Art & Design
A opinião de Pedro Barbosa, Docente da EGP-University of Porto Business School (EGP-UPBS).

Hipersuper
Mondelēz Portugal duplamente certificada pela cultura de trabalho implantada
Museu do Pão e ACIP lançam o concurso ‘O melhor Pão de Portugal’
iServices inaugura nova sede regional no Porto com Academia de Formação Técnica
Fundo Shoppings Iberia adquire La Vie Caldas da Rainha e La Vie Guarda
Science4you tem nova identidade visual
Via Verde cria parceria com a Cooltra para aumentar oferta de serviços de mobilidade
Grupo Valouro reuniu colaboradores e parceiros para celebrar os 150 anos
AJAP organiza seminário sobre o Jovem Empresário Rural na Ovibeja
Stratesys implementa plataforma na Sumol+Compal e reforça eficiência nas compras
Auchan apresenta coleção de livros para os mais pequenos aprenderem a gerir as emoções
Começam a chegar aos dois maiores núcleos de consumo portugueses as lojas de art & design. Lisboa e Porto começam a receber este tipo de espaços, que misturam uma oferta diversificada, marcada por um estilo diferenciado na atitude. No Porto, a Rua de Miguel Bombarda, o cluster das galerias de arte, viu nascer quatro ou cinco espaços deste tipo nos últimos meses.
Antes de mais, dizer que o nome art & design não é uma buzz unânime. É um dos termos possíveis, porque a realidade é que este tipo de lojas não têm ainda nome definido, sendo uma tendência demasiado emergente para tal nesta altura. Mas o que vendem estes espaços e a quem se dedicam?
As design shops comercializam tipicamente roupa e objectos decorativos, misturando tendências de nicho importados de cidades como Amsterdão, Berlim, Barcelona ou Nova Yorque com uma atitude própria e com personalidade, habilmente conseguida através de objectos vintage e decor irreverente. Mais do que qualquer outra coisa o espaço têm de ter personalidade própria, porque quem mais visita o espaço é uma população de arquitectos, designers e profissionais liberais com poder de compra e saturados de lojas demasiado iguais entre si, procurando diferenciar-se eles próprios pela diferença das lojas que frequentam, que potenciam também uma decoração alternativa dos seus apartamentos. Estas lojas sobrevivem de uma população local muito cosmopolita, existindo uma assinalável proximidade entre vendedores e compradores – e curiosamente o turismo não desempenha um papel muito importante nas suas performances de venda. Alguns destes espaços são propriedade ou estão ligados a estúdios de arquitectos, que potenciam soluções integradas de decoração.
Curiosamente, esta pode ser uma nova face do comércio tradicional, embora o conceito seja precisamente a antítese de tradicional.
Os grandes operadores da distribuição não devem ficar surpreendidos nem preocupados com este novo conceito. Não devem ficar surpreendidos pelo espaço que eles próprios abriram à diferença, quando se centraram em fazer espaços demasiado parecidos. Nem devem ficar preocupados na especialização dos nichos, até porque são estes operadores que vão ajudar os consumidores a perceber as vantagens do comércio mainstream: maior variedade e melhores preços, aliados a conveniência e uma política de devoluções e pós venda com que nenhuma art shop pode algum dia competir. Os consumidores saberão entender as vantagens de acordo com cada experiência e agir em consonância.
Pedro Barbosa, Docente da EGP-University of Porto Business School (EGP-UPBS)