Investimento europeu em imobiliário de logística caiu 26%
O investimento directo nos mercados de imobiliário industrial na Europa cifrou-se nos 6,2 mil milhões de euros em 2009, reflectindo um declínio anual de 26% face a 2009, indica o relatório European Industrial Market Spring 2010, divulgado pela Jones.

Victor Jorge
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O investimento directo nos mercados de imobiliário industrial na Europa cifrou-se nos 6,2 mil milhões de euros em 2009, reflectindo um declínio anual de 26%, ainda assim abaixo da queda de 38% verificada no conjunto de todas as classes de activos. Comparativamente à primeira metade do ano, no segundo semestre de 2009 os volumes de investimento cresceram 60%, ficando apenas 5% abaixo dos níveis registados em igual período de 2008, segundo indica o relatório European Industrial Market Spring 2010, divulgado pela Jones Lang LaSalle.
O Reino Unido manteve-se como o mercado de investimento mais forte, totalizando 2,6 mil milhões de euros, o que equivale a mais de 40% do volume total de investimento em imobiliário industrial na Europa em 2009, e a uma subida de 7,5% face ao registado no ano anterior. Os Países Baixos foram o segundo mercado mais forte, totalizando 755 milhões de euros, num declínio anual de 10%. Em França observou-se o maior crescimento na actividade dos investidores em 2009 (595 milhões de euros) – uma subida anual de 40%.
Cris Staveley, director EMEA de Capital Markets da Jones Lang LaSalle, refere na nota enviada à imprensa que “as Yields estabilizaram por toda a Europa e, na segunda metade do ano, começaram a evidenciar um movimento de compressão nos principais mercados prime europeus, com o Reino Unido, em particular, a registar uma compressão significativa das yields ao longo dos últimos meses do ano. Actualmente, o mercado de investimento imobiliário industrial parece ter ultrapassado o seu ciclo de baixa”.
“A procura de produtos industriais prime por parte dos investidores, continuará forte em 2010 em todos os principais mercados da Europa. No entanto, a forte compressão das yields registada recentemente, aliada a uma vontade de diversificação, poderão vir a encorajar alguns investidores a direccionar parte do seu capital para fora do Reino Unido em direcção a outros mercados da Europa Central e Ocidental”, acrescenta Chris Staveley.
A absorção total nos principais mercados industriais europeus atingiu os 10,1 milhões de m² em 2009, reflectindo um declínio anual de 27%. Face ao primeiro semestre, o movimento de procura por parte dos ocupantes começou a melhorar na segunda metade do ano, apesar dos volumes de absorção terem permanecido significativamente abaixo dos níveis médios dos últimos três anos. Espanha, Bélgica e Reino Unido registaram os níveis de absorção mais baixos em 2009, ao passo que a Hungria (-4%), Itália (-5%) e a Alemanha (-8%) foram menos afectados. O único mercado a registar uma subida na absorção em 2009 foi a Rússia, motivada pela evolução do processo de amadurecimento do seu sector da distribuição.
Por toda a Europa, o volume de novos imóveis concluídos continuou em declínio ao longo do segundo semestre de 2009, tendo descido 19% face aos primeiros seis meses do ano. A nova oferta atingiu os 6,4 milhões de metros quadrados em 2009, reflectindo uma descida anual de 40%. A oferta futura em pipeline continuará também a contrair-se, com aproximadamente 2,2 milhões de m² em construção no início de 2010, ou seja, menos 50% do que há 12 meses.
Apesar da quebra na actividade de promoção, a taxa de desocupação cresceu em quase todos os mercados no ano passado, devido sobretudo ao facto de os ocupantes procurarem um stock moderno, ao passo que a maioria dos espaços desocupados estão localizados em imóveis usados. Como tal, a Jones Lang LaSalle prevê que os ocupantes, sobretudo nos principais mercados logísticos da Europa Ocidental, passarão a contar com um leque de escolha reduzido em termos de oferta moderna a partir de meados de 2010, com a promoção especulativa a rarear e muitos dos promotores a procurarem assegurar o financiamento através do pré-arrendamento, e alguns ocupantes a serem forçados a optar pelo formato proprietário-ocupante, uma tendência que começou tomar forma no ano passado.