A Comissão Europeia (CE) propôs hoje [Terça-feira] desbloquear uma ajuda de 150 milhões de euros para os produtores hortícolas afectados pela quebra do consumo devido ao surto de E.coli.

“Vamos propor um montante de 150 milhões de euros” de ajudas financeiras para cobrir as perdas dos agricultores, cujos produtos têm sido evitados pelos consumidores, com medo que as saladas, pepinos e tomates estejam infectados com a bactéria potencialmente mortal, disse o comissário europeu da Agricultura, Dacian Ciolos.

O responsável alertou, no entanto, que o montante exacto a disponibilizar dependerá das estimativas de perdas feitas por cada um dos Estados-membros, avançando Ciolos que esse cálculo será efectuado tendo como referência o final de Maio, altura em que a crise começou, e o final de Junho.

O comissário para a Saúde e Defesa do Consumidor, John Dalli, declarou, por sua vez, que “é crucial que as autoridades nacionais não se precipitem em lançar informações sobre a origem da infecção que não fossem provadas por análises bacteriológicas porque isso espalha um medo injustificado junto de toda a população europeia”.

Um recado para a Alemanha, numa altura em que a origem da contaminação continua a ser um mistério, depois dos primeiros testes da bactéria E.Coli em rebentos de soja terem dado resultados negativos.