Bebidas

Liderança pela Inovação

No último ano, a Sociedade Central de Cervejas e Bebidas mostrou, acima de tudo, capacidade de inovação e de gerar valor no mercado, através de propostas cujo sucesso é inegável. […]

Luís Aragão
Bebidas

Liderança pela Inovação

No último ano, a Sociedade Central de Cervejas e Bebidas mostrou, acima de tudo, capacidade de inovação e de gerar valor no mercado, através de propostas cujo sucesso é inegável. […]

Luís Aragão
Sobre o autor
Luís Aragão
Artigos relacionados
Navigator registou 529M€ de volume de negócios no primeiro trimestre
Não Alimentar
Dias da Moda do UBBO trazem workshops e consultores de moda
Retalho
Quinta da Vacaria lança Grande Reserva 2019
Bebidas
Quinta da Vacaria
Equipa portuguesa vence final ibérica da 33.ª edição do L’Oréal Brandstorm com projeto inovador de skincare masculino
Inovação
Equipa portuguesa vence final ibérica da 33ª edição do L’Oréal Brandstorm
MC volta a integrar a “A List” do CDP e reforça liderança no combate às alterações climáticas
Retalho
MC
Monte da Bica aposta na exportação e apresenta novos vinhos
Bebidas
8º Congresso Nacional do Azeite vai debater os novos desafios para o setor
Alimentar
Retalho gerou 70.015 M€ de volume de negócios em 2023
Retalho
Marta Baptista: “A agricultura faz-se com pessoas”
Alimentar
Vinhos de Portugal promovem-se na APAS SHOW 2025 em São Paulo
Exportação
PUB

No último ano, a Sociedade Central de Cervejas e Bebidas mostrou, acima de tudo, capacidade de inovação e de gerar valor no mercado, através de propostas cujo sucesso é inegável. Alberto da Ponte, administrador-delegado da companhia, considera que tal facto revela a postura de liderança assumida pela empresa, antecipando o próximo ano como ainda mais activo ao nível desta estratégia de diferenciação.

Hipersuper – Como é que a Central antecipa 2006 tendo como pano de fundo a postura de Inovação que revelaram no exercício anterior e que, inclusivamente, consideraram como um claro posicionamento de liderança? Alberto da Ponte – A liderança é um aspecto importante. No mercado de cervejas em Portugal existe aquilo que denomino de co-liderança. De facto, a Unicer é bastante mais forte no Norte e nós somos mais fortes no Sul. Se falar com um alentejano ou com um lisboeta, ele dir-lhe-á que a líder é Sagres. Com alguém do Norte, dirá que é Super Bock. Daí que eu fale de uma co-liderança, ainda que os números dêem mais vendas objectivas à Super Bock. Mas em termos de imagem, e esta é uma distinção importantíssima porque permite segmentar o mercado, se houve líder de postura em 2005 foi claramente a Sociedade Central de Cervejas, e nomeadamente a Sagres.

PUB

H – E que postura podemos esperar para 2006? A.P. – Considero que será um ano mais intenso a nível de Inovação do que foi 2005. Temos vários projectos, não só em cervejas como em águas, dos quais falaremos a seu tempo, como é óbvio.

H – Isso mostra que a Central não está apenas concentrada na cerveja. Foi público o interesse na Compal. O que podemos esperar na área de sumos e refrigerantes? A.P. – Não creio que em 2006 haja grande actividade nossa nessa área, a não ser preocuparmo-nos em reforçar a liderança em volume que temos com a marca Joy na Moderna Distribuição. Nesse canal, é a marca líder nos refrigerantes sem gás.

H – Mas confirma que, cada vez mais, as duas grandes cervejeiras posicionam-se como empresas de bebidas, que trabalham um portfólio alargado de produtos que pretendem fazer crescer? A.P. – Acho que o nosso principal concorrente tem uma estratégia de portfólio claramente assumida: tem cerveja, águas, refrigerantes, vinhos e cafés. Eu não vou para essa estratégia de portfólio, mas até em termos de missão assumimos claramente um posicionamento de empresa de bebidas. Neste momento, o que posso dizer é que em 2006 continuaremos a focar nos dois mercados-chave, as águas e cervejas, e nomeadamente com um enorme benefício para as marcas Sagres e Luso.

H – Outro aspecto onde a Central se tem destacado é por um posicionamento de preço premium, concretamente nos novos produtos. Como é que viu esta batalha durante o ano anterior? A.P. – Lamento profundamente que em 2005 tenha havido uma deterioração de preço da Moderna Distribuição. A dada altura, decidimos não acompanhar a descida de preços da Super Bock, que neste momento é vendida mais barata. O preço médio de um six-pack Sagres está entre os 2,15 e 2,19 euros, enquanto a Super Bock está entre 1,99 e 2,09 euros. Isto só reforça a ideia de que se alguém teve postura de líder foi a Sagres. Portanto, acho que estamos a comandar o caminho e, acima de tudo, a liderar a possibilidade de a categoria de cervejas dar cash flow e margem, ou seja, gerar valor no mercado. Certamente, vamos continuar esse caminho e garanto que os projectos que temos em carteira são projectos de valor.

H – Esta questão do preço também se coloca nas águas, com um linear com pouca diferenciação e muito centrado nessa vertente… A.P. – O mercado português das águas lisas, infelizmente, é um mercado de preço. Não há país da Europa que tenha água lisa engarrafada mais barata do que Portugal. Um garrafão de cinco litros de Luso, que é a marca líder, custa menos de um euro, e mesmo assim tem um posicionamento de preço mais alto. Ou seja, há um desperdício que deve ser atacado de uma forma inteligente, criando produtos de valor, como é o caso da Luso Fresh ou de outras marcas da concorrência.

H – Em termos de exportação, e ao nível das sinergias que podem ser aproveitadas através da Scottish & Newcastle, que trabalho tem vindo a ser desenvolvido? A.P. – Estamos naturalmente a aproveitar o facto de pertencermos a um grande grupo, o que tem alavancado o sucesso das nossas propostas no exterior através das sinergias. Mas mesmo em locais onde elas não existem, o sucesso das nossas propostas é evidente. Temos notícias do sucesso da Bohemia em Cabo Verde, para onde temos várias encomendas, e para Angola também vamos enviar produto, como para França ou Suíça, por exemplo. Sempre que considerarmos que as inovações são oportunas nos mercados de exportação, vamos fazê-lo. E a única pré-condição que coloco é o facto de conhecermos bem os mercados para onde estamos a exportar. Em alguns deles, a Scottish & Newcastle dá-nos essa mais-valia.

H – Um aspecto que parece evidente é a tentativa de colocar debaixo da umbrella das marcas mais fortes todo o esforço de Inovação. Reconhece ser esta uma opção estratégica? A.P. – Sim, é claramente uma estratégia. Sabemos que tem limites, porque não podemos fazer uma segmentação excessiva baseada numa só marca. Mas apostamos na Sagres e na Luso, pois são marcas extremamente portuguesas, apesar de termos 100% de capital estrangeiro. Temos a sorte de possuir duas marcas cujos nomes não podiam ser mais portugueses. Portanto, vamos manter esse foco.

H – Atendendo à retracção no Horeca, considera que o canal moderno constitui uma efectiva oportunidade de negócio? A.P. – Sabemos que o crescimento na Moderna Distribuição, se dividirmos o canal, está a acontecer por via dos supermercados. Mas quando falamos de Distribuição Moderna não a vemos como um todo. Olhamos por insígnia, e depois englobamos numa estratégia de marca. Mas sempre com total respeito pelo parceiro, que é uma empresa, uma insígnia. Portanto, desenvolvemos o canal moderno, mas procuramos alicerçar parcerias e entendimentos com cada um dos nosso clientes, adaptando-nos às exigências de cada um.

Sobre o autorLuís Aragão

Luís Aragão

Artigos relacionados
Navigator registou 529M€ de volume de negócios no primeiro trimestre
Não Alimentar
Dias da Moda do UBBO trazem workshops e consultores de moda
Retalho
Quinta da Vacaria
Quinta da Vacaria lança Grande Reserva 2019
Bebidas
Equipa portuguesa vence final ibérica da 33ª edição do L’Oréal Brandstorm
Equipa portuguesa vence final ibérica da 33.ª edição do L’Oréal Brandstorm com projeto inovador de skincare masculino
Inovação
MC
MC volta a integrar a “A List” do CDP e reforça liderança no combate às alterações climáticas
Retalho
Monte da Bica aposta na exportação e apresenta novos vinhos
Bebidas
8º Congresso Nacional do Azeite vai debater os novos desafios para o setor
Alimentar
Retalho gerou 70.015 M€ de volume de negócios em 2023
Retalho
Marta Baptista: “A agricultura faz-se com pessoas”
Alimentar
Vinhos de Portugal promovem-se na APAS SHOW 2025 em São Paulo
Exportação
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2025 Hipersuper. Todos os direitos reservados.