As cápsulas já dominam o mercado de café em detrimento dos cafés puros torrados. O segmento de cápsulas tem vindo a crescer “a dois dígitos”, representando 60% do consumo atual da categoria de café, segundo a consultora Nielsen.

No ano passado, o formato de consumo de café em cápsulas passou a “assumir uma posição dominante, representando mais de 60% do mercado atual da categoria”, revela a Nielsen.

O consumo de café em Portugal está a mudar e a indústria ligada ao produto mostra-se cada vez mais dinâmica. No ano de 2009, a categoria de café registou um total total de cerca de 118 milhões de euros em valor. Em 2015, mais do que duplicou a faturação, tendo registado um total de subiu para os 257 milhões de euros em valor.

A categoria de café já representa 5% da indústria alimentar em Portugal. A performance do setor beneficiou do aparecimento do café em cápsulas, o que tem levado a que “ano após ano tenham surgido novas marcas de cápsulas em Portugal”.

Em 2009, o segmento dos cafés puros torrados representava 45% do total da categoria, em 2015 o seu peso desce para 20%. O segmento do café puro torrado nos dois últimos anos foi consumido “em menos 8% das famílias portuguesas, tendo existido “um franco aumento do número de lares a consumir cápsulas, o que tem permitido à categoria apresentar excelentes resultados”, explica a consultora.

“A conveniência tem sido o grande motor de crescimento do consumo de cápsulas, o que fez com que este segmento tenha apresentado crescimentos na ordem dos dois dígitos, e seja considerada uma das estrelas dos últimos anos no setor do grande consumo. Em 2016, é esperado que a categoria de café continue a crescer, embora possa existir alguma transferência de consumo para o mercado fora de casa”, considera Duarte Coutinho, Client Service Executive da Nielsen.