5 formas de as empresas pouparem em contexto inflacionário
Opinião de João Costa, country manager da Expense Reduction Analysts

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Por João Costa, country manager da Expense Reduction Analysts
O contexto atual económico, e o aumento da inflação que se atravessa, exige das empresas uma redução dos seus custos. Num contexto de crise, a tendência é para cortar em recursos humanos ou em outros custos de forma pouco estratégica. No entanto, esta decisão pode revelar-se danosa no médio prazo, prejudicando o próprio negócio.
O primeiro foco das empresas deve ser a gestão de compras, que é frequentemente uma das formas mais rápidas e eficazes de reduzir custos e obter liquidez. No entanto, esta opção nem sempre é considerada, quer seja pela falta de tempo, de recursos ou de know-how. Existem até alguns mitos que importa desconstruir, como, por exemplo, o de que a experiência numa determinada área de compras garante as melhores condições em qualquer categoria de custos, o de que os acordos globais são sempre melhores do que os locais, ou o de que ter um fornecedor mais antigo se traduz sempre num melhor preço e serviço. Nas próximas linhas, encontra cinco formas de as empresas pouparem no contexto inflacionário.
- Reavaliar custo a custo
Fazer uma revisão profunda e sustentada das compras em determinadas áreas de custo. Começar por detalhar os custos existentes e sondar o mercado para perceber que adaptações devem ser feitas para gerar liquidez. Questionar o status quo é o primeiro passo para o processo de controlo de custos nas empresas: quais são os que podem ser otimizados? Em que categoria está a ser alocada uma maior fatia do orçamento? Existem oportunidades de poupança que não comprometem as metas de vendas? Que pressupostos ou “mitos” na nossa gestão das compras devemos questionar.
- Olhar para os fornecedores como parceiros de negócio
Na relação com fornecedores, é importante ser assertivo e ter uma visão de parceria e crescimento mútuo. Por isso, as empresas devem propor sempre acordos win-win que permitam reduzir custos, mas que garantam a sustentabilidade de ambas as partes.
- Não colocar em risco a operação
O objetivo das empresas será sempre reduzir custos sem afetar a operação. Segundo o Princípio de Pareto, geralmente, 80% dos custos de uma empresa estão alocados a cerca de 20% dos fornecedores, sendo que, na maioria dos casos, estes 20% são indispensáveis ao seu negócio. Por isso, é importante fazer uma gestão estratégica e planificada dos custos, assegurando a qualidade e o funcionamento da cadeia de abastecimento, que, em muitos casos, está já fortemente pressionada pela entropia provocada pela pandemia.
- Olhar além dos custos centrais
Tipicamente, os custos centrais ou core das empresas já são alvo de uma análise e investimento de recursos significativo. No entanto, nem todas são geridas com o mesmo rigor, quer seja por falta de tempo, de competências internas ou de benchmark das melhores práticas de mercado. É importante reverter esta situação, uma vez que, parte importante da otimização de custos pode vir da gestão aprofundada destas compras. Alguns exemplos destas áreas são a gestão de frota, a energia, os transportes, a logística, as limpezas, o IT (Information Technology), os custos bancários, os materiais promocionais e as embalagens.
- Avaliar regularmente os contratos
É crucial que as empresas façam uma reavaliação regular dos contratos, de modo a detetar o máximo de oportunidades de poupança. Independentemente do setor ou da indústria, o equilíbrio entre custos e liquidez determina a continuidade dos negócios e, por isso, deve ser uma prioridade urgente.