FAO defende cultivos tradicionais
A FAO pediu recentemente à comunidade internacional que defenda “urgentemente” os cultivos tradicionais em todo o mundo diante dos riscos que eles correm com as mudanças climáticas.

Victor Jorge
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A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) pediu recentemente à comunidade internacional que defenda “urgentemente” os cultivos tradicionais em todo o mundo diante dos riscos que eles correm com as mudanças climáticas.
O pedido foi feito por ocasião do décimo aniversário do Tratado Internacional para Proteger e Compartilhar os Recursos Fitogenéticos.
Jacques Diouf, director-geral da FAO, pediu aos países que desenvolvam políticas específicas para conservar e potencializar o uso das variedades vegetais para as próximas gerações. “A conservação e o uso sustentável dos recursos fitogenéticos para a alimentação e a agricultura são chave para garantir que o mundo produza alimentos suficientes para alimentar no futuro sua população crescente”, referiu Diouf.
A FAO considera chaves experiências como o “parque da batata”, realizada no Peru, onde os membros da comunidade combinam conhecimentos tradicionais com esforços para preservar variedades nativas, melhorar a produção agrícola e garantir a segurança alimentar.
Mediante a troca de conhecimentos com um grupo de visitantes da Etiópia, os “guardiães” do parque peruano ensinaram a usar os conhecimentos locais sobre ventos, plantas nativas e outros factores para decidir o local e o momento para cultivar batatas locais.
O dirigente das Nações Unidas aplaudiu a decisão de injectar os 6 milhões de dólares disponíveis mediante o tratado para ajudar camponeses dedicados aos cultivos tradicionais a se adaptar às mudanças climáticas.
Diouf lançou um apelo a favor do “acervo genético” mundial de mais de 1,5 milhão de amostras de material fitogenético, gerido de forma colectiva e multilateral pelos países signatários do Tratado Internacional sobre Recursos Genéticos para a Alimentação e a Agricultura.
“Constitui a base para mais de 80% dos alimentos do planeta de origem vegetal e possivelmente será a ferramenta mais importante para a adaptação da agricultura às mudanças climáticas nos próximos anos”, disse o senegalês.
Já Shakeel Bhatti, actual secretário do tratado internacional, salientou que “os efeitos das mudanças climáticas na agricultura não respeitam fronteiras nacionais, abrangem zonas agro-ecológicas completas”.