Pessoas com deficiência ganham 16% menos em Portugal
A nível global, o s trabalhadores com deficiência ganham 12% a menos, por hora, do que os trabalhadores sem deficiência. Em Portugal, essa disparidade é de 16%, revela um relatório das Nações Unidas.

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A análise é da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que comparou a disparidade salarial entre pessoas com e sem deficiência, em 30 países do globo.
Um novo relatório da organização das Nações Unidas para o trabalho, revela que os trabalhadores com deficiência ganham 12% a menos, por hora, do que os colegas sem deficiência e acrescenta que a diferença salarial aumenta em países de rendas baixa e média-baixa.
No ranking das 30 economias mundiais analisadas, Portugal apresenta uma disparidade maior do que a média apurada: as pessoas com deficiência ganham, em média, menos 16% do que as pessoas sem deficiência em Portugal, uma informação corroborada pela Fundação Eurofirms.
“Outro dado deste estudo que preocupa a Fundação Eurofirms é a diferença salarial entre homens e mulheres com deficiência. Embora a investigação da OIT não detalhe a disparidade em cada país, revela, porém, que as mulheres com deficiência ganham, em média, menos 6% do que os homens no grupo dos países desenvolvidos, no qual se inclui Portugal”, destaca a fundação num comunicado.
De entre as 30 economias mundiais analisadas, o ranking das cinco com maior diferença salarial entre pessoas com e sem deficiência é liderado por Estônia (28%), República Checa (24%), Reino Unido (22%), França (20%) e Portugal (16%).
Em média, nos 30 países da subamostra, os trabalhadores com deficiência ganham menos 12% por hora do que os seus homólogos sem deficiência, sendo que três quartos desta diferença não são explicados pelas diferenças em termos de habilitações literárias, idade e profissão, sublinha o relatório da OIT, revelando ainda que “a diferença salarial média por deficiência parece ser mais elevada nos países de rendimento baixo e médio-baixo da subamostra”.
Uma multiplicidade de fatores pode estar na origem das diferenças salariais inexplicáveis entre pessoas com e sem deficiência. Entre estes fatores, estudos anteriores destacaram possíveis limitações à produtividade das pessoas com deficiência em resultado de uma inadequação entre as suas capacidades e os requisitos dos seus empregos; compromissos entre uma maior flexibilidade no emprego ou adaptações no local de trabalho para trabalhadores com deficiência e o nível dos seus salários; e discriminação contra este grupo populacional.
“A discriminação pode ocorrer simplesmente porque os empregadores têm atitudes negativas em relação às pessoas com deficiência, ou porque inferem a capacidade de um candidato com deficiência a partir da capacidade média percebida das pessoas com deficiência”, acrescenta a OIT no relatório.
Dos 30 países considerados, apenas cinco – Colômbia (-30%), Itália (-5%), Líbano (-43%), Luxemburgo (-42%) e Paquistão (-12%) – apresentam uma diferença salarial média negativa, o que significa que os trabalhadores com deficiência auferem um salário médio superior ao recebido pelos seus homólogos sem deficiência”. “Este facto não exclui a exposição de muitas pessoas com deficiência nesses países a níveis salariais baixos, como acontece, por exemplo, no Luxemburgo, onde 22% das pessoas com deficiência se encontram no primeiro quintil da distribuição salarial. Na Colômbia e no Líbano, a disparidade salarial por deficiência não explicada é positiva, o que evidencia como uma diferença de remuneração por deficiência se pode tornar positiva quando são tidas em conta as diferenças sociodemográficas entre trabalhadores com e sem deficiência”, refere o relatório da OIT.