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Opinião: “Portugal importa quase 500 milhões de euros em produtos láteos”

“A dificuldade de escoar o leite produzido e o baixo preço praticado, sistematicamente abaixo da média comunitária, é inaceitável num País que importa quase 500 milhões de euros em produtos lácteos, dos quais 300 milhões em queijos e iogurtes”

Rita Gonçalves
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Opinião: “Portugal importa quase 500 milhões de euros em produtos láteos”

“A dificuldade de escoar o leite produzido e o baixo preço praticado, sistematicamente abaixo da média comunitária, é inaceitável num País que importa quase 500 milhões de euros em produtos lácteos, dos quais 300 milhões em queijos e iogurtes”

Rita Gonçalves
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APROLEPPara fazer face às dificuldades, os produtores nacionais de leite vão apostar em ações de marketing direto para promover produção nacional. A direção da Aprolep (Associação dos Produtores de Leite de Portugal), explica como, em dicurso direto

Por direção da Aprolep

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A crise da produção de leite continua em Portugal e os produtores acumulam perdas a cada dia que passa. Temos um preço médio ao produtor a rondar 28 cêntimos por litro e um custo estimado de 34 cêntimos. Preocupa-nos sobretudo a situação de muitos produtores que recebem abaixo da média e em particular a situação desesperante de dezenas de produtores que recebem menos de 20 cêntimos por litro produzido. Além disso, poucos meses após o fim das quotas, quase todos os produtores nacionais viram limitada a quantidade que podiam entregar à indústria transformadora e a situação agrava-se agora pois são obrigados a reduzir a produção, ficando sem margem para os encargos assumidos com investimentos, que em muitos casos foram realizados por jovens agricultores com apoio comunitário. Estão em risco milhares de empresas, ancoradas em património acumulado pelo trabalho de gerações de agricultores.

A dificuldade de escoar o leite produzido e o baixo preço praticado, sistematicamente abaixo da média comunitária, é inaceitável num País que importa quase 500 milhões de euros em produtos lácteos, dos quais 300 milhões em queijos e iogurtes. As exportações que também ocorrem, em produtos com menor valor acrescentado, não evitam um défice anual de 200 milhões de euros em leite e produtos láteos. É evidente que a solução mais lógica, do ponto de vista económico, social e ambiental, é a substituição das importações de sobras de leite da Europa por leite e produtos lácteos nacionais, mais frescos, mais próximos do produtor ao consumidor, de qualidade comprovada e com mais-valias para a economia nacional.

Desafiamos a distribuição e a indústria a darem as mãos para salvar a produção nacional e em particular os produtores que se encontram na situação de desespero que referimos, através do escoamento da produção a um preço justo. Essa atuação poderia ter a chancela do Estado Português, com a atribuição do rótulo de “Produto Láteo Sustentável” que garanta ao consumidor não apenas a qualidade e a origem nacional do produto, mas também um preço ao produtor que permita a sua permanência na atividade, remunerando o seu trabalho e os custos de produção.

Desafiamos ainda o Governo português a defender a produção nacional da mesma forma que o fazem os governos nacionais e regionais de países vizinhos, no apoio aos produtores, na fiscalização intensiva dos produtos importados e na identificação da origem dos produtos. Os consumidores que estão solidários com a produção nacional têm o direito de encontrar a origem dos produtos devidamente identificada nos pontos de venda.

Desafiamos todos os agricultores e todas as organizações agrícolas a envolverem-se na defesa urgente do leite e de outros alimentos cuja produção atravessa atualmente uma grave crise. Face à necessidade urgente de ação, a APROLEP apoia a iniciativa dos Jovens Agricultores da AJADP (Associação dos Jovens Agricultores de Portugal) que vão contatar diretamente os consumidores, numa ação de marketing direto, inédita em Portugal, para promover o leite, os produtos láteos e todos os produtos agrícolas portugueses, à porta de uma superfície comercial da cidade do Porto, na manhã de quarta feira, dia 17 de fevereiro.

Sobre o autorRita Gonçalves

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