UPS: De Colónia para o Mundo
60 quilómetros de passadeiras rolantes. 190 mil pacotes de encomendas processados por hora. 300 camiões e 42 aviões. Tudo é gigante no centro de operações da UPS em Colónia, que centraliza a atividade da multinacional na Europa

Rita Gonçalves
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60 quilómetros de passadeiras rolantes. 190 mil pacotes de encomendas processados por hora. 300 camiões e 42 aviões. Tudo é gigante no centro de operações da UPS em Colónia, que centraliza a atividade da multinacional na Europa
Rita Gonçalves, em Colónia (Alemanha)*
Seattle, USA, 1907. O jovem empreendedor James E. Casey, com 19 anos, pede a um amigo um empréstimo de 100 dólares para fundar a American Messenger Company. A empresa dedica atividade à entrega de mensagens e encomendas, como dinheiro, bagagem e comida, e é gerida por James e o seu sócio Claude Ryan a partir de um humilde escritório instalado numa cave. Os “mensageiros” são os amigos e familiares dos dois sócios que fazem as entregas a pé ou de bicicleta quando as distâncias são longas. A empresa muda de nome para United Parcel Service em 1919.
110 anos depois, a sede da UPS está baseada em Atlanta, Georgia. A empresa transformou-se num dos maiores operadores dos setores de logística e distribuição à escala global. Presente em 220 geografias, a multinacional fornece 19,1 milhões de embalagens por dia e alcançou no ano passado receitas de 61 mil milhões de dólares.
“De uma pequena empresa que começou por entregar mensagens utilizando bicicletas como meio de transporte, a UPS passou a um dos maiores empregadores do mundo – 434 mil pessoas. É muito curioso que, 110 anos depois, a empresa volte a utilizar bicicletas, desta vez movidas a energia elétrica, para fazer as suas entregas. Um projeto em curso em algumas cidades europeias, concretamente na Alemanha, Bélgica e Áustria”, comenta ao HIPERSUPER Wilfredo Ramos, Country Manager da UPS em Portugal e Espanha desde fevereiro deste ano.
De Colónia para o Mundo
Colónia, Alemanha, 2017. A UPS escolheu esta cidade alemã, localizada no coração da Europa, para trazer o seu negócio para a Europa, em 1976, e instalar o seu maior “hub” fora dos EUA. A infraestrutura totaliza atualmente uma área de 105 mil metros quadrados (m2), depois de um investimento de 147 milhões de euros concluído em 2013. Todos os dias, entre as 23h e as 2h30, a azáfama é grande no centro de distribuição completamente automatizado, com 60 quilómetros de passadeiras rolantes e capacidade para processar 190 mil pacotes de encomendas por hora. É neste período que as encomendas seguem para os seus destinos.
O centro de operações da UPS na Europa, que dá emprego a cerca de 300 mil funcionários, é apoiado por uma frota de 300 camiões e carrinhas e 42 aviões, uns próprios outros alugados. Aqui está centralizada a sua operação europeia e é daqui que partem todas as encomendas com destino aos mercados europeus, com um tempo de trânsito de um dia, e para as restantes regiões do globo (dois a três dias).
A UPS tem em curso um plano de investimento até 2019 de dois biliões de dólares, que se encontra a metade do caminho. “Estamos a investir muito na Europa, onde vemos muitas oportunidades de crescimento: uma economia cada vez mais conectada, exportações em crescimento e mercados emergentes com uma classe média em ascensão. Estamos a prestar muita atenção aos setores de retalho e indústria”, explica Wilfredo Ramos. A empresa conta com 440 instalações no velho continente, onde emprega 46.500 pessoas.
Exportações aumentam em Portugal
A UPS Portugal, antes operada por um agente, foi constituída em 1993. No próximo ano, a multinacional do setor da logística assinala 25 anos de presença no nosso País, onde emprega 180 pessoas.
As exportações da filial portuguesa até setembro cresceram 15% face a igual período de 2016, conta o Country Manager da UPS na Península Ibérica. “Estamos a crescer com os nossos clientes que operam pequenos negócios e estão a ganhar clientes nos mercados internacionais. Queremos reduzir o tempo de trânsito em Portugal para que também ajudar a reduzir o investimento que os nossos clientes têm de suportar para exportar a sua mercadoria”.
*A jornalista viajou a convite da UPS Portugal