Só 30% das empresas com operação em Portugal aceitam pagamentos através de um terminal POS, percentagem que aumenta para 54% no caso de empresas de média dimensão, conclui um estudo realizado pela InMark Europa para a Mastercard.

De acordo com o estudo, um total de 27% das empresas revela deter um POS físico, uma percentagem que sobe para mais de metade (58%) no caso das empresas de média dimensão. Só 8% têm um POS virtual. Quando inquiridas sobre se utilizam um POS para receber os pagamentos (físico ou virtual), as percentagens variam consoante a dimensão da empresa: 23,4% dos trabalhadores independentes referem utilizá-lo, percentagem que sobe para 39% no caso das microempresas e para 54% nas empresas de média dimensão.

Entre as empresas que aceitam pagamentos com cartão, os motivos apresentados são, predominantemente, a facilidade e conveniência nos pagamentos (60%), seguida da segurança (33%) e da melhoria/facilidade/rapidez das vendas (32%). Outras razões apontadas pelos inquiridos são a exigência por parte dos clientes (19%), fidelização (15%) e prestar um bom serviço (13%).

Do total das empresas que aceitam pagamentos através de um POS, 56% refere que o terminal está preparado para a tecnologia contactless, mas apenas 50% aceitam pagamentos através de cartões com essa tecnologia.

O valor médio das compras pagas com cartões ronda os 226 euros, enquanto as vendas médias em numerário representam em média cerca de metade desse valor, ou seja, 121 euros.

No que respeita ao comércio online, apenas 18% das empresas afirmam fazer vendas online, apesar de 31% afirmarem  recorrer ao e-commerce para fazer as suas compras.

“Estes dados mostram que, apesar da evolução positiva e da crescente consciencialização por parte dos nossos empresários das vantagens da aceitação de pagamentos com cartões ou da aposta na digitalização, existe ainda um longo caminho a percorrer”, considera Maria Antónia Saldanha, country manager da Mastercard em Portugal, citada em comunicado.

“Temos vindo a trabalhar, precisamente, para apoiar as PME com as ferramentas mais adequadas à necessária transição digital, que é essencial para poderem servir melhor os seus clientes, dando-lhes a liberdade de escolherem o método de pagamento que lhes for mais conveniente em cada momento, seja em loja física ou online”, acrescenta.