Vendas nas lojas de grande dimensão cresceram 11,4% em 2023
No ano passado, das 3.692 lojas grandes, o retalho alimentar totalizava 1.782 unidades, mais 13 do que em 2022, que empregavam 85,5 mil trabalhadores.

Hipersuper
Retalho opera com normalidade após apagão elétrico. APED sublinha “resiliência e espírito de serviço”
Abriram as candidaturas ao programa para mulheres empreendedoras no agroalimentar
YoPRO e FC Famalicão sublinham a importância do treino com ação inédita no futebol português
Aveleda e AORP celebram excelência portuguesa na 3.ª edição da Alfândega Jóias
CAP celebra 50 anos com nova identidade visual e visão de futuro para a agricultura portuguesa
Minerva lança nova Salada de Atum inspirada na tradição portuguesa
DHL Express realiza conferências sobre internacionalização das empresas portuguesas (adiado)
Já pode ler a edição 433 em formato digital
Edição 433: Entrevista Driscoll’s + APED + Aveleda + Ifthenpay + Omnicanal
FCamara e Shopify criam parceria para projetos de ecommerce em Portugal
Em 2023, havia em Portugal 3.692 estabelecimentos classificados como Unidades Comerciais de Dimensão Relevante (UCDR), mais 0,7% em comparação com 2022, indica o INE (Instituto Nacional de Estatística) nas ‘Estatísticas do Comércio – unidades comerciais de dimensão relevante 2023’, divulgadas este mês.
O Instituto classifica como UCDR, as lojas de retalho alimentar ou combinado e de retalho não alimentar, cuja área de venda seja igual ou superior a 2.000 m2 ou 4.000 m2, respetivamente, e ainda o comércio por grosso com uma área de venda contínua igual ou superior a 5000 m2. Em 2023, trabalhava nesse universo de estabelecimentos 125,7 mil trabalhadores.
Das 3.692 lojas grandes, o retalho alimentar totalizava 1.782 unidades, mais 13 do que em 2022, e que empregavam 85,5 mil trabalhadores, mais 3,9% que no ano anterior. As vendas cresceram 14% (8,2% em 2022) e atingiram 17,5 mil milhões de euros, enquanto nas unidades de retalho não alimentar as vendas aumentaram 5,4% (16,3% em 2022) e fixaram-se em 7,1 mil milhões de euros.
“Ao longo do período de 2011-2023, observou-se um forte dinamismo económico nas unidades de retalho alimentar, com o volume de negócios a crescer 60% e o número de pessoas ao serviço a aumentar 20,8%”, detalha o INE.
“Em 2023, a proporção de estabelecimentos de comércio a retalho alimentar (48,3%) continuou a ser muito aproximada à do retalho não alimentar (51,7%), tendo-se, contudo, acentuado as diferenças nos principais indicadores económicos. Assim, o conjunto de unidades de retalho alimentar aumentou a sua dimensão económica face ao grupo complementar, empregando mais de dois terços do total de pessoal ao serviço nas UCDR (68,0%), agregando 71% do volume de negócios e representando 81,9% do número total de transações comerciais”, indica ainda.
O peso da Marca Própria
A Marca Própria pesava, em 2023, 45,2% nas vendas globais do retalho alimentar, num total de 7,9 mil milhões de euros. Foi o valor mais elevado, em 13 anos. Em 2011, representavam 31,7% das vendas totais.
Entre 2011 e 2023, as vendas de produtos de marca própria mais que duplicaram (128%), crescendo mais do dobro do aumento das vendas no retalho alimentar, revelam os dados do INE. Tal como em anos anteriores, em 2023 todas as UCDR de retalho alimentar disponibilizavam produtos de marca própria. Ao nível do retalho alimentar, o aumento no volume de vendas de produtos de marca própria acentuou-se em 2023 (+32%).
No global do portfólio de produtos das grandes lojas de retalho alimentar, em 2023, as vendas de ‘produtos alimentares, bebidas e tabaco’ representaram 75,8% (+2,4% face a 2022), num montante global de 13,2 mil milhões de euros (+17,8%). Entre os principais produtos vendidos estavam os ‘outros produtos alimentares’, onde se inclui o arroz, massas e cereais, entre outros, que geraram a maior receita (13,5% das vendas globais), seguindo-se a ‘carne e produtos à base de carne’ (12,6%) e os ‘frutos e produtos hortícolas’ (11,6%).