Por favor, consuma e invista!
Todos os dias, a crise nos entra pela cabeça dentro: televisão, jornais, rádio. Essencialmente pelos media, portanto. Através deste artigo, entrará novamente. Apesar de “entrar” diariamente, já fez “sair” algo? […]

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Todos os dias, a crise nos entra pela cabeça dentro: televisão, jornais, rádio. Essencialmente pelos media, portanto. Através deste artigo, entrará novamente. Apesar de “entrar” diariamente, já fez “sair” algo? A alguns sim. Mas a outros não terá feito, certamente. As crises, com tudo o que poderão trazer de negativo, trazem também oportunidades.
É verdade que não sabemos o dia de amanhã, responsabilidade que o ser humano atribui, desde há muito, a terceiros. Ainda assim, uma grande parte dos portugueses conseguirá, tranquilamente, prever o seu amanhã profissional, baseando-se em diversos factores: patrões com responsabilidade social, sectores contra-cíclicos, sector público, etc. Aliás, a todos os que mantêm e manterão o seu emprego, a crise apenas fez “entrar” mais dinheiro na sua contabilidade mensal. Não é preciso ter um crédito à habitação muito elevado para ter um encargo mensal inferior em quase 300€. E isto com um spread competitivo. Os combustíveis estão mais baratos.
Sectores em crise não param de fazer promoções.
Portanto aproveite, para o seu bem e para o bem do seu próximo, este aumento da sua liquidez mensal. Consuma, invista! Se não tem razões para recear o dia de amanhã aproveite para adquirir hoje os bens que sempre quis, que estão agora mais baratos e com um menor recurso ao crédito. Aproveite também a sua liquidez para investir. A receita é relativamente simples: comprar barato e vender caro. E se não é fácil saber quando vender, certamente que estamos numa altura em que se compra barato. O seu consumo e o seu investimento, representarão um aumento da procura. Aumento da procura significará aumento de produção, aumento de produção significará, por sua vez, mais trabalho e manutenção de empregos. Mais empregos, mais consumo, mais empregos, mais investimento.
E é aí que temos a inversão de um ciclo negativo. A crise que vivemos resulta, em parte, e mantém-se, devido a uma grande falta de confiança e a expectativas muito baixas face ao futuro. Portanto, se conseguir controlar as variáveis que definem o seu futuro, por favor consuma e invista.
O comportamento de massa é sempre o mais confortável. Se o meu vizinho do lado não faz eu também não o vou fazer. Mas será que os meus pressupostos são iguais aos dele? Involuntariamente, se todos os que têm agora um maior conforto financeiro aproveitarem as oportunidades que surgem, de consumo, de investimento ou de poupança, estaremos a provocar um estímulo económico. A inversão do ciclo depende, em grande parte, dos players com maior peso é verdade. No entanto, depende também, em menor escala, de todos e cada um de nós.
Catarina Ramos Gouveia, Executive Manager Commercial&Marketing Retail da Michael Page International