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Londres e Moscovo são próximos destinos do “Melhor bolo de Chocolate do Mundo”

Está a ultimar as inaugurações de Sevilha, Washington e Sidney, e a negociar novas lojas em Londres e Rússia. Está ao rubro o percurso internacional do bolo 100% português

Rita Gonçalves
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Londres e Moscovo são próximos destinos do “Melhor bolo de Chocolate do Mundo”

Está a ultimar as inaugurações de Sevilha, Washington e Sidney, e a negociar novas lojas em Londres e Rússia. Está ao rubro o percurso internacional do bolo 100% português

Rita Gonçalves
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A baixa do Porto é a mais recente morada da “O Melhor Bolo de Chocolate do Mundo”. Cópia da loja mãe, em Campo de Ourique, representa um investimento de 30 mil euros, mas é ligeiramente maior, tem cerca de 50 metros quadrados.

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Auto-designado como o melhor do mundo pelo seu criador, o bolo de chocolate é uma receita portuguesa guardada a sete chaves há mais de 20 anos.

Tudo começou no Mercado de Santa Clara, há 20 anos. Apaixonado pelas artes da cozinha, Carlos Braz Lopes (na foto), formado em gestão, abandona uma carreira de auditor para gerir o restaurante como o mesmo nome no mercado junto à feira da ladra.

Inspirado na emblemática “pâtisserie” de Paris, Braz Lopes mete mãos à obra e tenta replicar a receita de um bolo que havia experimentado na capital francesa. Apesar de não ser bem sucedido na cópia, o bolo revela-se um sucesso junto dos clientes habituais do restaurante Mercado de Santa Clara e rapidamente começam a surgir as primeiras encomendas.

“Tradicionalmente, os bolos em Lisboa eram feitos com farinha. O bolo de merengue e mousse de chocolate foi uma verdadeira inovação na época”.

Em 1992, aventura-se e abre uma loja de artigos de cozinha e cursos de culinária, a ainda existente Cozinhomania, onde instala um forno caseiro e começa a confeccionar o bolo. Atraídos pelo cheirinho do chocolate quente, os trauseuntes entram na loja e a curiosidade leva à experimentação. “É aqui que começa o negócio. O primeiro Natal foi um sucesso e o passa-a-palavra multiplicou as encomendas”.

A loja abandona entretanto o Príncipe Real e instala-se em Campo de Ourique, num espaço de maior dimensão. É no bairro do comércio tradicional por excelência que as vendas disparam e Braz Lopes finalmente interioriza a ideia do mono-produto.

Resolve dar continuidade ao negócio apostando em exclusivo no bolo e auto-proclama a sua criação como “O Melhor Bolo de Chocolate do Mundo”, justamente o nome que dá à primeira loja própria da marca que inaugura em Campo de Ourique. “Já costumava exagerar e dizer às pessoas que o bolo era o melhor do mundo. E quando a ideia surgiu, não hesitei”. As vendas atingem proporções gigantescas e a loja chama a atenção da imprensa internacional.

 

Chegada ao Brasil

A revista brasileira Veja sugere uma visita à loja num artigo que edita sobre Lisboa. Braz Lopes equaciona pela primeira vez o potencial de internacionalização do projecto. Viaja até São Paulo e ocasionalmente dá a conhecer a receita portuguesa a dois jornalistas que, por sua vez, divulgam a história do bolo português na grande metrópole brasileira.

Para seu espanto, é contactado por uma jornalista disposta a mudar de vida e tornar-se empresária. Criam uma sociedade e abrem a primeira loja internacional do “O Melhor Bolo de Chocolate do Mundo”. Localizado na luxuosa Óscar Freire, o estabelecimento revela-se um êxito e rapidamente chega ao Rio de Janeiro, Brasília e Salvador da Baia.

Mais tarde, vendem o negócio no Brasil a uma empresa local e o empresário português muda a mecânica da internacionalização para apostar no franchising. É através deste modelo que o bolo português chega a Nova Iorque Madrid e até ao final do ano abrirá lojas em Sevilha (Espanha), Washington (EUA) e Sidney (Austrália). Em negociação, estão novas aberturas em Moscovo (Rússia) e Londres (Reino Unido).

Da fábrica inserida na loja de Campo de Ourique, saem todos os anos 12 mil bolos, o que representa um volume de negócios de cerca de um milhão de euros. Além das lojas, o bolo de chocolate é distribuído por revendedores especializados em restaurantes, lojas gourmet e prontos-a-comer de Norte a Sul do País. As vendas dos revendedores representam já 35% do negócio.

A loja de Lisboa, dotada de uma fábrica de dimensão quase industrial nos seus 20 metros quadrados, emprega cerca de 20 pessoas.

Sobrecarregado com a internacionalização do projecto, Braz Lopes não tem planos de expansão para Portugal. “A não ser que surja um espaço especial no Chiado”, confessa este empresário “acidental” que teve uma ideia de marketing brilhante. “Tudo aconteceu por acaso, nunca delineei um projecto com princípio, meio e fim”, resume o fundador que está muito satisfeito com as royalties proporcionadas pelo negócio.

 

 

 

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