“Temos investido fortemente em práticas sustentáveis em toda a operação”
Fundada em 1955, a Adega de Borba foi a primeira de uma série de Adegas constituídas no Alentejo, com o incentivo da então Junta Nacional do Vinho. E se na […]

Ana Rita Almeida
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Fundada em 1955, a Adega de Borba foi a primeira de uma série de Adegas constituídas no Alentejo, com o incentivo da então Junta Nacional do Vinho. E se na altura não tinha o peso que hoje tem a nível regional e nacional, hoje é um dos principais players do setor dos vinhos e reúne cerca de 300 viticultores com uma área vinícola de 2200 hectares.
2022 foi um ano de grandes desafios e a Adega de Borba não fugiu à regra. Nuno Brito não esconde que foi um ano onde “a Adega de Borba conseguiu um crescimento sólido de vendas, em especial no canal on trade e também na exportação”. “A estratégia de adaptação e atualização da nossa oferta ao consumidor ao nível das marcas, imagens e perfis de vinhos está a dar frutos que esperamos que sejam sustentados” refere o responsável que não tem dúvidas: “o esforço de maior agressividade comercial e investimentos reforçados em marketing têm permitido aos nossos vinhos ganharem quota de mercado nesta indústria muito competitiva”.
O diretor geral da cooperativa que conta com 68 anos de história no setor vitivinícola sublinha que o compromisso em produzir uvas e vinhos de forma sustentável tem marcado o investimento dos últimos anos, enaltecendo a Certificação em Produção Sustentável pela Comissão de Vinhos da Região do Alentejo. Recorde-se que a Adega Cooperativa de Borba alcançou a certificação do “Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo” (PSVA), aplicada às vinhas e adegas, uma certificação de produção sustentável, atribuída por uma das entidades certificadoras independentes que colaboram com a Comissão Vitivinícola Regional Alentejana para a certificação dos membros do PSVA, materializa-se na atribuição de um selo, único no setor vitivinícola português, para vinhos brancos, tintos, rosés, licorosos, espumantes e aguardentes.
“Nos últimos anos temos investido fortemente em práticas sustentáveis em toda a operação reduzindo o impacto ambiental, reforçando o nosso compromisso em produzir uvas e vinhos de forma sustentável em parceria com os viticultores, fornecedores, clientes e comunidade envolvente. Como principais focos temos o uso eficiente da água, a eficiência energética, as vinhas em modo de Produção Integrada, a redução de consumos de materiais embalagem, resíduos e transportes. Estas políticas resultaram na obtenção da importante Certificação em Produção Sustentável pela Comissão de Vinhos da Região do Alentejo, sendo a primeira adega cooperativa a obtê-lo” sublinha Nuno Brito ao Hipersuper. “Fizemos igualmente o desenvolvimento da nova imagem da nossa marca de vinhos de maior notoriedade – Adega de Borba DOC – procurando posicioná-la para segmentos de mercado mais jovens e sofisticados, com preocupações de natureza ambiental” acrescenta o responsável.
Vinhos brancos e rosés ganham grande protagonismo
Os desafios são constantes e o diretor geral confidencia que, na sua opinião, “será possível uma nova normalização e alguma estabilidade produtiva em patamares de custos superiores aos dos anos anteriores”.
“O desafio é conseguir passar parte desse acréscimo de custos para o consumidor de forma a normalizar também as rentabilidades médias necessárias à sustentabilidade económica do setor” acrescenta.
Nuno Brito refere ao nosso jornal que “com a chegada do calor, a ponderação média anual acima de 70% do consumo de vinhos tintos é alterada: os vinhos brancos e rosés ganham grande protagonismo. A Adega de Borba tem uma oferta diversificada nas categorias de brancos e rosés de que são exemplos: Adega de Borba Branco, Adega de Borba Premium Rosé, Quintas de Borba Branco ou o Montes Claros Reserva Branco”.
Para o responsável, as principais tendências no setor dos vinhos passam pela “redução do grau alcoólico médio dos vinhos consumidos resultando em vinhos mais leves e macios, a ponderação acrescida nos momentos de consumo fora das refeições e dentro do lar e os investimentos de marketing orientados para a autenticidade, o bem-estar, a proximidade e a responsabilidade socioambiental”.
Artigo originalmente publicado na edição 415 do Hipersuper