Maior preocupação com alimentação saudável impacta consumo de beleza?
Os mesmos consumidores que procuram alimentos mais naturais, privilegiam também bens de cuidado pessoal sem parabenos ou aditivos, por exemplo

Ana Catarina Monteiro
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A alimentação representa 76,4% do consumo de FMCG (fast moving consumer goods) e, nesta categoria, as tendências apontam para uma crescente procura por produtos mais saudáveis e naturais. É neste sentido que “nos últimos dez anos” o mercado tem ajustado a oferta no ponto de venda, explica Bladine Meyer, commercial director da Kantar Worldpanel, discursando sobre “Healthy Food and Beauty Natural” por ocasião da conferência “Prontos a Crescer”, promovida pela mesma consultora durante a Alimentaria & Horexpo Lisboa.
“Primeiro, surgiram os produtos os produtos ‘light’ e magros. Depois, os com beneficio adicionais para a saúde, como o Actimel ou os iogurtes com bifidus, seguidos dos produtos sem lactose e, por fim, chegaram ao mercado os produtos biológicos, que crescem cada vez mais”.
Enquanto os produtos designados de “old healthy” (magros, bifidos e integrais) estão hoje presentes em 98% dos lares portugueses, destacando-se a penetração junto das gerações mais antigas, os alimentos considerados “new healthy” (sementes, biológicos, “free from”, naturais) chegam atualmente a 51,6% das famílias lusas, o que traduz um “crescimento de 11 pontos percentuais” no primeiro trimestre deste ano face ao período homólogo. “Nota-se uma maior atratividade destes novos alimentos saudáveis junto dos consumidores mais jovens, concretamente os ‘millenials’”.
Apesar de apresentarem um preço superior, são os produtos “new healthy” que mostram maior crescimento em novos consumidores, sendo que 43% dos novos compradores do universo de produtos saudáveis (“new” e “old healthy”) são atraídos pelos alimentos mais recentes.
O primeiro produto do segmento de “new healthy” a ser comprado é, com maior frequência, o leite sem lactose (20% das primeiras compras). “Um ano após essa compra, o consumidor duplica as compras de produtos ‘new healthy’”, dá conta Blandine Meyer.
Mas será que a maior preocupação com alimentação saudável tem impacto no consumo de produtos de beleza? Segundo a responsável, os mesmos consumidores que procuram alimentos mais naturais, privilegiam também bens de cuidado pessoal sem parabenos ou aditivos, por exemplo. Ainda assim, “os compradores fundamentalistas no que diz respeito à alimentação saudável, não o são em produtos de beleza naturais. São os consumidores moderados, que representam 40% do mercado de ‘new healthy food’ que gastam mais em ‘healthy beauty’”, conclui a responsável.