, por sua vez, também têm crescido na Europa, à medida que a oferta aumenta e novos fabricantes entram em jogo.
Os países do Norte da Europa (Alemanha e Reino Unido) são os europeus mais renitentes ao consumo alternativo, enquanto Portugal e Itália os mais permeáveis a este tipo de compra.