As seis tendências do retalho em 2023
A empresa de transformação digital CI&T aponta as seis tendências que antecipam o setor do retalho em 2023: pré-encomendas, regateio, básicos, compra física, apoio ao cliente e aluguer

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A empresa de transformação digital CI&T aponta as seis tendências que antecipam o setor do retalho em 2023: pré-encomendas, regateio, básicos, compra física, apoio ao cliente e aluguer.
Se, em 2022, o retalho se focou na inovação e na partilha de dados, no próximo ano as atenções estarão viradas “para o consumidor e para a satisfação das suas necessidades da forma mais pragmática possível”, afirma Melissa Minkow, Director, Retail Strategy da CI&T, citada em comunicado.
Uma vez que “os consumidores vão gastar o seu dinheiro com cuidado”, os retalhistas “devem procurar assegurar a sua lealdade através do reforço da confiança e do cumprimento das promessas que fazem. As marcas que mais vão prosperar serão aquelas que ouvirem os seus clientes e os apoiarem nos tempos difíceis que parecem avizinhar-se”, aconselha.
- Apostar em pré-encomendas para lidar com o excesso de inventário
Com a crise da cadeia de abastecimento a perder fulgor, os retalhistas deparam-se com excessos de inventário, que se traduzem em custos adicionais de armazenamento. Juntando as pressões inflacionistas à equação, veem-se cada vez mais limitados para conseguir escoar stocks. Fazer promoções para diminuir o inventário antigo é uma tática sobejamente conhecida, mas a verdade é que reduzir os preços não é sustentável a longo prazo, sobretudo em período de recessão. Assim, no próximo ano vamos ver mais comerciantes a recorrer às pré-encomendas para gerir melhor o inventário.
- Regatear: A palavra de ordem
Em 2023, os comerciantes vão procurar novas formas de competir em termos de preços: um autêntico “mercado de regateio”. Veremos uma maior adoção de ferramentas de negociação de preços entre consumidores e chatbots, em que se oferece um preço diferente a cada cliente, personalizado de acordo com as suas capacidades de negociação.
- De volta aos básicos
Com a crescente inflação, em 2023, os consumidores vão evitar cada vez mais gastos desnecessários e despesas excessivas. Os consumidores estão a eliminar custos onde podem, cancelando subscrições e optando pelos comerciantes com melhores promoções. Para responder a isto, as marcas terão de dar mais ênfase aos produtos básicos para atrair consumidores.
- Compras presenciais ganham impulso
Os consumidores podem estar a cortar nos gastos, mas a alegria de fazer compras de forma presencial não se perdeu. Após a explosão do e-commerce durante a pandemia, em 2023 vamos assistir a um reganhar de importância das compras físicas, à medida que as marcas procuram formas de atrair os consumidores que vão para além do preço. Assim, há uma enorme oportunidade para as marcas se destacarem através da criação de ambientes de loja de que as pessoas possam realmente desfrutar.
- Inovação dá lugar ao pragmatismo
Nos últimos tempos, a inovação na área da experiência do cliente (CX) no retalho foi posta de parte, enquanto os comerciantes se focavam em investimentos fundamentais e reduzir custos. Em 2023 voltará a receber atenção, mas de forma muito pragmática, com foco no apoio ao cliente. Por exemplo, para os equipar com as ferramentas certas para sentirem que estão a tomar decisões de compra inteligentes e a obter o melhor preço possível.
- Reimaginar a fast fashion
Finalmente, no próximo ano também veremos uma maior utilização de serviços de aluguer, ao ponto de se poderem até tornar a norma. Não são apenas uma opção mais sustentável e rentável para os clientes, como também permitem às empresas recolher dados a que de outra forma não conseguiriam aceder. O aluguer também reduz o desperdício e permite, potencialmente, duplicar os lucros de um mesmo artigo.
Isto poderá levar a uma reimaginação da fast fashion: se os clientes alugarem mais, os retalhistas poderão construir uma imagem forte daquilo de que as pessoas gostam e não gostam, para se manterem a par da mudança de tendências.