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Encontros rápidos no universo “startup”

Durante 2017 o HIPERSUPER cruzou-se com várias startups portuguesas, quer em eventos como a Web Summit quer através de outras iniciativas como os aceleradores de startups promovidos pelo grupo Metro ou pelo Turismo de Portugal. Ficam aqui os nossos destaques

Ana Catarina Monteiro
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Encontros rápidos no universo “startup”

Durante 2017 o HIPERSUPER cruzou-se com várias startups portuguesas, quer em eventos como a Web Summit quer através de outras iniciativas como os aceleradores de startups promovidos pelo grupo Metro ou pelo Turismo de Portugal. Ficam aqui os nossos destaques

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Ana Catarina Monteiro
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Durante 2017 o HIPERSUPER cruzou-se com várias startups portuguesas, quer em eventos como a Web Summit quer através de outras iniciativas como os aceleradores de startups promovidos pelo grupo Metro ou pelo Turismo de Portugal. Ficam aqui os nossos destaques*

 

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Sensefinity nasce para resolver problema que Nokia não consegue

A Sensefinity foi uma das duas startups portuguesas, juntamente com a Sensei, que participaram na primeira edição do “Accelerator for Retail powered by Techstars”, um programa internacional promovido pelo grupo alemão Metro, que em Portugal opera as cadeias Makro e Media Markt, para a incubação de novos projetos tecnológicos para o retalho.

A startup desenvolveu sensores inteligentes geridos em “cloud” para monitorizar dados de produto e a logística ao longo da cadeia de abastecimento. “Trabalhávamos na Nokia quando um grande operador de logística nos pediu a implementação de uma solução de gestão em tempo real da cadeia de frio. Como a Nokia não foi capaz de responder às necessidades do cliente, decidimos criar a Sensefinity para dar resposta às necessidades da logística com a ajuda da IoT [sigla em inglês para Internet das Coisas], explica Orlando Remédios, um dos fundadores da empresa, numa entrevista concedida ao HIPERSUPER em agosto passado.

Com um investimento de 800 mil euros, e tendo criado dez postos de trabalho, a empresa “desenvolveu sensores capazes de monitorizar os dados de negócio, em tempo real e com comunicações globais. Os sensores podem ligar-se à ‘cloud’ em qualquer parte do mundo, caso haja necessidade de reportar um alarme. Assim, evita-se que a mercadoria se estrague no caminho, pois o cliente tem visibilidade completa de todo o processo de transporte e armazenamento”.

A solução “chave na mão”, que permite às empresas “evitar a necessidade de desenvolver uma solução específica para este efeito, que sairia sempre mais cara”, dispõe de sensores com capacidade de monitorizar temperatura, humidade, vibração e choque, e faz emitir alarmes caso estes sensores detetem valores acima dos aceitáveis. Permite também localizar os objetos dentro de edifícios como armazéns.

Para o retalho, o sistema “pode ser utilizado para preservar a qualidade dos frescos” e, no caso das entregas, permite aos distribuidores “avisar o cliente da hora exata de chegada da entrega”, dá conta o responsável.

A solução “está em uso em várias empresas portuguesas”, sendo que a empresa arrancou já com a internacionalização com o mercado alemão e suíço.

No âmbito do programa do grupo Metro, a Sensefinity desenvolveu um “sistema de blockchain para permitir a monitorização auditável de produtos perecíveis, como vacinas ou peixe”. A empresa preetende agora, através da visibilidade conferida pelo “acelerador”, expandir para o “mercado do norte da Europa”. Com olhos postos no futuro, a empresa tenciona também investir em “machine learning” para prever situações anómalas.

A máquina portuguesa que cozinha como um chef

A Mellow desenvolveu uma máquina que é um chef de cozinha. Pode ser programada para começar a cozinhar a meio da tarde, por exemplo, para que quando a família chegue a casa tenha o jantar pronto. Os produtos estão guardados numa área de refrigeração associada à maquina, que recorre à técnica “sous-vide” (cozinhar lentamente à temperatura ideal) para preparar as refeições. “Temos pratos de cozinha iguais aos dos melhores chefes do mundo, porque a técnica de cozinha é a mesma”, destaca Catarina Violante, co-fundadora da Mellow, empresa que foi apadrinhada pelo Turismo de Portugal, o qual cedeu o espaço do Open Kitchen Labs para a empresa fazer face ao volume de encomendas. “Em 2014, quando abrimos a pré-venda pela primeira vez ao mercado tivemos acima de 3000 encomendas. Antes de entregarmos as primeiras máquinas – o que aconteceu no último verão – levantamos mais de três milhões de dólares, em várias fases de investimento”, recorda a fundadora.

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A empresa, que desenvolveu o produto no âmbito da incubadora norte-americana Techstars, está neste momento a vender para os Estados Unidos e espera “até novembro deste ano” estar também a comercializar na Europa. “Portugal será certamente um dos países iniciais e devemos chegar em poucos meses à Europa em geral”. Em dezembro passado, a sua equipa de 20 colaboradores mudou-se do Open Kitchen Labs para os seus próprios escritórios, em Alcântara (Lisboa), um espaço com “três cozinhas, estúdios para social media, workshops e salas de teste e de reuniões”, explica Catarina Violante.

O inovador “device” de tracking que mereceu os parabéns da Google

Criada no final de 2016, a Loka Systems desenvolveu um pequeno dispositivo – que designa de “locker” – de Internet das Coisas (IoT, sigla em inglês) que permite controlar todos os produtos/ativos de uma determinada empresa. A inovação está nas suas funcionalidades escaláveis e no baixo custo de aquisição e manutenção, explicou ao HIPERSUPER, durante a Web Summit, Cristina Raposo, business development da startup. “É um ‘device’ que faz ‘tracking’ de todo o negócio. Tem sensores de temperatura, um acelerómetro e apresenta capacidade de expansão, uma vez que podemos adicionar dezenas de sensores, seja de humidade, de deteção de movimento ou óticos, de forma a informar quando é necessária manutenção dos equipamentos, consoantes as indústrias”.

A startup leva a cabo várias “centenas de provas de conceito em todo o mundo”, inclusivamente junto de cadeias de supermercado “no Brasil”, com “lockers” instalados dentro das arcas congeladoras para medir a temperatura e detetar se existe alguma variação. Ao nível do transporte, consegue-se saber exatamente onde estão todos os veículos ou os contentores das empresas, qual a temperatura, o histórico da localização, entre outros dados, disponíveis através do software que acompanha o hardware.

“A funcionalidade de geolocalização é inovadora no sentido em que não trabalhamos com GPS nem GPRS. O dispositivo deteta os pontos de acesso wi-fi que existem à sua volta, faz a triangulação e determina a sua localização, mesmo sem se conectar à rede. E depois transmite mensagem na rede Sigfox – uma nova rede, que está a ser implementada a nível mundial, a qual funciona como uma espécie de tecnologia de rádio, a qual em Portugal e na Europa já têm uma implementação bastante avançada. No próximo ano esperamos que alargue a mais mercados, na África e na América do Sul”, salienta Cristina Raposo.

LOKA

“A vantagem é que requer muito pouca energia para a transmissão da informação. O dispositivo precisa apenas de duas pilhas AA, que podem durar até cinco anos”. Por outro lado, o custo associado a esta solução de conectividade está “entre os 20 e os 50 dólares”, pelo dispositivo e a plataforma. “Os planos de comunicação da Sigfox custam um dólar por ano. Portanto, com a informação transmitida através do device, que é agregada na nossa plataforma, as empresas podem poupar biliões de dólares, em teoria”.

A Loka já vendeu “50 mil” unidades destes pequenos dispositivos e está a “falar com os grandes ‘players’ da distribuição e do retalho” para dar a conhecer a nova solução. A expectativa da empresa é “atingir um milhão de dispositivos daqui a um ano”.

Na Web Summit, a startup recebeu até os parabéns da Google. “Disseram-nos que o ‘locker’ está muito bem pensado. Neste momento, existem muito dispositivos no mercado, mas nenhum com o preço que oferecemos nem que funcione de forma tão eficaz”.

Outsystems permite criar apps “seis vezes mais rápido”

Já não é uma startup mas vale o destaque. O HIPERSUPER deu de caras com a OutSystems, também durante a Web Summit, onde apresentava um “software” de desenvolvimento de aplicações de uma “forma mais visual”, permitindo fazê-lo “seis vezes mais rápido que outro software”. Fundada em 2001, a empresa faturou 100 milhões de euros em 2016 e regista uma média de 200 a 300 pessoas contratadas por ano. No ano que acaba de terminar, inaugurou filiais no Japão e na Austrália, estando já instalada nos Estados Unidos e na Holanda, além de Portugal.

*Texto originalmente publicado na edição impressa de janeiro do jornal HIPERSUPER

Sobre o autorAna Catarina Monteiro

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