De acordo com uma recente análise da Kantar Worldpanal, em Espanha, as cadeias de compras online geraram 531 milhões de euros para o sector da distribuição moderna no último ano (Abril 2011 a Março de 2012), representando 0,7% do total de receitas geradas pelo sector.

Apesar desta percentagem ainda ser reduzida em comparação com o peso de outros sectores mais desenvolvidos, como as viagens e tempos livres, este canal é cada vez mais utilizada como uma alternativa para se efectuarem as compras. Segundo a consultora, 17% dos lares adquiriram um produto de grande consumo pela Internet nos últimos 12 meses, cerca de quatro pontos percentuais mais que há três anos (13,5%).

A análise efectuada pela Kantar Worldpanel revela ainda que existem diferenças na composição das cestas face às que são adquiridas fora deste canal. Na cesta online predominam produtos das secções de drogaria, perfumaria e alimentação enlatada – em especial bebidas e leite -, enquanto os frescos, parte importante da dieta espanhola – que representam metade dos gastos dos espanhóis em produtos de grande consumo – apenas vale 19,7% das compras online.

A Kantar Worldpanel destaca ainda o facto que as cestas adquiridas online são mais marquistas que a média, já que seis em cada dez euros (59,2%) correspondem a produtos dos principais fabricantes, enquanto as Marcas da Distribuição (MdD), cuja quota de mercado global ascende a 31,3%, não vai além dos 24,1%.

A conclusão é a de que nas compras online, o consumidor aproveita para realizar cestas maiores e com produtos de maior valor. Nas bebidas, por exemplo, são adquiridos 20,4 litros em cada ocasião de compra, mais do dobro das compras efectuadas noutros canais (9,4 litros).

O ticket média acaba, segundo as contas efectuadas pela consultora, por ser mais alto: 69 euros gastos pelos espanhóis em cada compra online, face à média de 49 euros nos outros canais.

Contudo, a compra no online continua a ser esporádica, já que os lares realizam somente 2,2 compras por ano, pelo que o gasto médio anual efectuado no canal seja de 151 euros, ou seja, mais 11 euros que há três anos.