Seaside fatura €90 milhões em Portugal
A retalhista portuguesa especialista em calçado tem em marcha um plano de expansão em Portugal e Angola mas está de olhos postos em Espanha e França

Rita Gonçalves
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A Seaside prevê fechar o exercício de 2015 com um volume de negócios de 90 milhões de euros em Portugal, um crescimento de 10% face ao ano anterior, disse em entrevista ao Hipersuper Acácio Teixeira, CEO da retalhista especialista em calçado e acessórios.
A cadeia de distribuição portuguesa opera atualmente 88 lojas no nosso País. E tem planos para abrir mais uma loja em 2016, concretamente em março, no Dolce Vita Braga, que também abrirá as suas portas nessa data. A meta é fechar o primeiro trimestre do próximo ano com 89 lojas no nosso País.
Com um investimento médio de 500 a 600 euros por metro quadrado em obra e decoração, cada loja tem um mínimo de 10 mil artigos mas o sortido pode atingir as 20 mil referências. “O produto estrela é maioritariamente nacional. Uma pequena percentagem dos produtos compramos em Espanha, Itália, Brasil, Índia e China”.
No ano em que assinala 29 anos de atividade em Portugal, a marca vai apostar em “layouts mais modernos e ‘clean’ nas novas lojas, com iluminação e sonorização pensados para o conforto do cliente e imagem led e vídeo para uma melhor comunicação, além do atendimento personalizado”, sublinha o dono da Seaside.
O conceito de localização da retalhista passa pelas capitais de distrito, em cidades com um mínimo de 15 mil habitantes. A área comercial ronda regra geral os 500 metros quadrados. “Por agora, consideramos estar presentes onde devemos e, por isso, o objetivo a curto e médio prazo passa pelo ‘restyling’ e ampliação de lojas já existentes na adoção da nova imagem corporativa”.
Expansão em Angola
A expansão está em marcha também em Angola, onde a retalhista emprega 270 pessoas e vende atualmente um milhão de produtos, entre calçado e acessórios, como malas e carteiras. A cadeia tem doze pontos de venda, dez dos quais se localizam em Luanda, um em Benguela e outro no Lobito, num total de 11 mil metros quadrados de espaço comercial.
Em Luanda, os estabelecimentos situam-se nas zonas da Mutamba, São Paulo, Ginga Cristina, Morro Bento, Viana, Patriota, Palanca e Nova Vida. Um total de 80% dos artigos comercializados são portugueses.
O plano de expansão naquele país africano prevê a abertura de mais três unidades ainda este ano, em Luanda. Cada loja deverá criar 20 novos postos de trabalho. “Para o próximo ano, temos planeada a inauguração de uma loja âncora no Luanda Shopping, centro comercial do empreendimento imobiliário Comandante Gika. Não temos mais aberturas previstas. Como o mercado angolano está atualmente com uma certa turbulência, preferimos navegar à vista”.
A retalhista ambiciona expandir o negócio para geografias próximas, como Espanha e França, embora “dependa sempre das oportunidades que surgirem”, revela Acácio Teixeira. Além de Portugal e Angola, a cadeia está presente fisicamente no Luxemburgo, com dois estabelecimentos comerciais.