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CI&T identifica as principais tendências do setor de retalho para 2024

Por a 12 de Fevereiro de 2024 as 11:21

Vivemos uma conjuntura económica desafiante que leva a um custo de vida mais elevado e a mais preocupações com os gastos por parte do consumidor. Este panorama, que se espera prolongar-se ao longo de 2024, afeta todos os setores, incluindo o do retalho. Neste contexto, a CI&T (NYSE: CINT), especialista hiperdigital global, identificou as principais tendências do setor de retalho para este ano:

1. Níveis de procura e descontos na medida certa

Apesar de as vendas a retalho terem aumentado no período que antecedeu o Natal, os consumidores continuam a sentir o impacto da conjuntura económica. Em 2024, podemos esperar um crescimento moderado do retalho – os consumidores vão continuar a gastar, mas de forma mais estratégica, uma vez que têm de se adaptar a um contexto de inflação mais elevada.
Por exemplo, o fim de semana da Black Friday, em novembro passado, foi o impulso de que os comerciantes necessitavam antes das férias. Em 2024, com o inventário numa posição mais favorável do que no ano passado, os comerciantes vão procurar replicar este aumento ao longo do ano. Para o fazerem, a chave é atrair os compradores apostando em descontos em artigos novos, em vez de em artigos desatualizados e indesejados.
Por outro lado, as ferramentas de previsão e gestão da procura  vão tornar-se mais precisas, devido à estabilização dos inventários e à maior integração da Inteligência Artificial (IA).

2. Investimento em Inteligência Artificial
Em 2024, a IA e a IA generativa vão contribuir para aumentar a eficiência – sobretudo a dos consumidores que forem às compras com um objetivo em mente, e a dos colaboradores do setor do retalho.
A IA generativa já é, em geral, um dos temas quentes do momento, mas um dos seus maiores impactos no retalho será o avanço das funções de pesquisa, muito além do que foi feito no passado, ajudando a maximizar a eficiência das rotas logísticas e a otimizar os processos de venda nas lojas. A IA generativa também vai apoiar estratégias de descontos flexíveis e em tempo real, e pode ainda ajudar a tornar as descrições de produtos mais atrativas. O consumidor pode esperar que seja possível pesquisar produtos e ter acesso às suas várias especificidades de forma detalhada, e encontrar opções muito mais adequadas às suas necessidades durante a pesquisa.
No que diz respeito à otimização da eficiência dos colaboradores, a IA generativa pode ser utilizada em dispositivos portáteis para facilitar o processo de recomendações de produtos quando aconselham os clientes, mas também (entre outros exemplos possíveis de melhorias) para compreender padrões de vendas e ser mais eficiente na criação e gestão dos horários de trabalho.

3. Experiências personalizadas para os consumidores
No retalho online, espera-se que os comerciantes criem experiências mais personalizadas para os consumidores, indo além dos filtros mais básicos. Por exemplo, em vez de publicarem sugestões de presentes “para a mãe/pai/irmãos/companheiro”, mais comerciantes vão começar a implementar mecanismos de recomendação pensados para quem o comprador diz que está a comprar, permitindo criar uma “one-stop shop” online a que os clientes podem recorrer para as suas várias necessidades e vontades.
Para além disso, visto que é cada vez mais importante as marcas saberem os preços ideais dos consumidores, as recomendações inteligentes e orientadas por IA podem ter um impacto positivo. Podem permitir, por exemplo, juntar diferentes itens dentro de um orçamento geral, em vez de apresentarem as faixas de preços de apenas um artigo.
Nas lojas, para ajudar a aliviar a movimentação dos períodos de compras mais agitados, é possível implementar mais tecnologia de processos de pagamento móveis para oferecer um checkout mais rápido, e também tirar proveito das filas virtuais para os provadores.

4. Mais vantagens dos programas de fidelização
Nos últimos anos, temos visto uma grande evolução dos programas de fidelização, com vários comerciantes a transitarem de esquemas que permitem acumular pontos, para verdadeiros “clubes” onde os consumidores conseguem poupar dinheiro diretamente.
Em 2024, os comerciantes mais bem-sucedidos serão os que escolherem aumentar ainda mais as vantagens da fidelização, indo além dos preços – em particular, aumentando-as em momentos sazonais do ano para atrair novos clientes.

Outras boas ideias são: estabelecer horários alternativos adicionais e mais calmos nas lojas; criar transmissões ao vivo (‘lives’) exclusivas para os membros conseguirem produtos de edição limitada; benefícios de “skip the line” (evitar filas), e criar oportunidades exclusivas para os membros personalizarem as suas compras.

“A alteração dos temas quentes do retalho, nomeadamente do metaverso em 2023 para a IA em 2024, caracteriza a recente mudança de estratégia neste setor,” comenta Melissa Minkow, director, retail strategy da CI&T. “Em 2024, os melhores investimentos vão ser aqueles que otimizem ainda mais a infraestrutura, de forma a melhorar também a experiência dos consumidores. As compras devem ser gratificantes e simples para todas as partes envolvidas.” acrescenta.

“Estamos entusiasmados com as oportunidades que o ano reserva para o setor do retalho,” refere Miguel Malaquias Pereira, country manager Portugal da CI&T. “As marcas e os comerciantes vão ter de conseguir proporcionar não apenas produtos de qualidade, mas também ganhos de eficiência e experiências cada vez mais personalizadas – para além de outras vantagens que permitam fortalecer a relação com os seus clientes. A IA irá desempenhar um papel relevante. Enquanto líder em transformação digital, a CI&T estará – como sempre – junto dos seus clientes/parceiros, contribuindo para a evolução positiva deste setor tão importante” finaliza.

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