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O que os retalhistas podem esperar em 2024 no mercado de trabalho

Por a 9 de Fevereiro de 2024 as 10:20

José Pedro Fernandes, vice-presidente da SISQUAL® WFM

José Pedro Fernandes, Vice-Presidente da SISQUAL® WFM

O mundo laboral está em constante evolução, trazendo desafios significativos para os profissionais de Recursos Humanos (RH) e gestores da força de trabalho. Pesquisas recentes sublinham os principais obstáculos enfrentados, desde a competição por talentos até à retenção de funcionários, passando pelo equilíbrio de modelos flexíveis de trabalho, o envolvimento dos colaboradores, promoção do desenvolvimento profissional e gestão de desempenho. Estas questões não são novidade para os profissionais de recursos humanos, mas há uma crescente necessidade de adaptação face a um futuro que se desenha mais complexo e tecnológico.

Neste novo ano que iniciamos, a intersecção entre tecnologia, liderança e comunicação torna-se crucial para a criação de ambientes de trabalho mais eficientes e harmoniosos. A aplicação de ferramentas que simplificam as tarefas dos colaboradores não apenas os valoriza, mas também prepara as empresas para operar com equipas focadas no sucesso mútuo. Este cenário é ainda mais evidente em setores como o retalho, onde a rápida evolução da indústria exige uma força de trabalho adaptável e qualificada.

A tecnologia tornou-se um pilar essencial nesta nova dinâmica de trabalho e assim continuará a ser ao longo de 2024 – e dos próximos anos. A integração cada vez maior de tecnologias no ambiente laboral promete proporcionar insights valiosos sobre os locais de trabalho e equipas, impulsionando a eficiência operacional. A Inteligência Artificial (IA) desponta como uma aliada fundamental, não para substituir, mas para aprimorar as capacidades humanas, otimizando, por exemplo, tarefas como alocação de turnos e conformidade legal, impactando positivamente o dia a dia dos colaboradores e oferecendo-lhes a maior qualidade de vida que tanto ambicionam ter.

Outra tendência emergente é a adoção de métodos mais flexíveis na gestão de turnos, como os chamados Open Shifts. Este modelo oferece aos funcionários maior autonomia na escolha dos horários, atendendo às necessidades mutáveis do mercado e promovendo uma gestão mais democrática e eficaz. Isto permite não só aumentar a satisfação dos colaboradores, mas também a probabilidade da retenção de talento – se as necessidades dos colaboradores estiverem satisfeitas, terão eles motivos para procurar uma alternativa? Provavelmente não.

Além disso, o papel do Workforce Management (WFM) ganha destaque na otimização das operações e na melhoria da experiência do cliente. A capacidade de alocar recursos de forma eficiente e gerenciar o desempenho dos colaboradores é essencial para garantir operações mais eficazes e a satisfação dos clientes, especialmente num contexto omnicanal. Por fim, uma abordagem mais descentralizada na construção de escalas de trabalho emerge como uma tendência promissora. O avanço das ferramentas de WFM capacita os líderes de equipa a assumirem um papel mais ativo no planeamento e execução dos turnos, distribuindo de forma equitativa as responsabilidades. Esta abordagem não apenas agiliza os processos, como também promove uma tomada de decisão alinhada às necessidades operacionais e expectativas dos colaboradores, resultando numa gestão de equipa mais eficiente e comprometida.

À medida que avançamos em direção a um ambiente de trabalho cada vez mais tecnológico e dinâmico, torna-se evidente que a harmonização entre inovação tecnológica e gestão de recursos humanos é essencial para o sucesso duradouro das empresas. A adaptação a estas tendências emergentes torna-se um diferencial competitivo dentro do mercado do retalho, especialmente para as empresas que desejam destacar-se e prosperar neste novo cenário de trabalho em constante transformação.

*Artigo originalmente publicado na edição 409

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