Exportações nacionais caem na União Europeia
As exportações de mercadorias para a União Europeia (UE) diminuíram 0,4% entre Janeiro e Outubro, mas cresceram 15,5% para os mercados extra-comunitários, revelam dados preliminares da Agência para o Investimento […]

Carlos Atalaia
Navigator registou 529M€ de volume de negócios no primeiro trimestre
Dias da Moda do UBBO trazem workshops e consultores de moda
Quinta da Vacaria lança Grande Reserva 2019
Equipa portuguesa vence final ibérica da 33.ª edição do L’Oréal Brandstorm com projeto inovador de skincare masculino
MC volta a integrar a “A List” do CDP e reforça liderança no combate às alterações climáticas
Monte da Bica aposta na exportação e apresenta novos vinhos
8º Congresso Nacional do Azeite vai debater os novos desafios para o setor
Retalho gerou 70.015 M€ de volume de negócios em 2023
Marta Baptista: “A agricultura faz-se com pessoas”
Vinhos de Portugal promovem-se na APAS SHOW 2025 em São Paulo
As exportações de mercadorias para a União Europeia (UE) diminuíram 0,4% entre Janeiro e Outubro, mas cresceram 15,5% para os mercados extra-comunitários, revelam dados preliminares da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) obtidos pelo Diário Económico (DE). Globalmente, a actividade exportadora de bens conheceu uma evolução positiva de 3,3%, ao passo que os serviços dispararam 7%.
O recuo das vendas para o espaço comunitário é uma realidade inédita desde 1993, ano em que o indicador caiu 0,03%, recorda o DE. Mesmo assim, foram vendidos aos 26 parceiros da UE um total de 21,84 milhões de euros até Setembro. O principal mercado para as exportações portuguesas (a Espanha) representa 27% do total global, tendo crescido em termos homólogos embora registando abrandamento.
Reagindo a estes números, o presidente da AICEP, Basílio Horta, admite que “ainda não conseguimos [diversificar as exportações e os mercados] tanto como queríamos”, mas não deixa de lembrar que “já temos alguma diversificação”. Por sua vez, o economista e antigo Ministro da Indústria e Energia Mira Amaral aconselha as firmas nacionais a voltarem-se para os mercados emergentes (Angola, Argélia, Federação Russa e Líbano). Neste momento, o espaço extra-comunitário já é destino de 25% das mercadorias lusas.
Os especialistas ouvidos pelo DE reconhecem que a crise nos mercados americano, inglês e francês, por um lado, e as restrições no acesso ao crédito, por outro lado, dificultam o levantamento das barreiras às importações de produtos nacionais, bem como os investimentos em marketing. Neste caso, a solução pode passar por reduzir margens de lucro e incutir valor acrescentado aos artigos.
A confirmá-lo, os empresários ouvidos pelo Banco de Portugal afirmam antever uma contracção moderada (6,5%) das exportações para a Zona Euro, e uma queda acentuada das vendas para países não pertencentes ao clube dos 27, adianta o diário. Também a Economist Intelligence Unit traça um diagnóstico pouco encorajador da situação dos nossos principais clientes em 2009: recessão em Espanha, na Alemanha, na Zona Euro, nos EUA e no Japão. O PIB mundial deve perder 0,4% no próximo ano.