I&D

Transformação digital no retalho: o papel da inteligência artificial

A inteligência artificial (IA) tem vindo a transformar o setor do retalho de forma acelerada, destacando-se como uma ferramenta essencial para melhorar a eficiência, personalizar experiências de cliente e promover práticas mais sustentáveis. Desde a gestão de cadeias de abastecimento até à descarbonização, a aplicação de IA impacta todas as áreas do setor.

Ana Rita Almeida
I&D

Transformação digital no retalho: o papel da inteligência artificial

A inteligência artificial (IA) tem vindo a transformar o setor do retalho de forma acelerada, destacando-se como uma ferramenta essencial para melhorar a eficiência, personalizar experiências de cliente e promover práticas mais sustentáveis. Desde a gestão de cadeias de abastecimento até à descarbonização, a aplicação de IA impacta todas as áreas do setor.

Sobre o autor
Ana Rita Almeida
Artigos relacionados
Lidl chega a Mértola
Retalho
Luís Simões e Reta distinguidas com o Estatuto Inovadora Evolution 2024
Logística
Loja da Primark no Centro Comercial Alegro Sintra reabre e é a segunda no país com caixas self-checkou
Retalho
Mercadona abre em Santa Iria de Azóia
Retalho
Retail Mind expande a operação na América Latina
Retalho
Continente Food Lab lança nova seleção de produtos em linha com as tendências mundiais
I&D
Quartel Electrão atribuiu mais de 316 mil euros às associações aderentes
ESG
Cláudia Azevedo diz que 2024 foi um ano memorável para a Sonae
Retalho
Vendas da dona do Pingo Doce cresceram 9,3%, para os 33,5 mil milhões de euros
Retalho
Pingo Doce
Renova assina protocolos estratégicos com o Turismo Industrial
Não Alimentar

Num cenário cada vez mais orientado pela inteligência artificial (IA) e pela análise de dados, as empresas enfrentam o desafio de tirar partido destas ferramentas de forma eficaz e estratégica. Segundo um estudo recente da McKinsey, 72% das organizações afirmaram ter adotado pelo menos uma tecnologia de IA, mas apenas 25% conseguiram alcançar um impacto significativo nos seus resultados. Adicionalmente, a Gartner prevê que, em 2025, 90% das estratégias empresariais incluirão dados e análises como ativos essenciais.
Para superar este desafio, a Stratesys aposta numa abordagem que combina inovação tecnológica e visão estratégica. De acordo com Beatriz Fernández Alonso, Customer Associate Director da Stratesys, “a inteligência artificial e a análise de dados não devem ser apenas ferramentas operacionais, mas sim motores de inovação e crescimento”.
A integração eficaz da IA e da análise de dados não se limita a uma escolha entre uma abordagem tecnológica ou empresarial, mas requer a fusão de ambas. Este equilíbrio permite criar soluções que maximizam o valor estratégico e asseguram a viabilidade técnica a longo prazo.

A IA como motor de transformação
A inteligência artificial (IA) está a consolidar-se como a tecnologia dominante da próxima década, transformando profundamente a forma como vivemos e trabalhamos. O impacto é global. De acordo com o Bosch Tech Compass deste ano, que envolveu mais de 11.000 inquiridos em países como Brasil, China, França, Alemanha, Índia, Reino Unido e Estados Unidos, as competências em IA são consideradas essenciais, tanto a nível profissional como pessoal.
Nos últimos quatro anos, verificou-se um aumento expressivo na perceção da importância da IA: a percentagem de pessoas que acreditam que esta tecnologia será determinante na próxima década subiu de 40% para 67%. Na Alemanha, o otimismo em relação ao potencial da IA é ainda mais acentuado, com 72% dos inquiridos a reconhecerem o impacto desta tecnologia, face a 42% registados há apenas dois anos. Noutros países como França (70%), China (69%) e Estados Unidos (68%), os resultados são igualmente elevados.
A crescente relevância da IA está a impulsionar uma maior procura por competências específicas. Segundo o estudo, 71% dos inquiridos acreditam que as competências em IA serão “importantes” ou “muito importantes” no futuro. Na China, 91% das pessoas partilham esta visão, seguidas pela Índia (89%), enquanto nos países ocidentais as percentagens variam entre 56% e 64%.
No contexto profissional, mais de metade das pessoas a nível global já utilizam IA no trabalho, embora este número seja substancialmente mais baixo na Alemanha (45%), em contraste com a China e a Índia (69%). Contudo, a formação em IA ainda é limitada: apenas 25% dos inquiridos afirmaram já ter recebido algum tipo de formação nesta área. Na Índia (57%) e na China (38%), os números são mais elevados, mas em países como Brasil (14%) e França (15%), a percentagem é consideravelmente baixa.
Embora 43% dos inquiridos acreditem que a IA terá um impacto positivo na sociedade, a perceção varia consoante a região. A China lidera o otimismo com 66% dos inquiridos a expressarem uma visão positiva, seguida pelo Reino Unido (53%) e pelos Estados Unidos (41%). No entanto, há preocupações em relação à segurança do emprego. Globalmente, 49% dos inquiridos consideram-se em risco devido à IA, enquanto 51% acreditam que o seu trabalho não será afetado. Estes dados refletem uma divisão significativa sobre o impacto da tecnologia no mercado de trabalho.

Inês Arnal Bergera, diretora de marketing do Burger King Portugal

“No Burger King olhamos sempre para o futuro”
No setor do retalho, a inteligência artificial (IA) tem-se afirmado como uma ferramenta crucial para personalizar a experiência do cliente e promover práticas mais sustentáveis. O Burger King é um exemplo de como a IA está a ser integrada para melhorar operações e fortalecer a relação com os consumidores, mantendo sempre a essência da marca.
De acordo com Inês Arnal Bergera, diretora de marketing do Burger King Portugal, a marca tem vindo a apostar na tecnologia como parte da sua estratégia de evolução e crescimento. “No Burger King olhamos sempre para o futuro para continuar a crescer e a evoluir, o que inevitavelmente passa por estudar as possibilidades oferecidas pela IA. Implementamos continuamente melhorias e atualizações tanto a nível operacional como na forma como nos relacionamos com clientes, tendo sempre como objetivo oferecer-lhes o melhor serviço e a melhor experiência”, afirma em declarações ao Hipersuper.
A empresa tem investido em ferramentas como a app e as redes sociais, que se tornaram canais fundamentais para compreender o perfil dos clientes e oferecer experiências personalizadas. Estas plataformas, suportadas por tecnologias inteligentes, permitem à marca adaptar os seus serviços às necessidades dos consumidores, criando um modelo de comunicação mais próximo e eficaz.
No que respeita à sustentabilidade, o Burger King já utiliza tecnologias baseadas em IA para evitar o desperdício de produtos. “Trabalhamos com tecnologia para evitar o desperdício de produtos, seja através de sistemas de inventários inteligentes, análise de desperdício de alimentos ou tecnologias de conservação de alimentos”, destaca Inês Arnal Bergera.
Apesar da aposta na inovação tecnológica, a diretora de marketing sublinha que o Burger King mantém os seus valores fundamentais. “Apesar de a inovação estar sempre presente, o Burger King respeita a sua essência, as suas origens. Há 70 anos que é uma marca empática, diversificada, generosa… isto significa que transmite uma personalidade honesta e confiante que acolhe sempre seja quem for, pelo que o fator humano continua a ser um dos maiores ativos da marca e uma das melhores formas de partilhar os seus valores.”.

O impacto na logística
Nos últimos anos, o setor da logística tem registado transformações profundas, impulsionadas pela crescente exigência de eficiência e agilidade. Tecnologias como a inteligência artificial (IA) e a automação estão a redefinir a forma como as cadeias de abastecimento são geridas, criando operações mais inteligentes, sustentáveis e eficazes.
De acordo com a HAVI, empresa global especializada em soluções inovadoras de cadeia de abastecimento para o setor da restauração, uma das grandes tendências que vão marcar este setor em 2025 será levar a IA e a automação a novos patamares.
A IA tem desempenhado um papel transformador, sobretudo através do planeamento autónomo, uma funcionalidade que permite ajustar estratégias em tempo real com base em múltiplas variáveis, como a procura e as condições de mercado. Estas capacidades possibilitam tomadas de decisão rápidas e informadas, reduzindo os tempos de resposta e melhorando a eficiência.
Outra área onde a IA está a demonstrar impacto significativo é na otimização dinâmica de rotas, uma solução que contribui para a redução de custos operacionais, ao mesmo tempo que minimiza o consumo de recursos. Além disso, a gestão de stocks e o planeamento de compras têm sido alavancados por sistemas de IA, que garantem maior precisão e ajudam a evitar desperdícios, ao preverem com maior rigor as necessidades futuras.
Por outro lado, a automação complementa a IA ao eliminar tarefas repetitivas, reduzir o erro humano e aumentar a produtividade. Este conjunto de ferramentas não só melhora os níveis de serviço, como também torna as operações mais sustentáveis, um aspeto cada vez mais relevante para o setor.

Paulo Alexandre Silva, diretor de Estratégia e Desenvolvimento de Operações dos CTT

Otimizar a logística e reforçar a experiência do cliente
Os CTT – Correios de Portugal têm apostado na integração de inteligência artificial (IA) nos seus processos logísticos e operacionais, procurando otimizar rotas, prever tendências no comércio eletrónico e personalizar a experiência do cliente. A tecnologia surge como um aliado fundamental para enfrentar os desafios de um setor em rápida transformação, mas sempre em equilíbrio com o papel das equipas humanas.
Paulo Alexandre Silva, diretor de Estratégia e Desenvolvimento de Operações dos CTT, explica que “a inteligência artificial permite a otimização de rotas e planos de distribuição ao analisar grandes volumes de dados em tempo real, incluindo variáveis como tráfego e condições meteorológicas. Esta tecnologia não só torna os processos mais eficientes, como também contribui para a sustentabilidade, ao planear rotas ecológicas e otimizar a utilização de veículos elétricos.”
Os CTT têm vindo a implementar modelos de machine learning que organizam rotas de forma quase instantânea (near real time), considerando fatores como o volume e a tipologia de encomendas, janelas de entrega, utilização de lockers e até a densidade urbana. Paulo Alexandre Silva acrescenta que, no futuro, a IA poderá ainda incorporar variáveis como riscos de não entrega e pontos de entrega alternativos, reforçando a fiabilidade da rede logística.
O responsável afirma que a tecnologia também desempenha um papel importante na prevenção de falhas e manutenção. Protótipos de sensorização nos veículos e equipamentos de sorting, associados a algoritmos de IA, permitem prever problemas antes que ocorram, reduzindo interrupções operacionais e aumentando a eficiência da cadeia logística.
Outro exemplo, diz Paulo Alexandre Silva, é o uso de IA para prever picos de encomendas, antecipando a procura com base em dados históricos e ajustando os recursos necessários para garantir uma gestão adequada de sorting e entregas na last mile.

Comércio eletrónico e entregas rápidas
Com o crescimento do comércio eletrónico e a necessidade de entregas rápidas, os CTT têm vindo a adaptar os seus serviços às novas exigências do mercado. Paulo Alexandre Silva refere que “a IA é essencial para antecipar tendências e personalizar serviços, garantindo que respondemos de forma ágil às necessidades dos consumidores.”
Entre as iniciativas desenvolvidas, destaca-se o serviço CTT Now, que garante entregas em duas horas em Lisboa e Porto, ou no próprio dia noutras localidades de Portugal Continental. O diretor explica ainda que a plataforma Collectt centraliza todos os pontos de entrega e recolha na Península Ibérica, incluindo lojas, agentes Payshop e mais de 1.000 cacifos Locky, que são uma alternativa conveniente e sustentável para os consumidores.
No atendimento ao cliente, Paulo Alexandre Silva afirma que os chatbots, como a assistente virtual Helena, proporcionam respostas rápidas às solicitações dos clientes, otimizando o atendimento sem comprometer a qualidade do serviço.

Um equilíbrio essencial
Apesar do foco crescente na automação, Paulo Alexandre Silva garante que os CTT reconhecem a importância de manter o papel central das equipas humanas na garantia da qualidade do serviço e no atendimento ao cliente. “O objetivo é que a automação funcione como uma ferramenta de apoio, complementando as capacidades humanas, e não como uma substituição”, conclui.
Nos Centros de Produção, tecnologias como IA e robótica processam cartas e encomendas com eficiência, mas os operadores continuam a ser indispensáveis para lidar com exceções, encomendas de formatos irregulares e garantir a qualidade dos processos.
Além disso, os dispositivos móveis utilizados pelos distribuidores fornecem informações em tempo real sobre rotas e notificações de clientes, reduzindo erros e melhorando a experiência dos utilizadores. Para garantir uma transição equilibrada, Paulo Alexandre Silva explica que os CTT promovem programas de formação contínua para as suas equipas operacionais e técnicas, preparando-as para o crescimento da automação e capacitando-as para enfrentar novos desafios.
“O equilíbrio entre automação e equipas humanas não é uma escolha binária, mas uma sinergia necessária”, afirma Paulo Alexandre Silva. Os carteiros e colaboradores das lojas continuam a ser o rosto do serviço, assegurando o contacto humano em situações complexas que a tecnologia ainda não consegue resolver.
A visão dos CTT passa por criar uma experiência multicanal integrada, onde o cliente pode iniciar o processo de envio numa aplicação ou computador e concluir a entrega num locker, com várias opções de pagamento disponíveis. Paulo Alexandre Silva explica que a combinação entre automação, IA e o papel humano é central para alcançar este objetivo, permitindo reduzir os tempos de entrega, aumentar a visibilidade da cadeia logística e garantir um serviço eficiente e de alta qualidade.
“Nos CTT, o cliente tem sempre a escolha final. Estamos a desenvolver alternativas sustentáveis, como o self-service nas lojas, chatbots mais inteligentes e soluções robotizadas no sorting, para criar um serviço que combine eficiência, conveniência e sustentabilidade”, conclui Paulo Alexandre Silva.


O impacto na segurança

A inteligência artificial (IA) continua a progredir de forma acelerada, consolidando-se como uma das principais tendências tecnológicas que vão moldar o setor da segurança nos próximos anos. Segundo a Axis Communications, as novas aplicações de IA generativa (GenAI) começam a amadurecer rapidamente, criando novas possibilidades, mas também desafios éticos, legais e de negócios.
A conclusão é clara: a IA generativa apresenta um potencial significativo no setor da segurança. Por exemplo, pode facilitar a interação dos operadores com soluções de segurança através de linguagem natural, simplificando e acelerando processos. Já as capacidades analíticas baseadas em deep learning prometem elevar o reconhecimento de objetos para um novo nível, permitindo que estas análises sejam realizadas diretamente nas câmaras de vigilância.
Apesar destes avanços, os modelos de IA generativa ainda apresentam limitações práticas, pelo menos a curto prazo, indica ainda a Axis Communications. A execução destes modelos requer uma capacidade elevada de computação e processamento, levantando questões sobre como equilibrar o custo da IA – nomeadamente o investimento financeiro, o consumo energético e o impacto ambiental – com o seu valor efetivo.

O impacto nos pagamentos digitais
O crescimento dos pagamentos digitais a nível global está a transformar o mercado, impulsionado pela adoção de tecnologias que tornam as transações mais rápidas, seguras e adaptadas às preferências dos consumidores. Olhando para 2025, o ecossistema de pagamentos apresenta-se mais digital e flexível, integrando inovações tecnológicas que estão a estabelecer novos padrões de usabilidade e proteção.
“A globalização tem impulsionado a simplificação e rapidez dos pagamentos internacionais. Da mesma forma, novas ferramentas como a inteligência artificial e biometria, que estabelecem novos padrões de segurança e usabilidade, contribuem para um ecossistema de pagamentos mais robusto e eficiente. Paralelamente, novas opções de meios de pagamento, como os pagamentos conta-a-conta (A2A), têm tido cada vez mais relevância, destacando a importância de assegurar níveis de proteção semelhantes aos já existentes”, afirma Rita Mendes Coelho, country manager da Visa em Portugal, em comunicado.

Prevenção de fraudes
Entre as tendências que vão marcar o futuro dos pagamentos, destaca-se a utilização da inteligência artificial (IA) na personalização de experiências de pagamento e na prevenção de fraudes. Com recurso a algoritmos de deep learning, a IA será capaz de analisar padrões de transações em tempo real, identificando potenciais riscos antes que se tornem um problema.
A Visa tem investido significativamente na implementação de soluções baseadas em IA no setor de pagamentos ao longo das últimas três décadas. Nos últimos dez anos, a empresa destinou 3,3 mil milhões de dólares à sua infraestrutura de IA e dados, com o objetivo de reforçar a segurança e eficiência das transações. Em 2023, a Visa introduziu o Visa Protect, uma solução de segurança baseada em IA que já demonstrou impacto na redução de fraudes em diversos tipos de transações, tanto dentro como fora da sua rede.
Também a Mastercard, aposta em inteligência artificial e tokenização para revolucionar pagamentos. De acordo com a empresa, os avanços tecnológicos estão a transformar os comportamentos de consumo, elevando os padrões de simplicidade e segurança. Por exemplo, a empresa prevê que, até 2030, os consumidores não precisarão de introduzir números de cartão, palavras-passe ou códigos únicos para realizar transações online. A combinação da tokenização com a autenticação biométrica e a carteira digital click to pay promete tornar o processo de checkout online tão simples quanto pagar numa loja física.
“A tecnologia está a refinar-se rapidamente, gerando novos casos de uso e até novos modelos de negócio. À medida que estas inovações se consolidam, assistimos a uma integração cada vez maior de mais pessoas e empresas na economia digital”, refere a Mastercard.
As pequenas empresas desempenham também um papel crucial na transformação dos pagamentos digitais. Durante a pandemia, muitas conseguiram prosperar graças à rápida adoção de pagamentos eletrónicos e do comércio digital. No entanto, a presença online é apenas o início.

Cláudio Pimentel, CIO da Cofidis

Ética e personalização
A inteligência artificial (IA) está também a transformar o setor financeiro, trazendo benefícios significativos na personalização de serviços, automatização de processos e aumento da segurança. Na Cofidis, esta tecnologia é vista como um aliada para melhorar operações e reforçar a relação com os clientes, mantendo sempre uma abordagem ética e humana.
De acordo com Cláudio Pimentel, CIO da Cofidis, “a inovação e a tecnologia só fazem sentido quando estão ao serviço das pessoas”. “A IA ajuda-nos a melhorar os nossos processos e a garantir decisões mais seguras e rápidas, mas sempre mantendo a proximidade e a atenção que cada cliente merece”, garante.
Embora a Cofidis ainda não aplique IA diretamente na análise de risco, recorre a modelos estatísticos que garantem explicabilidade e transparência nas decisões. Segundo Cláudio Pimentel, “estes modelos têm-se mostrado eficazes na avaliação de risco e na prevenção de endividamento excessivo, respeitando também as exigências da regulamentação europeia, como o IA ACT, que nos obriga a ser cuidadosos na análise dos aspetos éticos relacionados com a concessão de crédito”.
Por outro lado, a IA é utilizada noutras áreas do processo, como o reconhecimento ótico de caracteres (OCR), que acelera a análise de documentos submetidos pelos clientes, e na prevenção de fraudes digitais, um problema crescente em Portugal. Além disso, a tecnologia permite identificar o momento ideal para propor soluções de crédito personalizadas, garantindo que estas respondem de forma eficaz às necessidades de cada cliente, sempre com respeito pela privacidade e condições individuais.
A automatização é uma das áreas onde a IA tem trazido benefícios tangíveis. Ferramentas como o OCR reduzem erros manuais e aceleram o tempo de resposta aos clientes, permitindo uma validação mais rápida da informação e a apresentação de propostas de crédito ajustadas. Apesar do uso de IA, a Cofidis mantém o fator humano como elemento central. “Se surgirem dúvidas ou for necessária uma análise mais aprofundada, a nossa equipa de especialistas intervém pessoalmente, garantindo a atenção e o cuidado que nos caraterizam”, explica Cláudio Pimentel.
No atendimento ao cliente, a empresa está a trabalhar na utilização de IA para apoiar os colaboradores, por exemplo, através da transcrição e análise de chamadas. Este tipo de tecnologia permite identificar dúvidas ou intenções dos clientes e melhorar a qualidade do atendimento, mantendo os elevados níveis de serviço da Cofidis.
“Embora atualmente não utilizemos IA generativa para atendimento direto, estamos a explorar formas de colocar a tecnologia ao serviço dos nossos colaboradores, otimizando processos e garantindo que continuamos a oferecer um serviço empático e de qualidade”, sublinha Cláudio Pimentel.
A integração da inteligência artificial no setor financeiro enfrenta vários desafios, particularmente no que toca à ética, transparência e confiança no relacionamento com os clientes. Para a Cofidis, garantir uma abordagem centrada nas pessoas é fundamental. “A tecnologia pode otimizar processos, tornando-os mais simples e seguros, mas nunca pode perder de vista o impacto que tem nas pessoas”, destaca Cláudio Pimentel ao nosso jornal. Entre os principais desafios, o responsável apontou a necessidade de dados fiáveis e consistentes para alimentar as soluções de IA, a transparência na recolha e uso dos dados dos clientes, e a mitigação de potenciais vieses nos modelos, de forma a garantir decisões justas e inclusivas.
Além disso, o cumprimento de regulamentações como o RGPD e o futuro IA ACT é uma prioridade, assegurando que todas as soluções tecnológicas são sólidas, éticas e sustentáveis. “Dispomos de uma governação forte e de uma estratégia de IA bem definida, que nos permite respeitar os princípios éticos, a privacidade dos nossos clientes e a necessidade de mitigar vieses”, afirma.
Apesar dos desafios, a Cofidis vê um futuro promissor com a aplicação responsável da inteligência artificial. “Acreditamos que, com uma aplicação responsável e centrada nas pessoas, a IA trará benefícios não só para o setor financeiro, mas sobretudo para os nossos clientes, parceiros e colaboradores, criando soluções mais personalizadas e acessíveis”, conclui Cláudio Pimentel.

Este artigo foi publicado na edição 430

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

Artigos relacionados
Lidl chega a Mértola
Retalho
Luís Simões e Reta distinguidas com o Estatuto Inovadora Evolution 2024
Logística
Loja da Primark no Centro Comercial Alegro Sintra reabre e é a segunda no país com caixas self-checkou
Retalho
Mercadona abre em Santa Iria de Azóia
Retalho
Retail Mind expande a operação na América Latina
Retalho
Continente Food Lab lança nova seleção de produtos em linha com as tendências mundiais
I&D
Quartel Electrão atribuiu mais de 316 mil euros às associações aderentes
ESG
Cláudia Azevedo diz que 2024 foi um ano memorável para a Sonae
Retalho
Pingo Doce
Vendas da dona do Pingo Doce cresceram 9,3%, para os 33,5 mil milhões de euros
Retalho
Renova assina protocolos estratégicos com o Turismo Industrial
Não Alimentar
Retalho

Lidl chega a Mértola

O Lidl Portugal continua a expandir a sua rede de lojas de norte a sul do país e acaba de inaugurar a sua primeira loja no concelho de Mértola.

A nova loja destaca-se pela sua imagem arquitetónica contemporânea, evidenciada por uma fachada totalmente envidraçada.

Além da oferta habitual, esta loja conta com quatro caixas de pagamento rápido, permitindo que clientes com cestos ou carrinhos façam o pagamento de forma mais ágil, reduzindo o tempo de espera.

A nova loja do Lidl em Mértola conta com uma equipa de 19 colaboradores, reforçando o compromisso da insígnia com a estabilidade e o desenvolvimento profissional dos seus trabalhadores.

O Lidl Portugal mantém o seu compromisso com a sustentabilidade e a eficiência energética na construção e operação das suas lojas. Em Mértola, foram implementadas lâmpadas LED para redução do consumo energético, bem como painéis fotovoltaicos, contribuindo para a utilização de fontes de energia renovável.

Outra novidade da loja é a instalação de dois postos de carregamento rápido para carros elétricos, que permitem carregar 80% da bateria em apenas 30 minutos. Estes são os primeiros carregadores rápidos do concelho, permitindo aos clientes abastecerem os seus veículos durante o período de compras, reforçando a mobilidade sustentável na região.

A nova loja Lidl em Mértola irá integrar o programa Realimenta, uma iniciativa que visa combater o desperdício alimentar e apoiar instituições sociais. Diariamente, serão doados produtos em perfeitas condições de consumo, higiene e segurança a quem mais precisa, beneficiando diretamente a Santa Casa da Misericórdia de Mértola.

A nova loja está situada na Rua Professor Bento de Jesus Caraça, 7, 7750-295 Mértola, e está aberta diariamente das 8h00 às 21h00. O parque de estacionamento conta com 80 lugares, garantindo conveniência para todos os clientes que se deslocam de carro.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Logística

Luís Simões e Reta distinguidas com o Estatuto Inovadora Evolution 2024

O reconhecimento foi concedido pela Cotec Portugal às duas empresas pelo seu compromisso para com a Inovação e a Sustentabilidade.

A Luís Simões e a Reta – Serviços Técnicos e Rent-a-Cargo, S.A., empresa líder na venda, aluguer, manutenção e reparação de veículos de transporte, pertencente ao Grupo Luís Simões, foram distinguidas com o Estatuto Inovadora Evolution 2024, um reconhecimento atribuído pela Cotec Portugal.

A Cotec Portugal tem vindo a destacar as empresas com maior capacidade de inovação e impacto sustentável na economia através de diversos reconhecimentos. Esta mais recente distinção, outorgada pela primeira vez nesta edição de 2024, segue um rigoroso processo de avaliação baseado na norma VSME/ESRS, e é concedida a empresas que demonstrem compromisso inequívoco com a Inovação e Sustentabilidade e que contribuam ativamente para a transformação e competitividade da economia nacional.

“Receber o Estatuto Inovadora Evolution 2024 reflete o compromisso da LS para com inovar de forma sustentável, aliando tecnologia, eficiência e responsabilidade ambiental para oferecer um serviço de excelência aos nossos clientes. Continuaremos a investir no futuro da logística com soluções que estejam cada vez mais alinhados com estes dois pilares incontornável da nossa estratégia (Sustentabilidade e Inovação), e que ao mesmo tempo contribuam para o desenvolvimento do setor e da economia nacional,” afirmou António Fernandes, diretor de Inovação de Projetos da Luís Simões.

“Este reconhecimento da Cotec reforça a aposta da Reta na implementação de soluções tecnológicas avançadas e na otimização de processos, com o objetivo de oferecer aos nossos clientes serviços de manutenção e reparação mais eficientes, seguros e sustentáveis. Este prémio motiva-nos a continuar a investir em soluções que contribuam para a evolução do setor e para um futuro mais sustentável,” sublinhou Rui Simões, administrador da Reta.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Retalho

Loja da Primark no Centro Comercial Alegro Sintra reabre e é a segunda no país com caixas self-checkou

A loja de Sintra passa a ser a segunda no país a oferecer caixas Self-checkout, após o sucesso na Primark Montijo. Foi também instalado um novo sistema de iluminação LED, que reduz o consumo de energia da loja para mais de metade.

A loja da Primark no Centro Comercial Alegro Sintra foi renovada e tem agora mais de 2.870m2 de espaço comercial.

Inaugurada em 2011, a Primark sublinha que os clientes poderão usufruir de uma melhor experiência em loja, com uma nova decoração e equipamentos e acessórios ainda mais atuais, incluindo provadores renovados e oito caixas self-checkout, que permitem aos mais apressados pagar confortavelmente as suas compras com cartão.

A loja de Sintra passa a ser a segunda no país a oferecer caixas self-checkout, após o sucesso na Primark Montijo. Foi também instalado um novo sistema de iluminação LED, que reduz o consumo de energia da loja para mais de metade.

“Estamos muito entusiasmados por revelar hoje a nossa renovada loja de Sintra. Proporcionar uma experiência única em loja está no centro da nossa atividade e estou ansioso por dar as boas-vindas aos nossos clientes na nossa nova loja. Gostaria de agradecer à nossa fantástica equipa pelo seu trabalho árduo e dedicação ao longo deste projeto.”, sublinha Nelson Ribeiro, diretor de vendas da Primark Portugal, em comunicado.

Para além do plano de expansão e investimento de 40 milhões de euros anunciado em junho do ano passado, que inclui a abertura de quatro novas lojas, a marca está também a modernizar algumas das lojas já existentes, estando previstas mais renovações para o final deste ano.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Retalho

Mercadona abre em Santa Iria de Azóia

A Mercadona abriu esta quinta-feira em Santa Iria de Azóia, na Rua D. Afonso Albuquerque, n.º 100,  a primeira das 10 lojas que a empresa prevê inaugurar este ano. 

“Estamos muito satisfeitos com a abertura desta loja em Santa Iria de Azóia, a primeira do concelho de Loures, que nos vai permitir estar mais próximos dos Chefes. Além da criação de emprego local, continuamos a trabalhar para diariamente oferecer um sortido de produtos diferenciador, com a máxima qualidade. Acresce que esta nova abertura representa um importante passo na expansão da Mercadona, pois é a primeira das 10 aberturas previstas para este ano de 2025”, sublinha Ana Carreto, diretora de Relações Externas Distrito de Lisboa e Associações de Consumidores.

Ricardo Leão, Presidente da Câmara Municipal de Loures, esteve presente na inauguração e referiu que “um dos indicadores de atratividade de qualquer território consiste na qualidade das atividades económicas que aí se instalam. A abertura da primeira superfície comercial do Mercadona no Município de Loures concretiza a missão da Câmara Municipal em fomentar o desenvolvimento socioeconómico local, gerando mais de uma centena de postos de trabalho com a expansão desta cadeia de supermercados que agora arranca em Santa Iria de Azoia e que, até ao final do ano, se ampliará até à freguesia de Frielas. Muito mais do que um estabelecimento que deixará a sua marca no padrão económico e nas tendências de consumo no Concelho de Loures, o Mercadona constituir-se-á como um centro de vitalidade e de fortalecimento na nossa comunidade. Loures está no Centro do Investimento. Na minha responsabilidade enquanto Presidente da Câmara Municipal, continuarei a promover a estabilidade e a confiança entre as políticas públicas e os desafios que nos são lançados pelo setor privado”..

Este supermercado, que gerou 90 postos de trabalho, tem uma área de vendas de 1.900 m2 e dispõe de 209 lugares de estacionamento, incluindo dois destinados ao carregamento de veículos elétricos, indo ao encontro do compromisso da empresa para com a mobilidade elétrica. Além disso, tem uma zona de estacionamento para trotinetes e bicicletas.

Nesta loja, localizada em Santa Iria de Azóia, existem ainda 416 painéis solares. Ao gerar energia renovável de origem fotovoltaica nas coberturas das lojas, para autoconsumo, a empresa melhora o comportamento ambiental e poupa cerca de 20% de energia elétrica anualmente.

 

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Retalho

Retail Mind expande a operação na América Latina

Grupo de Vila Nova de Gaia, especialista em retalho, reforça a estrutura na Colômbia para desenvolver projetos em mais de uma dezena de países na região.

A Retail Mind conta com um novo escritório em Lisboa e está igualmente presente em Madrid e Medellín, “assumindo uma forte aposta na base colombiana, ponto de partida para projetos em países como México, Equador, Peru, Argentina, Venezuela, Paraguai, Chile, Bolívia, Panamá, Guatemala e El Salvador, para além de Colômbia e Brasil”, destaca num comunicado.

O acréscimo de atividade na América Latina levou o grupo a reforçar a estrutura com a contratação de Camilo Hernández, que assume funções como diretor de Real Estate na Retail Mind LATAM, integrando a equipa liderada por Luis Ríos. “A chegada do Camilo Hernández fortalecerá, ainda mais, as atividades imobiliárias da empresa na América Latina, apoiando marcas, proprietários e investidores a expandirem a sua presença na região”, salienta Vítor Rocha, CEO da Retail Mind.

A Retail Mind trabalha com mais de 125 marcas ao nível global, tendo já contribuído para a abertura de cerca de 2.800 lojas em centros comerciais e ruas de Portugal, Espanha, França, Luxemburgo e América Latina. Adicionalmente, e como afirma Paulo Sousa, Managing Director na área Internacional do grupo, “a Retail Mind entrará em novos mercados já em 2025, com o intuito de fortalecer cada vez mais a sua posição como uma das empresas de referência no retalho ao nível global”.

Fundada em 2012, a Retail Mind é uma gestora e consultora ibérica, especializada no setor do retalho e com experiência acumulada nas áreas de retalho, imobiliário e gestão.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

I&D

Continente Food Lab lança nova seleção de produtos em linha com as tendências mundiais

Bebidas à base de vinho português e fruta, sumos que promovem o combate ao desperdício do fruto do cacau, refeições completas e saudáveis em batido e bolos isentos de glúten são as novidades.

O Continente Food Lab, laboratório de experiências gastronómicas da marca de retalho alimentar da MC, criou uma nova gama de produtos com foco na inovação e nas tendências alimentares mundiais.

Depois dos hambúrgueres sem carne, das salsichas de ovo ou das crackers à base de insetos, entre outros, lança agora bebidas à base de vinho português e fruta, sumos que promovem o combate ao desperdício do fruto do cacau, refeições completas em batido e bolos isentos de glúten.

O Hitz Wine Cocktail é uma bebida com 5% de álcool e 29 calorias por 100ml, feita à base de vinho português e fruta, lançado nos sabores ‘lemon ginger’ e ‘red berries’. Já o sumo de fruto do cacau Kumasi tem um sabor tropical e está disponível nas versões com e sem gás. “Este produto foi desenvolvido apenas com ingredientes naturais, sem açúcares nem edulcorantes adicionados, e promove o combate ao desperdício do fruto do cacau”, destaca o Continente num comunicado.

Outra novidade são as refeições completas em batido Izzee, que a insígnia apresenta como uma alternativa às refeições tradicionais, com ingredientes naturais de origem vegetal “e a dose ideal de hidratos de carbono, proteínas e fibra”. Por sua vez, os bolos Dony’s Naturally Sweet são preparados com ingredientes naturais e biológicos “e não contêm açúcares nem edulcorantes adicionados, sendo adoçados apenas com tâmaras”, revela a marca, acrescentando que são isentos de glúten.

“No ano em que celebra o seu 40.º aniversário, o Continente continua a apostar na inovação alimentar em Portugal, contando com uma equipa de especialistas que trabalha diariamente no projeto Food Lab, para desenvolver produtos únicos, que acompanham as tendências alimentares mundiais”, destaca a marca de retalho alimentar da MC.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Foto: Site Quartel Electrão
ESG

Quartel Electrão atribuiu mais de 316 mil euros às associações aderentes

A 9ª edição, que decorreu em 2024, aumentou o número de associações aderentes, recolheu mais resíduos e distribuiu mais prémios aos bombeiros.

A edição de 2024 do Quartel Electrão registou um número recorde de humanitárias de bombeiros voluntários aderentes: foram  217, de todo o país. A 9ª edição da campanha permitiu a recolha de 2.725 toneladas de equipamentos elétricos usados, 29 toneladas de pilhas e baterias e 19 toneladas de lâmpadas, um valor acima das 2.300 reunidas na edição anterior.

O valor global dos prémios a atribuir às associações aderentes ascende a mais de 316 mil euros. “É, também, o valor mais elevado concedido no âmbito da campanha”, que no ano anterior já tinha distribuído “270 mil euros em prémios”, indica a Associação de Gestão de Resíduos, num comunicado.

O primeiro prémio, uma viatura de combate a incêndios, vai ser entregue aos Bombeiros do Fundão. A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Fundão, no distrito de Castelo Branco, reuniu a maior quantidade de equipamentos a nível nacional, em peso, e ganha, assim, um veículo ligeiro de combate a incêndios no valor de 70 mil euros. Ao longo do ano passado, esta associação recolheu mais de 118 toneladas de equipamentos elétricos usados, 100 quilos de lâmpadas e 82 quilos de pilhas e baterias.

Desde o arranque da campanha, há 14 anos, e numa parceria com a Liga dos Bombeiros Portugueses, o Quartel Electrão já permitiu a recolha e envio para reciclagem de cerca de 17 mil toneladas de pilhas e baterias, lâmpadas e equipamentos elétricos usados.  No total, foram atribuídos aos bombeiros cerca de 1,8 milhões de euros em prémios e entregues nove viaturas: quatro ambulâncias de transporte de doentes e cinco viaturas ligeiras de combate a incêndios, informa a organização.

“O contributo desta iniciativa tem um peso muito relevante nos resultados globais da atividade e no último ano representou 10% da recolha da rede própria do Electrão Isto demonstra a capacidade destas associações em mobilizar a população e as empresas para adoção de boas-práticas ambientais”, salienta o diretor-geral de Elétricos e Pilhas do Electrão, Ricardo Furtado.

No site www.ondereciclar.pt é possível localizar o quartel aderente mais próximo para entregar pilhas, baterias, lâmpadas e outros equipamentos elétricos usados.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Retalho

Cláudia Azevedo diz que 2024 foi um ano memorável para a Sonae

A Sonae aumentou as vendas, em 2024, em 18% chegando muito perto dos 10 mil milhões de euros. Os lucros caíram mas Cláudia Azevedo diz que 2024 foi “memorável”

tagsSonae

O volume de negócios consolidado da Sonae atingiu um valor recorde em 2024 ao crescer 18% em termos homólogos para 9.947 milhões de euros, impulsionado pelo desempenho dos principais negócios, bem como por movimentos estratégicos no portefólio, nomeadamente as aquisições da Musti e da Druni.

O grupo beneficiou do reforço das posições de liderança dos principais negócios de retalho e da crescente internacionalização dos negócios, potenciada pelo crescimento orgânico e pelo investimento em aquisições, sublinha a Sonae em comunicado.

O EBITDA subjacente aumentou 26% no ano, para 908M€, com fortes melhorias na rentabilidade operacional dos negócios e uma contribuição sólida das empresas recentemente adquiridas. Os resultados pelo método de equivalência patrimonial beneficiaram de melhores resultados da NOS (+57% em termos homólogos) e Sierra (+10% em termos homólogos), refletindo os seus desempenhos robustos e crescimento sustentado.

Esta evolução levou o EBITDA consolidado a atingir 1,0 mil milhões de euros(+4% em termos homólogos), dado que o desempenho operacional positivo dos negócios e os resultados pelo método de equivalência patrimonial mais elevados mais do que compensaram a ausência de contributo da ISRG após a sua venda no 4T23, que incluiu uma mais-valia de 168M€. Numa base comparável (excluindo itens não recorrentes e a contribuição da ISRG em 2023), o EBITDA em 2024 teria aumentado 30% em termos homólogos.

Resultado líquido cresceu 18%, excluindo mais-valia com a IRSG em 2023

A Sonae refere que o resultado líquido atribuível aos acionistas atingiu 223M€ em 2024, refletindo o crescimento e melhoria de desempenho dos negócios, o aumento dos custos financeiros e dos impostos, o investimento na expansão e internacionalização do portefólio, a aposta na digitalização dos negócios e o esforço contínuo por ganhos de eficiência para oferecer a melhor proposta de valor aos clientes. Excluindo a mais-valia de 168M€ com a alienação da ISRG registada em 2023, o resultado líquido teria aumentado 18%, sublinha.

O investimento consolidado da Sonae atingiu 1.589M€ em 2024, tendo mais do que duplicado face aos 665M€ de 2023. O investimento operacional dos negócios (Capex) ascendeu a 467M€, aumentando mais de 5% com a expansão e remodelação do parque de lojas e a digitalização dos negócios. O investimento em aquisições ascendeu a 1.121M€, com destaque para os investimentos na Musti e na Druni.

Apesar deste investimento e do pagamento de dividendos de 154M€, a dívida líquida consolidada foi de 1,6 mil milhões de euros no final de 2024.

Cláudia Azevedo, CEO da Sonae, destaca o desempenho excecional da empresa e projeta um futuro ainda mais promissor: “2024 foi um ano memorável para a Sonae e estou plenamente convencida de que temos todas as condições para alcançar ainda mais sucesso no futuro” sublinha. “Globalmente, todos os nossos negócios tiveram um desempenho excecional num contexto de elevada competitividade” acrescenta numa mensagem

A presidente executiva do grupo sublinha que “o segmento de saúde, beleza e bem-estar da MC apresentou um crescimento significativo de vendas, impulsionado pelo bom desempenho das nossas insígnias originais e pela inclusão da Druni no nosso portefólio. A combinação da Wells, Arenal e Druni estabeleceu um líder ibérico com a oportunidade de captura de sinergias importantes num mercado em rápido crescimento. Estou muito otimista quanto a esta avenida de crescimento da MC e da Sonae, bem como ao valor que irá criar no futuro”.

E acrescenta: “a Worten apresentou um crescimento robusto de vendas, +8% face ao ano anterior, expandindo o seu portefólio para além dos produtos de eletrónica e eletrodomésticos, particularmente através do seu marketplace e da sua oferta de serviços – onde temos vindo a trabalhar para proporcionar uma experiência distintiva aos nossos clientes. A iServices reforçou a sua posição em Portugal, tendo simultaneamente acelerado a expansão da sua rede de lojas com técnicos altamente qualificados na Bélgica, França e Espanha, tendo como objetivo explorar um mercado europeu de serviços de reparação em franco crescimento. No final de 2024, a iServices já tinha 32 das suas 93 lojas localizadas fora de Portugal”.

“Promovemos ativamente a inovação e a adoção de inteligência artificial para criar valor nas nossas empresas. Capitalizando numa crescente personalização e automação, melhorámos a experiência dos nossos clientes. Simultaneamente, os nossos processos estão a tornar-se mais eficientes e eficazes na resposta às necessidades do negócio. E, com as ferramentas certas, que permitem explorar modelos preditivos mais precisos e dados de qualidade superior, promovemos uma tomada de decisão mais informada e rápida em toda a nossa organização. A inteligência artificial apresenta um enorme potencial de criação de valor e as equipas da Sonae estão comprometidas em aprender, testar e aplicar esta tecnologia para aproveitar as oportunidades e gerar impacto”, sublinha também, avançando que acredita “que as empresas têm a responsabilidade de contribuir para um futuro melhor e assumo esse compromisso na Sonae. Numa altura em que as preocupações com a sustentabilidade estão a ser colocadas em causa, não poderia estar mais orgulhosa das nossas equipas pela sua dedicação e compromisso inabalável para com as prioridades ambientais e sociais”.

“Enquanto alguns questionam a urgência da sustentabilidade, nós vemo-la como inegociável”, garante. “Fazer o que está certo não é um slogan – é uma responsabilidade. Como reconhecimento do nosso empenho e resultados, a Sonae alcançou uma pontuação recorde de 69, uma melhoria de +9 pontos, no Global ESG Score, da Standard & Poor’s, tendo sido convidada a integrar o seu prestigiado Yearbook, que reconhece empresas com feitos notáveis em matérias de sustentabilidade”, diz.

Na Sonae, “o nosso sucesso é impulsionado pela motivação, talento e resiliência de mais de 57 mil pessoas. Somos uma equipa dinâmica, resiliente e motivada para aprender e fazer melhor todos os dias. Com mais de um milhão de horas de formação por ano, investimos nas competências das nossas pessoas para prosperar numa era de transformação acelerada – resultado da digitalização crescente, do impacto disruptivo da GenAI e da necessidade urgente de construirmos um mundo mais justo e verde. Não abraçamos apenas a mudança – lideramos essa mudança. Somos curiosos, ousados e determinados a moldar o futuro, garantindo que os próximos 65 anos não serão apenas tão bem-sucedidos quanto os últimos, mas ainda melhores. Para responder a estes desafios, a inclusão e igualdade são uma prioridade: na Sonae, mais de 40% dos nossos cargos de gestão são ocupados por mulheres”, afirma ainda.

Conclui com uma menagem para a equipa: “obrigado pelo vosso empenho em fazer o que está certo. A vossa dedicação e entrega é chave na nossa capacidade de servir melhor os nossos clientes e de irmos sempre mais além. Estou igualmente orgulhosa da forma como fomos capazes de receber colegas novos, de integrarmos perspetivas diferentes e de olharmos para oportunidades de negócio de forma colaborativa, pragmática e ágil”.

Retalho alimentar cresce

No segmento alimentar, a MC registou um crescimento sustentado das vendas, impulsionado por um aumento expressivo no volume de compras em todos os formatos de loja, num contexto de inflação baixa. A empresa alcançou um recorde de 25 novas lojas próprias, das quais 24 foram Continente Bom Dia, reforçando a sua estratégia de proximidade. Paralelamente, investiu fortemente na remodelação de lojas, com particular atenção aos formatos de maior dimensão, alinhando-se às novas exigências dos consumidores e melhorando a experiência de compra.

O segmento de saúde, beleza e bem-estar cresceu dois dígitos em todas as insígnias, impulsionado por tendências favoráveis do mercado e pelo reforço da proposta de valor da MC nas várias categorias. Excluindo a Druni, o volume de negócios cresceu 10% em termos homólogos, evidenciando a força estrutural do segmento.

A expansão da Wells e Arenal, combinada com a aquisição da Druni, resultou num crescimento expressivo da rede de lojas. No final de 2024, a MC atingiu um total de 797 lojas próprias neste segmento, mais do que duplicando a sua presença face ao ano anterior.

Apesar dos desafios no mercado ibérico, a Worten reforçou a sua posição como líder no retalho de eletrónica e eletrodomésticos em Portugal, consolidando a sua quota de mercado. O volume de negócios cresceu 8,8% no quarto trimestre, atingindo 455 milhões de euros, e fechou o ano com um total de 1,4 mil milhões de euros, refletindo um aumento de 7,6% face a 2023.

O crescimento da Worten foi impulsionado pela procura nas principais categorias (eletrónica e eletrodomésticos) e pela expansão em novas áreas de negócio, como serviços e novas categorias de produtos. O canal online teve um desempenho notável, com um crescimento de 21% no quarto trimestre e 17% no total do ano, beneficiando do sucesso do marketplace Worten, que representou 17% do volume de negócios total.

Em termos de expansão física, destaque para a iServices, que continuou a crescer a nível nacional e internacional. A Worten abriu 38 novas lojas iServices em 2024, encerrando o ano com 61 lojas em Portugal e 32 no estrangeiro, em mercados como a Bélgica, França e ilhas Canárias.

No retalho de produtos para animais, a Musti consolidou a sua liderança no setor de cuidados para animais de estimação nos países nórdicos, ao mesmo tempo que expandiu a sua presença nos países bálticos através da aquisição da Pet City nos últimos três meses de 2024.

As vendas cresceram 5,6% no quarto trimestre, beneficiando do crescimento nas lojas existentes (like-for-like), do forte desempenho do canal online e da integração da Pet City, que passou a fazer parte da operação em novembro.

Setor imobiliário: Sierra mantém trajetória positiva

No setor imobiliário, a Sierra teve um desempenho sólido em 2024, impulsionado pelo crescimento no portefólio de centros comerciais na Europa e pelo aumento da atividade nos segmentos de serviços e promoção imobiliária. O resultado líquido subiu para 97 milhões de euros, um crescimento de 9,8% face ao ano anterior, refletindo a valorização dos ativos e o aumento das receitas de vendas de imóveis.

Os centros comerciais da Sierra mantiveram um desempenho positivo ao longo do ano, com vários ativos a atingir taxas de ocupação de 100%, resultando numa taxa média de 98,4%. O dinamismo das atividades de gestão de portefólio e arrendamento levou à celebração de mais de 190 novos contratos e à renovação de 380 arrendamentos existentes.

Na área de promoção imobiliária, a Sierra avançou com cinco projetos em curso e investiu no segmento residencial, adquirindo um lote para o seu primeiro projeto Build-to-Rent em Portugal e garantindo um novo projeto residencial em Espanha no quarto trimestre.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Pingo Doce
Retalho

Vendas da dona do Pingo Doce cresceram 9,3%, para os 33,5 mil milhões de euros

A Jerónimo Martins encerrou 2024 com um lucro de 599 milhões de euros, refletindo uma queda de 20,8% face ao ano anterior. Apesar da quebra nos resultados líquidos, as vendas cresceram 9,3%, atingindo 33,5 mil milhões de euros, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo grupo.

Hipersuper

 

Pedro Soares dos Santos, presidente e administrador-delegado  da Jerónimo Martins, lembra em mensagem que “em 2024, tudo o que antecipámos nas perspetivas do ano, aquando da publicação dos resultados de 2023, acabou por acontecer”.

“Foram vários os fatores que se conjugaram para gerar um contexto de operação muito difícil para as nossas insígnias: deflação nos cabazes depois de dois anos de fortes aumentos dos preços, elevada inflação de custos, uma forte sensibilidade ao preço por parte dos consumidores, que se mostraram cautelosos e a intensificação da concorrência no mercado de retalho alimentar”, enumera.

“Focadas em garantir volumes, as nossas insígnias, com destaque para a Biedronka, competiram com determinação pelas vendas e ultrapassaram o desafio de somar mais um ano de desempenho acima do dos mercados em que operam”, acrescenta.

“Passados quase três meses desde o início de 2025, a incerteza no que respeita à evolução geopolítica, à dinâmica socioeconómica e ao comportamento dos consumidores nas nossas três geografias, permanece muito elevada. Apesar deste nível de incerteza, mantemo-nos fiéis às nossas prioridades e ao nosso sentido de missão: servir os consumidores que nos escolhem com os preços mais competitivos do mercado, ofertas diferenciadas e de qualidade, e uma boa infraestrutura de lojas. Em simultâneo, trabalharemos para reforçar a eficiência e a disciplina de custos como forma de gerir a pressão sobre as margens face à subida incontornável dos custos com pessoal, na sequência de novas revisões dos salários mínimos em cada um dos países onde operamos”, garante.

Perante este contexto de grande complexidade, “vamos continuar focados em crescer de forma sustentável, respondendo também aos desafios ambientais e sociais que enfrentamos, prestando especial atenção às necessidades das nossas equipas, quer através de uma política salarial justa, quer através de projetos de assistência e bem-estar social, que contarão, em 2025, também com os resultados do trabalho da recém criada Fundação Jerónimo Martins.”.

Em Portugal, “o Pingo Doce manteve uma forte intensidade comercial e implementou as suas campanhas promocionais de reconhecida popularidade. A insígnia continuou a expandir o novo conceito de loja, reforçando as suas ofertas únicas em soluções de refeições prontas e produtos frescos. As vendas cresceram 4,5% para os 5,1 mil milhões de euros, e um LFL de 4% (excluindo combustível)”, pode ler-se no comunicado enviado pela Jerónimo Martins.

“Este bom desempenho de vendas, que contou com o contributo da área de Meal Solutions, e o foco na produtividade e eficiência operacionais permitiram que a margem EBITDA, se mantivesse estável em relação ao ano anterior em 5,8%, apesar do investimento em preço e da acentuada inflação nos custos. O EBITDA cresceu 5,1% para atingir 296 milhões de euros. A insígnia deu seguimento ao roll-out do conceito All About Food, reforçando o destaque dado aos produtos frescos e às Meal Solutions, e remodelou 64 lojas, tendo aberto 10 novas localizações no ano e encerrado três”, acrescenta.

O Recheio “alavancou as suas propostas de valor adaptadas a cada tipologia de cliente e, não obstante alguma pressão registada no canal HoReCa, manteve um forte dinamismo e angariou novos clientes em todos os seus segmentos. As vendas atingiram 1,4 mil milhões de euros, 1,9% acima de 2023, com um LFL de 2,1%. A insígnia reforçou a dinâmica comercial e a competitividade, como forma de aumentar a sua base de clientes e os volumes, num contexto em que o canal HoReCa revelou sinais de pressão, registando uma contração da respetiva margem EBITDA que se cifrou em 5,1% (5,4% em 2023). O EBITDA foi de 69 milhões de euros, 4,6% abaixo do ano anterior”.

Sobre o autorHipersuper

Hipersuper

Não Alimentar

Renova assina protocolos estratégicos com o Turismo Industrial

A marca submeteu a sua candidatura à ERIH – European Route of Industrial Heritage, a principal rede europeia dedicada à promoção e preservação do património industrial. 

A Renova, empresa sediada em Torres Novas, celebrou novos protocolos estratégicos no âmbito do Turismo Industrial, com o objetivo de estruturar a oferta turística e aproximar ainda mais os cidadãos da sua atividade e do seu património industrial.

Em linha com esta estratégia, a marca submeteu a sua candidatura à ERIH – European Route of Industrial Heritage, a principal rede europeia dedicada à promoção e preservação do património industrial.

A Renova tem promovido, há décadas, visitas guiadas às suas instalações industriais em Torres Novas, proporcionando aos visitantes uma experiência única e gratuita. O percurso permite conhecer todo o processo produtivo e logístico da marca, atraindo anualmente cerca de 8.000 pessoas interessadas em descobrir os bastidores da empresa.

Para além da vertente industrial, a experiência proporciona uma imersão na riqueza natural e histórica da paisagem que envolve a fábrica fundacional da Renova. Este espaço, que a empresa pretende valorizar e preservar, é um verdadeiro santuário natural e um local privilegiado para a investigação científica. Mais do que um ponto de interesse turístico, representa um legado que a Renova deseja proteger para as futuras gerações.

Sobre o autorAna Rita Almeida

Ana Rita Almeida

PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2024 Hipersuper. Todos os direitos reservados.