A par do aumento do consumo e da afluência de clientes nas lojas, o sector do retalho depara-se, na época natalícia, com desafios acrescidos à sua actividade, nomeadamente com a possibilidade de se verificar um crescimento do índice de furtos, por parte dos clientes e empregados.

No último ano, dados do Barómetro Global do Furto no Retalho (GRTB) mostram que os retalhistas sofreram a nível nacional um revés da situação ao registar um crescimento de 7,3% da perda desconhecida, o equivalente a 372 milhões de euros em perdas (1,33% das vendas totais). O crime no retalho custa, em média, a cada família portuguesa 107,44 € extras nas suas compras.

Estes valores são gerados, em grande parte, pela instabilidade económica, em que os consumidores tentam lidar com os efeitos da recessão, assente num conjunto de factores sociais, como o aumento do desemprego e a diminuição do poder de compra. Estes indicadores são incontornáveis e apontam para um aumento do furto durante a época festiva.

Há que dar uma especial atenção aos artigos de grande procura no Natal e de maior valor porque o preço de revenda é maior nesta altura do que em qualquer outra fase do ano. No entanto, não se trata apenas de revenda de bens. Alguns clientes menos honestos poderão furtar artigos necessários à celebração do Natal em família, tais como produtos típicos da época. Entre as categorias de maior risco encontram-se as bebidas alcoólicas, o vestuário e acessórios de mulher, perfumes, cosmética (packs de oferta), DVD’s, electrónica de consumo e produtos alimentares.

Os gestores das lojas precisam de estar cientes do aumento do potencial de furto que se gera durante este período, não só ao nível do furto externo como do furto interno. Com shoplifters profissionais e semi-profissionais, bem como delinquentes e empregados a serem responsáveis pelo desvio de mercadoria, através do furto de produtos e de dinheiro, bem como de transacções fraudulentas.

Por isso, há que apostar na definição de uma estratégia coerente e incisiva na prevenção do furto, assente na formação dos colaboradores e da elaboração de melhores protocolos de trabalho, auditorias às lojas e no investimento em soluções inteligentes, rapidamente implementadas e com elevado retorno sobre o investimento e que permita aumentar o nível da protecção da mercadoria de alto risco.

Proteger devidamente os artigos, através de medidas integradas que contemplem um conjunto de soluções de protecção eficientes e que assegurem elevados níveis de protecção ao permitir identificar melhor os riscos, preveni-los e reagir com discrição, sem comprometer a expectativa do cliente na experiência de compra única e diferenciadora, e, simultaneamente, aumentar a rentabilidade é a estratégia a seguir pelos retalhistas durante a época natalícia.

Ivan Baquero, Director Comercial para Portugal e Espanha da Checkpoint Systems