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Quais as expectativas para a evolução dos salários em 2024?

Por a 21 de Fevereiro de 2024 as 11:00

Quais as expectativas para a evolução dos salários no setor do retalho em 2024? Fátima Costa (Adecco), Marlene Fernandes (Randstad),  Mara Martinho (Michael Page), Daniela Lourenço (Manpower) dão resposta à questão

Existe uma tendência de evolução positiva pela pressão que o aumento do salário mínimo nacional (SMN) impõe, sendo que o aumento nos escalões superiores poderá não acompanhar a mesma percentagem de evolução”.

Fátima Costa, diretora de outsourcing da Adecco

“Devido à sua natural proximidade com a vertente comercial, o retalho é caracterizado pelas componentes variáveis associadas ao desempenho do colaborador. Em 2024 é expectável que estes incentivos comerciais continuem a ter um peso significativo na melhoria da remuneração auferida”.

Marlene Fernandes, diretora de vendas, operações e outsourcing da Randstad

“Numa primeira fase, acompanhar a inflação, mas acredito que a tendência será subir. As novas gerações também têm feito por isso. Se queremos melhores competências, teremos de ter melhores recompensas. Além disso, já não falamos só de salário base e prémios, falamos igualmente de benefícios que, para o retalho, ainda não são dados adquiridos, tais como o seguro de saúde, por exemplo”.

Mara Martinho, manager Michael Page

“A evolução do salário mínimo, que se irá situar, em 2024, nos 820 euros por mês, irá naturalmente ter impacto nas expectativas para a evolução salarial. Além disso, o Contrato Coletivo de Trabalho (CCT), assinado entre a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) e o Sindicato dos Trabalhadores e Técnicos de Serviços, Comércio, Restauração e Turismo (SITESE), em 2022, contemplou um aumento no salário de base, cinco euros acima do salário mínimo, em 2023 e 2024.

Por outro lado, as empresas procurarão alinhar a progressão nas suas tabelas salariais com este aumento do salário de base, sendo que este mesmo CTT apontava já para um aumento médio de 4,8% em 2023 e 2024.

As empresas procurarão, naturalmente, atuar dentro dos limites que permitam assegurar a sua rentabilidade e sustentabilidade, num contexto económico marcado pelo aumento dos custos das matérias-primas e das fontes de financiamento”.

Daniela Lourenço, brand leader da Manpower

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