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Inovação no retalho britânico liderado pelas MdD

Por a 28 de Maio de 2012 as 14:31

De acordo com uma recente análise realizada pela Mintel, o lançamento de produtos de Marca da Distribuição (MdD) foi superior à das concorrentes dos Fabricantes nas categorias alimentar e bebidas.

O insight da consultora dá conta que as inovações colocadas no mercado por parte dos diversos retalhistas representaram 54% do total, com as Marcas de Fabricantes (MdF) a serem responsáveis por 46%, face ao ano 2011.

Estes dados marcam uma mudança relativamente ao que se verificava em 2010, quando os fabricantes eram responsáveis por 55% das novidades apresentadas ao mercado, enquanto as MdD se ficavam pelos 45%.

Além disso, a Mintel concluiu que 57% dos consumidores pensam, actualmente, que as MdD “melhoraram em sabor e qualidade”, enquanto 52% admitem mesmo que as propostas apresentadas pelos retalhistas possuem um sabor superior em pelo menos uma ocasião.

O estudo da Mintel revela, também, que 58% dos inquiridos referiram que as MdF constituem as únicas opções em determinadas segmentos, uma tendência especialmente destacada nos produtos Premium.

Para além das diferenças já apontadas, a análise da consultora salienta ainda que 82% dos shoppers acreditam que os produtos dos retalhistas oferecem maior valor, caindo para 16% se tidos em conta os artigos dos fabricantes.

Actualmente, cerca de 69% dos shoppers compram marcas de nível mais económico no sector alimentar e bebidas, com 6% a admitir intenção de reduzir essas compras nos próximos 12 meses, enquanto 18% antecipam comprar ainda mais.

Contudo, as MdF ganham em aspectos como a confiança (52%), tradição (51%) e autenticidade (44%).

Globalmente, a Mintel admite que as vendas de MdD no alimentar e bebidas ascendam a 37 mil milhões de libras (cerca de 46 mil milhões de euros), em 2011, representando um aumento de 24% relativamente a 2006, período em que o mercado, globalmente, terá crescido 23%.

Em 2016, a Mintel prevê que a facturação das MdD nos sectores alimentar e bebidas possa atingir as 46 mil milhões de libras (cerca de 57,5 mil milhões de euros).

“Os retalhistas estão, aparentemente, a colocar mais peso nas diversas gamas de produtos próprias”, refere Chris Wisson, sénior food analyst da Mintel, concluindo ainda que “gamas mais adaptadas, produtos melhorados e mesmo o relançamento de alguns produtos colocaram maior pressão sobre as marca dos fabricantes alimentares e bebidas”.

 

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