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Nescafé Dolce Gusto Neo - Fotografias Frame It

Nescafé Dolce Gusto Neo – Fotografias Frame It

ESG

O futuro mais tecnológico e sustentável da Nescafé Dolce Gusto

Após mais de cinco anos de desenvolvimento no Nestlé R&D Center for Systems, foi criado Neo, o sistema mais avançado da Nescafé Dolce Gusto até à data. O Hipersuper conversou com Teresa Mendes, business executive officer da Nestlé Coffee Portugal, que não esconde o entusiasmo: “neste momento o que estamos a trazer é o futuro do sistema Nescafé Dolce Gusto”.

Ana Rita Almeida
Nescafé Dolce Gusto Neo - Fotografias Frame It

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ESG

O futuro mais tecnológico e sustentável da Nescafé Dolce Gusto

Após mais de cinco anos de desenvolvimento no Nestlé R&D Center for Systems, foi criado Neo, o sistema mais avançado da Nescafé Dolce Gusto até à data. O Hipersuper conversou com Teresa Mendes, business executive officer da Nestlé Coffee Portugal, que não esconde o entusiasmo: “neste momento o que estamos a trazer é o futuro do sistema Nescafé Dolce Gusto”.

Sobre o autor
Ana Rita Almeida
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Fotografias Frame It

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Após mais de cinco anos de desenvolvimento no Nestlé R&D Center for Systems, foi criado Neo, o sistema mais avançado da Nescafé Dolce Gusto até à data. Além de uma máquina tecnologicamente revolucionária, as novas cápsulas  destacam-se e contribuem fortemente para o objetivo da empresa de reduzir a utilização de plásticos virgens em um terço até 2025. Esta novidade, baseada na tecnologia revolucionária SmartBrew, chega ao mercado a partir do dia 5 de março, e representa o futuro a longo prazo e a direção estratégica da marca.

“Neste momento o que estamos a trazer é o futuro do sistema Nescafé Dolce Gusto”

O Hipersuper conversou com Teresa Mendes, business executive officer da Nestlé Coffee Portugal, no dia da apresentação deste novo sistema,  que teve lugar na Fundação Champalimaud, em Lisboa.

Teresa Mendes, business executive officer da Nestlé Coffee Portugal - Nescafé Dolce Gusto Neo - Fotografias Frame It

Teresa Mendes, business executive officer da Nestlé Coffee Portugal

A responsável não escondeu o entusiasmo, referindo que “neste momento o que estamos a trazer é o futuro do sistema Nescafé Dolce Gusto”. Sublinhando que é uma tecnologia que está a ser desenvolvida pela Nestlé há mais de cinco ano e, como tal, “é um projeto com muito trabalho por trás”. E não deixou de frisar: “a sustentabilidade continua a ser a nossa key, um dos nossos focos mais importantes”. “Este futuro passa por conseguirmos trazer uma tecnologia onde não só a máquina como a cápsula conseguem, no seu ecossistema, ter uma pegada muito mais sustentável” afirmou ao nosso jornal.

Lembrando que o preço é importante para o consumidor, não tem dúvidas: “quando temos valor acrescentado, o preço é o benefício que traz”.
A inovação continua a marcar os lançamentos da marca e Teresa Mendes responde prontamente:  “O que é que este sistema tem de mais diferente versus o que temos hoje? Eu diria que é o facto de esta máquina estar focada na preparação do café. Temos uma gama de produtos diversificada e, no futuro, iremos trazer mais novidades”. “Ainda este ano”, acrescentou.

Apesar da sustentabilidade ser o grande core, a responsável enaltece a tecnologia “altamente avançada” que este novo sistema apresenta, lembrando que a máquina pode ser ligada a uma app intuitiva, onde o utilizador pode personalizar a sua bebida. “Se não quiser, tem os botões habituais na máquina” lembrou.

Apesar do papel diferenciador que a Nestlé tem tido quando falamos de responsabilidade e reciclagem, Teresa Mendes admite que em Portugal “o caminho ainda é longo”. “Continuamos focados no nosso papel e estamos a trabalhar com as instituições nesse sentido. Tratolixo, por exemplo, está a ser um grande parceiro em todo este processo e o nosso objetivo é realmente ‘fazer acontecer’” concluiu.

Tecnologia, sustentabilidade e uma experiência “única”

Segundo a marca, Neo oferece aos consumidores 3 métodos de extração para preparar desde expressos, ristrettos, lungos, verdadeiros americanos até cafés “Slow Brew” (cafés tipo filtro com preparação gota a gota) – tudo numa única máquina compacta.

Nescafé Dolce Gusto Neo - Fotografias Frame It
Através do reconhecimento automático das cápsulas, a máquina ajusta automaticamente a pressão, temperatura, tempo de extração da bebida e quantidade, adaptando o método de preparação e os parâmetros de extração a cada receita, para que o consumidor possa ter sempre um café perfeito.

Em conformidade com o compromisso da marca em reduzir a utilização de plásticos virgens em um terço até 2025, as novas cápsulas de café NEO são feitas à base de papel.  “Fabricadas com cerca de 1 g de papel e com um revestimento de biopolímero compostável muito fino – de 50 microns, mais fino do que um cabelo humano – ajudam a proteger a frescura e a qualidade dos cafés da oxidação” refere em comunicado.

Nescafé Dolce Gusto Neo - Fotografias Frame ItO café Neo é um café 100% de origem responsável e as novas embalagens (material de embalagem primário, secundário e terciário) usam menos 65% de plástico comparando com as embalagens atuais, reduzindo o peso de plástico utilizado.

A própria máquina é feita de 50% de plástico reciclado e o termobloco, que aquece a água, é feito com 85% de alumínio reciclado e foi desenhada para ser facilmente desmontada, permitindo o acesso total aos componentes internos e a reparação até 15 anos (a depender da disponibilidade de peças suplentes).

Além disso, existe uma função de desligar automática para limitar qualquer consumo em standby (1min eco-mode). É ainda uma máquina eficiente energeticamente com a sua embalagem de papel 100% reciclado, que pode ser reciclada no ecoponto azul.

Nescafé Dolce Gusto Neo - Fotografias Frame ItA conectividade com o smartphone permite que os consumidores personalizem a preparação da sua bebida, ajustando a quantidade e a temperatura de acordo com as suas preferências, permitindo ainda a ligação ao programa de fidelização da marca.

Disponível para venda a partir de 5 de março (a pré-reserva pode ser feita a partir de dia 20 de fevereiro) em duas cores, Onyx Black e Clay White, o preço de venda ao público recomendado é de 149.90 euros.  Vão ser lançadas seis  variedades (Espresso, Espresso Intense e Lungo – método de extração High Pressure; Americano – método de extração Top UP; Grande e Carafe – método de extração “Slow Brew”). com um PVPR (embalagem de 12 cápsulas) de 3.99 euros.

Sobre o autorAna Rita Almeida

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Luís Vieira: “25 anos não são dois dias, mas parece que foi ontem”

“25 anos não são dois dias, mas parece que foi ontem”, foi assim que começou o emotivo discurso de Luís Vieira, perante família, clientes, fornecedores, amigos e colaboradores na gala comemorativa que assinalou um quarto de século do grupo Parras Wines.

Na semana passada, a Quinta do Gradil foi palco da gala comemorativa de um quarto de século de carreira de Luís Vieira e do grupo Parras Wines, e foi num ambiente de festa que o proprietário do Grupo Parras Wines agradeceu a todos os presentes e recordou as dificuldades dos primeiros anos e como as foi superando com o apoio de colaboradores dedicados que o acompanham desde o início e dos primeiros clientes que acreditaram no seu projeto.

“A diferença entre a audácia e a loucura vê-se pelo resultado. Ainda hoje não sei qual o adjetivo a empregar no meu percurso. Mas também ainda estamos a meio”, afirmou.

Com uma herança familiar ligada ao comércio de vinho desde 1945, Luís Vieira aprendeu com o avô António Gomes Vieira, conhecido por Ganita, todos os segredos do negócio. Foi através dele que herdou a paixão pelo vinho que ainda o move até aos dias de hoje e que está presente no seu dia-a-dia enquanto líder da Parras Wines, um dos maiores grupos vinícolas de Portugal, e detentor de marcas como Quinta do Gradil, Herdade da Candeeira, Casa das Gaeiras e, na moderna distribuição, Mula Velha, Pêra Doce, Cavalo Bravo, entre outras.

Francisco Toscano Rico, presidente da Comissão Vitivinícola de Lisboa, parabenizou Luís Vieira pelos seus 25 anos de carreira e também toda a sua equipa, reforçando a importância da Quinta do Gradil para a região. “Para nós, a Quinta do Gradil é uma bandeira, é verdade, mas é muito mais do que isso. É muito estratégica para a Região de Vinhos de Lisboa, por vários motivos”, afiançou Francisco Toscano Rico, acrescentando que “desde a comunicação até toda a parte comercial, tem ajudado a região a crescer cá dentro, mas também muito mais lá fora”, rematando ser “o primeiro fã de tudo o que sai da Quinta do Gradil”.

Luís de Castro, presidente da Comissão Vitivinícola da Região do Tejo, também presente na Gala, defendeu que o proprietário do Grupo Parras Wines “tem sido um elemento muito útil na direção da CVR Tejo”, e parabenizou Luís Vieira, família e colaboradores “por tudo o que conseguiram até aqui”.

Homenagem à avó Emília

Um dos pontos altos da noite foi a homenagem de Luís Vieira à sua Avó Emília, esposa do Avô Ganita, com um novo produto da Quinta do Gradil: Aguardente Vínica Velhíssima. Recorde-se que o empresário já havia homenageado também o seu avô, em 2019, aquando das comemorações do seu centenário, com o vinho ícone Ganita.

Esta aguardente, que chega brevemente ao mercado, é um tesouro bem guardado há mais de 50 anos e que serve de homenagem à Avó Emília, matriarca da família Vieira, carinhosamente conhecida por Dona Emília. A família teve o privilégio de celebrar o seu centenário e de partilhar bons momentos com esta Aguardente especial, uma das preferidas da Avó.

A vinificação desta Aguardente iniciou em 1970, com a destilação de várias castas autóctones da região de Lisboa em alambiques “charentais”, caracterizados pelo seu lento processo de destilação, típico de nobres destilados de elevadíssima qualidade. Após a destilação cuidada, estagiou esquecida e tranquila nas caves do Avô Ganita e da Avó Emília, em tóneis de carvalho português e francês, desenvolvendo uma complexidade e suavidade únicas.

O prolongado estágio conferiu-lhe uma cor âmbar dourada, com notas de frutos secos e especiarias, harmonizadas com a perfeição que só o tempo consegue proporcionar, aliadas a uma textura aveludada e elegante.

 

Sobre o autorHipersuper

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Rita Mendes Coelho é a nova Country Manager da Visa Portugal

Com o objetivo de continuar a impulsionar a estratégia e a presença da Visa no mercado nacional, Rita Mendes Coelho reportará diretamente a Bea Larregle, diretora-geral regional da Visa para o Sul da Europa. Gonçalo Santos Lopes, country manager para Portugal durante os últimos anos, foi promovido a senior director para o negócio de Visa Value Added Services no Sul da Europa.

Rita Mendes Coelho é a nova nova country manager da Visa para Portugal. Com o objetivo de continuar a impulsionar a estratégia e a presença da Visa no mercado nacional, Rita Mendes Coelho reportará diretamente a Bea Larregle, diretora-geral regional da Visa para o Sul da Europa.

Com vários anos de experiência nas áreas da Banca de Investimento, desempenhou funções de responsabilidade crescente na PwC, BNP Paribas e Millennium bcp. Juntou-se à Visa em 2021, e liderava a equipa de Client Engagement.

Gonçalo Santos Lopes, country manager para Portugal durante os últimos anos, foi promovido a senior director para o negócio de Visa Value Added Services no Sul da Europa e fica com a responsabilidade de garantir aos clientes e parceiros da Visa em Portugal, Espanha, Itália, Turquia, Grécia, Israel, Malta e Chipre soluções inovadoras, flexíveis e centradas nas suas necessidades.

“Tenho plena confiança de que a Rita trará um contributo valioso para os nossos clientes e parceiros em Portugal, que vai promover novas oportunidades e impulsionar a inovação”, afirmou Bea Larregle, Diretora-Geral Regional para o Sul da Europa da Visa. “As nomeações de Rita Mendes Coelho e Gonçalo Santos Lopes são um testemunho do compromisso da Visa em continuar a apoiar os nossos clientes e consumidores em Portugal”, acrescentou

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Hipersuper

Alimentar

Lugrade apresenta edições especiais: “Estes produtos são a expressão máxima da qualidade e da tradição que associamos ao bacalhau português”

O Convento São Francisco em Coimbra foi palco da apresentação das edições especiais Lugrade Vintage e Lugrade Magnus.

Hipersuper

A Lugrade apresentou oficialmente as edições especiais de 2024: o Bacalhau Lugrade Vintage e o Bacalhau Lugrade Magnus. O evento de lançamento decorreu no Convento São Francisco, em Coimbra, no passado dia 25 de novembro, e contou com a presença do Chef Diogo Rocha e dos administradores da Lugrade, Joselito Lucas e Vitor Lucas, reforçando o compromisso da marca com a qualidade e a tradição.

O Bacalhau Lugrade Vintage distingue-se pelo seu processo de cura prolongada, que respeita os métodos tradicionais e eleva o sabor autêntico do bacalhau. Selecionado entre os melhores exemplares, capturados na Islândia, na Baía de Keflavik este produto é ideal para os verdadeiros amantes do bacalhau, para pratos exclusivos, onde a essência do “fiel amigo” se manifesta na sua plenitude.

O Bacalhau Lugrade Magnus, por sua vez, é sinónimo de grandiosidade e requinte. Produzido a partir de exemplares excecionalmente grandes, com mais de 5KG, provenientes das águas geladas da Noruega, é alvo de uma cura tradicional superior a 6 meses apresentando uma textura e um sabor em lascas de tamanho incomparável.

Durante a apresentação, o Chef Diogo Rocha surpreendeu os convidados com criações gastronómicas exclusivas, mostrando como estes produtos de excelência podem ser transformados em verdadeiras obras-primas culinárias.

“Estes produtos são a expressão máxima da qualidade e da tradição que associamos ao bacalhau português. É uma honra poder participar num projeto que valoriza o que temos de melhor na nossa gastronomia”, afirmou o Chef Diogo Rocha.

Os administradores da Lugrade, Joselito Lucas e Vitor Lucas, destacaram a importância destas edições especiais no portefólio da marca. “O Bacalhau Lugrade Vintage e o Bacalhau Lugrade Magnus são resultado do nosso compromisso com a excelência e o respeito pelas tradições. Estamos orgulhosos de trazer para o mercado produtos que representam o auge da nossa experiência e paixão pelo bacalhau”, sublinhou Joselito Lucas.

As edições Bacalhau Lugrade Vintage e Bacalhau Lugrade Magnus estão disponíveis em revendedores selecionados e na loja online da Lugrade.

Sobre o autorHipersuper

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Entrevista

António Silvestre Ferreira: “Sempre sonhei em poder contribuir para a minha terra”

A Vale da Rosa produz atualmente mais de 20 variedades de uva sem grainha numa área de produção de 270 hectares. A empresa encerrou a campanha de 2023 com 4.500 toneladas de uvas comercializadas e uma faturação na ordem dos 19 milhões de euros, e tem estado nos últimos anos a trabalhar particularmente com variedades protegidas, como revela António Silvestre Ferreira, administrador da Vale da Rosa, nesta entrevista ao Hipersuper.

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Para além de ser um empresário de sucesso, António Silvestre Ferreira é um homem apaixonado por Ferreira do Alentejo. Quando regressou do Brasil, foi na sua terra que decidiu implantar o projeto de produção de uvas sem grainha que desenvolve há mais de 20 anos na Herdade Vale da Rosa. A marca é comercializada em todo o território nacional e internacionalizou-se já há vários anos. Mas é na sua Ferreira do Alentejo que António Silvestre Ferreira continua a investir. E onde criou recentemente uma fundação que está a ajudar a fixar no concelho, trabalhadores da empresa e suas famílias.

A Vale da Rosa introduziu a uva sem grainha no mercado português, há mais de 20 anos? Porque este produto? Pode dizer-se que a Vale da Rosa antecipou uma tendência futura?
Eu vivi no Brasil durante 22 anos e lá dei início à produção das uvas sem grainha. Fiquei muito motivado, quando um dia, nos primeiros anos da década de 80 li um artigo sobre a uva sem grainha, que referia que na Universidade de Davis, na Califórnia, estavam a desenvolver variedades desse tipo de uva. Eu tinha um colaborador – trabalhava numa cooperativa no norte do Paraná, na cidade de em Maringá, onde eu vivia, e dava-me assessoria – que me disse que ia em trabalho dessa cooperativa aos Estados Unidos e eu, que tinha lido esse artigo há relativamente pouco tempo, pedi-lhe para ir à Universidade de Davis e tentar trazer para o Brasil algumas dessas variedades dessas.
Ele trouxe-as para Maringá, fizemos uma produção experimental, e uma das variedades que ele trouxe, a Flame Seedless, deu-se muito bem em Maringá. Plantamos uma área com essa variedade e éramos, na altura, o único produtor brasileiro a vender uvas produzidas no Brasil, nos mercados brasileiros. Hoje o Brasil é um grande exportador de uva sem grainha, mas na altura não tinha.
Em 1999, o meu pai adoeceu e eu vim para Portugal. Ele faleceu em 2000 e eu recebi, de herança, terras e 100 hectares de uva com grainha. E quis muito também produzir aqui em Portugal as uvas sem grainha. Eu tive conhecimento que em Portugal já tinha havido duas experiências de produção de uva sem grainha, mas que não tinha dado certo. Quando começámos aqui em Portugal, o mercado português não tinha interesse nas uvas sem grainha. Então, exportávamos quase tudo para o Marks & Spencer, em Inglaterra. Para onde, aliás, o meu pai já havia exportado entre 1972 e 1976, ano em que parou porque fomos ocupados. Mas como eu já tinha esse conhecimento – naquela altura éramos eu e o meu irmão mais velho que trabalhávamos a exportação – quando regressei a Portugal, recomecei as exportações para o Marks & Spencer
A minha vida aqui em Portugal tem sido uma luta constante a desenvolver as uvas sem grainha. Entretanto, começou a haver mais interesse neste tipo de uva e nós trabalhamos no sentido de divulgar a nossa marca.

Quantos hectares tem de produção e quantas variedades são cultivadas?
Hoje, a nossa área de produção é de 270 hectares e produzimos mais de 20 variedades. Apenas 15% da produção é de uva com grainha. Entretanto, há uma dúzia de anos estamos a trabalhar particularmente com variedades protegidas, variedades pelas quais nós pagamos royalties pela produção. Apareceram organizações, particularmente na Califórnia, mas também de Israel, que se especializaram no melhoramento das uvas sem grainha, tanto no volume, como na cor e no sabor e têm feito um grande trabalho.

A Vale da Rosa tem então feito um investimento em investigação e desenvolvimento?
Muito. Porque cada variedade tem as suas particularidades e deve ser trabalhada de uma forma particular e diferente. E isso pressupõe um acompanhamento técnico muito intenso e pressupõe muita dedicação e muito investimento nessa área.

A empresa encerrou a campanha de 2023 com 4.500 toneladas de uvas comercializadas e uma faturação na ordem dos 19 milhões de euros. A fasquia para este ano está mais elevada? E qual é a previsão de produção em 2024?
Nós temos vindo a reconverter muitas das nossas vinhas. Tínhamos muitas variedades com grainha e tínhamos também muitas variedades sem grainha, daquelas que são livres, que não são protegidas. Então, temos vindo a reconverter muitas das vinhas em variedades destas, protegidas. É um grande investimento e, em virtude disso, este ano temos menos quantidade. Estas variedades protegidas tendem a ser melhores do que as outras e como nós temos vindo a diminuir a produção das outras que não são protegidas, vamos ter cada vez mais produção destas. Portanto, digamos que a evolução do Vale da Rosa vem nesse sentido, o de termos, dentro de poucos anos, somente variedades dessas que são efetivamente melhores do que as outras.

Que desafios à produção tem enfrentado? A água, o regadio, é o grande desafio?
O nosso grande desafio é a mão de obra. Na medida em que, como nós produzimos um produto gourmet, esse produto requer ainda mais mão de obra e mão de obra especializada. Nós especializamo-nos em produzir qualidade. Temos de produzir menos quantidade nas áreas em produção e temos de as trabalhar muito mais. Todos os cachos são manuseados várias vezes e é imprescindível que tenhamos mão de obra especializada. E aí temos tido um problema que temos vindo resolver já desde há muitos anos.
Começamos por ir à Ilha da Madeira, contratar venezuelanos e luso venezuelanos e conseguimos contratar umas 150 pessoas. Hoje estão cá 80 e dessas pessoas, cerca de 40% ocupam lugares de destaque na Vale da Rosa: são chefes, encarregados, técnicos. Mas precisamos de muito mais gente e esse projeto inicial animou-nos tanto que fomos contratar colaboradores à Colômbia e também ao Peru, particularmente, técnicos.
Hoje a empresa tem uma fundação, a Fundação Vale da Rosa, que tem como principal objetivo acarinhar estas pessoas que vêm para cá, convida-os a virem morar com as suas famílias para Ferreira do Alentejo e para as aldeias do nosso concelho. Portanto, fixando assim essas pessoas que efetivamente se destacam, e as famílias, na nossa comunidade.

A fundação ultrapassa, então, o âmbito da empresa, no sentido em que está a ajudar a fixar pessoas numa região, num concelho que precisa de gente jovem?
Sim, famílias jovens. Além disso, a fundação também tem como objetivo apoiar essas pessoas, particularmente no sentido da formação. Temos feito convênios com várias universidades. Particularmente com o Instituto Politécnico de Beja, que deu um curso de Tecnologia Alimentar a 15 colaboradores nossos que recebem essa formação, ministrada pelos professores do IPB, A formação já está no segundo ou terceiro semestre. É um curso de dois anos e algo que também traz muita alegria para nós, para a nossa Fundação.
A Fundação também tem um convênio com o IEFP que, neste momento, está a lecionar três turmas na Vale da Rosa. Uma do quarto ano, uma do sexto e uma do décimo segundo. A do quarto ano é particularmente importante porque há muitos imigrantes que chegam sem as habilitações literárias e para que eles possam progredir, enfim, nesses seus estudos, precisam de ter o quarto ano. Além disso, também temos aulas de português para os nossos trabalhadores imigrantes.

Tem trabalhadores de várias nacionalidades…
Sim. O ano passado eram 22 e este ano também. Estamos muito entusiasmados com este trabalho que a fundação está a desenvolver. Este ano também estamos muito felizes com a comunidade timorense, temos já aqui cerca de 150 jovens de Timor que estão a fazer um excelente trabalho. Recebemos acompanhamento de autoridades timorenses, particularmente da Embaixada, e também de outras pessoas ligadas à comunidade timorense, que têm feito um trabalho fantástico connosco, protegendo e acompanhando os jovens timorenses. Os luso venezuelanos e os timorenses têm, em comum, a ligação a Portugal, que achamos muito importante. Agora está programada a vinda de seis jovens de São Tomé e Príncipe para virem fazer um estágio na Vale da Rosa. Mas temos uma preocupação: o facto de não termos trabalho para todos no fim da campanha.

Como está a ser trabalhada essa questão?
Nós temos vindo a divulgar bastante este nosso trabalho com os trabalhadores imigrantes e várias empresas e câmaras têm-se interessado por este trabalho. A ideia principal é que as matas dessas regiões devem ser limpas no inverno, que é exatamente o período em que essas pessoas estão disponíveis, porque só vamos necessitar do seu trabalho seis meses depois.
Então, nós estamos a ‘cozinhar’ tudo isto. Já temos muita gente, mais gente virá, mas é muito importante que estas pessoas sejam tratadas com a dignidade que merecem, que sejam bem remuneradas, estejam bem instaladas.

E esse é o acompanhamento que a Fundação vai fazer?
Sim, exato. O pensamento é que através da Fundação nós desenvolvamos com intensidade esse trabalho. Fiquem aqui na nossa comunidade, que os filhos estejam nas nossas escolas. Isso está a acontecer, mas como precisamos de mais e mais gente, naturalmente a ideia é que isso seja aumentado significativamente.

Está a ajudar a mudar o panorama profissional da região?
Sim, sim. Das pessoas que temos trazido, algumas têm-se fixado na região, têm aberto comércio na sua especialidade, outros trabalham em eletricidade…. Enfim, queremos que isso vá contribuindo para o racional desenvolvimento da nossa comunidade. Naturalmente, esse tema dá-nos muita satisfação.

Para além da fundação, a empresa está a diversificar o seu negócio com investimentos em outros setores da agroindústria. Como a produção de passas, de vinagre balsâmico, de amêndoas. Sentiram a necessidade de levar algo mais aos mercados?
É lógico que procuremos industrializar também uvas, porque há as que não passam no controle de qualidade. É importante industrializarmos essas uvas e temos vindo a desenvolver a produção das passas de uva e também do vinagre feito à base das passas de uva, que é realmente um produto fabuloso. Também temos outros projetos em relação ao aproveitamento das uvas que não passam no controle de qualidade, como, por exemplo, o sumo de uva.

Porque a produção de amêndoas?
Eu tenho quatro filhos e os rapazes, que são ambos agrónomos, são produtores de amêndoas e achamos interessante fazer o casamento das passas de uva com as amêndoas.

Haverá mais alguma novidade ainda este ano da Vale da Rosa para o mercado?
Para o mercado nacional não, mas vamos iniciar a exportação para o mercado irlandês. E também estamos a dar continuidade à exportação via aérea para a Ásia.

A exportação ainda representa 30% do negócio no Vale da Rosa?
Este ano deve representar talvez 40%.

Que objetivos tem então para os mercados externos? É reforçar a presença onde estão ou irem à procura de novos mercados?
Nós estamos muito curiosos em relação à exportação para a Ásia por via aérea. Começamos no ano passado, exportamos para Hong Kong e Malásia.

Mas a exportação é um canal com muitas possibilidades para o produto como a uva sem grainha?
Sim, sim. Nós trabalhamos para fazer um produto gourmet, e os clientes mais exigentes e que podem pagar melhor, interessam-se pelo nosso produto. Exportamos para a Tesco, uma multinacional emblemática do retalho na Europa, que comercializa dois tipos de uva: a normal e a finest, que é vendida a cerca do dobro das outras. A Vale da Rosa é fornecedor da finest, o que é muito importante para nós, para o nosso nome, para a nossa dignidade.

A entrada na Irlanda foi importante…
Estamos a entrar agora, com um cliente muito importante, digamos com o mesmo nível de exigência.

A Vale da Rosa é fruto da sua paixão pela terra, que é longa. Mas qual será o caminho do futuro da empresa?
Bom, eu sou apaixonado pela minha Ferreira do Alentejo, esta é a grande paixão que eu tenho e sempre sonhei em poder contribuir para a minha terra. Pela experiência que fui adquirindo, não tenho dúvida nenhuma de que nós somos uma região produtora de sabor: o pão, o queijo, as azeitonas. Sempre achei que deveria ser um polo agroindustrial.
Porque se temos produtos tão bons e se temos possibilidade de produzir outros de igual qualidade, penso que a lógica seria nós industrializarmos aqui os nossos produtos, por forma a que as mais valias ficassem connosco. Hoje, basicamente através do Alqueva, tem-se vindo a produzir azeitonas e, ultimamente, amêndoas. E penso que, dado estas características da região, no que se refere ao sabor, naturalmente deveríamos produzir também frutas, produtos hortícolas, ter estufas, porque também acho que essas atividades trazem mão de obra.
E é com muita pena que eu vejo que 20 anos depois de termos o primeiro núcleo do Alqueva, exatamente em Ferreira do Alentejo, o concelho tem a metade dos habitantes que tinha quando eu era moço. Não bate uma coisa com a outra. Nós tínhamos de procurar, contribuir para que a nossa região se desenvolvesse. E para que ela se desenvolva, temos de criar empregos.
E também, mesmo no âmbito dos produtos que nós produzimos aqui, que são particularmente a amêndoa e a azeitona, eu também fico com pena de irem em natura para outros países para serem lá industrializados e muitas vezes reencaminhados parcialmente para Portugal. Portanto, as mais valias não ficam cá. E eu acho que isso é lamentável. É uma pena.
Nós temos a EDIA, que é empresa de desenvolvimento do Alentejo, e eu gostava de ver mais desenvolvimento. Devíamos fazer diferente do que estamos a fazer.

Mas a Vale da Rosa está a fazer a sua parte…
Sim, mas é pouco. Nós temos aqui 120 mil hectares de Alqueva ou mais, que estão a aumentar e eu fico triste por a minha terra não ser uma terra desenvolvida, e tinha tudo para ser. Eu tenho o meu exemplo no Brasil, nos meus 22 anos em Maringá que é no norte do estado do Paraná. Quando eu cheguei a Maringá, a cidade tinha 29 anos. Uma companhia inglesa foi contratada para fazer o loteamento da região e dividiram em pequenas áreas, cerca de 25 hectares, acho eu, pequenas parcelas. E vieram colonos, tomar conta dos seus lotes. Arrancavam a madeira, particularmente peroba, que é uma madeira rica, capitalizavam-se um pouco e plantavam café. E depois vinha muita gente, trabalhar nos cafezais.
Quando eu cheguei a Maringá, que tinha 29 anos, já havia 120 mil habitantes. Estes habitantes não tinham fábricas, não tinham nada, só tinham mata. Quando fui para lá, fui trabalhar na Universidade Estadual de Maringá, que já tinha 14 mil alunos. é um grande centro universitário. Maringá é um exemplo muito bonito porque cresceu muitíssimo depois nos serviços, no comércio, na parte industrial, particularmente a indústria agrícola, as cooperativas. Portanto, quando eu cheguei tinha 120 mil habitantes. Quando me vi embora. 22 anos depois, tinha 350 mil habitantes. E o ano passado esteve cá o prefeito de Maringá e disse-me que já tinha 460 mil habitantes.
Então, não há dúvida de que para que haja desenvolvimento tem que haver gente. Então a agricultura, a agricultura que precisa de gente é fantástica para o desenvolvimento. E esta agricultura das frutas, dos hortícolas, das estufas, precisa de muita gente. E eu gostaria que aqui a região estivesse mais desenvolvida nessa área.

Esta entrevista foi publicada na edição 427

Sobre o autorAna Grácio Pinto

Ana Grácio Pinto

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Já pode ler a edição 428

A penúltima edição de 2024 do Hipersuper tem como destaque uma entrevista com Manuel Tarré, presidente da Associação Nacional de Comerciantes e Industriais de Produtos Alimentares, que defende a uniformidade da taxa de IVA para os produtos alimentares, pede que seja concretizada a prometida descida do IRC às empresas e alerta para a classificação das pequenas e médias empresas, inalterada desde 2005. “Ficaria muito satisfeito se conseguíssemos reduzir o IVA”, afirma.

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“Ficaria muito satisfeito se conseguíssemos reduzir o IVA”, afirma Manuel Tarré na entrevista.

“Com a cultura de empresa que temos, não conseguimos ficar parados”, afirma o CEO da Sociedade da Água de Monchique, em entrevista ao Hipersuper. Vítor Hugo Gonçalves fala do presente e do futuro de uma empresa fundada há 32 anos e que tem agitado o mercado das águas, fruto de um constante investimento em inovação e em soluções sustentáveis, sempre com foco no consumidor. Uma entrevista que vale a pena ler.

Também fomos conversar com António Maria e Francisco Soares Franco, co-CEO’s da José Maria da Fonseca, uma empresa que faz 190 anos e que tem marcado a fileira dos vinhos. Fazem parte da sétima geração à frente da gestão da empresa, e não esquecem a responsabilidade e o contínuo compromisso para com a vinha, as marcas, os colaboradores e os clientes, e as gerações vindouras.

Este mês, fomos visitar o Laboratório de Biologia Molecular do Pingo Doce que certifica o que chega à mesa do consumidor. É aqui que o ADN dos ingredientes dos produtos marca própria do universo Jerónimo Martins é posto à prova e confirmado. Inaugurado em 2021, é o único em Portugal detido por uma empresa do retalho alimentar.

Também em entrevista ao nosso jornal, Pedro Lira, head of e-commerce, IT & transformation da Zippy, destaca os avanços tecnológicos e estratégicos por detrás do novo site da marca, concebido para integrar de forma eficaz os canais físicos e digitais. E as novidades não se ficam por aqui: “para início de 2025 queremos lançar a App da Zippy”, afirma.

E porque a época natalícia está aí e o bacalhau é rei na mesa de Natal, fomos perceber quais as tendências que moldam o consumo de bacalhau e como é que as marcas se preparam para responder à crescente procura nesta época festiva. Fomos também saber como as empresas do setor da panificação estão a intensificar as suas estratégias para destacar produtos e conquistar consumidores.

setor do retalho em Portugal atravessa uma fase de forte dinamismo e reinvenção, marcada pela consolidação de formatos tradicionais e pela ascensão de novos conceitos. O momento para ouvir,  João Esteves, partner e líder do departamento de retalho da Cushman & Wakefield, que analisa as principais tendências do mercado e antecipa os desafios e oportunidades que moldarão o futuro do setor.

Fomos conhecer a Pobeira, uma cerveja com alma do Norte e um objetivo de internacionalização. O nome não deixa dúvidas: ser uma homenagem às raízes Poveiras dos seus criadores e ao sotaque típico nortenho. Mas em pouco mais de um ano no mercado, Edgar Gonçalves e Artur Giesteira levaram a sua cerveja artesanal para lá da Póvoa de Varzim e implantaram-na no Norte. A Pobeira deu-se a conhecer em eventos pelo país, conquistou prémios e iniciou a exportação e uma estratégia de consolidação no mercado nacional. Vale a pena conhecer a história.

Também nesta edição, analisamos os dados da Associação Industrial e Comercial do Café (AICC) e da European Coffee Federation que avançam que 80% dos portugueses consomem café diariamente. Este é um setor que está em crescimento desde 2021, depois da contração verificada em 2020, devido à pandemia. Ouvimos responsáveis de três empresas sobre 2024, mas também sobre um dos próximos desafios do setor: o Regulamento Anti Desflorestação da União Europeia (EUDR).

Mudar para embalagens reutilizáveis está a impor exigências a produtores, distribuidores, retalhistas e consumidores. “Mas vai trazer inúmeras vantagens ambientais, sociais e, se os verdadeiros impactos de cada operação e produto fossem justamente contabilizados, também vantagens económicas”, defende a Agência Portuguesa do Ambiente. Tanto no setor do papel, como do vidro e do plástico, as empresas estão a usar a inovação tecnológica para reduzir o impacto das embalagens de uso único. São disso exemplo os players que falaram com o Hipersuper para o Especial Embalagens, que faz parte desta edição.

Ainda neste número, e porque Portugal é o segundo maior produtor de Bimi na União Europeiaouvimos Alberto Alapont, Bimi brand manager para Portugal, Espanha e Itália, explica os motivos do investimento no nosso país.

Também fomos conversar com Vanessa Silva, diretora de marketing do Recheio, empresa que patrocina o concurso Jovem Talento da Gastronomia 2024 (JTG), direcionado a jovens estudantes de restauração e hotelaria de todo o país e que sublinha “que a inovação e a paixão são os ingredientes-chave para o futuro da gastronomia em Portugal”.

Também falamos de vinho e de quais são os desafios e as oportunidades para o setor. Avizinha-se uma crise vitivinícola sem precedentes? Foi o que que foi discutido numa conferência realizada na Universidade Portucalense, organizada pela ANCEVE (Associação Nacional dos Comerciantes e Exportadores de Vinhos e Bebidas Espirituosas) que reuniu várias personalidades, representativas do setor a vários níveis e da academia. Estivemos lá e contamos tudo nesta edição.

Estes são alguns dos destaques da edição 428 do Hipersuper, que conta também com as opiniões de Sara Monte e Freitas, David Lacasa da Lantern, Fábio Pires da agap2, José Duarte da CAMB, Ana Trigo Morais da Sociedade Ponto Verde, Luís Castanho da Weborama Portugal e de Ana Marques da Esti Portugal.

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Bebidas

Aveleda distinguida com o Referencial Nacional de Sustentabilidade

A mais importante certificação de sustentabilidade nacional do setor vitivinícola vem somar-se à B Corp, conquistada pela Aveleda em julho

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A Aveleda foi distinguida com o Referencial Nacional de Certificação de Sustentabilidade do Setor Vitivinícola, a mais importante certificação nacional neste setor, que valida práticas ambientais, sociais e de gestão responsáveis. Este reconhecimento ocorre no mesmo ano em que a empresa obteve a certificação internacional B Corp, reforçando 2024 como um marco na trajetória de compromisso com a sustentabilidade.

Promovido pelo Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) e pela ViniPortugal, o Referencial Nacional de Sustentabilidade resulta de uma auditoria independente que assegura o cumprimento de elevados padrões legais e a implementação de políticas inovadoras voltadas para a proteção do meio ambiente e para o bem-estar das comunidades.

“Com esta certificação, a Aveleda reforça o impacto positivo das suas operações em cada etapa do processo produtivo, da vinha até ao consumidor final, e este é, sem dúvida, o ‘ano da sustentabilidade’ com a obtenção de reconhecimentos que são um reflexo da nossa visão que alia a tradição, a inovação e a responsabilidade social em tudo o que fazemos”, afirma Martim Guedes, co-CEO da Aveleda.

O compromisso da empresa em reduzir a pegada de carbono e promover práticas éticas e inclusivas traduziu-se em iniciativas como a produção de energia renovável, o uso de garrafas mais leves, a plantação anual de centenas de árvores e a disponibilização de habitações para colaboradores e antigos colaboradores.

Fundada em 1870, a Aveleda desenvolve a sua atividade na Região dos Vinhos Verdes, Douro, Bairrada e Algarve, contando com uma extensão de vinha de cerca de 600 hectares e 175 colaboradores. Está presente em mais de 70 países, tendo como principais mercados os EUA, Brasil, Canadá, Alemanha e França.

O Referencial Nacional de Certificação de Sustentabilidade do Sector Vitivinícola é uma ferramenta de trabalho com a qual passa a ser possível a certificação das organizações, podendo ser evidenciada a nível dos mercados nacional e internacional, também através do produto comercializado. Tem um conjunto de 86 indicadores, distribuídos por 17 capítulos e quatro domínios de intervenção – Gestão e Melhoria Contínua, Ambiental, Social e Económico.

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Logística

Grupo PGS expande negócio para Portugal com investimento de 2,5 milhões de euros

O grupo francês PGS (Palettes Gestion Services) investiu em Portugal, com a abertura de duas fábricas e a criação de 50 postos de trabalho.

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O Grupo PGS (Palettes Gestion Services), um dos maiores fabricantes de paletes de madeira, expandiu a sua atividade a Portugal, com a abertura de duas fábricas, uma em Loulé e outra na Póvoa de Santa Iria, sendo esta última a maior unidade da rede PGS, já que ultrapassa a capacidade da maior unidade em França.

As novas unidades são destinadas às atividades da LPR – La Pallete Rouge, representam um investimento 2,5 milhões de euros em Portugal, na construção de instalações para restauração de paletes, e geraram cerca de 50 postos de trabalho, em funções como gestores de obras, reparadores, responsáveis pela manutenção, entre outros, indica a multinacional num comunicado.

“A fábrica de Loulé algarvia tem uma capacidade anual de 650 mil paletes, que tem aumentado de dia para dia, e a segunda tem uma capacidade de 2,75 milhões de paletes por ano, o que se traduz em 10 mil paletes processadas por dia”, revela ainda o Grupo PGS que tem ainda a expectativa de que daqui a dois anos a unidade da Póvoa de Santa Iria atinja uma capacidade de 3 milhões de paletes.

“A nossa expansão para o Sul da Europa é um objetivo estratégico do Grupo e a entrada no mercado português é um passo muito importante para nós, pois acreditamos que este é um mercado com muito potencial para o nosso crescimento. Estamos muito contentes pela parceria com a LPR – La Pallete Rouge que nos dá esta oportunidade de criar novas instalações” afirmou Luc Grauwet, diretor executivo da PGS.

Fundado em 1993, o Grupo PGS tem mais de 50 instalações em 12 países , conta com mais de 1.200 colaboradores e regista um volume de negócios consolidado de 400 milhões de euros.

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Alimentar

Fenazeites alerta para o futuro do olival tradicional

Para a Fenazeites, o 26 de novembro (Dia Mundial da Oliveira) é uma data de celebração, mas também de reflexão sobre o futuro do olival tradicional em Portugal.

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Celebrou-se  esta terça-feira, 26 de novembro, o Dia Mundial da Oliveira, data escolhida pela UNESCO para assinalar a importância e a necessidade de preservação deste recurso natural. Instituída em 2019, a celebração “tem como objetivo incentivar à proteção da oliveira e valorizar o seu contributo para o desenvolvimento económico e social, para a preservação dos recursos naturais e para a sustentabilidade ambiental”, mas é também um dia “de reflexão sobre o futuro do olival tradicional no nosso país”, sublinha a Fenazeites – Federação Nacional das Cooperativas de Olivicultores.
Num comunicado, a organização refere que o olival tradicional, maioritariamente de sequeiro, ocupa aproximadamente 250 mil hectares em Portugal, e sublinha a sua dificuldade de mecanização e custos de produção mais elevados do que os olivais modernos.
“Nos últimos anos os períodos com elevadas temperaturas e secas extremas têm contribuído para o decréscimo da sua produção. Esta campanha a azeitona galega, a principal variedade nacional, foi dizimada pela gafa e acabou por cair, não permitindo a sua colheita”, lamenta.
A Fenazeites alerta que “tendência de baixa de preços do azeite para valores abaixo dos custos de produção” e os efeitos das alterações climáticas, “vão provocar a curto prazo, o abandono de grandes áreas de olival”.
“É urgente analisar a realidade do mercado, perceber quais são as disponibilidades do produto e conseguir rentabilizar o azeite proveniente dos olivais tradicionais”, defende.

Cuidar do ‘Ouro Líquido’

A 30 de agosto foi apresentado em Alcobaça o projeto ‘Ouro Líquido’, iniciado nos municípios-piloto de Alcanena e Torres Novas, e alargado desde agosto aos restantes municípios do Parque Natural da Serra de Aire e Candeeiros: Alcobaça, Ourém, Porto de Mós, Rio Maior e Santarém.

Com a missão valorizar a fileira da oliveira, o projeto tem em agenda criar valor e procurar soluções para os desafios colocados ao olival tradicional, nos planos do modelo produtivo, organização do setor, fatores críticos de competitividade, financiamento e estratégia de promoção e comercialização.

Na agenda deste projeto está ainda o estudo e valorização da paisagem olivícola e de recursos ligados ao olival e ao azeite, por forma a desenhar uma estratégia olivoturística, que aporte valor económico e social às comunidades rurais, integrando produtos endógenos, gastronomia, natureza, paisagem rural, cultura e património.

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Retalho

Ifthenpay alavanca pagamentos instantâneos em Portugal com parceria para potenciar uso do Pix

Método de pagamento instantâneo líder de mercado no Brasil promete aumentar vendas e número de clientes do comércio online português. A expectativa conjunta da Ifthenpay e do EBANX é que a operação repita o sucesso que os pagamentos com o Pix têm tido no Brasil.

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A portuguesa Ifthenpay une-se à EBANX, empresa global de tecnologia e pagamentos fundada no Brasil em 2012, com o objetivo de alavancar os pagamentos instantâneos no nosso país e fomentar o uso do popular sistema brasileiro Pix em Portugal.

Criado pelo Banco Central do Brasil em 2020 com o propósito de facilitar as transações bancárias, tornando-as mais fáceis e menos burocráticas, o Pix é o mais recente sistema de pagamentos e transferências instantâneos em Reais do Brasil. Funcionando 24h x 7 x 365 dias ao ano e proporcionando pagamentos e transferências bancárias no prazo máximo de 40 segundos, este sistema tem impactado o internet banking desde o final de 2020, prevendo-se que venha a ser o principal método de pagamento usado pelos brasileiros nas compras online já em 2025, ultrapassando os cartões de crédito.

Esta parceria assinala um novo marco na história do Pix, permitindo que consumidores e empresas passem a usar este método para comprar em lojas online que processam os seus pagamentos através da Ifthenpay. Refira-se que, de acordo com dados da Payments and Commerce Market Intelligence (PCMI) obtidos pelo EBANX, o Pix será responsável por 44% do volume total dos pagamentos movimentados no comércio online no Brasil em 2025, ultrapassando os 41% movimentados pelos cartões de crédito.

Nuno Breda e Filipe Moura, Cofundadores da Ifthenpay

“A Ifthenpay congratula-se com esta parceria estratégica que acaba de efetuar com o EBANX com o objetivo de mantermos o nosso propósito de inovação contínua e disponibilizarmos os produtos e serviços mais recentes do mercado, e assim acelerarmos a adoção dos pagamentos instantâneos em Portugal, impulsionando o uso de um dos sistemas de pagamentos mais populares do mundo – o Pix. Dada a relevante comunidade de cidadãos brasileiros residentes em Portugal, e o elevado número que também nos visita, esta é uma evolução natural e estamos convictos de que daqui resultará mais um grande sucesso, para ambas as empresas e mercados, estreitando-se ainda mais os seculares laços comerciais entre os dois países. Por outro lado, o enorme sucesso que este método de pagamento tem tido no Brasil, faz-nos perspetivar para as empresas aderentes ao nosso serviço, a possibilidade de aumentarem quer o seu volume de negócios, quer o número dos seus clientes,” afirma Nuno Breda, Cofundador da Ifthenpay.

Segundo explica Filipe Moura, Cofundador da Ifthenpay, “os sistemas de pagamentos instantâneos estão a revolucionar o mercado em todo o mundo e o Brasil é um dos países onde isto acontece de forma expressiva, com cerca de 1,3 milhões de novos utilizadores todos os meses, segundo dados disponibilizados pelo Banco Central do Brasil que também revela que o Pix tem quase 170 milhões de utilizadores registados. Um enorme potencial que chega agora ao nosso país, através desta parceria estratégica com o EBANX, e que colocamos ao dispor das empresas nossas clientes, dando-lhes a possibilidade de assim aumentarem consideravelmente o volume dos seus negócios, e ganharem uma nova dimensão de internacionalização das suas operações. De resto, esta é uma aposta e um esforço que a Ifthenpay tem feito desde a sua génese.“

“Através da parceria com a Ifthenpay, vamos ampliar o acesso ao Pix, permitindo que mais pessoas e empresas beneficiem desta inovação”, afirma João Del Valle, CEO e cofundador do EBANX, sublinhando a pertinência desta aliança.  Há mais de 360 mil brasileiros a morar atualmente em Portugal, formando a maior comunidade de estrangeiros no país, segundo dados do governo português. Representando 35% de todos os estrangeiros residentes, os brasileiros são uma força de consumo importante para Portugal. A possibilidade do uso do Pix amplia essa relevância, tanto para os consumidores brasileiros quanto para as empresas portuguesas.

A expectativa conjunta da Ifthenpay e do EBANX é que a operação repita o sucesso que os pagamentos com o Pix têm tido no Brasil. Nos últimos três anos, 80% das pessoas que fizeram a primeira compra em empresas parceiras do EBANX escolheram pagar pelo Pix. Além disso, as empresas aderentes deste sistema e clientes do EBANX registaram um aumento de 16% das receitas e de 25% no número de clientes. “O Pix chega a Portugal com um histórico de sucesso e com a possibilidade de oferecer acesso a mais pessoas que ainda não estão integradas no sistema financeiro e ao comércio online,” afirma o CEO do EBANX.

A partir de agora, os consumidores com acesso ao sistema Pix já podem efetuar pagamentos junto das empresas/comerciantes que processam os seus pagamentos através da Ifthenpay. No final de cada compra online, o valor aparece em Reais do Brasil e não há custos adicionais agregados à escolha do Pix como método de pagamento.

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ESG

Checkpoint Systems quer transformar a indústria alimentar com embalagens reutilizáveis e etiquetagem RFID IML

Empresa lançou as etiquetas RFID in-mold (IML) para embalagens reutilizáveis de forma a reduzir o uso de plásticos descartáveis e promover uma economia circular.

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É uma solução inovadora de etiquetagem a RFID in-mold (IML) para recipientes reutilizáveis da Checkpoint Systems, já implementada numa grande cadeia mundial de restaurantes de serviço rápido em mais de 1200 dos seus restaurantes. Espera-se que este desenvolvimento transforme a indústria de alimentação e hotelaria reduzindo a dependência dos plásticos descartáveis e promovendo um modelo de economia circular, sublinha a empresa em comunicado.

As etiquetas RFID IML da Checkpoint integradas em recipientes e utensílios de mesa reutilizáveis, são resistentes à água, calor e detergentes e permitem a gestão eficiente de inventário e o rastreamento em tempo real de cada artigo. A tecnologia RFID permite que as empresas efetuem o rastreamento automatizado e detalhado de recipientes, desde a leitura de unidades individuais até ao armazenamento e distribuição em paletes, maximizando a eficiência e reduzindo o desperdício, acrescenta a empresa.

Para garantir a qualidade e o desempenho, a Checkpoint Systems sublinha que utiliza os inlays RFID projetados e fabricados nas suas próprias fábricas. Neste processo, integraram com sucesso dois destes inlays: o Pali redondo e o Vortex retangular. No entanto, qualquer um dos seus inlays RAIN RFID é totalmente compatível com o processo de moldagem, oferecendo aos fabricantes a flexibilidade para selecionar o inlay que melhor se adapta ao seu negócio e ao tamanho ou forma do seu recipiente, refere ainda.

Inovação para sustentabilidade e otimização de processos

A Checkpoint Systems garante que as etiquetas RFID IML vão além da simples etiquetagem, oferecendo às empresas de restaurantes e catering a oportunidade de recolha de dados em tempo real, incluindo ciclo de uso, taxa de rotatividade e utilização de cada recipiente, permitindo a otimização das operações, a tomada de decisões informadas e a redução do desperdício, resultando em poupanças significativas de custos e uma melhor experiência do cliente.

Como principais benefícios desta inovação, a Checkpoint Systems enumera o uso de recipientes reutilizáveis, alcançando até 99% de precisão na gestão de inventário e reduzindo significativamente os volumes de pedidos. Além disso, com visibilidade total do produto em tempo real, as empresas podem localizar e recuperar unidades descartadas acidentalmente, minimizando perdas e otimizando recursos, garante.

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