Federação das indústrias alimentares espanholas abre guerra contra DIA e Eroski
A Federação das Indústrias de Alimentação e Bebidas de Espanha contratou um notário para que os produtores possam denunciar, de forma anónima, práticas abusivas por parte dos distribuidores Eroski e DIA. As duas cadeias espanholas criaram uma central de compras no último ano, para negociarem em conjunto com os fornecedores, partilhando informações sobre preços praticados por cada uma

Ana Catarina Monteiro
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Em Espanha, as cadeias de distribuição Eroski e DIA, dona do Minipreço, anunciaram em junho do último ano a criação de uma central de compras para negociarem em conjunto com fornecedores. O acordo foi denunciado pela espanhola FIAB (Federação das Indústrias de Alimentação e Bebidas), alegando que este “viola a lei da Cadeia Alimentar”.
O lobby da indústria alimentar espanhola diz que a “partilha de informação entre as duas retalhistas sobre os preços que cada uma pratica com os fornecedores é ilegal, colocando estes em desvantagem nas negociações”.
Os advogados da FIAB prepararam um “Protocolo de Denúncia Notarial”, de acordo com a publicação do país vizinho Vozpopuli. Deste modo, os fornecedores podem fazer denúncias anónimas a um notário. Assim que este reunir dez queixas, os advogados da federação avançam com uma solicitação formal para a Eroski e a DIA cessarem a sua conduta. Caso não o façam, o processo segue para as autoridades competentes.
Numa carta escrita aos associados, a federação das indústrias alimentares de Espanha incentiva a denunciarem os casos. No entanto, os produtores estão “reticentes” em relação ao envolvimento no caso, com “receio que os distribuidores lhes deixem de comprar” produtos.