Os ciclos da Vinha e do Olival
A vinha e o olival andam cada vez mais de mãos dadas enriquecendo o notável património e cultura portugueses. Ambos os sectores despertam na actualidade uma crescente curiosidade e interesse […]

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A vinha e o olival andam cada vez mais de mãos dadas enriquecendo o notável património e cultura portugueses.
Ambos os sectores despertam na actualidade uma crescente curiosidade e interesse e, os produtores respondem em conformidade. Um pouco por todo lado a área de vinha mas sobretudo a do olival aumentam, alterando paisagens outrora dedicadas a outras culturas.
O mercado dos vinhos de qualidade leva claramente a dianteira nesta matéria. Foi sobretudo na década de 90 que se sentiu uma aposta crescente neste sector. Esta aposta foi transversal a todo o processo produtivo, desde a viticultura à enologia sendo também determinantes os passos dados na regulação do sector.
Ainda assim é a natureza que decide, cabe aos produtores observá-la, escutá-la e aprender com as suas lições e um bom exemplo disso foi a vindima deste ano. Devido aos fortes calores observados no início de Agosto, Alentejo, Península de Setúbal, Lisboa e arredores assim como Douro Superior foram forçados a antecipar a vindima. Mais um ano atípico, a condicionar as vindimas, que poderão não ser de excepcionalidade nalguns casos. Verdes, Dão e Bairrada: regiões que viram o culminar do seu ciclo de trabalho concretizar-se de forma mais ordenada ainda que também com alguma antecipação.
Ainda na vinha a azáfama era grande quando se iniciou no retalho mais um ciclo de feiras, em que a promoção estimulada pela grande distribuição foi uma vez mais palavra de ordem. No contexto actual em que o consumidor redefine prioridades e em que se revela mais atento ao factor preço e, num ano em que a transferência do consumo fora de casa para dentro de casa se agudizou, embora seja uma transformação que decorre há já algum tempo, este canal procurou uma vez mais adequar o seu sortido a estas novas oportunidades e desafios. Foi tempo dos consumidores armazenarem alguns vinhos de eleição, mas também de ousarem experimentar novas propostas, a preços excepcionalmente mais acessíveis.
Em Novembro e Dezembro, com o Natal à porta, as perspectivas são outras. O consumidor transfere a sua opção de compra do eu para o outro; aproxima-se o momento da oferta. Valorizam-se o factor novidade e as propostas mais exclusivas. E se as feiras de vinho traduzem um pico de vendas neste segmento, as de natal apresentam uma importância crescente, nomeadamente em valor.
É tempo das marcas de vinho se “engalanarem” para estarem à altura das exigências do consumidor, a par das bebidas espirituosas, nomeadamente dos whiskies, que se destacam nas ilhas e topos com embalagens de oferta alusivas à ocasião.
Mas tal como o vinho, também o azeite, em particular as propostas mais qualitativas e “gourmet”, ganham espaço nesta altura do ano. De novo de mãos dadas, vinho e azeite sentam-se à mesa para valorizar o nosso património gastronómico.
Em cada ano um novo ciclo se retoma, com a nova campanha e transformação da azeitona que se inicia em meados de Outubro e se estende pelo Inverno.
Com o ano novo, chega o azeite novo, e com este a expectativa de que, tal como sucede no sector vitivinícola, se respeite efectivamente a regulamentação do sector, assegurando-se a transparência e a veracidade do que é nosso, num segmento de grande potencial da nossa produção nacional.
Catarina Santos, Marketing Manager Vinhos e Azeites da PrimeDrinks