“A compra em Portugal é feita em modo auto-piloto”
A proximidade é o atributo crítico na escolha de uma loja, mas “ambiente, sortido e preço” também têm peso na decisão

Rita Gonçalves
Clube de Produtores Continente comprou mais de 620 milhões de euros à produção nacional em 2024
Simple lança Oat Shakes e reforça aposta em soluções práticas e nutritivas
Mercadona aumenta em 19% o volume de compras a fornecedores nacionais em 2024
Portugal Sou Eu comemora o Dia da Produção Nacional
Lidl relança programa de estágios de verão para universitários com modelo flexível e remunerado
Absorvit lança nova campanha e reforça importância do magnésio na performance desportiva
A Leiteira estreia-se no segmento dos iogurtes com nova gama 100% natural
Nova loja Intermarché em Leiria permite a criação de 50 postos de trabalho
Fundação Mendes Gonçalves quer nutrir futuros e regenerar legados na Golegã
Vinted reforça parceria logística com a InPost para entregas em oito países, incluindo Portugal
O consumo em Portugal está cada vez mais centrado em casa.
Nos últimos cinco anos, o retalho alimentar cresceu 11% e a restauração caiu 30%, segundo uma análise da Nielsen, divulgada na primeira Conferência do Fórum do Consumo.
A facturação dos super e hipermercados aumentou 1% em 2012 face ao ano anterior. O volume de negócios do sector dos bens de consumo avançou 3%, a área dos perecíveis cresceu 2%, mas a área não alimentar sofreu um recuo de 6%, no mesmo período.
As perspectivas para 2013 são pouco optimistas. Ana Paula Barbosa, Retailer Services Director da consultora Nielsen, prevê uma descida das vendas dos bens de grande consumo. “Há cada vez menos consumidores e os que ficam tem menos rendimento disponível”, explica a responsável. Para contrariar o arrefecimento do consumo, as marcas, sobretudo as de fabricante, apostaram tudo nas promoções em 2012. “Um total de 25% das vendas de bens de consumo em Portugal são feitas utilizando promoções”, revela Paula Barbosa.
Mais promoções?
Uma vez que a actividade promocional nunca esteve tão forte em Portugal, o que quer o consumidor agora? Mais promoções? Segundo um estudo da Nielsen, o shopper português não muda de loja por causa das promoções. “As promoções têm influência, sim, na escolha das marcas. Não trazem novos shoppers mas fazem com que os clientes habituais gastem mais naquela insígnia e comprem mais variedade das diferentes marcas”.
A proximidade é o atributo crítico na escolha de uma loja, mas “o ambiente, sortido e preço também são importantes para a escolha da loja”.
A compra em Portugal é feita em modo auto-piloto, explica Paula Barbosa. “44% dos shoppers dizem comprar na loja mais próxima e 80% dos shoppers dizem comprar na loja habitual”. E como se comportam os portugueses na loja? “75% das visitas ao ponto de venda têm menos de 11 itens na cesta de compras. As cestas mais pequenas representam 42% dos gastos do shopper em Portugal”. As compras do mês, por outro lado, são cada vez mais uma miragem. “Metade dos compradores portugueses fazem as compras grandes à semana”. Um total de 69% dos shoppers vão às lojas mais do que duas vezes por semana.