Pessimismos lusos
Os portugueses, por norma, são pessimistas. Basta perguntar a alguém como está e a resposta é normalmente, “mais ou menos”, “vamos andando” ou um simples “mal”. Um recente relatório da […]
Victor Jorge
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Os portugueses, por norma, são pessimistas. Basta perguntar a alguém como está e a resposta é normalmente, “mais ou menos”, “vamos andando” ou um simples “mal”.
Um recente relatório da Nielsen vem agora revelar que Portugal está entre as três nações mais pessimistas do mundo, a seguir à Coreia e Japão.
Ora, a actual situação económica em nada tem favorecido o consumidor português e prova disso mesmo é que oito em cada dez consumidores nacionais referem que estamos a atravessar uma recessão económica.
Para agravar ainda mais a situação, um quarto dos consumidores portugueses fica sem dinheiro disponível depois de pagar as despesas essenciais.
A própria OCDE reviu recentemente o crescimento de Portugal em baixa, não dando, assim, boas notícias, a quem governa nem a quem é governado.
A alta dos preços do petróleo em nada vem ajudar a situação e o reflexo que essa realidade tem nos bens alimentares e nos respectivos preços faz com que o dinheirinho tenha de andar muito bem contado.
A recente baixa do IVA de 21 para 20% foi apresentada por alguns como um desapertar do cinto para o consumidor, mas já há quem diga que esta redução não traz nada substancial a uma realidade já de si muito difícil.
Para agravar a situação, o Banco Central Europeu revelou que as famílias portuguesas estão a embarcar numa situação explosiva, sendo das mais endividadas da zona euro e das que mais recorrem ao crédito ao consumo.
Com todo este quadro, não será legítimo o consumidor português se sentir pessimista? Penso que sim.
Talvez apareça alguém – tal como no passado – a querer alegrar a malta e a admitir que o País não está em crise, bastando ir ao Al(l)garve para ver que estão lá um milhão de portugueses a passar férias.
Talvez em vez de férias, estejam a tentar afogar as mágoas. Talvez…