A confiança dos consumidores portugueses registou um recuo homólogo de 31 pontos no segundo trimestre de 2020, ficando nos 63 pontos, nível abaixo da média europeia, segundo dados revelados esta sexta-feira pela Nielsen.

Regista-se, assim, uma quebra acentuada na confiança dos consumidores, na medida em que no ano anterior este indicador andou na casa dos 90 pontos. Estes resultados andam longe de ser inesperados, pois 84% dos portugueses afirmam que o País se encontra em recessão económica, uma perceção que corresponde à realidade.

Neste contexto, verifica-se, entre os portugueses, uma onda de pessimismo referente ao emprego nos próximos 12 meses. O estudo revela, aliás, que “80% dos inquiridos afirmam esperar tempos difíceis no que diz respeito a esta situação e cerca de 70% não anteveem perspetivas positivas para as suas finanças pessoais”.

É nesta medida que 77% que os consumidores nacionais afirmam ter alterado, no último ano, os gastos. Pretendem assim economizar nas despesas no lar, “sendo as principais medidas de poupança em roupa (54%), entretenimento fora de casa (54%), gás e eletricidade (43%), uso do automóvel (40%), pedido de refeições take-away (39%) e férias anuais (37%)”, indica o documento da Nielsen.