Produção do setor alimentar deverá crescer cerca de 3% em 2024 e 2025
As previsões constam do relatório da Crédito y Caución divulgado esta semana: a produção global de alimentos e bebidas deverá aumentar 2,8% em 2024, seguida de 3,1% em 2025. Segundo o mesmo documento, “o investimento crescerá 2,3% e 3,9%, respetivamente”.
Hipersuper
Delta Q lança dois novos blends
Rachel Muller é a nova diretora-geral da Nestlé Portugal
Festival do Azeite Novo reúne sete produtores e sete restaurantes em Évora
Eurofirms Foundation assinala o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência com nova campanha
Paulo Figueiredo assume direção comercial da Cofidis
Vanessa Silva: “Acreditamos que a inovação e a paixão são os ingredientes-chave para o futuro da gastronomia em Portugal”
Porto Ferreira celebra o Natal com rótulos exclusivos inspirados na cultura portuguesa
Luís Vieira: “25 anos não são dois dias, mas parece que foi ontem”
Simple Foods lança nova gama de cereais funcionais
Quinas Beverage Industries lança nova gama de refrigerantes de bagas Goji
As previsões constam do relatório da Crédito y Caución divulgado esta semana: a produção global de alimentos e bebidas deverá aumentar 2,8% em 2024, seguida de 3,1% em 2025. Segundo o mesmo documento, “o investimento crescerá 2,3% e 3,9%, respetivamente”.
Fatores como condições de crédito mais restritivas e inflação elevada pesaram sobre o rendimento real das famílias a nível global em 2023. “Embora a procura de alimentos e bebidas tenha sido mais inelástica do que a de outros bens de consumo, a procura de produtos alimentares diminuiu”, refere o relatório elaborado pela seguradora de crédito interno e de exportação.
Apesar de um provável aumento da produção, as condições meteorológicas e os conflitos geopolíticos geram incertezas sobre os preços dos produtos alimentares, a Crédito y Caución aponta como principal cenário o de uma ligeira diminuição global dos preços. “Contudo, uma escalada nas guerras na Ucrânia ou no Médio Oriente pode levar a um novo aumento na inflação nos alimentos”, sublinha no relatório, que apresenta ainda o fenómeno meteorológico El Niño como um risco importante para o abastecimento mundial de alimentos, “pressionando a uma subida dos preços”.
Que fatores afetam os custos?
As interrupções na cadeia de abastecimento, a guerra na Ucrânia e o aumento dos custos de logística e fertilizantes afetaram as commodities agrícolas, que aumentaram acentuadamente em 2022 e 2023 na Europa Ocidental.
O documento indica ainda que os preços da energia afetaram significativamente os custos dos processos de refrigeração, processamento e transporte do setor. Porém, a riqueza relativa dos países europeus, juntamente com a necessidade essencial de alimentos, “ajudou a mitigar qualquer impacto grave nas vendas causado pela diminuição dos rendimentos das famílias”.
Assim, defende que o atual processo de desinflação dos alimentos na Europa continuará em 2024, apesar dos preços ainda permanecem acima dos níveis pré-pandemia. Os fatores que atualmente exercem pressão sobre os custos no setor são o preço da energia, os transportes, a mão de obra e os custos financeiros. É neste contexto que o relatório da Crédito y Caución defende que a produção alimentar na Europa deverá crescer 1,4% em 2024 e 1,5% em 2025.
De referir que a natureza essencial dos alimentos e a sua procura constante permitem as alavancas de crescimento, como nos mercados emergentes, onde o aumento do rendimento disponível se traduz em crescimento de bens de maior valor acrescentado.
As alterações nos gostos dos consumidores, que procuram alimentos mais saudáveis, e a aplicação das novas tecnologias a soluções de big data que melhoram a sua eficiência ou a criação de novos produtos fruto da engenharia científica, também são fatores que contribuem para o crescimento da procura do setor.
Como pontos fracos, o relatório destaca as margens de lucro “estruturalmente baixas e sob pressão”, o impacto de pragas e condições meteorológicas adversas na volatilidade dos preços, as pressões dos consumidores “para aumentar a rastreabilidade dos produtos” e investimentos pendentes no consumo de energia, cadeias de abastecimento, embalagens e gestão de resíduos para satisfazer as exigências de sustentabilidade.