Valdemar Gomes de Freitas despede-se da CVR do Dão
Após oito anos de funções à frente da CVR do Dão, Valdemar Gomes de Freitas despede-se da presidência da Comissão com dever de “missão cumprida”.
Victor Jorge
Mercadona abre supermercado em Leiria
MO reabre loja remodelada em Sintra
Estudo Benchmarking Supply Chain da GS1 sinaliza necessidade de maior colaboração e foco na digitalização
Portfolio Vinhos com a representação exclusiva do produtor espanhol Marqués de Riscal
Grupo os Mosqueteiros reforça apoio aos bombeiros
Centros comerciais Alegro distinguidos com o selo Superbrands 2024
InPost supera os 11 mil pontos pack e lockers em Portugal e Espanha
Grupo Paulo Duarte investe 1,1 milhões de euros na aquisição de seis veículos autobetoneiras
CVR Lisboa confirma vindimas com quebras acima das previsões mas vendas batem recordes absolutos
Mira Maia Shopping com novas aberturas e remodelações no último quadrimestre
“Ao fim destes anos de trabalho intenso manifesto, com orgulho, um sentimento de missão cumprida. Quando assumi funções deparei-me com uma Região em estado de alguma letargia, nem sempre ciente dos problemas que enfrentava e muito menos com ânimo para reverter essa situação. A CVR do Dão rapidamente traçou o diagnóstico, multiplicou os alertas, mas foi um processo moroso o de contrariar estigmas e ajudar a mudar mentalidades”, afirma Valdemar Gomes de Freitas, prestes a terminar o seu mandato à frente da Comissão Vitivinícola Regional do Dão.
O ainda presidente da CVR do Dão recorda “o grande esforço” que a entidade empreendeu para recuperar de uma imagem “menos abonatória” que “teimava em pairar sobre a Região” nas últimas décadas. “O Vinho do Dão foi dos mais prejudicados pela política que privilegiou a quantidade em detrimento da qualidade”, reconhecendo que os produtores iniciaram, desde os anos 90, “um novo percurso, mais apostados na qualidade”.
No entanto e para que o nome da Região pudesse verdadeiramente ser alavancado, era necessário que a generalidade dos agentes económicos percebesse que teria de ser esse o caminho: “apostar na qualidade para recuperar o estatuto de eleição dos Vinhos do Dão”, explica Valdemar Gomes de Freitas.
No momento em que cessa actividade na estrutura responsável pela certificação e promoção dos vinhos do Dão, Valdemar de Freitas sublinha o novo patamar alcançado recorrendo a exemplos.
“Quando iniciei funções na CVR do Dão, poucos acreditariam que alguns dos mais influentes líderes de opinião internacionais elegessem os vinhos do Dão como algo que urge descobrir. Conseguimo-lo, trazendo-os à Região e mostrando-lhes o nosso incalculável património de castas, a nossa história, a nossa filosofia de produção, os nossos vinhos”, salienta.
Valdemar Gomes de Freitas considera ainda que os eventos promocionais realizados no Dão, em Lisboa, Porto e Algarve, as celebrações do primeiro Centenário da Região Demarcada dos Vinhos do Dão e as mais recentes acções desenvolvidas em mercados externos prioritários (como Angola, Brasil, Estados Unidos e Canadá) “ajudaram a conferir uma maior notoriedade aos Vinhos do Dão junto dos consumidores, especialistas e profissionais da hotelaria e restauração, além de proporcionarem um contacto comercial privilegiado aos agentes económicos que participaram nestas iniciativas”.
A presidência de Valdemar à frente da CVR do Dão teve, no entanto, alguns pontos negativos, destacando, entre eles o facto de não ter sido constituída uma única entidade certificadora para os vinhos da Região das Beiras, que fosse capaz de agregar o Dão, Lafões, Bairrada, Beira Interior e Távora-Varosa.
“A CVR do Dão investiu bastante neste processo e, a dado momento, sentiu que estava a ser a única realmente apostada em levar a bom porto um desfecho que reunisse todas as entidades num só estrutura certificadora. Infelizmente não fomos bem sucedidos, foi uma oportunidade perdida, mas mantenho a convicção que a médio prazo isso acabará por revelar-se inevitável”, estima Valdemar Gomes de Freitas.